Brasileiros em Londres

Londres

Introdução


A imigração brasileira para o Reino Unido é bastante recente.

Quantos Somos e Onde Vivemos

Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que entre 130.000 a 160.000 brasileiros residiam na cidade com cerca de 30.000 destes concentrados na vila de Brent. Stockwell, no sul de Londres, e Bayswater, na zona central, tem populações semelhantes.[1] Cwerner, em artigo no Journal of Ethnic and Migration Studies, argumenta que a população brasileira residente em Londres é a maior população brasileira na Europa. O Ministério das Relações Exteriores[2] estima que cerca de 180.000 brasileiros viviam no Reino Unido em 2010.

Segundo Cwerner (2001), o “desejo de conhecer o mundo” é a razão mais citada por estes brasileiros para a emigração. Além desta razão, seguem os ganhos economicos, a aquisição de conhecimentos e experiência, e acesso a benefícios públicos. Em pesquisa mais recente, estas razões tem uma variância enorme e vão desde “criar um futuro melhor na volta ao Brasil;” “estabelecer uma vida melhor para os filhos;” “desenvolver profissionalmente;” “construir uma vida no Reino Unido;” “comprar uma casa no Brasil;” “educar os filhos;” “pagar débitos no Brasil;” “praticar a profissão;” “viver uma vida dignificante;” e “tentar uma vida nova.”[3]

Quem Somos e o que Fazemos

 

Idade, Gênero, e Estado Civil

Segundo a pesquisa realizada pela campanha Strangers into Citizens, da capelania Brasileira do leste de Londres,[4] a maioria dos brasileiros são jovens com idade média de 33,5 anos sendo as mulheres ligeiramente mais jovens (32,7 anos) contra 34,4 anos para os homens.

Os homens formam uma ligeira maioria (51,5%). Entre homens e mulheres aqueles que não tem filhos somam 82 por cento. Quarenta e um por cento da população brasileira vive em domicílios não familiares (Fernandes, 2008).

Cidadania e Tempo de Residência

Segundo a pesquisa citada anteriormente,[5] uma grande parte dos brasileiros que se estabeleceram em Londres chegaram como turistas[6] e continuaram no país irregularmente após a expirados os seus vistos[7] ou requereram visto de estudante de forma a manter sua condição legal no país.

Segundo ainda a mesma pesquisa, até setembro de 2007 quando novas regras entraram em vigor, não mais permitindo esta troca de vistos, esta estratégia era bastante utilizada pelos brasileiros pois ela não só prolongava a estada destes no país mas também lhes permitia trabalhar até 20 horas por semana.

A migração brasileira para Londres é relativamente recente. A maioria dos brasileiros (69%) residem em Londres entre um e cinco anos representando uma média de 2.8 anos no país. Esta média não varia muito entre os homens (2.7 anos) e as mulheres (2.9 anos).

Grau de Escolaridade

Os brasileiros residentes em Londres tem um grau de educação relativamente alto: 54 por cento deles tem o segundo grau completo e 36 por cento continuaram seus estudos ainda que metade destes não tenham completado a universidade. A gama de cursos universitários citados inclui odontologia, direito, filosofia, biologia, jornalismo, e administracão de hotéis.[8]

Brasileiros em Londres

Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

Brasileiros nos EUA e em Massachusetts

Este documento é patrocinado pelo Instituto Gaston e pelo Instituto Diaspora Brasil (IDB). Ele atualiza o relatório ‘Brasileiros nos EUA e em Massachusetts: Um Perfil Demográfico e Econômico’ publicado em 2007 por Álvaro Lima e Carlos Eduardo Siqueira.

As comunidades imigrantes…

Brasileiros na Itália

A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

Brasileiros no Canadá

Embora as relações entre Brasil e Canadá remontem a 1866 quando o Canadá inaugurou sua primeira missão comercial no território brasileiro, o primeiro registro de movimento migratório que se tem conhecimento ocorreu em 1902, quando um grupo de 48 brasileiros viajou em direção a …

Brasileiros no Japão

A emigração de brasileiros para o Japão está ligada ao fluxo migratório de japoneses para o Brasil no início do século XX. Impulsionado pelo próprio governo japonês e pela demanda de mão de obra para a cafeicultura em expansão no oeste paulista, cerca de 190.000 japoneses emigraram para o Brasil …

Inserção Laboral e Nível de Rendimento

Os brasileiros, assim como vários outros imigrantes, trabalham em ocupações que não estão correlacionadas aos seus níveis de educação formal. Este fato se dá, principalmente, pela falta de documentação adequada de trabalho e/ou pelo não domínio da língua. Como referido anteriormente, a população brasileira residente em Londres tem um grau educacional relativamente alto. No entanto, a maioria deles trabalham com serviço de limpeza (32%) ou em ocupações de baixa qualificação no setor hoteleiro e de “catering” (26%). Outras ocupações incluem “driving/couriering” (13%), e construção (9%). Treze por cento desempenham uma série de funções que inclui esteticistas, vendedores, escriturários, operários, etc…

Os homens, na sua maioria, trabalham na construção civil, e “driving/couriering,” enquanto as mulheres trabalham mais como “au pair” e “baby sitters.” Os homens também dominam o trabalho nos setores hoteleiros e de “catering” enquanto que os serviços de limpeza são na sua maioria executados por mulheres.

O desemprego entre os brasileiros é bastante baixo com somente 1 por cento destes fora do mercado de trabalho. Sessenta e três por cento dos brasileiros estavam trabalhando em tempo integral, ou seja, 35 ou mais horas por semana. Destes, 42 por cento trabalham mais de 48 horas por semana. Outros 24 por cento trabalham entre 16 a 35 horas por semana. Em média, os brasileiros trabalham cerca de 41.9 horas por semana com os homens trabalhando em média 45.9 horas por semana comparado a 37.2 horas para as mulheres. O nível de remuneração dos brasileiros, segunda a pesquisa citada anteriormente, pode ser entendido em relação ao salário mínimo nacional (SMN)[9] e o salário de subsistência (SS).[10]Mais de 1/3 dos brasileiros tinham rendimentos entre o salário mínimo e o de subsistência. Mais da metade deles tinham rendimentos maior do que o salário mínimo nacional com somente uma pequena minoria (17%) ganhando menos do que o salário mínimo. A média para todos os brasileiros foi de £6.49, ou seja, entre o salário mínimo e o de subsistência.

Referências Bibliográficas

 

Cwerner, S. 2002. The Times of Migration. Journal of Ethnic and Migration Studies. 27(1): 7-36-2002.

Evans, Yara, Jane Wills, Kavita Datta, Joanna Herbert, Cathy Mcllwaine, Jom May, Father José Osvaldo de Araújo, Ana Carla França, e Ana Paula França. 2007. “Brazilians in London: A Report for the Strangers into Citizens Campaign.” Department of Geography, Queen MAry, University of London Mile End, London, E1 4Ns.

Fernandes, Duval Magalhaes e Jose Irineu Rangel Rigotti. 2008. Os Brasileiros na Europa: Notas Introdutorias. Texto apresentado na Congerencia “Brasileiros no Mundo” realizada entre 17 e 18 de Julho de 2008. Palacio do Itamarati. Rio de Janeiro.

Finella, G. 2005. “London Country of Birth Profiles: An Analysis of Census Data. London. GLA.

Jordan, B. e Duvell, F. 2002. Irregular Migration: The Dilemmas of Transnational Mobility. Cheltenham. Edward Elgar.

Office of National Statistics. 2010. “Table 13: Estimated population resident in the United Kingdom, by foreign country of birth, 60 most common countries of birth, January 2008 to December 2008.” http://www.statistics.gov.uk/downloads/theme_population/Population-by-country-of-birth-and-nationality-Jan08-Dec08.zip.

Peixoto, João. 2005. “A Socio-political View of International Migration from Latin America and Caribbean: The Case of Europe.” Atas de La Reunion de Expertos Migracion Internacional y Desarollo em America Latina y el Caribe. Ciudad de Mexico. CEPAL. Noviembre de 2005.

 

REFERÊNCIAS
1 Evans et all. 2007
2 Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior – DCB; Divisão de Assistência Consular – DAC.
3 “Brazilians in London: A Report for the Strangers into Citizens Campaign,” 2007.
4 Durante os meses de Setembro e Outubro de 2006, 423 questionários foram distribuídos em igrejas brasileiras em Londres (Leste e Centro)
5 “Brazilians in London: A Report for the Strangers into Citizens Campaign,” 2007.
6 Ao contrário dos de outro países, o Reino Unido não exige visto para entrada de turistas brasileiros.
7 A mesma pesquisa estima que cerca de 53% dos brasileiros que viviam em Londres em 2006 estavam no país ilegalmente
8 Segundo a pesquisadora principal, Yara Evans, coordenadora da pesquisa “Brazilians in London,” uma boa parte dos brasileiros com diploma universitário não está exercendo a profissão.”
9 O salário mínimo nacional, em inglês, national minimum wage (NMW), na época da pesquisa era de £5.05 por hora
10 O salário de subsistência, em inglês, living wage (LW), é o salário necessário para prover um nível decente mínimo de vida para uma família de quatro pessoas (pais e dois filhos) determinado pelo gabinete do prefeito de Londres. O salário de subsistência vigente na data da pesquisa era de £7.05 por hora. Para mais informação ver www.livingwage.org.uk/campaign.html
 

 

Brasileiros nos EUA e em Massachusetts

Este documento é patrocinado pelo Instituto Gaston e pelo Instituto Diaspora Brasil (IDB). Ele atualiza o relatório ‘Brasileiros nos EUA e em Massachusetts: Um Perfil Demográfico e Econômico’ publicado em 2007 por Álvaro Lima e Carlos Eduardo Siqueira.

As comunidades imigrantes…

Neoliberalismo e Trabalho Imigrante

Neoliberalismo e Trabalho Imigrante Série de seis seminários sobre Neoliberalismo e o Trabalho Imigrante terá aula bônus disponível a partir do dia 17/01. As inscrições estão abertas até o dia 20 de janeiro. Quem se inscrever após o dia 17 terá acesso ao conteúdo...

Brazilian Emigration to North America – Bibliography

Para Entender a Emigração Brasileira para a América do Norte Bibliografia Preparada por Maxine L. Margolis (atualizada por Marcio de Oliveira e Alvaro Lima)Albues, Teresa 1995  O Berro de Cordeiro em Nova York. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.  Allen, James P....

Brasileiros nos EUA e em Massachusetts

BRASILEIROS NOS ESTADOS UNIDOS E EM MASSACHUSETTS

Introdução

Este documento é patrocinado pelo Instituto Gaston e pelo Instituto Diaspora Brasil (IDB). Ele atualiza o relatório ‘Brasileiros nos EUA e em Massachusetts: Um Perfil Demográfico e Econômico’ publicado em 2007 por Alvaro Lima e Carlos Eduardo Siqueira.

As comunidades imigrantes preocupam-se com a escassez de dados relevantes sobre suas experiências de vida e as consequências de serem invisíveis. Este relatório nos permitirá entender as características demográficas, distribuição espacial e contribuição econômica das comunidades brasileiras que vivem nos Estados Unidos e no estado de Massachusetts.

  

Brasileiros nos Estados Unidos

Os brasileiros têm uma presença significativa e em crescimento nos Estados Unidos. Em 2021, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil estimou que 4.215.800 brasileiros estavam vivendo no exterior. Dentre eles, calculou-se que 42% estavam vivendo nos Estados Unidos. Portugal (7%) foi o segundo país mais procurado por Brasileiros, seguido por Paraguai (6%), Reino Unido (5%), Japão (5%), Itália (4%), Espanha (4%), Alemanha (3%), Canadá (3%), e França (2%) seguidos por uma série de outros países.

