Londres

Londres

Introdução


A imigração brasileira para o Reino Unido é bastante recente.

Quantos Somos e Onde Vivemos

Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que entre 130.000 a 160.000 brasileiros residiam na cidade com cerca de 30.000 destes concentrados na vila de Brent. Stockwell, no sul de Londres, e Bayswater, na zona central, tem populações semelhantes.[1] Cwerner, em artigo no Journal of Ethnic and Migration Studies, argumenta que a população brasileira residente em Londres é a maior população brasileira na Europa. O Ministério das Relações Exteriores[2] estima que cerca de 180.000 brasileiros viviam no Reino Unido em 2010.

Segundo Cwerner (2001), o “desejo de conhecer o mundo” é a razão mais citada por estes brasileiros para a emigração. Além desta razão, seguem os ganhos economicos, a aquisição de conhecimentos e experiência, e acesso a benefícios públicos. Em pesquisa mais recente, estas razões tem uma variância enorme e vão desde “criar um futuro melhor na volta ao Brasil;” “estabelecer uma vida melhor para os filhos;” “desenvolver profissionalmente;” “construir uma vida no Reino Unido;” “comprar uma casa no Brasil;” “educar os filhos;” “pagar débitos no Brasil;” “praticar a profissão;” “viver uma vida dignificante;” e “tentar uma vida nova.”[3]

Quem Somos e o que Fazemos

 

Idade, Gênero, e Estado Civil

Segundo a pesquisa realizada pela campanha Strangers into Citizens, da capelania Brasileira do leste de Londres,[4] a maioria dos brasileiros são jovens com idade média de 33,5 anos sendo as mulheres ligeiramente mais jovens (32,7 anos) contra 34,4 anos para os homens.

Os homens formam uma ligeira maioria (51,5%). Entre homens e mulheres aqueles que não tem filhos somam 82 por cento. Quarenta e um por cento da população brasileira vive em domicílios não familiares (Fernandes, 2008).

Cidadania e Tempo de Residência

Segundo a pesquisa citada anteriormente,[5] uma grande parte dos brasileiros que se estabeleceram em Londres chegaram como turistas[6] e continuaram no país irregularmente após a expirados os seus vistos[7] ou requereram visto de estudante de forma a manter sua condição legal no país.

Londres

Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

Brazilians in the USA and Massachusetts

This document is sponsored by the Gaston Institute and the Diaspora Brasil Institute (IDB). It updates the report ‘Brazilians in the USA and Massachusetts: A Demographic and Economic Profile’ published in 2007 by Álvaro Lima and Carlos Eduardo Siqueira.

Brasileiros na Itália

A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

América do Norte

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Ásia

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Segundo ainda a mesma pesquisa, até setembro de 2007 quando novas regras entraram em vigor, não mais permitindo esta troca de vistos, esta estratégia era bastante utilizada pelos brasileiros pois ela não só prolongava a estada destes no país mas também lhes permitia trabalhar até 20 horas por semana.

A migração brasileira para Londres é relativamente recente. A maioria dos brasileiros (69%) residem em Londres entre um e cinco anos representando uma média de 2.8 anos no país. Esta média não varia muito entre os homens (2.7 anos) e as mulheres (2.9 anos).

Grau de Escolaridade

Os brasileiros residentes em Londres tem um grau de educação relativamente alto: 54 por cento deles tem o segundo grau completo e 36 por cento continuaram seus estudos ainda que metade destes não tenham completado a universidade. A gama de cursos universitários citados inclui odontologia, direito, filosofia, biologia, jornalismo, e administracão de hotéis.[8]

Inserção Laboral e Nível de Rendimento

Os brasileiros, assim como vários outros imigrantes, trabalham em ocupações que não estão correlacionadas aos seus níveis de educação formal. Este fato se dá, principalmente, pela falta de documentação adequada de trabalho e/ou pelo não domínio da língua. Como referido anteriormente, a população brasileira residente em Londres tem um grau educacional relativamente alto. No entanto, a maioria deles trabalham com serviço de limpeza (32%) ou em ocupações de baixa qualificação no setor hoteleiro e de “catering” (26%). Outras ocupações incluem “driving/couriering” (13%), e construção (9%). Treze por cento desempenham uma série de funções que inclui esteticistas, vendedores, escriturários, operários, etc…

Os homens, na sua maioria, trabalham na construção civil, e “driving/couriering,” enquanto as mulheres trabalham mais como “au pair” e “baby sitters.” Os homens também dominam o trabalho nos setores hoteleiros e de “catering” enquanto que os serviços de limpeza são na sua maioria executados por mulheres.

O desemprego entre os brasileiros é bastante baixo com somente 1 por cento destes fora do mercado de trabalho. Sessenta e três por cento dos brasileiros estavam trabalhando em tempo integral, ou seja, 35 ou mais horas por semana. Destes, 42 por cento trabalham mais de 48 horas por semana. Outros 24 por cento trabalham entre 16 a 35 horas por semana. Em média, os brasileiros trabalham cerca de 41.9 horas por semana com os homens trabalhando em média 45.9 horas por semana comparado a 37.2 horas para as mulheres. O nível de remuneração dos brasileiros, segunda a pesquisa citada anteriormente, pode ser entendido em relação ao salário mínimo nacional (SMN)[9] e o salário de subsistência (SS).[10]Mais de 1/3 dos brasileiros tinham rendimentos entre o salário mínimo e o de subsistência. Mais da metade deles tinham rendimentos maior do que o salário mínimo nacional com somente uma pequena minoria (17%) ganhando menos do que o salário mínimo. A média para todos os brasileiros foi de £6.49, ou seja, entre o salário mínimo e o de subsistência.

Referências Bibliográficas

 

Cwerner, S. 2002. The Times of Migration. Journal of Ethnic and Migration Studies. 27(1): 7-36-2002.

Evans, Yara, Jane Wills, Kavita Datta, Joanna Herbert, Cathy Mcllwaine, Jom May, Father José Osvaldo de Araújo, Ana Carla França, e Ana Paula França. 2007. “Brazilians in London: A Report for the Strangers into Citizens Campaign.” Department of Geography, Queen MAry, University of London Mile End, London, E1 4Ns.

Fernandes, Duval Magalhaes e Jose Irineu Rangel Rigotti. 2008. Os Brasileiros na Europa: Notas Introdutorias. Texto apresentado na Congerencia “Brasileiros no Mundo” realizada entre 17 e 18 de Julho de 2008. Palacio do Itamarati. Rio de Janeiro.

Finella, G. 2005. “London Country of Birth Profiles: An Analysis of Census Data. London. GLA.

Jordan, B. e Duvell, F. 2002. Irregular Migration: The Dilemmas of Transnational Mobility. Cheltenham. Edward Elgar.

Office of National Statistics. 2010. “Table 13: Estimated population resident in the United Kingdom, by foreign country of birth, 60 most common countries of birth, January 2008 to December 2008.” http://www.statistics.gov.uk/downloads/theme_population/Population-by-country-of-birth-and-nationality-Jan08-Dec08.zip.

Peixoto, João. 2005. “A Socio-political View of International Migration from Latin America and Caribbean: The Case of Europe.” Atas de La Reunion de Expertos Migracion Internacional y Desarollo em America Latina y el Caribe. Ciudad de Mexico. CEPAL. Noviembre de 2005.

 

REFERÊNCIAS
1 Evans et all. 2007
2 Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior – DCB; Divisão de Assistência Consular – DAC.
3 “Brazilians in London: A Report for the Strangers into Citizens Campaign,” 2007.
4 Durante os meses de Setembro e Outubro de 2006, 423 questionários foram distribuídos em igrejas brasileiras em Londres (Leste e Centro)
5 “Brazilians in London: A Report for the Strangers into Citizens Campaign,” 2007.
6 Ao contrário dos de outro países, o Reino Unido não exige visto para entrada de turistas brasileiros.
7 A mesma pesquisa estima que cerca de 53% dos brasileiros que viviam em Londres em 2006 estavam no país ilegalmente
8 Segundo a pesquisadora principal, Yara Evans, coordenadora da pesquisa “Brazilians in London,” uma boa parte dos brasileiros com diploma universitário não está exercendo a profissão.”
9 O salário mínimo nacional, em inglês, national minimum wage (NMW), na época da pesquisa era de £5.05 por hora
10 O salário de subsistência, em inglês, living wage (LW), é o salário necessário para prover um nível decente mínimo de vida para uma família de quatro pessoas (pais e dois filhos) determinado pelo gabinete do prefeito de Londres. O salário de subsistência vigente na data da pesquisa era de £7.05 por hora. Para mais informação ver www.livingwage.org.uk/campaign.html
 

 

Londres

Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

Brazilians in the USA and Massachusetts

This document is sponsored by the Gaston Institute and the Diaspora Brasil Institute (IDB). It updates the report ‘Brazilians in the USA and Massachusetts: A Demographic and Economic Profile’ published in 2007 by Álvaro Lima and Carlos Eduardo Siqueira.

Brasileiros na Itália

A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

Brazilians in the USA and Massachusetts

BRASILEIROS NOS ESTADOS UNIDOS E EM MASSACHUSETTS

Introdução

Este documento é patrocinado pelo Instituto Gaston e pelo Instituto Diaspora Brasil (IDB). Ele atualiza o relatório ‘Brasileiros nos EUA e em Massachusetts: Um Perfil Demográfico e Econômico’ publicado em 2007 por Alvaro Lima e Carlos Eduardo Siqueira.

As comunidades imigrantes preocupam-se com a escassez de dados relevantes sobre suas experiências de vida e as consequências de serem invisíveis. Este relatório nos permitirá entender as características demográficas, distribuição espacial e contribuição econômica das comunidades brasileiras que vivem nos Estados Unidos e no estado de Massachusetts.