    É bem documentado que o Censo dos Estados Unidos subestima as populações de baixa renda, estudantes e imigrantes, especialmente os indocumentados. No entanto, dentro dessa limitação, a American Community Survey (ACS) do U.S. Census Bureau produz uma amostra que permite traçar um perfil demográfico e econômico aproximado de segmentos específicos da população. Este relatório abrange os brasileiros tanto nos Estados Unidos como um todo quanto em Massachusetts.

    A American Community Survey (ACS) de 2021, realizada pelo U. S. Census Bureau, contabilizou 750.839 brasileiros em território americano. Essa população inclui tanto estrangeiros quanto aqueles nascidos nos Estados Unidos que reivindicam ascendência brasileira. Dessa população, 74,9% são nascidos no exterior.  A população brasileira nascida no exterior representa um aumento de 265% nos últimos 20 anos e constitui 1,3% da população total de estrangeiros no país, que é de 45,3 milhões. A Flórida é o destino mais popular para os brasileiros que vêm para os Estados Unidos, representando 21,8% do total da população brasileira no país. Em seguida, temos Massachusetts (15,0%), Califórnia (9,3%), Nova Jersey (9,1%) e Nova York (5,6%). Coletivamente, esses cinco estados representam 60,7% da população brasileira nos Estados Unidos.

    Brasileiros em Massachusetts

    De acordo com a American Community Survey (ACS) de 2021, o estado de Massachusetts é lar de aproximadamente 112.446 brasileiros, sendo o segundo destino mais popular para migrantes brasileiros nos Estados Unidos.

    Da população nascida no exterior, apenas 30,2% dos brasileiros em Massachusetts são cidadãos dos Estados Unidos. Isso é 5,7 pontos percentuais a menos do que a população brasileira como um todo nos Estados Unidos. Os 69,8% restantes não são cidadãos.

    Os dados referentes a cidadania refletem que a grande maioria dos brasileiros não cidadãos dos Estados Unidos chegou recentemente. Dos brasileiros em Massachusetts que não são cidadãos dos Estados Unidos, 63,7% entraram no pais entre 2010 e 2020, 25,1% entraram entre 2000 e 2009, 8,5% entraram entre 1990 e 1999 e 1,0% entraram antes de 1990. No ano seguinte à pandemia de Covid-19, em 2021, o estado de Massachusetts recebeu 1.050 imigrantes brasileiros, representando 1,7% do total da população brasileira não cidadã. 

    Dos brasileiros que são cidadãos naturalizados, apenas 9,7% chegaram na última  década (2010-2020), enquanto 31,2% entraram entre 2000 e 2009. 36,6% entraram entre 1990 e 1999 e 22,5% antes de 1990.

    Brasileiros em Londres

    Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

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    As comunidades imigrantes…

    Brasileiros na Itália

    A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

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    Brasileiros no Japão

    A emigração de brasileiros para o Japão está ligada ao fluxo migratório de japoneses para o Brasil no início do século XX. Impulsionado pelo próprio governo japonês e pela demanda de mão de obra para a cafeicultura em expansão no oeste paulista, cerca de 190.000 japoneses emigraram para o Brasil …

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     OS AUTORES:

     Michelle Borges é uma economista brasileira, que atualmente está cursando mestrado em Economia Aplicada na University of Massachusetts Boston e trabalhando como assitente de pesquisa no Instituto Mauricio Gastón para Desenvolvimento Comunitário Latino e políticas Públicas. Seus interesses de pesquisa abragem as áreas de Economia do trabalho, Economia do desenvolvimento, Imigração e Economia Feminista.

    Phillip Granberry é um demógrafo social especializado em imigração nos Estados Unidos. Ele trabalhou com várias organizações comunitárias auxiliando imigrantes recém-chegados aos Estados Unidos antes de obter um doutorado em Políticas Públicas. Sua pesquisa se concentra na acumulação e uso de capital social entre os imigrantes mexicanos e no impacto da reforma de políticas de bem-estar e imigração sobre os latinos em Massachusetts. Atualmente, ele é associado de pesquisa sênior do Instituto Gastón, e leciona no Departamento de Economia da UMass Boston, onde ministra cursos sobre migração internacional e desenvolvimento econômico de áreas metropolitanas. 

    Alvaro Lima é Diretor de Pesquisa da Boston Planning and Development Agency. Após trabalhar em projetos de desenvolvimento econômico para comunidades de baixa renda no

    sul do Brasil, ele trabalhou em Moçambique como economista de desenvolvimento para o Governo da Frelimo – o primeiro governo socialista da África. Alvaro foi vice-presidente sênior e diretor de pesquisa da Initiative for a Competitive Inner City (ICIC) nos Estados Unido. Antes da ICIC, ele foi Diretor de Desenvolvimento Comunitário na Urban Edge, uma corporação de desenvolvimento comunitário sediada em Boston. Alvaro possui mestrado em Economia política  pela New School for Social Research e é fundador do Instituto Diáspora brasil (IDB).  

    Victor Luis Martins possui mestrado em Economia Aplicada pela University of Massachusetts Boston. Ele é especializado em Economia Financeira e Macroeconomia , e aplica metodologias de pesquisa quantitativa e qualitativa  para analisar questões econômicas e de políticas sociais. Atualmente sua pesquisa se concentra nos efeitos da financeirização e da carga de juros nos Estados Unidos , bem como em outros fatores econômicos e demográficos relacionados às comunidades Latinas no estado de Massachusetts. A pesquisa de Victor envolve habilidades de programação para análise de dados e modelagem estatística que complementam sua proficiência empírica na interpretação e análise de dados.

    Brasileiros em Londres

    Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

    Brasileiros nos EUA e em Massachusetts

    Este documento é patrocinado pelo Instituto Gaston e pelo Instituto Diaspora Brasil (IDB). Ele atualiza o relatório ‘Brasileiros nos EUA e em Massachusetts: Um Perfil Demográfico e Econômico’ publicado em 2007 por Álvaro Lima e Carlos Eduardo Siqueira.

    As comunidades imigrantes…

    Brasileiros na Itália

    A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

    Brasileiros na Itália

    Brasileiros na Itália

    Introdução

    
    

    A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarcês de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café foi a importação de escravos do Nordeste brasileiro, o que se mostrou insuficiente como fonte de mão-de-obra. Com a abolição da escravatura em 1888 e o progresso continuado da lavoura cafeeira na província de São Paulo, aumentou ainda mais a necessidade de mão-de-obra.

    Por outro lado, a Itália acabava de passar por um período de guerras de unificação e encontrava-se debilitada, com altas taxas de crescimento demográfico e de desemprego. Os Estados Unidos, o maior receptor de imigrantes, passaram a criar barreiras para a entrada de estrangeiros no país tornando o Brasil um destino viável levando à maciça imigração de italianos para o Brasil entre 1887 e 1902.

    A imigração italiana era vista com bons olhos pela elite brasileira da época pois além de prover a mão-de-obra necessária, ela era branca e católica o que, segundo o pensamento desta mesma elite, facilitaria o processo de assimilação desta população além de terem um impacto positivo no “branqueamento” da população do país – projeto antigo destas elites.

    Entre 1880 e 1924, entraram no Brasil mais de 3,6 milhões de imigrantes, dos quais 38% eram italianos seguidos pelos portugueses, espanhóis e alemães. O Brasil posicionou-se, assim, como o terceiro maior país receptor de imigrantes italianos entre os anos 1880 e a Primeira Guerra Mundial atrás apenas dos Estados Unidos (5 milhões) e da Argentina (2,4 milhões).

    As condições de trabalho no Brasil eram duras, o tratamento dado aos imigrantes cruel e o sistema de endividamento criava uma classe destituída que causou enorme comoção na imprensa italiana. Entre 1882 e 1914, 1.5 milhão de imigrantes de diferente nacionalidades chegaram a São Paulo e 695.000 deixaram o estado incluindo os italianos.

    Depois de quase um século de imigração italiana para o Brasil, no final do Século XX, a rota se inverteu. Nos anos 1980, o Brasil vivia um agrave crise econômica enquanto a Itália vivia um “boom econômico.” Este foi, sem dúvidas, um grande incentivo para aqueles procurando novas formas de recomeçar suas vidas. No Brasil, esta década é lembrada como a “década perdida,” período marcado por grande incerteza econômica, desemprego crescente e hiper-inflação que acompanhou o Brasil até os primeiros anos da década de 1990.

    A imigração brasileira para a Itália não se assemelha a estas dos brasileiros para outros destinos europeus (Bógus e Bassanez, 1996). Uma das características importante deste fluxo é a abrangência da lei italiana para a obtenção da nacionalidade por descendentes de imigrantes italianos. A Itália é o único país da Europa que permite a obtenção da nacionalidade por bisnetos de imigrantes. Segundo a Embaixada do Brasil na Itália, já foram concedidos mais de 215 mil títulos de nacionalidade italiana a brasileiros e outros 500 mil pedidos aguardam análise (BBC, 2008). Ainda segundo a mesma fonte, 10% dos brasileiros que conseguem a nacionalidade italiana fixa residência no país pondo assim, o número de brasileiros residindo na Itália como cidadão italiano em 30.000.  

    Quantos Somos e Onde Vivemos

    A proporção de estrangeiros residentes na Itália cresceu de 0,8% em 1990 para 7% em 2010, uma reviravolta enorme para um país eminentemente exportador de mão-de-obra por quase cem anos. Na chegada, a maioria dos imigrantes se dirigem para o centro-norte do país substituindo de certa forma a migração tradicional de jovens italianos do sul para o norte. Esse fluxo migratório é de importância fundamental para a economia italiana dado que sem ele, a população italiana teria 75.000 pessoas a menos em 2009. A imigração fez com que esta tenha ganho 295.000 pessoas (The Economista, 2011).

    Enumerar corretamente a população brasileiros na Itália é tarefa bastante difícil pois além das fontes disponíveis não contemplam os imigrantes em situação irregular no país. Além disto, como referido anteriormente, nem todos os brasileiros detentores de cidadania italiana emigraram para a Itália. 

    Dados estimam que nos anos 1980, o número de imigrantes brasileiros na Itália era de cerca 11 mil, sendo considerado a “primeira” comunidade migrante na Itália, após os peruanos e outros cidadãos do leste europeu, como romenos e albaneses.

    Segundo os dados do Ministério de Relações Exteriores (MRE), a população brasileira imigrante na Itália era de 85.000 pessoas em 2010 correspondendo a cerca de 9% da população brasileira imigrante na Europa. O Instituto Nazionale di Statistica (ISTAT) aponta que no mesmo período (2009), residiam na Itália, com registro, cerca de 44.067 brasileiros. Entre 2002 e 2007, o número de residindo na Itália cresceu a uma taxa de média de 10,2% ocupando o 21º lugar em tamanho entre as comunidades migrantes sendo suplantada em termos de países da América Latina apenas pelo peru (11º) e Equador (13º).

    Ainda segundo estimativas do Ministério das Relações Exteriores (MRE), em 2020, 161.000 brasileiros viviam na Itália. Em 2022, a população brasileira imigrante no país já era de 157.000 pessoas, um aumento de correspondendo a cerca de 3,4% da população brasileira residindo no exterior e 11% da população brasileira imigrante na Europa.

    A Itália não é o destino primeiro dos brasileiros que decidem morar no exterior. Antes do “país da bota,” temos os Estados Unidos, Japão, Portugal, Espanha e Inglaterra. Quando na Itália, assim como na maioria dos outros países de destino, os brasileiros procuram as áreas metropolitanas por vários motivos. Golini e Trozza (1998), destacam dentre outros motivos: o fácil accesso

    Estatísticas e Mapas

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    Idade, Gênero e Estado Civil

    A estrutura etária da população brasileira no Japão sofreu alterações durante os últimos vinte anos. Enquanto em 1994, esta população concentrava-se majoritariamente nos grupos etários entre 20 e 34 anos (39%). Os dekasseguis na faixa etária de 35 a 39 anos representavam outros 17,2% (Associação Brasileira de Dekasseguis (ABD). Em 2020, a idade média dos brasileiros era de 35,9 anos comparada a dos japoneses (47.9).((Statiscs Bureau of Japan, Census 2020.))