  

Brasileiros nos Estados Unidos

Os brasileiros têm uma presença significativa e em crescimento nos Estados Unidos. Em 2021, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil estimou que 4.215.800 brasileiros estavam vivendo no exterior. Dentre eles, calculou-se que 42% estavam vivendo nos Estados Unidos. Portugal (7%) foi o segundo país mais procurado por Brasileiros, seguido por Paraguai (6%), Reino Unido (5%), Japão (5%), Itália (4%), Espanha (4%), Alemanha (3%), Canadá (3%), e França (2%) seguidos por uma série de outros países.

    É bem documentado que o Censo dos Estados Unidos subestima as populações de baixa renda, estudantes e imigrantes, especialmente os indocumentados. No entanto, dentro dessa limitação, a American Community Survey (ACS) do U.S. Census Bureau produz uma amostra que permite traçar um perfil demográfico e econômico aproximado de segmentos específicos da população. Este relatório abrange os brasileiros tanto nos Estados Unidos como um todo quanto em Massachusetts.

    A American Community Survey (ACS) de 2021, realizada pelo U. S. Census Bureau, contabilizou 750.839 brasileiros em território americano. Essa população inclui tanto estrangeiros quanto aqueles nascidos nos Estados Unidos que reivindicam ascendência brasileira. Dessa população, 74,9% são nascidos no exterior.  A população brasileira nascida no exterior representa um aumento de 265% nos últimos 20 anos e constitui 1,3% da população total de estrangeiros no país, que é de 45,3 milhões. A Flórida é o destino mais popular para os brasileiros que vêm para os Estados Unidos, representando 21,8% do total da população brasileira no país. Em seguida, temos Massachusetts (15,0%), Califórnia (9,3%), Nova Jersey (9,1%) e Nova York (5,6%). Coletivamente, esses cinco estados representam 60,7% da população brasileira nos Estados Unidos.

    Brasileiros em Massachusetts

    De acordo com a American Community Survey (ACS) de 2021, o estado de Massachusetts é lar de aproximadamente 112.446 brasileiros, sendo o segundo destino mais popular para migrantes brasileiros nos Estados Unidos.

    Da população nascida no exterior, apenas 30,2% dos brasileiros em Massachusetts são cidadãos dos Estados Unidos. Isso é 5,7 pontos percentuais a menos do que a população brasileira como um todo nos Estados Unidos. Os 69,8% restantes não são cidadãos.

    Os dados referentes a cidadania refletem que a grande maioria dos brasileiros não cidadãos dos Estados Unidos chegou recentemente. Dos brasileiros em Massachusetts que não são cidadãos dos Estados Unidos, 63,7% entraram no pais entre 2010 e 2020, 25,1% entraram entre 2000 e 2009, 8,5% entraram entre 1990 e 1999 e 1,0% entraram antes de 1990. No ano seguinte à pandemia de Covid-19, em 2021, o estado de Massachusetts recebeu 1.050 imigrantes brasileiros, representando 1,7% do total da população brasileira não cidadã. 

    Dos brasileiros que são cidadãos naturalizados, apenas 9,7% chegaram na última  década (2010-2020), enquanto 31,2% entraram entre 2000 e 2009. 36,6% entraram entre 1990 e 1999 e 22,5% antes de 1990.

    Londres

    Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

    Brazilians in the USA and Massachusetts

    This document is sponsored by the Gaston Institute and the Diaspora Brasil Institute (IDB). It updates the report ‘Brazilians in the USA and Massachusetts: A Demographic and Economic Profile’ published in 2007 by Álvaro Lima and Carlos Eduardo Siqueira.

    Brasileiros na Itália

    A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

    América do Norte

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     OS AUTORES:

     Michelle Borges é uma economista brasileira, que atualmente está cursando mestrado em Economia Aplicada na University of Massachusetts Boston e trabalhando como assitente de pesquisa no Instituto Mauricio Gastón para Desenvolvimento Comunitário Latino e políticas Públicas. Seus interesses de pesquisa abragem as áreas de Economia do trabalho, Economia do desenvolvimento, Imigração e Economia Feminista.

    Phillip Granberry é um demógrafo social especializado em imigração nos Estados Unidos. Ele trabalhou com várias organizações comunitárias auxiliando imigrantes recém-chegados aos Estados Unidos antes de obter um doutorado em Políticas Públicas. Sua pesquisa se concentra na acumulação e uso de capital social entre os imigrantes mexicanos e no impacto da reforma de políticas de bem-estar e imigração sobre os latinos em Massachusetts. Atualmente, ele é associado de pesquisa sênior do Instituto Gastón, e leciona no Departamento de Economia da UMass Boston, onde ministra cursos sobre migração internacional e desenvolvimento econômico de áreas metropolitanas. 

    Alvaro Lima é Diretor de Pesquisa da Boston Planning and Development Agency. Após trabalhar em projetos de desenvolvimento econômico para comunidades de baixa renda no

    sul do Brasil, ele trabalhou em Moçambique como economista de desenvolvimento para o Governo da Frelimo – o primeiro governo socialista da África. Alvaro foi vice-presidente sênior e diretor de pesquisa da Initiative for a Competitive Inner City (ICIC) nos Estados Unido. Antes da ICIC, ele foi Diretor de Desenvolvimento Comunitário na Urban Edge, uma corporação de desenvolvimento comunitário sediada em Boston. Alvaro possui mestrado em Economia política  pela New School for Social Research e é fundador do Instituto Diáspora brasil (IDB).  

    Victor Luis Martins possui mestrado em Economia Aplicada pela University of Massachusetts Boston. Ele é especializado em Economia Financeira e Macroeconomia , e aplica metodologias de pesquisa quantitativa e qualitativa  para analisar questões econômicas e de políticas sociais. Atualmente sua pesquisa se concentra nos efeitos da financeirização e da carga de juros nos Estados Unidos , bem como em outros fatores econômicos e demográficos relacionados às comunidades Latinas no estado de Massachusetts. A pesquisa de Victor envolve habilidades de programação para análise de dados e modelagem estatística que complementam sua proficiência empírica na interpretação e análise de dados.

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    Brasileiros na Itália

    Brasileiros na Itália

    Introdução

    
    

    A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarcês de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café foi a importação de escravos do Nordeste brasileiro, o que se mostrou insuficiente como fonte de mão-de-obra. Com a abolição da escravatura em 1888 e o progresso continuado da lavoura cafeeira na província de São Paulo, aumentou ainda mais a necessidade de mão-de-obra.

    Por outro lado, a Itália acabava de passar por um período de guerras de unificação e encontrava-se debilitada, com altas taxas de crescimento demográfico e de desemprego. Os Estados Unidos, o maior receptor de imigrantes, passaram a criar barreiras para a entrada de estrangeiros no país tornando o Brasil um destino viável levando à maciça imigração de italianos para o Brasil entre 1887 e 1902.

    A imigração italiana era vista com bons olhos pela elite brasileira da época pois além de prover a mão-de-obra necessária, ela era branca e católica o que, segundo o pensamento desta mesma elite, facilitaria o processo de assimilação desta população além de terem um impacto positivo no “branqueamento” da população do país – projeto antigo destas elites.

    Entre 1880 e 1924, entraram no Brasil mais de 3,6 milhões de imigrantes, dos quais 38% eram italianos seguidos pelos portugueses, espanhóis e alemães. O Brasil posicionou-se, assim, como o terceiro maior país receptor de imigrantes italianos entre os anos 1880 e a Primeira Guerra Mundial atrás apenas dos Estados Unidos (5 milhões) e da Argentina (2,4 milhões).

    As condições de trabalho no Brasil eram duras, o tratamento dado aos imigrantes cruel e o sistema de endividamento criava uma classe destituída que causou enorme comoção na imprensa italiana. Entre 1882 e 1914, 1.5 milhão de imigrantes de diferente nacionalidades chegaram a São Paulo e 695.000 deixaram o estado incluindo os italianos.

    Depois de quase um século de imigração italiana para o Brasil, no final do Século XX, a rota se inverteu. Nos anos 1980, o Brasil vivia um agrave crise econômica enquanto a Itália vivia um “boom econômico.” Este foi, sem dúvidas, um grande incentivo para aqueles procurando novas formas de recomeçar suas vidas. No Brasil, esta década é lembrada como a “década perdida,” período marcado por grande incerteza econômica, desemprego crescente e hiper-inflação que acompanhou o Brasil até os primeiros anos da década de 1990.

    A imigração brasileira para a Itália não se assemelha a estas dos brasileiros para outros destinos europeus (Bógus e Bassanez, 1996). Uma das características importante deste fluxo é a abrangência da lei italiana para a obtenção da nacionalidade por descendentes de imigrantes italianos. A Itália é o único país da Europa que permite a obtenção da nacionalidade por bisnetos de imigrantes. Segundo a Embaixada do Brasil na Itália, já foram concedidos mais de 215 mil títulos de nacionalidade italiana a brasileiros e outros 500 mil pedidos aguardam análise (BBC, 2008). Ainda segundo a mesma fonte, 10% dos brasileiros que conseguem a nacionalidade italiana fixa residência no país pondo assim, o número de brasileiros residindo na Itália como cidadão italiano em 30.000.  

    Quantos Somos e Onde Vivemos

    A proporção de estrangeiros residentes na Itália cresceu de 0,8% em 1990 para 7% em 2010, uma reviravolta enorme para um país eminentemente exportador de mão-de-obra por quase cem anos. Na chegada, a maioria dos imigrantes se dirigem para o centro-norte do país substituindo de certa forma a migração tradicional de jovens italianos do sul para o norte. Esse fluxo migratório é de importância fundamental para a economia italiana dado que sem ele, a população italiana teria 75.000 pessoas a menos em 2009. A imigração fez com que esta tenha ganho 295.000 pessoas (The Economista, 2011).

    Enumerar corretamente a população brasileiros na Itália é tarefa bastante difícil pois além das fontes disponíveis não contemplam os imigrantes em situação irregular no país. Além disto, como referido anteriormente, nem todos os brasileiros detentores de cidadania italiana emigraram para a Itália. 