    Mudanças também ocorreram em relação a presença masculina que em 2002 predominava e hoje somente 48,6% da população.

    Ainda, segundo a mesma pesquisa da ABD, a maioria dos dekasseguis era casados, a composição diferente da de hoje onde somente 28,3% dos brasileiros são casados, enquanto 59,5% nunca casaram; 1,3% são viúvos; 6,3% são divorciados.((4,3% não responderam.))Essa composição é bastante similar a da população japonesa. Os brasileiros são casados 2% mais que os japoneses; nunca casaram 3,5% mais que os japoneses; divorciados a somente um pouco maior -1.1% – e como a população é mais jovem que a japonesa, estes teem menos viúvos que os japoneses 

     

    Motivos da Partida

    As razões para a partida, continuam as mesmas dos anos iniciais e similares àquelas dos brasileiros que buscam outros destinos. Os dados da pesquisa de 2004 da Associação Brasileira de dekasseguis (ABD), apontava como razões para a emigração a “fuga do desemprego” (25% dos homens e 27,7% das mulheres); a “insatisfação com a renda/salário” (47,5% dos homens e 49% das mulheres); “poupar para abrir um negócio no Brasil” (48,7% dos homens e 35,9% das mulheres); “sustentar a família” (29,5% dos homens e 23,3% das mulheres); “conhecer o Japão” (25,7% dos homens e 32,3% das mulheres); “pagar estudos” (25,6% dos homens e 27,1% das mulheres); e “pagar dívidas” (8,9% dos homens e 7,6% das mulheres).

    Patarra e Baeninger (2006) argumentam que os emigrantes brasileiros que se dirigiram principalmente para os países do primeiro mundo, buscavam principalmente a mobilidade social, que se encontrava truncada no Brasil na década de 1980. Assim, os nipo-brasileiros, pertencentes à classe trabalhadora ou oriundos da classe média, tornam-se imigrantes, retornando ao país dos seus ancestrais, de forma a compensar as perdas significativas em seus padrões de vida. Trocam o trabalho que dá prestígio no Brasil pelo trabalho que remunera. 

    Inserção no Mercado de Trabalho e Educação

    O Japão se defronta com um problema perene relacionado ao envelhecimento da população com a diminuição relativa da população em idade ativa, bem como a contínua queda da fecundidade que acentua essa tendência e leva a uma de crescimento negativo da população e seu declínio. Além disso, o Japão possui uma das maiores expectativas de vida do mundo. Em 2008, para as mulheres era de 86,05 anos de vida ao nascer e para os homens de 79,29, a maior do mundo entre as mulheres e a quarta maior entre os homens (Suzuki, 2009). Assim, essa dinâmica demográfica leva a uma queda acentuada da população ativa o que implica dificuldades no preenchimento dos postos de trabalho, principalmente aqueles não qualificados (Sasaki, 2000).

    Embora a economia japonesa tenha experimentado falta de mão de obra nos anos prósperos de 1960, o tanto governo japonês quanto as grandes corporações optaram pela automação para não depender de mão-de-obra estrangeira. A partir dos anos 70, outra tentativa de suprimento de mão-de-obra foi feita pela incorporação cada vez maior das mulheres no mercado de trabalho em posições de baixo salário e tempo parcial nos setores manufatureiros e de serviços (Roberts, 1994).

    Durante os anos 1980/1990, a escassez de mão-de-obra para abastecer as pequenas e médias empresas japonesas criou um dilema para o governo japonês – como manter a homogeneidade étnica e cultural (imaginada ou não) tão caras aos japoneses frente a demanda crescente de mão-de-obra para postos de trabalho não qualificados (Yamanaka, 1996). Para resolver estas questões econômicas e laborais, a resposta encontrada foi o recrutamento de mão-de-obra entre a diáspora japonesa.

    Como referido anteriormente, com a reforma da lei de imigração de 1990, o Japão passou a conceder visto de permanência para os descendentes de japoneses estimulando assim, o fluxo migratório dos brasileiros nikkeis e seus cônjuges. No entanto, estes vistos eram emitidos com duração de 6 meses a 3 anos com possibilidade de renovação. Além disto, estes vistos estavam atrelados a contratos de trabalho com períodos fixos, podendo os empregadores eliminá-los quando dos seus términos.

    A partir da metade da década de 1990, como decorrência da prolongada recessão econômica, os trabalhadores japoneses voltaram a ocupar os empregos que vinham sendo ocupados pelos estrangeiros sendo estes empurrados para segmentos ainda mais desfavoráveis do mercado de trabalho com relações empregatícias de caráter predominantemente contingêncial (Tanno, 2007).

    As ocupações mais comuns  entre os brasileiros neste período inicial eram ligadas ao setor manufatureiro, seguida de ocupações em serviços de escritório e no setor de serviços em geral. Na sua maioria, os brasileiros exerciam trabalhos considerados indesejáveis para os japoneses nativos que exigiam pouca qualificação denominados pelos trabalhadores imigrantes como os trabalhos 5K: pesado (kisui), perigoso (kiken), sujo (kitanai), exigente (kibshii) e indesejável (kirai).((Kawamura, 1999)).   

    A estrutura do mercado de trabalho japonesa é marcadamente dual, dividida entre os setores primários e secundários caracterizados pela disparidade salarial, benefícios, oportunidades de treinamento e estabilidade empregatícia entre as empresas mães (empresas contratantes), de grande porte, e as subcontratadas, de pequeno e médio portes (Genda, 2006; Kosugi, 2003; Hara e Seiyama, 2006) Assim, or recursos humanos destinados as primeira são na sua maioria oriundos das universidades e, formados por japoneses nativos formando um sistema de emprego vitalício denominado keiretsu (Tanno, 2007). Como resultado, os trabalhadores das pequenas e médias empresas não podem ser transferidos para as empresas mães (Tanno, 2007). Os brasileiros, na sua grande maioria, eram empregados por sub-contratantes e enviados para empresas do setor secundário como trabalhadores temporários.

    Dados da Universidade de Sofia, na cidade de Toyota sugeriam que neste período inicial, 71% dos brasileiros estavam empregados no setor de autopeças e o restante distribuído em pequenas fábricas de produtos eletrônicos, carburadores para máquinas diversas, produtos de cerâmica, restaurantes, etc. Cerca de 84% estavam empregados em empresas com menos de 300 empregados ou de capital inferior a 100 milhões de ienes, consideradas pequenas e médias empresas pela lei japonesa (Tanno, 2007).

    A crise de 2008….

    Hoje, segundo o Censo japonês de 2020, os brasileiros representam 0.2% da força de trabalho japonesa com 112.474 brasileiros participando da força de trabalho ativa. Na sua maioria (96%) estão entre os 15 e 64 anos de idade. Os desempregados somavam 9%. Aqueles em idade de trabalho mas não engajados no mercado de trabalho contavam 19.407 pessoas. Outros 6.444 atendiam escola e 8.753 faziam trabalhos domésticos. 17.130 não responderam sobre seu status laboral.

    Assim como no começo da emigração brasileira para o Japão, os emigrados de hoje, são predominantemente de classe média no Brasil refletido na alta parcela de pessoas com educação XXXX entre estes (Tsuda, 2003; Kajita et al., 2005 e XXXXX, 2020).

     

    Referências Bibliográficas:

    Bassanezi, M. S. B e Bógus, L. M. M. (1997). Brasileiros Soggiornanti na Itália: Um perfil Sócio-Demográfico. trabalho apresentado no I Simpósio Internacional sobre Emigração Brasileira, Lisboa.

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    Bógus, Luicia M e Bassanezi, Maria S. (1996). “Do Brasil para a Europa – Imigrantes Brasileiros na Península Itálica neste Final de Século.” in O Fenômeno Migratório no Limiar do 3º Milênio, Rio de Janeiro, Ed. Vozes.

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    Margolis, Maxine L. (2005). “Brazilians in the United States, Canada, Europe, Japan, and Paraguay. In Encyclopedia of Diasporas. Edited by Melvin Ember, carol R. Ember and Ian Skoggard. Springer.

    Ministério das Relações Exteriores – MRE. (2022). Brasileiros no Mundo – Estimativas xxxx, Subsecretaria Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior (SGEB); Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior (DCB: Divisão de Assitência Consular – DAC.

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    Brasileiros no Canadá

    Brasileiros no Canadá

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    Introdução

    
    

    Embora as relações entre Brasil e Canadá remontem a 1866 quando o Canadá inaugurou sua primeira missão comercial no território brasileiro, o primeiro registro de movimento migratório que se tem conhecimento ocorreu em 1902, quando um grupo de 48 brasileiros viajou em direção a Port Arthur, atual Thunder Bay, ao norte de Ontario (Barbosa, 2012). Por outro lado, de acordo com a mesma autora, a criação da São Paulo Light Company em 1899, marca o princípio do fluxo de canadenses para o Brasil. Inspirado no sucesso paulista, em 1904, foi criada no Rio de Janeiro a Tramaway Light and Power Company. Em 1912, as duas companhias uniram-se sob o nome de Brazilian Traction, Light and Power Company. Por

    cerca de oitenta anos, a Light, como era conhecida no Brasil, teve um papel importante no desenvolvimento dos setores de geração de energia hidroelétrica, instalação de linhas de bondes elétricos, fornecimento de gás e telefonia (Armstrong, 1988; McDowall, 1988; Dean, 2005). 

    Crescente criticismos do domínio estrangeiro sobre o setor energético brasileiro por parte de setores nacionalistas nos anos 1920s/1930s, junto a problemas de qualidade nos serviços providos pela Light levaram à um descontentamento crescente com a companhia. Nos anos 1950s, foi proposta de criação da empresa estatal, Eletrobrás, e o estado começou a operar a Hidroelétrica de Furnas. A Eletrobrás foi finalmente criada em 1962 e a Light (conhecida agora como Brascan) foi vendida para o governo brasileiro em Janeiro de 1979. Em 1996, o governo de Fernando Henrique Cardoso vendeu a companhia para um grupo de investidores privados. Em 2002 o grupo Francês Electricité de France controlava mais de 94% da companhia.

    Há registros, que por quase um século, a empresa recrutou seus administradores e engenheiros em Toronto. Conta-se ainda, que alguns destes técnicos casaram-se com brasileiras eventualmente retornando com suas esposas e filhos dando origem ao primeiro deslocamento permanente de brasileiros para o Canadá. Poucos brasileiros foram trabalhar nos escritórios da empresa no Canadá, embora vários milhares trabalhavam para a empresa no Brasil  (Shirley, 1999). Esse fluxo aumenta nas décadas de 1960 e 1970 quando famílias de refugiados de guerra europeus vivendo no Brasil começaram a reunificar com suas famílias residindo em outros países. Assim, 40% dos imigrantes brasileiros para o Canadá neste período não eram brasileiros natos. Na sua maioria, estes grupos de europeus eram de origem Ucraniana, Alemã e Morávia que tinham emigrado para o Brasil no final do século IXX e começo do século XX e re-migraram para o Canadá. No mesmo período, como resultado da repressão da ditadura militar  instalada em 1964 no Brasil, o Canadá recebeu alguns imigrantes brasileiros incluindo intelectuais como Paulo Freire, Florestan Fernandes, Herbert de Souza e o novelista Sergio Kokis que continua vivendo em Montreal (Schugurensky, 2011; Hazelton, 2002).