    Dados estimam que nos anos 1980, o número de imigrantes brasileiros na Itália era de cerca 11 mil, sendo considerado a “primeira” comunidade migrante na Itália, após os peruanos e outros cidadãos do leste europeu, como romenos e albaneses.

    Segundo os dados do Ministério de Relações Exteriores (MRE), a população brasileira imigrante na Itália era de 85.000 pessoas em 2010 correspondendo a cerca de 9% da população brasileira imigrante na Europa. O Instituto Nazionale di Statistica (ISTAT) aponta que no mesmo período (2009), residiam na Itália, com registro, cerca de 44.067 brasileiros. Entre 2002 e 2007, o número de residindo na Itália cresceu a uma taxa de média de 10,2% ocupando o 21º lugar em tamanho entre as comunidades migrantes sendo suplantada em termos de países da América Latina apenas pelo peru (11º) e Equador (13º).

    Ainda segundo estimativas do Ministério das Relações Exteriores (MRE), em 2020, 161.000 brasileiros viviam na Itália. Em 2022, a população brasileira imigrante no país já era de 157.000 pessoas, um aumento de correspondendo a cerca de 3,4% da população brasileira residindo no exterior e 11% da população brasileira imigrante na Europa.

    A Itália não é o destino primeiro dos brasileiros que decidem morar no exterior. Antes do “país da bota,” temos os Estados Unidos, Japão, Portugal, Espanha e Inglaterra. Quando na Itália, assim como na maioria dos outros países de destino, os brasileiros procuram as áreas metropolitanas por vários motivos. Golini e Trozza (1998), destacam dentre outros motivos: o fácil accesso

    Estatísticas e Mapas

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    Idade, Gênero e Estado Civil

    A estrutura etária da população brasileira no Japão sofreu alterações durante os últimos vinte anos. Enquanto em 1994, esta população concentrava-se majoritariamente nos grupos etários entre 20 e 34 anos (39%). Os dekasseguis na faixa etária de 35 a 39 anos representavam outros 17,2% (Associação Brasileira de Dekasseguis (ABD). Em 2020, a idade média dos brasileiros era de 35,9 anos comparada a dos japoneses (47.9).((Statiscs Bureau of Japan, Census 2020.))

    Mudanças também ocorreram em relação a presença masculina que em 2002 predominava e hoje somente 48,6% da população.

    Ainda, segundo a mesma pesquisa da ABD, a maioria dos dekasseguis era casados, a composição diferente da de hoje onde somente 28,3% dos brasileiros são casados, enquanto 59,5% nunca casaram; 1,3% são viúvos; 6,3% são divorciados.((4,3% não responderam.))Essa composição é bastante similar a da população japonesa. Os brasileiros são casados 2% mais que os japoneses; nunca casaram 3,5% mais que os japoneses; divorciados a somente um pouco maior -1.1% – e como a população é mais jovem que a japonesa, estes teem menos viúvos que os japoneses 

     

    Motivos da Partida

    As razões para a partida, continuam as mesmas dos anos iniciais e similares àquelas dos brasileiros que buscam outros destinos. Os dados da pesquisa de 2004 da Associação Brasileira de dekasseguis (ABD), apontava como razões para a emigração a “fuga do desemprego” (25% dos homens e 27,7% das mulheres); a “insatisfação com a renda/salário” (47,5% dos homens e 49% das mulheres); “poupar para abrir um negócio no Brasil” (48,7% dos homens e 35,9% das mulheres); “sustentar a família” (29,5% dos homens e 23,3% das mulheres); “conhecer o Japão” (25,7% dos homens e 32,3% das mulheres); “pagar estudos” (25,6% dos homens e 27,1% das mulheres); e “pagar dívidas” (8,9% dos homens e 7,6% das mulheres).

    Patarra e Baeninger (2006) argumentam que os emigrantes brasileiros que se dirigiram principalmente para os países do primeiro mundo, buscavam principalmente a mobilidade social, que se encontrava truncada no Brasil na década de 1980. Assim, os nipo-brasileiros, pertencentes à classe trabalhadora ou oriundos da classe média, tornam-se imigrantes, retornando ao país dos seus ancestrais, de forma a compensar as perdas significativas em seus padrões de vida. Trocam o trabalho que dá prestígio no Brasil pelo trabalho que remunera. 

    Inserção no Mercado de Trabalho e Educação

    O Japão se defronta com um problema perene relacionado ao envelhecimento da população com a diminuição relativa da população em idade ativa, bem como a contínua queda da fecundidade que acentua essa tendência e leva a uma de crescimento negativo da população e seu declínio. Além disso, o Japão possui uma das maiores expectativas de vida do mundo. Em 2008, para as mulheres era de 86,05 anos de vida ao nascer e para os homens de 79,29, a maior do mundo entre as mulheres e a quarta maior entre os homens (Suzuki, 2009). Assim, essa dinâmica demográfica leva a uma queda acentuada da população ativa o que implica dificuldades no preenchimento dos postos de trabalho, principalmente aqueles não qualificados (Sasaki, 2000).

    Embora a economia japonesa tenha experimentado falta de mão de obra nos anos prósperos de 1960, o tanto governo japonês quanto as grandes corporações optaram pela automação para não depender de mão-de-obra estrangeira. A partir dos anos 70, outra tentativa de suprimento de mão-de-obra foi feita pela incorporação cada vez maior das mulheres no mercado de trabalho em posições de baixo salário e tempo parcial nos setores manufatureiros e de serviços (Roberts, 1994).

    Durante os anos 1980/1990, a escassez de mão-de-obra para abastecer as pequenas e médias empresas japonesas criou um dilema para o governo japonês – como manter a homogeneidade étnica e cultural (imaginada ou não) tão caras aos japoneses frente a demanda crescente de mão-de-obra para postos de trabalho não qualificados (Yamanaka, 1996). Para resolver estas questões econômicas e laborais, a resposta encontrada foi o recrutamento de mão-de-obra entre a diáspora japonesa.

    Como referido anteriormente, com a reforma da lei de imigração de 1990, o Japão passou a conceder visto de permanência para os descendentes de japoneses estimulando assim, o fluxo migratório dos brasileiros nikkeis e seus cônjuges. No entanto, estes vistos eram emitidos com duração de 6 meses a 3 anos com possibilidade de renovação. Além disto, estes vistos estavam atrelados a contratos de trabalho com períodos fixos, podendo os empregadores eliminá-los quando dos seus términos.

    A partir da metade da década de 1990, como decorrência da prolongada recessão econômica, os trabalhadores japoneses voltaram a ocupar os empregos que vinham sendo ocupados pelos estrangeiros sendo estes empurrados para segmentos ainda mais desfavoráveis do mercado de trabalho com relações empregatícias de caráter predominantemente contingêncial (Tanno, 2007).

    As ocupações mais comuns  entre os brasileiros neste período inicial eram ligadas ao setor manufatureiro, seguida de ocupações em serviços de escritório e no setor de serviços em geral. Na sua maioria, os brasileiros exerciam trabalhos considerados indesejáveis para os japoneses nativos que exigiam pouca qualificação denominados pelos trabalhadores imigrantes como os trabalhos 5K: pesado (kisui), perigoso (kiken), sujo (kitanai), exigente (kibshii) e indesejável (kirai).((Kawamura, 1999)).   

    A estrutura do mercado de trabalho japonesa é marcadamente dual, dividida entre os setores primários e secundários caracterizados pela disparidade salarial, benefícios, oportunidades de treinamento e estabilidade empregatícia entre as empresas mães (empresas contratantes), de grande porte, e as subcontratadas, de pequeno e médio portes (Genda, 2006; Kosugi, 2003; Hara e Seiyama, 2006) Assim, or recursos humanos destinados as primeira são na sua maioria oriundos das universidades e, formados por japoneses nativos formando um sistema de emprego vitalício denominado keiretsu (Tanno, 2007). Como resultado, os trabalhadores das pequenas e médias empresas não podem ser transferidos para as empresas mães (Tanno, 2007). Os brasileiros, na sua grande maioria, eram empregados por sub-contratantes e enviados para empresas do setor secundário como trabalhadores temporários.

    Dados da Universidade de Sofia, na cidade de Toyota sugeriam que neste período inicial, 71% dos brasileiros estavam empregados no setor de autopeças e o restante distribuído em pequenas fábricas de produtos eletrônicos, carburadores para máquinas diversas, produtos de cerâmica, restaurantes, etc. Cerca de 84% estavam empregados em empresas com menos de 300 empregados ou de capital inferior a 100 milhões de ienes, consideradas pequenas e médias empresas pela lei japonesa (Tanno, 2007).

    A crise de 2008….

    Hoje, segundo o Censo japonês de 2020, os brasileiros representam 0.2% da força de trabalho japonesa com 112.474 brasileiros participando da força de trabalho ativa. Na sua maioria (96%) estão entre os 15 e 64 anos de idade. Os desempregados somavam 9%. Aqueles em idade de trabalho mas não engajados no mercado de trabalho contavam 19.407 pessoas. Outros 6.444 atendiam escola e 8.753 faziam trabalhos domésticos. 17.130 não responderam sobre seu status laboral.

    Assim como no começo da emigração brasileira para o Japão, os emigrados de hoje, são predominantemente de classe média no Brasil refletido na alta parcela de pessoas com educação XXXX entre estes (Tsuda, 2003; Kajita et al., 2005 e XXXXX, 2020).

     

    Referências Bibliográficas:

    Bassanezi, M. S. B e Bógus, L. M. M. (1997). Brasileiros Soggiornanti na Itália: Um perfil Sócio-Demográfico. trabalho apresentado no I Simpósio Internacional sobre Emigração Brasileira, Lisboa.

    Bógus, Lucia Maria M. (1995). “Migrantes Brasileiros na Europa Ocidental: Uma Abordagem Preliminar.” In Patarra, Neide L. Emigração e Imigração Internacional no Brasil Contemporâneo, FNUAP, São Paulo. 