    Ao longo do tempo, o Canadá viu na imigração uma fonte de promoção do seu crescimento demográfico e econômico. É neste contexto que se insere a imigração brasileira que ganha volume com a crise econômica e política brasileira dos anos 1980 (SEGA, 2018). Este fluxo muda de composição passando, na sua maioria, a ser formado por brasileiros natos que emigravam por motivos econômicos. A imigração brasileira para o Canadá cresceu durante a primeira metade dos anos 1980, até que a partir de 1987 tornou-se obrigatório o visto o que dificultou a entrada dos migrantes no território canadense (Barbosa, 2012). Dado o número significante de brasileiros entrando no país como “turistas,” a partir da metade de 1987, a imigração canadense começou a interrogar os brasileiros antes da admissão e aqueles sem recursos financeiros adequados eram retornados imediatamente para seus pontos de partida (Goza, 1999),

    No entanto, em 1985, os imigrantes brasileiros, utilizando-se da decisão do Supremo Tribunal canadense que os pretendentes ao ingresso no país na condição de refugiados não poderiam ser expulsos sem que antes terem o direito a audiência, entravam o país em grande números. O parecer do Supremo também estabelecia ainda que enquanto os pretendentes aguardavam a definição dos seus status, poderiam trabalhar no Canadá e se beneficiarem do seguro nacional de saúde. Além disso, tinham direito a recurso o que lhes proporcionava maior estadia no país (Goza, 1992). 

    A partir 1989, esta política foi reformulada, incorporando duas etapas: a primeira, determinava a razoabilidade dos pedidos e, em caso afirmativo, eram concedidos os direitos listados acima. Caso contrário, eram deportados. Numa segunda etapa, os pretendentes eram submetidos a nova audiência da qual resultava a decisão final sobre seus pedidos de refúgio (Ibid.). 

    No início da década de 1990, apesar de leis de imigração mais rígidas, a imigração brasileira para o Canadá aumentou (Sega, 2018), desta vez, de cunho claramente laboral aproveitando as campanhas do governo canadense para recrutar trabalhadores qualificados, com anúncios em jornais, revistas e palestras ministradas pela Embaixada e Consulados (Barbosa Nunes, 2003). Ao final do século XX e início do século XXI, observou-se outra vez um crescimento da população brasileira emigrante (Margolis, 2013).

    Segundo dados do governo canadense, o Canadá deseja suprir seu déficit populacional admitindo cerca de 1,4 milhão de moradores permanentes nos próximos três anos (Sean Fraser, Ministro da Imigração do Canadá, 2023).

    Quantos Somos e Onde Vivemos

    O Canadá recebe um número considerável de imigrantes todos os anos. Entre 2001 e 2014, o país recebeu, em média, 249.500 imigrantes. Em 2015, mais de 271.800 imigrantes foram admitidos enquanto estes números alcançaram mais de 296.000 em 2016. Entre 2016 e 2021, o Canadá admitiu pouco mais de 1,3 milhão de imigrantes (Statistics Canada, 2023). De acordo com o Censo canadense de 2021, a população imigrante no Canadá representa 23% da população do país – a maior proporção entre os países do G7. De acordo ainda com a mesma fonte, a maioria destes imigrantes eram oriundos da Índia, Filipinas e China. Em 2021, o Brasil era a  9º principal origem das Américas (Censo, 2021).

    Embora o número de Brasileiros no Canadá ainda seja pequeno, ele tem conhecido um crescimento significativo nos últimos anos do século XX e início do século XXI. Segundo o Censo canadense de 2021, 76.665 brasileiros residiam no país (0,2% da população). O Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE) no entanto, estima que em 2020, 122.400 brasileiros residiam no Canadá. O MRE registra ainda uma população de 133.170 brasileiros residindo no Canadá em 2022 representando 2,9% da população brasileira residindo no exterior e 6,4% da população brasileira residindo na América do Norte. Segundo a mesma fonte,  esta população representa um crescimento de 544% em relação ao ano de 2008 quando a população brasileira no país era de 20.650 pessoas. Dados completos podem ser encontrados nos links a seguir: Estatísticas e Mapas.

    Como é sabido, as fontes referentes ao número de brasileiros emigrados variam substancialmente. Por exemplo, enquanto o MRE em 2010 estimou 30.146 brasileiros vivendo no Canadá, o IBGE no Censo de 2010 registrou somente 10.540 pessoas. Enquanto o MRE tende a superestimar a população, o IBGE tende a subestimá-la. De acordo com o censo canadense, a população brasileira subiu de 1.365 em 1986, para 12.500 em 2006 (Statistics Canada, 2006). 

    O recenseamento canadense de 1990, registrou 5.295 permanente residentes nascidos no Brasil. Entre 1991 e 1995, somaram-se outros 2.245 brasileiros nativos. De 1996 a 2000, o censo registrou 2.510 brasileiros adicionais e entre 2001 e 2005, 5.075 juntaram-se a estes. Somados aos brasileiros que entraram no país entre 2006 e 2010, 10.172, tem-se, segundo esta fonte, um total de 25.292 brasileiros vivendo no Canadá uma estimativa mais perto desta do MRE do que daquela do IBGE.

    A maioria dos brasileiros residentes no Canadá estão concentrados nas Províncias de Ontário (47%), Québec (21%), British Columbia (20%) representando 88% da população brasileira residente no Canadá.

    Brasileiros em Londres

    Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

    Brasileiros nos EUA e em Massachusetts

    Este documento é patrocinado pelo Instituto Gaston e pelo Instituto Diaspora Brasil (IDB). Ele atualiza o relatório ‘Brasileiros nos EUA e em Massachusetts: Um Perfil Demográfico e Econômico’ publicado em 2007 por Álvaro Lima e Carlos Eduardo Siqueira.

    As comunidades imigrantes…

    Brasileiros na Itália

    A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

    Brasileiros no Canadá

    Embora as relações entre Brasil e Canadá remontem a 1866 quando o Canadá inaugurou sua primeira missão comercial no território brasileiro, o primeiro registro de movimento migratório que se tem conhecimento ocorreu em 1902, quando um grupo de 48 brasileiros viajou em direção a …

    Brasileiros no Japão

    A emigração de brasileiros para o Japão está ligada ao fluxo migratório de japoneses para o Brasil no início do século XX. Impulsionado pelo próprio governo japonês e pela demanda de mão de obra para a cafeicultura em expansão no oeste paulista, cerca de 190.000 japoneses emigraram para o Brasil …

    Os imigrantes, principalmente os que chegaram recentemente, são mais propensos a viver nos centros urbanos maiores do que a população canadense nativa. Os brasileiros não fogem à regra. As regiões metropolitanas (Census Metropolitan Areas – CMAs) com maior concentração de imigrantes brasileiros estão localizadas em Toronto (24.000), Vancouver (13.000), Montreal (12.000), Ottawa-Gatineau (7.000), Calgary (3.000), Québec (2.000), Kitchener-Cambridge-Waterloo (2.000), London (2.000), Edmonton (1.000), Hamilton (1.000), entre outras. 

    O crescente nível de investimentos entre Brasil e Canadá contribui para o aumento dos fluxos migratórios entre os dois países. Atualmente, o Brasil é o terceiro maior parceiro comercial do Canadá e o quarto investidor após os Estados Unidos, o Reino Unido e a Holanda, com investimentos de $22 bilhões de dólares (Pinto, 2008). Outros aspectos importantes são as incertezas das políticas migratórias dos Estados Unidos, a dificuldade de obtenção de visto nesse país e o clima anti-imigrante, que fazem  

    com que os brasileiros cada vez mais escolham o Canadá quando idealmente queriam ir para os Estados Unidos país que mais recebe brasileiros emigrantes (Barbosa, 2009). Assim, a expectativa é que a imigração brasileira para o Canadá não só continue, mas que tenda a aumentar.

    Motivos da Partida

    Várias são as razões para a partida. A deterioração econômica, social e política no Brasil nos anos 1980, a chamada década perdida, inicia o ciclo de emigração dos brasileiros para a América do Norte, Europa e Japão. Mais tarde, entremeada á crise financeira global de 2007-2008, a crescente violência urbana como mostra o Atlas da Violência 2017, o Brasil continua tendo altos  índices de mortes violentas. Isso torna o Brasil um dos países mais violentos do mundo (taxa de homicídio de 28,9 por 100 mil habitantes). Estes fatores criam desilusão nas classes médias que deixam o país mesmo aqueles que têm bons empregos. De fato, a violência urbana passa a ser um dos fatores determinantes do fluxo emigratório brasileiro no começo do século XXI. Adela Pelegrino (2001) aponta para o fato de que a causa do aumento da emigração latino-americana, envolve principalmente profissionais e indivíduos com alto grau de educação oriundos da Argentina, Brazil e Venezuela. 

    Relatório de Pesquisa: Perfil dos Brasileiros no Canadá, 2019.

    O golpe parlamentar em 2016 que levou ao impedimento da Presidenta Dilma Rousseff desencadeou um processo político de extrema direita que culminou com a prisão do Presidente Luís Inácio Lula da Silva e a eleição de Jair Bolsonaro. O governo deste último, causou danos incomensuráveis ao país, deixando não só as classes trabalhadoras, alvo permanente da direita, mais também as classes médias em situação de declínio nos seus níveis de vida, além da criação de um clima político de alta tensão e discórdia. Este clima continua nos dias de hoje com a eleição de Luís Inácio Lula da Silva depois de inocentado pelo Supremo Tribunal Federal.

    A escolha pelo Canadá não se dá somente pelos fatores citados acima mas também como resultado das campanhas de recrutamento do governo Canadense via anúncios em revistas brasileiras além de reuniões organizadas pelos Consulados canadenses em diversos estados brasileiros. O tipo de imigrante em vista é uma pessoa com alto grau de educação, fluente em inglês e francês com experiência de trabalho no seu campo de especialização (Barbosa Nunes, 2003). Para os brasileiros emigrantes, a atração pelo Canadá se dá pelo seu alto nível de qualidade de vida, economia estável, segurança pública e a possibilidade de desenvolvimento pessoal (Machado, Falcão e Cruz, 2022).  

    Relatório de Pesquisa: Perfil dos Brasileiros no Canadá, 2019.

    Como referido anteriormente, o Canadá tem visto a imigração como um instrumento de promoção do seu crescimento demográfico e econômico privilegiando a atração de imigrantes com alta qualificação estruturado num sistema de pontos (point-based system of skilled-worker immigration), que leva em consideração fatores como idade, nível de proficiência do inglês e francês, formação acadêmica e trajetória profissional para determinar quem receberá a residência permanente. 

    O estabelecimento deste sistema de pontos para a aquisição do visto de residência e trabalho, significa que apenas um número pequeno de brasileiros com educação relativamente alta consegue emigrar para o Canadá. O recrutamento é focado também no preenchimento de necessidades particulares do mercado de trabalho. Cada vez mais o governo canadense prioriza quem já estudou e/ou trabalhou no país pois essas pessoas já estão inseridas na cultura local.

    O Quebec é uma exceção pois é a única província que tem poder para definir suas próprias regras de imigração. 

    Muitos brasileiros ainda teem preferência pelos Estados Unidos, destino tradicional dos emigrantes brasileiros, mas desistiram deste pela hostilidade existente contra os imigrantes, a idéia da assimilação mais ou menos forçada comparada ao multiculturalismo canadense, além de melhores condições proporcionadas pelo governo para a integração dos imigrantes verso a total ausência de políticas públicas de acolhimento, assentamento e integração nos Estados Unidos. Finalmente, e mais importante, a opção entre Estados Unidos e Canadá pode ser, para muitos, a opção entre a imigração legal no Canadá ou ilegal nos Estados Unidos.

    Quem Somos e o Que Fazemos

    Segundo o Censo canadense de 2021, tinham 76.665 brasileiros vivendo no Canadá. O Censo canadense revelou ainda que as mulheres representam cerca de xx% da população brasileira. O nível educacional dos brasileiros vivendo no país era relativamente alto com 25% deles tinham diploma universitário. xxxx  . A convalidação dos diplomas  brasileiros tem sido um problema grande forçando parte dos brasileiros a trabalharem em outra área  que aquela de suas formações.

    A maior parte dos brasileiros residentes esta empregada (66%), outros 26% encontram-se fora da força de trabalho e 8% estão desempregados. As ocupações mais frequentes eram estas ligadas a profissionais na área de tecnologia da informação, engenheiros, estudantes de graduação, mestrado e PhD e administradores. Ocupações como professores, economistas, profissionais da saúde e advogados também foram citadas. (Paiva, 2018)

    A renda familiar é alta com 38,1% dos entrevistados declarando estar ganhando entre 2005 reais a 8.640 reais e 29,4% declarou renda de 11.262 mensalmente (Paiva, 2018).

    Finalmente, a autora da mesma pesquisa, afirma que 97% dos brasileiros residentes no Canadá estavam em situação legal. 

    Referências Bibliográficas:

    Andrès, Bernard. (2003). Que Latino-Americanidade para o Quebec e o Brasil? ALCEU 4, 7: 196 – 210.

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    Barbosa, Rosana. (2003). Brasileiros no Canadá: Um Novo e Crescente Grupo de Imigrantes. CANADART, Revista do Núcleo de Estudos Canadenses da Universidade do estado da Bahia 9: 197 -216..

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    McDowall, Duncan. (1988). The Light. Brazilian Traction, Light, and Power Company Limited. 1899 – 1945. Toronto: University of Toronto Press.

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    Paiva, Clara Radicetti (2018). Fluxos Migratórios Recentes: Um estudo de casos dos Emigrantes brasileiros no Canadá e Portugal. Universidade Federal do rio de Janeiro, Instituto de Economia. Rio de Janeiro.

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    Sales, Teresa. (1998). Brasileiros Longe de Casa. São Paulo: Cortez Editora.

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    Vidal, Maria do Socorro. (2000). Brasileiros no Canadá. A Descoberta de Novos Caminhos. Ph.D. Dissertação. Pontífica Universidade Católica, São Paulo.

    Brasileiros em Londres

    Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

    Brasileiros nos EUA e em Massachusetts

    Este documento é patrocinado pelo Instituto Gaston e pelo Instituto Diaspora Brasil (IDB). Ele atualiza o relatório ‘Brasileiros nos EUA e em Massachusetts: Um Perfil Demográfico e Econômico’ publicado em 2007 por Álvaro Lima e Carlos Eduardo Siqueira.

    As comunidades imigrantes…

    Brasileiros na Itália

    A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

    Brasileiros no Japão

    Brasileiros no Japão

    Angelo Ishi é conselheiro, pesquisador Associado e curador da página “Brasileiros no Japão.” Formado em Jornalismo na USP com mestrado em Ciências Sociais na Universidade de Niigata no Japão, e doutorado na Universidade de Tokyo. Ishi ocupa hoje a posição de professor titular da Faculdade de Sociologia da Musashi University, em Tóquio.

    Introdução

    A emigração de brasileiros para o Japão está ligada ao fluxo migratório de japoneses para o Brasil no início do século XX. Impulsionado pelo próprio governo japonês e pela demanda de mão de obra para a cafeicultura em expansão no oeste paulista, cerca de 190.000 japoneses emigraram para o Brasil entre o período que vai da chegada do navio Kasato Maru em junho de 1908 trazendo o primeiro contingente japonês até 1941. Com o advento do Estado Novo e seu projeto nacionalista, uma série de leis e medidas restritivas a emigração foram impostas principalmente para os nacionais de países do Eixo – Japão, Itália e Alemanha. Escolas foram fechadas, publicação de revistas e jornais destas comunidades vetadas, os imigrantes proibidos  de organizar atividades políticas e até mesmo de falar seu idioma. Durante este período, o Brasil rompeu relações diplomáticas com o Japão, abrigando a maior colônia japonesa do mundo.

    Até a eclosão da Segunda Guerra Mundial, os imigrantes japoneses no Brasil consideravam-se nihonjin, japoneses, pois mantinham a perspectiva de volta ao Japão.

    Somente na década de 1950 o fluxo migratório japonês foi retomado. Deste período até 1988 o Brasil recebeu 53.555 imigrantes japoneses. Hoje, o Brasil é o país com a maior comunidade de origem japonesa no mundo, contando com cerca de 1,5 milhão de japoneses e seus descendentes que atualmente se encontram na terceira e/ou quarta geração (Sasaki, 2010). 

    No final dos anos 1980 este fluxo reverte-se e intensifica-se nos anos 90 com a crise econômica e social no Brasil. Conhecida como a “década perdida,” os anos 80 foram marcados pela “instabilidade política, queda do desempenho econômico, elevação do custo de vida, crescente queda do poder aquisitivo, alta taxa inflacionária, aumento do desemprego, concentração da renda, e em consequência, a deteriorização das condições de vida de grande parte da população, em particular os extratos médios” (Oliveira, 1997; Kawamura, 1999). Essa crise fez com que um grande número de brasileiros de classe média buscasse emprego no exterior principalmente nos Estados Unidos, Paraguai, Japão e na Europa (Assis & Sasaki, 2000).

    Enquanto no Brasil a década de 1980 foi caracterizada pela recessão econômica, o Japão experimentava um boom econômico. As pequenas e médias empresas sofriam  escassez de mão-de-obra que viria a ser provida pela mão-de-obra estrangeira. Além da questão demográfica, uma população idosa cada vez mais numerosa associada à baixa natalidade, os japoneses mais jovens recusavam-se a trabalhar nestas empresas pois não havia oportunidades de ascensão, preferindo as empresas maiores com maior perspectivas profissionais.

    Com a reforma da Lei de Controle da Imigração promulgada em junho de 1990, os descendentes de japoneses oriundos da América do Sul, principalmente brasileiros e peruanos, formam o novo contigente de trabalhadores para estas pequenas empresas. Durante o período anterior à reforma de 1990, o Japão estava recebendo uma quantidade imensa de imigrantes “ilegais” oriundos do Paquistão, Bangladesh, China e Tailândia. A legislação de 1990 privilegiou então os imigrantes com ascendência japonesa de forma a não perturbar a homogeneidade étnica mítica do país (Sasaki, Elisa 2006). 

    Assim, filhos (nissei) e netos (sansei) dos japoneses que emigraram para a América do Sul foram a terra de seus ancestrais em busca de trabalho. Vistos para a quarta geração de descendentes japoneses (yonsei-jin) foram concedidos somente para aqueles acompanhados por aqueles da terceira geração – os nikkeis. Segundo Kawamura (1995), a palavra nikkey refere-se aos descendentes de japoneses nascidos fora do Japão e compreende os nisseis (segunda geração), saseis (terceira geração), yonseis (quarta geração) e os mestiços que emigram para o Japão, em geral, eram oriundos das classes médias urbanas. Mesmo exercendo atividades no Japão menos condicente com as suas qualificações profissionais, eles eram muito diferentes dos seus ancestrais que em geral eram agricultores no Japão. Eles diferem também dos outros emigrantes brasileiros pois possuem status migratório regular, e contam, via de regra, com o apoio institucional do governo japonês.

    No Japão, ficaram conhecidos como dekasseguis, o que significa literalmente “trabalhando distante de casa” expressão esta que designa qualquer pessoa que deixa sua terra natal para trabalhar temporariamente em outra região ou país. A palavra dekassegui (em japonês 出稼ぎ) é formada por dois ideogramas deru (出る- sair) e kassegu (稼< – trabalhar para ganhar dinheiro), sendo aplicado a qualquer pessoa que deixa sua terra natal para trabalhar temporariamente em outra região. Originalmente o termo era aplicado aos trabalhadores  sazonais, principalmente do norte  do Japão que procuravam trabalho mais ao sul (Beltrão, Kaizô Iwakami e Sonoe Sugahara, 2006).

    Segundo Angelo Ishi, Professor da Faculdade de Sociologia da Universidade de Musashi em Tóquio, a história da migração dos nikkeijin brasileiros para o Japão pode ser dividida em quatro estágios. O primeiro, começa nos meados dos anos 1980 e ficou conhecido como o fenômeno do U-Turn quando poucos isseis, primeira geração de imigrantes, retornam ao Japão. Este período foi gradualmente substituído pela migração dekassegui, termo que refere-se aos nisseis e sanseis.

    A década de 1990 conhece um aumento extraordinário do número de brasileiros no Japão e o começo do assentamento desta comunidade. Aqui, conforme compreensão de Ishi, a palavra dekassegui é substituída pela palavra decasségui de forma a desvincular a conotação negativa da ortografia original.

    Os anos 2000s marcaram a sedimentação dos imigrantes brasileiros residentes no Japão, passando, conforme com o mesmo autor, de decasségui a imigrantes. O período onde uma grande porção dos decasséguis deixaram de lado a ilusão do retorno. O número de pessoas que obtiveram permanente vistos  aumentou de 2.644 em 1998 para 10.568 em 2003 e mais de cem mil nos anos seguintes.

    A crise financeira global de 2008, criou desemprego massivo no Japão com efeitos nefastos para a comunidade brasileira.

    More recente history

     Quantos Somos e Onde Vivemos

    Hoje, 206.000 brasileiros vivem no Japão, segundo dados do Ministério da Justiça daquele país. Uma população maior do que a apontada no Censo japonês de 2020 quando os brasileiros somavam 180.014 pessoas mas, menor que a população anterior, antes da crise de 2008, que chegou a mais de 300.000. MRE No Brasil, esta comunidade é contabilizada pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) como o terceiro maior grupo vivendo fora do país e somando XXXX em 2020 (XXXXXXX).

    Em Abril de 2009, o governo japonês introduziu um programa incentivando os brasileiros e outros imigrantes latino americanos a retornar para seus países de origem oferecendo US$3.000 dólares para passagens e US$2.000 dólares para cada dependente. Aqueles que optaram em participar do programa teriam que concordar em não voltar para o Japão no futuro.  Enquanto o número de brasileiros diminuiu, o número de imigrantes de outros países como a China, Filipinas e Vietnam, continuou a crescer dado outros esquemas de emprego como o sistema de estagiários.((De acordo com o Setor de Imigração do Ministério da Justiça do Japão, em 2007, as principais nacionalidades dos estrangeiros registrados no Japão eram: chineses com 606.889 (28,2%); coreanos com 593.489 (27,6%); brasileiros com 316.967 (14,7%); filipinos com 202.592 (9,4%) e peruanos com 59.696 (2,8%).))

     Em 2019, o governo japonês alterou outra vez a legislação migratória desta vez deixando de lado a velha distinção entre trabalho especializado ou de baixa especialização e o trabalho de alta qualificação constante no seu regime migratório. Incentivado pela Federação de Negócios do Japão (Keidanren), o objetivo era atrair cerca de 350.000 trabalhadores de qualificação média num período de cinco anos para cobrir o déficit laboral((Milly, Deborah J. (2022). Migration Information Source))

    Por quase duas décadas, os brasileiros se mantiveram como a terceira maior comunidade imigrante no Japão depois dos chineses e sul coreanos. Nos últimos dez anos no entanto, foram ultrapassados pelos filipinos e depois pelos vietnamitas. Os vietnamitas somam hoje 500 mil, ou 16% do total dos 2,6 milhões de imigrantes residentes no país. De acordo com o Ministério de Justiça japonês, os vietnamitas hoje são o segundo maior grupo, atrás apenas dos chineses – 744 mil, ou 25,1% do total.((A população imigrante no Japão é muito pequena (2,2% em 2020) comparada com 13,3% nos Estados Unidos, 19% na Alemanha e 21% no Canadá.))