    Bógus, Luicia M e Bassanezi, Maria S. (1996). “Do Brasil para a Europa – Imigrantes Brasileiros na Península Itálica neste Final de Século.” in O Fenômeno Migratório no Limiar do 3º Milênio, Rio de Janeiro, Ed. Vozes.

    Castro, Mary Garcia (Org.) (2001). Migrações Internacionais: Contribuições para Políticas, Brasil 2000. CNDP, Brasília.

    Margolis, Maxine L. (2005). “Brazilians in the United States, Canada, Europe, Japan, and Paraguay. In Encyclopedia of Diasporas. Edited by Melvin Ember, carol R. Ember and Ian Skoggard. Springer.

    Ministério das Relações Exteriores – MRE. (2022). Brasileiros no Mundo – Estimativas xxxx, Subsecretaria Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior (SGEB); Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior (DCB: Divisão de Assitência Consular – DAC.

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    América do Norte

    BRASILEIROS NA AMÉRICA DO NORTE

    Alvaro Lima é Diretor de Pesquisas Econômicas e Sociais da Prefeitura de Boston. Foi Diretor de Pesquisas e Managing Director da Initiative for a Competitive Inner City (ICIC), uma organização fundada pelo Professor Michael Porter da Universidade de Harvard.  Foi ainda Diretor de Desenvolvimento Econômico da Urban Edge, corporação dedicada ao desenvolvimento econômico comunitário. Anteriormente, trabalhou como Chefe do Departamento Econômico do Ministério da Indústria e Energia em Moçambique. No Brasil, exerceu o cargo de Coordenador Regional de Projetos de Desenvolvimento no Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES). Alvaro possui Mestrado em Economia pela New School for Social Research.

    INTRODUÇÃO

    Segundo dados do Ministério das Relações Externas do Brasil, em 2022, a América do Norte era residência de cerca de 2 milhões de brasileiros. Os Estados Unidos têm a maior concentração de imigrantes brasileiros na América do Norte – 1,9 milhões de brasileiros – representando cerca de 42% dos imigrantes brasileiros e 91% da população brasileira no continente. No entanto, de acordo com o American Community Survey (ACS), pesquisa realizada pelo U.S. Census Bureau, o número de brasileiros residindo no país em 2021 é de 750.839 brasileiros. O Canadá e o México seguem à distância, com 7% e 2%, respectivamente.

    Embora a imigração brasileira nos Estados Unidos ainda esteja concentrada nos estados de Massachusetts, Flórida, Nova Jersey, Nova York e Califórnia, ela tem conhecido uma grande dispersão na última década, fato este que não se dá, pelo menos com a mesma intensidade, no Canadá e muito menos no México. A maioria dos brasileiros que emigram para o Canadá mora em Toronto e aqueles residentes no México concentram-se na região metropolitana da Cidade do México.

     

    Segundo a antropóloga Maxine Margolis (2009), os primeiros imigrantes brasileiros nos Estados Unidos vieram da cidade mineira de Governador Valadares. Tal ligação com Valadares, segundo a autora, começa durante a segunda guerra mundial, quando o Brasil passou a ser um dos maiores produtores de mica – na época, material crítico usado para isolamento em equipamentos militares. A mica era minerada nos arredores da cidade de Governador Valadares por empresas americanas. Após o final da guerra, a indústria entrou em crise, entretanto os vínculos entre Valadares e os Estados Unidos continuaram: engenheiros e demais profissionais estadunidenses, no retorno para seu país, “levaram” consigo alguns dos empregados brasileiros. A experiência com os estadunidenses em Valadares e as histórias sobre a vida nos Estados Unidos contada por esses brasileiros pioneiros inspiraram outros, anos depois, a empreenderem a viagem àquele país.

    As relações econômicas entre o Brasil e o Canadá tiveram início na década de 1950 com a instalação da empresa canadense “Brazilian Traction Light and Power” no Brasil, posteriormente conhecida como “Light.” A Light, atual Brascan, dominou os setores de fornecimento de energia e telefonia, tornando-se a maior empresa privada da América Latina. Há registros que indicam que por quase um século a empresa recrutou seus administradores e engenheiros em Toronto. Conta-se também que alguns desses técnicos casaram-se com brasileiras, eventualmente retornando com suas esposas e filhos para Toronto e dando origem ao primeiro fluxo de brasileiros no Canadá.

     

    Mapa: Maiores Comunidades Brasileiras na América do Norte por Cidades

    O fluxo de emigração ao Canadá conhece um aumento nas décadas de 1960 e 1970, quando famílias de europeus refugiados de guerra e residentes no Brasil começam a reunificar suas famílias em outros países. Por esse motivo, 40% dos brasileiros que emigraram para o Canadá durante esse período não eram brasileiros natos. Até 1980, a comunidade brasileira era formada em sua maioria por empresários e trabalhadores de empresas transnacionais. Com a chegada da crise registrada nessa década no Brasil, o fluxo de emigração muda sua composição, passando a ser formado em grande parte por brasileiros natos que emigravam por razões econômicas.