    A população brasileira encontra-se concentrada principalmente, na região central do Japão destacando-se as Províncias de Shizuoka e Aichi. As cidades com maior número de brasileiros são Hamamatsu (Shizuoka), e Toyohashi, Toyota, Nagoya e Okazaki, todas na província de Aichi, onde predominam a indústria automobilística e as firmas subcontratadas. Além dessas cidades, os brasileiros vivem também na região central do país como Shizuoka, Kanagawa, Saitama e Gunma onde estão empregados em outros setores da economia como os setores de serviço e alimentícios. A concentração de brasileiros nessas regiões são, em parte, produto dos arranjos feitos pelos agentes de emprego. Para visão completa da população brasileira no Japão, segundo o Censo de 2020 visitar Estatísticas e Mapas.

     

    Brasileiros em Londres

    Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

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    Este documento é patrocinado pelo Instituto Gaston e pelo Instituto Diaspora Brasil (IDB). Ele atualiza o relatório ‘Brasileiros nos EUA e em Massachusetts: Um Perfil Demográfico e Econômico’ publicado em 2007 por Álvaro Lima e Carlos Eduardo Siqueira.

    As comunidades imigrantes…

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    A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

    Brasileiros no Canadá

    Embora as relações entre Brasil e Canadá remontem a 1866 quando o Canadá inaugurou sua primeira missão comercial no território brasileiro, o primeiro registro de movimento migratório que se tem conhecimento ocorreu em 1902, quando um grupo de 48 brasileiros viajou em direção a …

    Brasileiros no Japão

    A emigração de brasileiros para o Japão está ligada ao fluxo migratório de japoneses para o Brasil no início do século XX. Impulsionado pelo próprio governo japonês e pela demanda de mão de obra para a cafeicultura em expansão no oeste paulista, cerca de 190.000 japoneses emigraram para o Brasil …

    Idade, Gênero e Estado Civil

    A estrutura etária da população brasileira no Japão sofreu alterações durante os últimos vinte anos. Enquanto em 1994, esta população concentrava-se majoritariamente nos grupos etários entre 20 e 34 anos (39%). Os dekasseguis na faixa etária de 35 a 39 anos representavam outros 17,2% (Associação Brasileira de Dekasseguis (ABD). Em 2020, a idade média dos brasileiros era de 35,9 anos comparada a dos japoneses (47.9).((Statiscs Bureau of Japan, Census 2020.))

    Mudanças também ocorreram em relação a presença masculina que em 2002 predominava e hoje compõem somente 48,6% da população.

    Ainda, segundo a mesma pesquisa da ABD, a maioria dos dekasseguis era casados, a composição diferente da de hoje onde somente 28,3% dos brasileiros são casados, enquanto 59,5% nunca casaram; 1,3% são viúvos e 6,3% são divorciados.((4,3% não responderam.))Essa composição é bastante similar a da população japonesa. Os brasileiros são casados 2% mais que os japoneses; nunca casaram 3,5% mais que os japoneses; divorciados a somente um pouco maior -1.1% – e como a população é mais jovem que a japonesa, estes teem menos viúvos que os japoneses.  

     

    Motivos da Partida

    As razões para a partida continuam as mesmas dos anos iniciais adicionada à questão da violência urbana e às constantes crises econômicas e políticas. Dados da pesquisa de 2004 da Associação Brasileira de dekasseguis (ABD), apontava como razões para a emigração a “fuga do desemprego” (25% dos homens e 27,7% das mulheres); a “insatisfação com a renda/salário” (47,5% dos homens e 49% das mulheres); “poupar para abrir um negócio no Brasil” (48,7% dos homens e 35,9% das mulheres); “sustentar a família” (29,5% dos homens e 23,3% das mulheres); “conhecer o Japão” (25,7% dos homens e 32,3% das mulheres); “pagar estudos” (25,6% dos homens e 27,1% das mulheres); e “pagar dívidas” (8,9% dos homens e 7,6% das mulheres).

    Patarra e Baeninger (2006) argumentam que os emigrantes brasileiros que se dirigiram principalmente para os países do primeiro mundo, buscavam principalmente a mobilidade social, que se encontrava truncada no Brasil na década de 1980. Assim, os nipo-brasileiros, pertencentes à classe trabalhadora ou oriundos da classe média, tornam-se imigrantes, retornando ao país dos seus ancestrais, de forma a compensar as perdas significativas em seus padrões de vida. Trocam o trabalho que dá prestígio no Brasil pelo trabalho que remunera.

    Inserção no Mercado de Trabalho e Educação

    O Japão se defronta com um problema perene relacionado ao envelhecimento da sua população com a diminuição relativa da população em idade ativa, bem como a contínua queda da fecundidade que acentua essa tendência e leva a uma taxa de crescimento negativo da população e seu declínio. Além disso, o Japão possui uma das maiores expectativas de vida do mundo. Em 2008, para as mulheres era de 86,05 anos de vida ao nascer e para os homens de 79,29, a maior do mundo entre as mulheres e a quarta maior entre os homens (Suzuki, 2009). Essa dinâmica demográfica leva a uma queda acentuada da população ativa o que implica dificuldades no preenchimento dos postos de trabalho, principalmente aqueles não qualificados (Sasaki, 2000).

    Embora a economia japonesa tenha experimentado falta de mão de obra nos anos prósperos de 1960, tanto governo japonês quanto as grandes corporações optaram pela automação para não depender de mão-de-obra estrangeira. A partir dos anos 70, outra tentativa de suprimento de mão-de-obra foi feita pela incorporação cada vez maior das mulheres no mercado de trabalho em posições de baixo salário e tempo parcial nos setores manufatureiros e de serviços (Roberts, 1994).

    Durante os anos 1980/1990, a escassez de mão-de-obra para abastecer as pequenas e médias empresas japonesas criou um dilema para o governo japonês – como manter a homogeneidade étnica e cultural (imaginada ou não) tão caras aos japoneses frente a demanda crescente de mão-de-obra para postos de trabalho não qualificados (Yamanaka, 1996). Para resolver estas questões econômicas e laborais, a resposta encontrada foi o recrutamento de mão-de-obra entre a diáspora japonesa.

    Como referido anteriormente, com a reforma da lei de imigração de 1990, o Japão passou a conceder visto de permanência para os descendentes de japoneses estimulando assim, o fluxo migratório dos brasileiros nikkeis e seus cônjuges. No entanto, estes vistos eram emitidos com duração de 6 meses a 3 anos com possibilidade de renovação. Além disto, estes vistos estavam atrelados a contratos de trabalho com períodos fixos, podendo os empregadores eliminá-los quando dos seus términos.

    A partir da metade da década de 1990, como decorrência da prolongada recessão econômica, os trabalhadores japoneses voltaram a ocupar os empregos que vinham sendo ocupados pelos estrangeiros sendo estes empurrados para segmentos ainda mais desfavoráveis do mercado de trabalho com relações empregatícias de caráter predominantemente contingêncial (Tanno, 2007).

    As ocupações mais comuns  entre os brasileiros neste período inicial eram ligadas ao setor manufatureiro, seguida de ocupações em serviços de escritório e no setor de serviços em geral. Na sua maioria, os brasileiros exerciam trabalhos considerados indesejáveis para os japoneses nativos que exigiam pouca qualificação denominados pelos trabalhadores imigrantes como os trabalhos 5K: pesado (kisui), perigoso (kiken), sujo (kitanai), exigente (kibshii) e indesejável (kirai).((Kawamura, 1999)).

    A estrutura do mercado de trabalho japonesa é marcadamente dual, dividida entre os setores primários e secundários caracterizados pela disparidade salarial, benefícios, oportunidades de treinamento e estabilidade empregatícia entre as empresas mães (empresas contratantes), de grande porte, e as subcontratadas, de pequeno e médio portes (Genda, 2006; Kosugi, 2003; Hara e Seiyama, 2006) Assim, or recursos humanos destinados as primeira são na sua maioria oriundos das universidades e, formados por japoneses nativos formando um sistema de emprego vitalício denominado keiretsu (Tanno, 2007). Como resultado, os trabalhadores das pequenas e médias empresas não podem ser transferidos para as empresas mães (Tanno, 2007). Os brasileiros, na sua grande maioria, eram empregados por sub-contratantes e enviados para empresas do setor secundário como trabalhadores temporários.

    Dados da Universidade de Sofia, na cidade de Toyota sugeriam que neste período inicial, 71% dos brasileiros estavam empregados no setor de autopeças e o restante distribuído em pequenas fábricas de produtos eletrônicos, carburadores para máquinas diversas, produtos de cerâmica, restaurantes, etc. Cerca de 84% estavam empregados em empresas com menos de 300 empregados ou de capital inferior a 100 milhões de ienes, consideradas pequenas e médias empresas pela lei japonesa (Tanno, 2007).

    A crise de 2008….

    Hoje, segundo o Censo japonês de 2020, os brasileiros representam 0.2% da força de trabalho japonesa com 112.474 brasileiros participando da força de trabalho ativa. Na sua maioria (96%) estão entre os 15 e 64 anos de idade. Os desempregados somavam 9%. Aqueles em idade de trabalho mas não engajados no mercado de trabalho contavam 19.407 pessoas. Outros 6.444 atendiam escola e 8.753 faziam trabalhos domésticos. 17.130 não responderam sobre seu status laboral.

    Assim como no começo da emigração brasileira para o Japão, os emigrados de hoje, são predominantemente de classe média no Brasil refletido na alta parcela de pessoas com educação XXXX entre estes (Tsuda, 2003; Kajita et al., 2005 e XXXXX, 2020).

    A Migração Circular e o Retorno 

    A diferença entre os trabalhadores residentes no Japão, os migrantes repetitivos e os retornados é sutil. Um trabalhador brasileiro que hoje reside no Japão, pode no futuro voltar ao Brasil. Aqueles que voltam ao Brasil podem voltar a tentar a vida no Japão seja pela dificuldade de readaptação ao cotidiano brasileiro seja pela falta de emprego nas suas regiões de retorno ou seja porque a aplicação das poupanças não rendem o esperado (Corrêa Costa, 2007).

    Segundo o Censo brasileiro de 2000, cerca de 20 mil brasileiros, residentes em 31 de Julho no Brasil, declararam ter estado no Japão cinco anos antes. FUSCO Para uma visão dos brasileiros retornados por local de saída e chegada, visitar Estatísticas e Mapas.

    O retorno se configura como momento difícil não só pelos problemas de readaptação mas também porque as “habilidades” adquiridas não são necessariamente adequadas as necessidades do mercado brasileiro pelo fato de estes desempenharem no Japão ocupações de de baixa qualificação. Na realidade, segundo Arowolo (2000), a emigração desqualifica estes trabalhadores. 

    Segundo Mori (2000), existem pelo menos quatro tipos de migrantes repetitivos:

    a) Isseis: o primeiro grupo, no início da migração para o Japão, foi constituído pelos migrantes japoneses, isseis, que imigraram para o Brasil antes ou após a Segunda Guerra Mundial;

    b) Nisseis e Sanseis: este grupo, diferentemente do primeiro, foi composto, em sua maioria, por jovens solteiros ou casados, muitas vezes com cônjuges de origem não-japonesa. O vaivém entre os dois países se deu por razões várias incluindo o fracasso nos empreendimentos no Brasil com recursos adquiridos no Japão, dificuldade de adaptação no Japão e readaptação no Brasil. Este movimento de vaivém foi denominado por Mori de “profissionalização decasségui.”

    c) Empreendedores: este grupo é de tamanho bastante pequeno. São trabalhadores dekasseguis que obtiveram muito sucesso e empreenderam também com sucesso nos dois países;

    d) Regresso Temporário: este último grupo é composto por nisseis e sanseis de meia-idade, que geralmente deixam os filhos ou dependentes idosos no Brasil, ou que mantêm algum negócio familiar no Brasil voltando temporariamente ao país. 

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    América Central

    BRASILEIROS NA AMÉRICA CENTRAL

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    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     

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    Para Entender a Emigração Brasileira para a América do Norte

    Bibliografia Preparada por Maxine L. Margolis

    (atualizada por Marcio de Oliveira e Alvaro Lima)

    Albues, Teresa
    1995  O Berro de Cordeiro em Nova York. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

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    Andreazzi, Luciana
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    Araujo, Joceli and Eryck Duran
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    Brasileiros em Londres

    Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

    Brasileiros nos EUA e em Massachusetts

    Este documento é patrocinado pelo Instituto Gaston e pelo Instituto Diaspora Brasil (IDB). Ele atualiza o relatório ‘Brasileiros nos EUA e em Massachusetts: Um Perfil Demográfico e Econômico’ publicado em 2007 por Álvaro Lima e Carlos Eduardo Siqueira.

    As comunidades imigrantes…

    Brasileiros na Itália

    A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

    Brasileiros no Canadá

    Embora as relações entre Brasil e Canadá remontem a 1866 quando o Canadá inaugurou sua primeira missão comercial no território brasileiro, o primeiro registro de movimento migratório que se tem conhecimento ocorreu em 1902, quando um grupo de 48 brasileiros viajou em direção a …

    Brasileiros no Japão

    A emigração de brasileiros para o Japão está ligada ao fluxo migratório de japoneses para o Brasil no início do século XX. Impulsionado pelo próprio governo japonês e pela demanda de mão de obra para a cafeicultura em expansão no oeste paulista, cerca de 190.000 japoneses emigraram para o Brasil …

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    Werneck, José Inácio
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    Brasileiros em Londres

    Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

    Brasileiros nos EUA e em Massachusetts

    Este documento é patrocinado pelo Instituto Gaston e pelo Instituto Diaspora Brasil (IDB). Ele atualiza o relatório ‘Brasileiros nos EUA e em Massachusetts: Um Perfil Demográfico e Econômico’ publicado em 2007 por Álvaro Lima e Carlos Eduardo Siqueira.

    As comunidades imigrantes…

    Brasileiros na Itália

    A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

    Brasileiros na Califórnia

    BRASILEIROS NA CALIFÓRNIA

    INTRODUÇÃO

    Quanto somos e o que fazemos

    Segundo o Censo americano de 2000, existiam na Califórnia cerca de 22.931 brasileiros pondo este estado como o estado com a terceira maior concentração de brasilerios nos Estados Unidos. Ainda segundo o Censo de 2000, 13.000 brasileiros viviam na região da grande Los Angeles e 9.000 na região de São Francisco. As estimativas do Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE), registraram em 2010 a presença de 123.000 brasileiros no estado, concentrados nas regiões metropolitanas de Los Angeles (75.000) e São Francisco (48.000)[1] [[2]] [[3]].

    Os Condados de Los Angeles (32%), San Diego (30%), e Orange (8%), são os Condados com o maior número de brasileiros residentes, seguidos pelos Condadods de São Francisco, Alameda, San Mateo e Santa Clara cada um com 6 por cento da população brasileira.

    A população brasileira do estado é formada na sua maioria por mulheres (56%), uma representação femenina maior do que esta da população brasileira no país e na região de São Francisco (54%), mas menor do que esta da região de Los Angeles (58%). A idade média ainda segundo o Censo de 2000 era de 34 anos de idade, com os coortes entre 20 e 34 anos e 35 a 50 anos cada um contando com um pouco mais de um terço da população brasileria do estado. Um pouco mais da metade dos residentes brasileiros do estado são casados (51%) proporção esta igual a de Los Angeles e maior do que esta da região de San Francisco (49%). No que diz respeito anaturalização, os brasileiros da Califórnia tem uma taxa bastante maior (30%) do que esta da média brasileira para o país (19%). Nas regiões da grande Los Angeles e São Francisco, a taxa de naturalização é bem masi elevada para a primeria (36%) e igual a desta do estado na segunda.

     

    A participação na força de trabalho para os brasileiros maiores de 16 anos residentes no estado era, em 2000, de 63 por cento, uma taxa um pouco maior do que esta da população brasileira a nível nacional (62%) mas bem menor do esta da região de San Francisco (67%) e maior do que esta da regão de Los Angeles (61%).

    As ocupações mais comuns entre os brasileiros da Califórnia são as ocupações manageriais e professionais [2](35%) seguida das ocupações técnicas, vendas e de apoio administrativo[3] (21%), e por ocupações relacionadas aos serviços[4] (21%). Tanto em Los Angeles quanto em São Francisco, as ocupações manageriais e professionais [5] são dominantes com Los Angeles apresentando o maior grau de incidência (38%) com São Francsico ficando abaixo da média do estado (31%). Em Los Angeles, as ocupações manageriais são seguidas por ocupações técnicas, vendas e de apoio administrativo[6] (24%); ocupações ligadas aos serviços[7] (15%) e as ocupações de construção, extração e transporte[8](7%). Em São Francisco, as ocupações manageriais são seguidas por estas voltadas aos serviços[9](29%); ocupações técnicas, vendas e de apoio administrativo[10] (18%); e as ocupações de construção, extração e transporte[11](13%).

    Os brasileiros residentes na Califórnia tem uma taxa de emprego autônomo (self-employed) de 15 por cento, uma taxa maior do que a taxa média americana de 13 por cento. Esta taxa é maior do que esta dos brasileiros em Los Angeles (12%) e menor do que esta da dos brasileiros da região de São Francisco (19%).

    Comparando as duas regiões, nota-se que há uma relação entre a maior proporção de brasileiros na grande Los Angeles em ocupação manageriais e técnicas e menor proporção nas ocupações de serviços e construção além de uma taxa menor de emprego autônomo. Na região de São Francisco, dá-se o inverso. As duas regiões diferem ainda quanto o tipo de empresa para a qual trabalham. Enquanto na região de Los Angeles, 67 por cento dos brasileiros trabalham para empresas privadas, na região metropolitana de São Francisco somente 63 por cento o fazem.

    Por fim, os brasileiros da Califórnia tem um grau de educação formal maior do que este da população brasileira residente no país. Na Califórnia, quase 1/3 dos brasileiros tem o bacharelato comparado a 1/5 para brasileira como um todo. Em São Francisco, este número alcança 49 por cento enquanto em Los Angeles ele é de apenas 41 por cento. No que diz respeito a níveis de educação secundária, os residentes da Califórnia tem uma proporção menor da sua população (17%) com escola secundária completa, enquanto 26 por cento da população brasileira do país alcança este nível. No entanto, no que diz respeito a níveis de educação baixos como nível médio incompleto ou menores, incluindo estes com menos do que oitava classe, os brasileiros da Califórnia tem somente 10 por cento da sua população com tais níveis enquanto para os brasileiros como um todo esta proporção cresce para 20 por cento.

    No começo da década de 1980, o país passou por uma forte recessão econômica marcada por altas taxas de desemprego que se estenderam até o final da década.[12] Durante essa década e início dos anos 90, verificou-se uma grande redução de postos de trabalho na economia brasileira e o crescimento do trabalho informal. Acoplado ao cenário de desemprego e precarização do trabalho, o ano de 1990 experimentou novamente um processo inflacionário que atingiu a taxa de 1.765% ao ano.

    Por fim, as reformas econômicas do Presidente Fernando Collor de Mello trouxeram mais desencanto do que resultados, principalmente para as classes médias.[13]

    A crise e o impacto da reestruturação da economia mundial afetaram o mercado de trabalho brasileiro nos anos 90 e provocaram a queda da mobilidade social brasileira.[14]

    Brasileiros em Londres

    Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

    Brasileiros nos EUA e em Massachusetts

    Este documento é patrocinado pelo Instituto Gaston e pelo Instituto Diaspora Brasil (IDB). Ele atualiza o relatório ‘Brasileiros nos EUA e em Massachusetts: Um Perfil Demográfico e Econômico’ publicado em 2007 por Álvaro Lima e Carlos Eduardo Siqueira.

    As comunidades imigrantes…

    Brasileiros na Itália

    A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

    Brasileiros no Canadá

    Embora as relações entre Brasil e Canadá remontem a 1866 quando o Canadá inaugurou sua primeira missão comercial no território brasileiro, o primeiro registro de movimento migratório que se tem conhecimento ocorreu em 1902, quando um grupo de 48 brasileiros viajou em direção a …

    Brasileiros no Japão

    A emigração de brasileiros para o Japão está ligada ao fluxo migratório de japoneses para o Brasil no início do século XX. Impulsionado pelo próprio governo japonês e pela demanda de mão de obra para a cafeicultura em expansão no oeste paulista, cerca de 190.000 japoneses emigraram para o Brasil …

    Contribuição Econômica

    Os brasileiros contribuem para a economia do estado da Califórnia não somente pelo seu trabalho mas também enquanto conumidores e empresários. Eles gastam cerca de $417 milhões por ano contrinuindo com mais de $518 milhões para o produto regional além de mais de $125 milhões em impostos estaduais e federais. Estas contribuições representam cerca de 5.805 empregos indiretos para a economia do estado. Enquanto donos de empresas, eles registraram receitas de quase $35 milhões contribuindo ainda cerca de $31 milhões para o produto regional e $2.8 milhões para os cofres estaduais e federais. Eles, coletivamente, empregam 349 pessoas e criam cerca de 338 empregos adicionais de forma indireta.

     

     

    REFERÊNCIAS
    1 Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE), “Brasileiros no Mundo – Estimativas – 2011.
    2 managerial and professional occupations
    3 technical, sales and administrative support occupations
    4 service occupations

     

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    Brasileiros no Oriente Médio

    BRASILEIROS NO ORIENTE MÉDIO

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    INTRODUÇÃO

    As populações de brasileiros no Oriente Médio são bastante pequenas e concentradas em poucos países. Israel, com 20.000 brasileiros e o Líbano com 5.000 representam respectivamente (62,7%) e (15,7%) da população brasileira do Oriente Médio.

    Brasileiros em Londres

    Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

    Brasileiros nos EUA e em Massachusetts

    Este documento é patrocinado pelo Instituto Gaston e pelo Instituto Diaspora Brasil (IDB). Ele atualiza o relatório ‘Brasileiros nos EUA e em Massachusetts: Um Perfil Demográfico e Econômico’ publicado em 2007 por Álvaro Lima e Carlos Eduardo Siqueira.

    As comunidades imigrantes…

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    Brasileiros nos Estados Unidos

    Brasileiros nos estados unidos

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    Introdução

    A imigração brasileira para os Estados Unidos é parte da longa história dos processos migratórios para este país. O fluxo migratório brasileiro para os Estados unidos é o principal fluxo de saída do Brasil e formou-se  de início, com a saída de brasileiros da região sudeste do brasil para o nordeste americano (Massachusetts, Nova York e a Nova Jersey) e mais tarde, para o Sul (Flórida) e Oeste (Califórnia).
    Segundo Maxine Margolis (2009), os primeiros imigrantes brasileiros chegados aos Estados Unidos vieram da cidade mineira de Governador Valadares. Esta ligação entre Governador Valadares e os Estados Unidos, em particular com o estado de Massachussetts, começa durante a segunda guerra mundial quando o Brasil tornou-se um dos maiores produtores de mica, que na época, era um material de valor estratégico utilizado para isolamento de produtos militares e na produção de rádios. A mica era minerada por empresas americanas nas jazidas existentes na

    região de Governador Valadares. O minério bruto era extraído do solo e depois de separado das impurezas, era expotado para os Estados Unidos.

    Após o final da guerra esta indústria entrou em crise mas os vínculos entre Governador Valadares e os Estados Unidos continuaram pois engenheiros e outros professionais americanos no retorno “levaram” consigo alguns dos seus empregados brasileiros. Conta-se  ainda que alguns brasileiros tenham sidos treinados nos Estados Unidos durante a operação da empresa e ao final foram trasnferidos para os Estados Unidos.