    A comunidade brasileira no México data de 1895 quando o Censo Nacional do Mexico contou 91 residentes brasileiros.  Com o golpe civil-militar de 1964 no Brasil, cerca de cem brasileiros foram admitidos como refugiados politicos. Hoje, o México conta com uma população brasileira de 45.000 pessoas, na sua maioria, residentes da Cidade do México.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

     INEGI, Instituto Nacional de Estatística e Geografia. Censo de Poblacion y Vivienda.

     MARGOLIS, Maxine, Little Brazil: an ethnography of Brazilian immigrants in New York City. Princeton University Press, 1994.

    Ministério das Relações Externas do Brasil (MRE), Comunidade Brasileria no Exterior, Estatísticas 2022.

     

    Londres

    Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

    Brazilians in the USA and Massachusetts

    This document is sponsored by the Gaston Institute and the Diaspora Brasil Institute (IDB). It updates the report ‘Brazilians in the USA and Massachusetts: A Demographic and Economic Profile’ published in 2007 by Álvaro Lima and Carlos Eduardo Siqueira.

    Brasileiros na Itália

    A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

    América do Norte

    BRASILEIROS NA AMÉRICA DO NORTE Alvaro Lima é Diretor de Pesquisas Econômicas e Sociais da Prefeitura de Boston. Foi Diretor de Pesquisas e Managing Director da Initiative for a Competitive Inner City (ICIC), uma organização fundada pelo Professor Michael Porter da...

    Ásia

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    Ásia

    BRASILEIROS NA ÁSIA

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    INTRODUÇÃO

    “Para boa parte dos brasileiros, a Ásia configura uma unidade de denominação – Ásia, asiáticos – porém, observando-se objetivamente, percebe-se que essa unidade, corresponde, de fato à mera denominação” (CERVO 2008:273). São várias as formas de denominar a Ásia, por cortes geográficos ou políticos. Podemos denominar de Nordeste Asiático a região que inclui China, Japão e Coréia do Sul; Sudeste Asiático, a região que engloba os dez países membros da ASEAN (Malásia, Tailândia, Indonésia, Cingapura, Filipinas, Brunei, Myanmar, Vietnã, Laos e Camboja); e Leste Asiático a região que inclui os países do Nordeste e Sudeste Asiáticos (TERADA 2003: 253).

    Na Ásia, o Japão, com 206.990 mil brasileiros, é o país com quase a totalidade da população brasileira residente neste continente (222.053), constituindo-se ainda na terceira maior comunidade imigrante no país. No final da década de 1980, filhos e netos dos japoneses chegados ao Brasil no início do século XX emigraram para o Japão em busca de trabalho. Esse fluxo migratório é bastante singular porque a grande maioria desses brasileiros possuem status migratório regular e são, via de regra, migrantes trabalhadores contratados por empresas japonesas.

    Por serem descendentes (filhos ou netos) dos japoneses que há um século atrás vieram 

    para o Brasil, esses emigrantes são provenientes das mesmas regiões de destino de seus pais ou avós (Paraná e São Paulo). no Japão, os imigrantes brasileiros ficaram conhecidos como dekasseguis

    Depois do Japão, as populações brasileiras estão espalhadas pela China (5.940), Singapura (2.000), Taiwan (1.700), Coréia do Sul (1.420), Indonésia (900), Índia (800), Tailândia (500), Filipinas (490) e Malásia (420). 

    MAPA: Maiores Comunidades Brasileiras na Ásia por País

    As cidades japonesas de Nagóia (120.340), Tóquio (55.760), Hamamatsu (30.890) somam 206.990 ou 93,2% da população da região asiática. Estas cidades são seguidas pela cidade chinesa do Cantão (3.000), Singapura (2.000), Taipé (1.700), Seul (1.420), Hong Kong (1.200), Xangai (940) e Jacarta (900). 

     MAPA: Maiores Comunidades Brasileiras na Ásia por Cidades

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    Londres

    Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

    Brazilians in the USA and Massachusetts

    This document is sponsored by the Gaston Institute and the Diaspora Brasil Institute (IDB). It updates the report ‘Brazilians in the USA and Massachusetts: A Demographic and Economic Profile’ published in 2007 by Álvaro Lima and Carlos Eduardo Siqueira.

    Brasileiros na Itália

    A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

    América do Norte

    BRASILEIROS NA AMÉRICA DO NORTE Alvaro Lima é Diretor de Pesquisas Econômicas e Sociais da Prefeitura de Boston. Foi Diretor de Pesquisas e Managing Director da Initiative for a Competitive Inner City (ICIC), uma organização fundada pelo Professor Michael Porter da...

    Ásia

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    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    DE CARVALHO, Daniela. Migrants and identity in Japan and Brazil: the Nikkeijin. Routledge, 2003.

    SASAKI, Elisa Massae. Um olhar sobre o movimento dekassegui de brasileiros ao Japão no balanço do centenário da Imigração Japonesa ao Brasil. Simpósio de Avaliação do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil, p. 26-7, 2009.

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