    Esta experiencia com os americanos em Governador Valadares e as histórias sobre a vida nos Estados Unidos contada por estes brasileiros pioneiros, inspiraram outros, a empreender a viagem para aquele país.

    Durante a década de 80 quando o fluxo migratório brasileiro para os Estados Unidos se expandiu, os brasileiros entravam no país portando visto de turista e permaneciam em situação irregular pelo não retorno e o trabalho não autorizado. Este mecanismo cresceu em proporções chegando a ser montada uma verdadeira “indústria” do turismo com operadores oferecendo pacotes para a Disney World e New York várias vezes ao ano. Outros, principalmente aqueles vindo para a costa nordeste americana, trabalhavam durante o verão nas áreas balneárias desta região e voltavam para o Brasil durante o inverno alimentando assim, um processo circular de migração.

    Com o aumento da fiscalização dos aeroportos americanos e a dificuldade crescente para a aquisição de visto de turista no Brasil, uma nova rota de entrada foi estabelecida, a entrada pela fronteira do México. Esta rota é mais problemática não só pelo custo que ela envolve mas também pela distância e o risco maior da travessia. No entanto, ela cresceu pelo fato de que os Estados Unidos não podiam, uma vez apreendendo pessoas de origem não-mexicanas atravessando as suas fronteiras, retorná-las para o México. Essas pessoas eram soltas e recebiam notificação para aparecer na corte de justiça (notice to appear). A maioria não aparecia para a audiência mantendo-se no país ilegalmente.

    O controle da fronteira com o Mexico se tornou cada vez mais acirrado especialmente na metade da década de 1990 causando uma redução momentânea deste fluxo migratório. Esta rota tornou-se também cada vez mais difícil pois o Mexico, pressionado pelo governo americano, começou a exigir visto de entrada para os brasileiros o que significou, na pratica, que os brasileiros precisavam mostrar prova de capacidade financeira semelhante aquela exigida pelas autoridades consulares americanas no Brasil.

    No entanto, este fluxo  se readaptou e passou a usar o Canada e a Guatemala (via fronteira sul do Mexico) como pontos de entrada apoiado pela redes sociais que se formaram. Assim, os fluxos de entrada clandestinos nos Estados Unidos voltaram a se intensificar.

    Esta trajetória pode ser confirmada utilizando tres fontes que a corroboram. A primeira, são os registros dos postos consulares quanto a demanda por serviços. Por exemplo, em Boston, o consulado brasileiro detectou uma expansão da demanda de documentos entre 2000 e 2004.

    A segunda fonte são os registros do Departamento de Segurança dos Estados Unidos (Department of Homeland Security – DHS) que apontaram o Brasil como o país cujo número de indocumentados apresentou o terceiro maior crescimento, 70% entre 2000 e 2005, após o México e a Índia. Segundo a mesma fonte, em 2004, o Brasil teve o maior índice de crescimento da população de imigrantes indocumentados nos Estados Unidos, cerca de 78%, além de ocupar o quinto lugar entre os principais países de origem destes imigrantes.

    A terceira fonte são os registros do censo americano. Segundo o American Community Survey, (ACS), a população brasileira imigrante cresceu 61% entre 2000 e 2006. Após este período de crescimento houve uma redução de 3% no estoque de imigrantes brasileiros durante o período 2006-2008 que coincide com a crise econômica americana e as crescentes operações de deportação.

     Quantos Somos e Onde Vivemos

    O American Community Survey (ACS), em  2021, estimou que 750,839 brasileiros residiam nos Estados Unidos. Esta população inclui tanto aqueles que nasceram no exterior quanto aqueles nascidos nos Estados Unidos. Aqueles nascidos no exterior representam 74,9% da população brasileira residente.

    A população brasileira apresentou um crescimento de 265% durante os últimos 20 anos e constitui 1,3% dos 45,3 milhões de imigrantes do país. Florida é o destino mais popular para os brasileiros representando 21,8% da população brasileira no país, seguido por Massachusetts (15,0%), California (9,3%), New Jersey (9,1%), and New York (5,6%). Coletivamente, estes cinco estados acolhem 60,7% do total da população brasileira nos Estados Unidos (Borges, Granberry, Lima e Martins, 2023). Estatísticas e Mapas.

    O Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE), por outro lado, estimou que em 2021, 1.905.000 brasileiros residiam nos Estados Unidos. Os brasileiros, como é comum entre a maioria dos imigrantes, residem mas grandes regiões metropolitanas onde as oportunidades de trabalho são maiores. As regiões metropolitanas de Nova York (incluíndo Newark), concentrando a maioria dos brasileiros (500.000) seguida de Miami (475.000), Boston (380.000), Atlanta (120.000), Los Angeles (115.000), Houston (90.000), Hartford (70.000), São Francisco (65.000), Chicago (45.000) e Washington (45.000). Estatísticas e Mapas.

    Os brasileiros em 2000 eram a 28a comunidade imigrante nos Estados Unidos passando a ocupar o xxº lugar em 2021. 

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    Podemos ver a grande discrepância entre estas duas estimativas. Vários pesquisadores teem apontado para o fato de que tanto os Censos decenais quanto as estimativas do American Community Survey subestimam as populações imigrantes e, em particular, as comunidades com grandes contingentes de pessoas indocumentadas. Maxine Margolis, por exemplo, argumenta que o Censo de 1990 que contou somente 94.087 brasileiros vivendo nos Estados Unidos subestimou a população brasileira em pelo menos 80%. No que diz respeito ao ACS, fatores limitantes como o tamanho da amostra, erros amostrais e de mensuração, além de que a população brasileira não está distribuída espacialmente de forma aleatória e constitui uma pequena proporção da população nacional. Assim, uma amostragem com precisão se torna problemática.

    Por outro lado, as estimativas do Ministério das Relações Estrangeiras tomam como base consultas feitas por este orgão as embaixadas e consulados brasileiros. Estas estimativas são baseadas em informações locais tais come levantamentos oficiais, estimativas feitas por organizações não-governamentais, pesquisas conduzidas pela mídia ou avaliações feitas pelas próprios consulados com base na prestação de serviços tais como emissão de passaportes e registros notariais. Dada a forma não padronizada e sistemática como essas estimativas são feitas, o próprio MRE admite que “em algumas juridições [estas estimativas podem] configurar elevada imprecisão.

    Estimativas feitas com base em dados referentes ao fluxo de remessas de dinheiro para o Brasil por brasileiros vivendo nos Estados Unidos em 20xx estima uma população brasileira residente entre xxx.xxx  e x,x milhões de pessoas. As informações utilizadas para tal cálculo são s seguintes: (1) o volume de remessas dos Estados Unidos para o Brasil que de acordo com o xxxx, eram de x,x bilhões de dólares; (2) o valor médio das remessas enviadas por brasileiros residentes nos Estados Unidos para o Brasil; – entre $300 a $400 dólares mensais; (3) a frequência média dos envios de remessas por brasileiros dos Estados Unidos para o Brasil – entre 10 a 12 vezes por ano, e finalmente, (4) a proporção da população brasileira residente nos Estados Unidos que envia dinheiro para o Brasil – entre 60 a 70%. Esta estimativa depende claro, da precisão das estimativas primárias apontada acima – valor total enviado, das estimativas dos valores médios das remessas, a frequência média destas  e a proporção da população que remite.

    A empresa Synovate, utilizando o mesmo método indireto e dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), estimou a população brasileira em 967.000 pessoas. Para tal, a empresa utilizou o valor de $2,6 bilhões de dólares em remessas oriundas dos Estados Unidos para o Brasil (BID, 2001); valor médio de remessas de $250 dólares enviadas de 10 a 12 vezes ao ano. Para o cálculo da proporção de remetentes a empresa assumiu um tamanho médio dos domicílios de 2,52 pessoas.

    Finalmente,, o Censo brasileiro de 2010 contou cerca de 117.000 brasileiros vivendo nos Estados Unidos (IBGE, 2010). Este número é resultado da tabulação da pergunta inserida no Censo de 2010 sobre “se alguma pessoa que residira anteriormente com algum morador do domicílio estaria vivendo no exterior.” Segundo o próprio IBGE, “algumas limitações que surgem de imediato é o da possibilidade de toas as pessoas que residiam em determinado domicílio terem emigrado ou que aquelas que ficaram em território brasileiro tenha vindo a falecer” ou, além disso, “pessoas que fizeram o movimento rumo ao exterior há muito tempo podem ser desconsideradas.” 

    Quem Somos e o que Fazemos

    Idade, Gênero e Estado Civil  

    De acordo com o American Community Survey, a idade média dos imigrantes brasileiros residentes nos Estados Unidos em 2021 é de xx,x anos – a par com a média da população nativa e consideravelmente inferior a média de idade da população imigrante em geral (xx,x).

     

    A distribuição etária da população brasileira no entanto, é mais similar a desta dos imigrantes do que daquela da população nativa. A vasta maioria dos brasileiros, assim como os outros imigrantes, são pessoas em idade de trabalho:  xx,% dos brasileiros e xx% dos demais imigrantes tem entre 20 e 64 anos de idade. As crianças e os idosos são consideravelmente menos representados: xx% das pessoas em cada um destes grupos tem menos de 20 anos, enquanto x% dos brasileiros e xx% de todos os outros imigrantes tem 65 ou mais anos de idade. Em constraste, a distribuição da população nativa é bem mais equilibrada: xx% deles estão entre as idades de 20a 64 anos, com pouco menos de um terço com menos de 20 anos de idade e xx% com 65 ou mais anos de idade.

     

     

    A distribuição de gênero é quase idêntica para os três grupos. As mulheres representam xx% de todos os imigrantes e xx% dos imigrantes brasileiros assim como da população nativa.

     Os imigrantes brasileiros tem uma proporção maior de pessoas que são casadas (xx%) do que a população nativa (xx%) e menor que desta dos outros imigrantes (xx%).

    Motivos da Partida

    As razões para a partida, continuam as mesmas dos anos iniciais e similares àquelas dos brasileiros que buscam outros destinos. Os dados da pesquisa de 2004 da Associação Brasileira de dekasseguis (ABD), apontava como razões para a emigração a “fuga do desemprego” (25% dos homens e 27,7% das mulheres); a “insatisfação com a renda/salário” (47,5% dos homens e 49% das mulheres); “poupar para abrir um negócio no Brasil” (48,7% dos homens e 35,9% das mulheres); “sustentar a família” (29,5% dos homens e 23,3% das mulheres); “conhecer o Japão” (25,7% dos homens e 32,3% das mulheres); “pagar estudos” (25,6% dos homens e 27,1% das mulheres); e “pagar dívidas” (8,9% dos homens e 7,6% das mulheres).

    Patarra e Baeninger (2006) argumentam que os emigrantes brasileiros que se dirigiram principalmente para os países do primeiro mundo, buscavam principalmente a mobilidade social, que se encontrava truncada no Brasil na década de 1980. Assim, os nipo-brasileiros, pertencentes à classe trabalhadora ou oriundos da classe média, tornam-se imigrantes, retornando ao país dos seus ancestrais, de forma a compensar as perdas significativas em seus padrões de vida. Trocam o trabalho que dá prestígio no Brasil pelo trabalho que remunera.

    Brasileiros em Londres

    Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

    Brasileiros nos EUA e em Massachusetts

    Este documento é patrocinado pelo Instituto Gaston e pelo Instituto Diaspora Brasil (IDB). Ele atualiza o relatório ‘Brasileiros nos EUA e em Massachusetts: Um Perfil Demográfico e Econômico’ publicado em 2007 por Álvaro Lima e Carlos Eduardo Siqueira.

    As comunidades imigrantes…

    Brasileiros na Itália

    A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …