Brasileiros nos EUA e em Massachusetts

BRASILEIROS NOS ESTADOS UNIDOS E EM MASSACHUSETTS

Introdução

Este documento é patrocinado pelo Instituto Gaston e pelo Instituto Diaspora Brasil (IDB). Ele atualiza o relatório ‘Brasileiros nos EUA e em Massachusetts: Um Perfil Demográfico e Econômico’ publicado em 2007 por Alvaro Lima e Carlos Eduardo Siqueira.

As comunidades imigrantes preocupam-se com a escassez de dados relevantes sobre suas experiências de vida e as consequências de serem invisíveis. Este relatório nos permitirá entender as características demográficas, distribuição espacial e contribuição econômica das comunidades brasileiras que vivem nos Estados Unidos e no estado de Massachusetts.

  

Brasileiros nos Estados Unidos

Os brasileiros têm uma presença significativa e em crescimento nos Estados Unidos. Em 2021, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil estimou que 4.215.800 brasileiros estavam vivendo no exterior. Dentre eles, calculou-se que 42% estavam vivendo nos Estados Unidos. Portugal (7%) foi o segundo país mais procurado por Brasileiros, seguido por Paraguai (6%), Reino Unido (5%), Japão (5%), Itália (4%), Espanha (4%), Alemanha (3%), Canadá (3%), e França (2%) seguidos por uma série de outros países.

    É bem documentado que o Censo dos Estados Unidos subestima as populações de baixa renda, estudantes e imigrantes, especialmente os indocumentados. No entanto, dentro dessa limitação, a American Community Survey (ACS) do U.S. Census Bureau produz uma amostra que permite traçar um perfil demográfico e econômico aproximado de segmentos específicos da população. Este relatório abrange os brasileiros tanto nos Estados Unidos como um todo quanto em Massachusetts.

    A American Community Survey (ACS) de 2021, realizada pelo U. S. Census Bureau, contabilizou 750.839 brasileiros em território americano. Essa população inclui tanto estrangeiros quanto aqueles nascidos nos Estados Unidos que reivindicam ascendência brasileira. Dessa população, 74,9% são nascidos no exterior.  A população brasileira nascida no exterior representa um aumento de 265% nos últimos 20 anos e constitui 1,3% da população total de estrangeiros no país, que é de 45,3 milhões. A Flórida é o destino mais popular para os brasileiros que vêm para os Estados Unidos, representando 21,8% do total da população brasileira no país. Em seguida, temos Massachusetts (15,0%), Califórnia (9,3%), Nova Jersey (9,1%) e Nova York (5,6%). Coletivamente, esses cinco estados representam 60,7% da população brasileira nos Estados Unidos.

    Brasileiros em Massachusetts

    De acordo com a American Community Survey (ACS) de 2021, o estado de Massachusetts é lar de aproximadamente 112.446 brasileiros, sendo o segundo destino mais popular para migrantes brasileiros nos Estados Unidos.

    Da população nascida no exterior, apenas 30,2% dos brasileiros em Massachusetts são cidadãos dos Estados Unidos. Isso é 5,7 pontos percentuais a menos do que a população brasileira como um todo nos Estados Unidos. Os 69,8% restantes não são cidadãos.

    Os dados referentes a cidadania refletem que a grande maioria dos brasileiros não cidadãos dos Estados Unidos chegou recentemente. Dos brasileiros em Massachusetts que não são cidadãos dos Estados Unidos, 63,7% entraram no pais entre 2010 e 2020, 25,1% entraram entre 2000 e 2009, 8,5% entraram entre 1990 e 1999 e 1,0% entraram antes de 1990. No ano seguinte à pandemia de Covid-19, em 2021, o estado de Massachusetts recebeu 1.050 imigrantes brasileiros, representando 1,7% do total da população brasileira não cidadã. 

    Dos brasileiros que são cidadãos naturalizados, apenas 9,7% chegaram na última  década (2010-2020), enquanto 31,2% entraram entre 2000 e 2009. 36,6% entraram entre 1990 e 1999 e 22,5% antes de 1990.

    Londres

    Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

    Brasileiros na Itália

    A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

    Brasileiros no Canadá

    Embora as relações entre Brasil e Canadá remontem a 1866 quando o Canadá inaugurou sua primeira missão comercial no território brasileiro, o primeiro registro de movimento migratório que se tem conhecimento ocorreu em 1902, quando um grupo de 48 brasileiros viajou em direção a …

    Brasileiros no Japão

    A emigração de brasileiros para o Japão está ligada ao fluxo migratório de japoneses para o Brasil no início do século XX. Impulsionado pelo próprio governo japonês e pela demanda de mão de obra para a cafeicultura em expansão no oeste paulista, cerca de 190.000 japoneses emigraram para o Brasil …

    Brasileiros no Oriente Médio

    As populações de brasileiros no Oriente Médio são bastante pequenas e concentradas em poucos países. Israel, com 20.000 brasileiros e o Líbano com 5.000 representam respectivamente (62,7%) e (15,7%) da população brasileira do Oriente Médio.

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     OS AUTORES:

     Michelle Borges é uma economista brasileira, que atualmente está cursando mestrado em Economia Aplicada na University of Massachusetts Boston e trabalhando como assitente de pesquisa no Instituto Mauricio Gastón para Desenvolvimento Comunitário Latino e políticas Públicas. Seus interesses de pesquisa abragem as áreas de Economia do trabalho, Economia do desenvolvimento, Imigração e Economia Feminista.

    Phillip Granberry é um demógrafo social especializado em imigração nos Estados Unidos. Ele trabalhou com várias organizações comunitárias auxiliando imigrantes recém-chegados aos Estados Unidos antes de obter um doutorado em Políticas Públicas. Sua pesquisa se concentra na acumulação e uso de capital social entre os imigrantes mexicanos e no impacto da reforma de políticas de bem-estar e imigração sobre os latinos em Massachusetts. Atualmente, ele é associado de pesquisa sênior do Instituto Gastón, e leciona no Departamento de Economia da UMass Boston, onde ministra cursos sobre migração internacional e desenvolvimento econômico de áreas metropolitanas. 

    Alvaro Lima é Diretor de Pesquisa da Boston Planning and Development Agency. Após trabalhar em projetos de desenvolvimento econômico para comunidades de baixa renda no

    sul do Brasil, ele trabalhou em Moçambique como economista de desenvolvimento para o Governo da Frelimo – o primeiro governo socialista da África. Alvaro foi vice-presidente sênior e diretor de pesquisa da Initiative for a Competitive Inner City (ICIC) nos Estados Unido. Antes da ICIC, ele foi Diretor de Desenvolvimento Comunitário na Urban Edge, uma corporação de desenvolvimento comunitário sediada em Boston. Alvaro possui mestrado em Economia política  pela New School for Social Research e é fundador do Instituto Diáspora brasil (IDB).  

    Victor Luis Martins possui mestrado em Economia Aplicada pela University of Massachusetts Boston. Ele é especializado em Economia Financeira e Macroeconomia , e aplica metodologias de pesquisa quantitativa e qualitativa  para analisar questões econômicas e de políticas sociais. Atualmente sua pesquisa se concentra nos efeitos da financeirização e da carga de juros nos Estados Unidos , bem como em outros fatores econômicos e demográficos relacionados às comunidades Latinas no estado de Massachusetts. A pesquisa de Victor envolve habilidades de programação para análise de dados e modelagem estatística que complementam sua proficiência empírica na interpretação e análise de dados.

    Porque os Brasileiros Voltam – O Retorno

    PORQUE OS BRASILEIROS VOLTAM - O RETORNO INTRODUÇÃO O artigo “O sonho frustrado e o sonho realizado: as duas faces da migração para os EUA”, de Sueli Siqueira, apresenta quatro tipos de retorno. O primeiro é o “retorno temporário”, quando o imigrante define os Estados...

    Remessas Sociais

    REMESSAS SOCIAIS (Social Remittances)Introdução As remessas são, in geral, entendidads somente como remessas monetárias. No entanto, elas podem também ter natureza social-cultural. Peggy Levitt em seu artigo Social Remittances: Migration-driven Local-development Forms...

    Remessas Monetárias

    A globalização está acelerando a migração internacional. Impulsionada por uma série de fatores, tais como a crescente necessidade de mão de obra qualificada e não qualificada nos países desenvolvidos dado o baixo nível de fertilidade e o rápido envelhecimento da população; persistente pobreza…

    Porque os Brasileiros Voltam – O Retorno

    PORQUE OS BRASILEIROS VOLTAM – O RETORNO

    INTRODUÇÃO

    O artigo “O sonho frustrado e o sonho realizado: as duas faces da migração para os EUA”, de Sueli Siqueira, apresenta quatro tipos de retorno. O primeiro é o “retorno temporário”, quando o imigrante define os Estados Unidos (ou outro país qualquer) como seu local de residência, juntamente à sua família assim como o local para seus investimentos. Neste caso, o imigrante vai ao Brasil para passar férias ou participar de festas como casamentos ou aniversários, por exemplo. Levam consigo seus filhos, estes geralmente documentados. O segundo tipo de retorno é o “retorno continuado.” Segundo essa definição, os que retornam á origem investem e acabam perdendo tudo. Isto os motiva a re-emigrarem, mantendo com eles o projeto de voltar. Segundo Siqueira (2007), 48,6% dos imigrantes pesquisados que retornaram à cidade natal não obtiveram sucesso em seus empreendimentos. Assim, emigraram novamente. Não incomum, são os que empreendem a viagem da migração diversas vezes durante a vida.

    O “retorno do transmigrante” é o terceiro tipo de retorno identificado pela mesma autora. Este é o caso vivenciado por, atualmente, um grande número de imigrantes que vivem a transnacionalidade. São pessoas, geralmente documentadas e com estabilidade financeira, que vivem parte do ano no país de destino, no caso da pesquisa citada, os Estados unidos, e outra parte do ano no Brasil. Este grupo participa da vida social e econômica dos seus países de origem e destino, possuindo, muitas vezes, fontes de renda nos dois países.

    O quarto tipo de retorno descrito pela autora é o retorno permanente”. Nessa condição, o imigrante que retornou ao Brasil conseguiu se readaptar e se reestabelecer financeira e socialmente, não pretendendo emigrar novamente. São, geralmente, os que obtêm sucesso em seus empreendimentos, atribuindo ao projeto migratório a responsabilidade por serem bem-sucedidos.

    O retorno deixa de ser uma “opção” em casos de deportação. Nessa situação o imigrante não pode arbitrar sobre a sua permanência no país de acolhimento. Não cabe a ele decidir se retornará ao seu país de origem ou se continuará sua jornada. Em situações de deportação, o retorno é involuntário, não significando, porém, que não haverá um novo período no exterior. Essa nova jornada migratória, por vezes, se destina a outro país. No entanto, também é comum a nova busca pelo mesmo país de onde foi deportado. 

    O retorno dos brasileiros pode ser aferido pelo número daqueles que na data dos censos demográficos de 1990, 2000 e 2010 residiam no Brasil, mas que retornaram ao país cinco anos antes do censo. Entre os censos de 1990 e 2000, verificou-se um incremento de 182% desse contingente, ou seja, em 1991, 31.124 pessoas declararam um país estrangeiro de residência cinco anos antes da data de referencia do censo, enquanto que em 2000 esse número era de 87.400 pessoas. Segundo Wilson Fusco e Sylvain Souchaud (2010), o fluxo de retornados brasileiros desse período, ainda que bastante diversificado, concentrou-se em três países, Paraguai, Japão e Estados Unidos, responsáveis por cerca de 60% do movimento de retorno. 

    Os autores analisaram o retorno com base nos dados do Censo de 2000 (IBGE), que indica a distribuição dos retornados por município, definidos em função do país de nascimento e residência no momento do censo, e da declaração da última residência em país estrangeiro nos dez anos anteriores ao censo.

    O retorno do Paraguai constitui o maior fluxo de brasileiros retornados. Em 2000, 50.201 pessoas nascidas e residentes no Brasil declararam residência anterior no Paraguai, representando 26,8% do total da população brasileira retornada. De uma forma geral, os retornados têm um nível educacional mais elevado do que o observado para os não-migrantes, com exceção dos retornados do Paraguai, que têm um nível próximo do encontrado para os não-migrantes residentes em zonas rurais (instrução fundamental incompleta) e salários inferiores aos da população residente. Tal fenômeno pode ser explicado pela origem de tais retornados, que são na sua maioria agricultores. No entanto, os retornados da Europa, Estados Unidos, Canadá e Japão tinham pelo menos o terceiro grau completo e salários superiores aos dos brasileiros morando em áreas metropolitanas.24

    De acordo com Fernandes (2008), em geral, os retornados dos países vizinhos estão na sua maioria trabalhando por conta própria e em atividades de um perfil de menor remuneração enquanto que aqueles retornados dos Estados Unidos e da Europa estão ocupados em atividades em geral, melhor remuneradas. O mapa abaixo ilustra a distribuição dos retornados do Paraguai  segundo o município de residência em 2000. Como podemos ver, grande parte deles estão concentrados nos estados do Paraná (61,8%), Mato Grosso do Sul (16,3%), Mato Grosso (5,4%), Santa Catarina (5,4%), São Paulo (3,8%), Rio Grande do Sul (3,5%) e Rondônia (1,1%).

    O Paraná não só é o lugar de nascimento de muitos migrantes, mas também o lugar de última residência anterior ao ingresso no Paraguai. Muitas vezes, gaúchos, catarinenses e baianos, por exemplo, vivem por indeterminado período de tempo no Paraná antes de emigrar para o Paraguai. O Rio Grande do Sul, assim como o Paraná, é um lugar onde a expansão da fronteira agrícola, nos anos 1980 e 1990, expulsou muitas famílias que alimentaram as camadas mais pobres da população brasileira imigrante no Paraguai. Diferentemente destes dois estados, que na sua grande maioria recebem retornados natos, os estados do Mato Grosso e Rondônia  recebem retornados em busca de oportunidades e empregos ligados ao crescimento e dinamismo da agricultura comercial, principalmente aquela ligada à soja.

    Ainda de acordo com Fusco e Souchaud (2010), os retornados do Japão formam o segundo maior grupo, contando com 17% do total dos retornados (31.775 pessoas). Ainda que perto do número de ‎retornados dos Estados Unidos, a comunidade brasileira no Japão é muito menor do que esta última. Tal fenômeno pode ser explicado pelo fato de a lei de imigração japonesa permitir múltiplos retornos, enquanto que a população brasileira indocumentada nos Estados Unidos raramente se arrisca a um retorno temporário.

    O mapa a seguir, ilustra a distribuição dos retornados do Japão, segundo o município de residência em 2000. Podemos observar que a maioria desses retornados, mais de 80%, volta a ‎residir nos mesmos estados marcados pela imigração japonesa para o Brasil – São Paulo e Paraná. Em menor proporção, eles seguem para Minas Gerais e Rio de Janeiro. Aqueles que voltam para o Pará são originários da antiga colônia Acará, atualmente Tomé-Açu.25 ‎O retorno dos Estados Unidos, o terceiro maior, registrou um volume de 29.591 pessoas (16% do total de brasileiros retornados) segundo o censo de 2000. O número grande de imigrantes brasileiros indocumentados nos Estados Unidos dificulta não só a sua contagem no país de destino, mas também sua contagem no momento do retorno.

    Os retornados dos Estados Unidos voltam predominantemente para São Paulo (7.495), Minas Gerais (6.241) e Rio de Janeiro (4.971). Em seguida, verifica-se sua presença no Paraná (1.755), Rio Grande do Sul (1.468), Distrito Federal (1.269) e Goiás (1.266).

    Londres

    Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

    Brasileiros na Itália

    A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

    Brasileiros no Canadá

    Embora as relações entre Brasil e Canadá remontem a 1866 quando o Canadá inaugurou sua primeira missão comercial no território brasileiro, o primeiro registro de movimento migratório que se tem conhecimento ocorreu em 1902, quando um grupo de 48 brasileiros viajou em direção a …

    Brasileiros no Japão

    A emigração de brasileiros para o Japão está ligada ao fluxo migratório de japoneses para o Brasil no início do século XX. Impulsionado pelo próprio governo japonês e pela demanda de mão de obra para a cafeicultura em expansão no oeste paulista, cerca de 190.000 japoneses emigraram para o Brasil …

    Brasileiros no Oriente Médio

    As populações de brasileiros no Oriente Médio são bastante pequenas e concentradas em poucos países. Israel, com 20.000 brasileiros e o Líbano com 5.000 representam respectivamente (62,7%) e (15,7%) da população brasileira do Oriente Médio.

    A maioria dos retornados dos Estados Unidos (97,2%) e Japão (94,4%) retornam para zonas urbanas, enquanto os retornados do Paraguai apresentam um menor índice de domicílios urbanos (72%). Quando consideramos também suas ocupações no momento do retorno, a maioria daqueles que voltam dos Estados Unidos trabalham nos setores da educação (19,8%), comércio (15%) e atividades imobiliárias (13%). Os retornados do Paraguai apresentam uma grande participação no setor da agricultura (32%), seguido de ocupações industriais (15%), comércio (13,6%) e serviços domésticos (12%). Os brasileiros retornados do Japão ocupam com maior frequência posições nos setores comercial (29,7%), industrial (12,5%) e agrícola (10,6%).

    Segundo o Censo Brasileiro de 2010, mais de 174 mil emigrantes brasileiros retornaram ao país. Esse é um número bem maior do que o apontado pelo Censo de 2000 (87,4 mil), passando de 61% para 66% o percentual de brasileiros contados entre os imigrantes internacionais chegados ao Brasil.

    Dos 51.933 imigrantes brasileiros provenientes dos Estados Unidos, 84% eram brasileiros.

    A recente crise de econômica de …. [TEXTO INCOMPLETO]

    Estimativas do Ministério das Relações Exteriores (2008 – 2022): Documentos do MRE

    Texto baseado, em parte, no livro Brasileiros nos Estados Unidos – Meio Século (Re)fazendo a América

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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    BRASIL. Ministério das Relações Exteriores – MRE; Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior – DCB; Divisão de Assistência Consular – DAC. Brasileiros no Mundo – Estimativas. Subsecretaria Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior – SGEB,  2008.

    BRASIL. Ministério das Relações Exteriores – MRE; Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior – DCB; Divisão de Assistência Consular – DAC. Brasileiros no Mundo – Estimativas. Subsecretaria Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior – SGEB, 2008. 

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    LIMA, Álvaro. Diga Aí, 2009. Brasileiros na América.  

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    VAINER, Carlos B.; BRITO, Fausto. Migration and migrants shaping contemporary Brazil. In: Anais do XXIV General Population Conference International Union for the Scientific Study of Population. Salvador, Bahia, 2001. Disponível em: http://www.digaai.org/wp/pdfs/migrantsandmigration.pdf.

     

    REFERÊNCIAS

    1 Imigração no Brasil por Nacionalidade
    2 Firmeza, George Torquato, (2007), Brasileiros no Exterior. Brasília: FUNAG
    3 A emigração brasileira é, no entanto, muito pequena quando comparada à população residente. Por exemplo, a população emigrante brasileira representa apenas 0,53% da população residente, fazendo o Brasil ocupar a posição 195 no ranking dos 200 países com saldo migratório negativo, ficando à frente somente da Líbia, posição 196 (0,49%); China, posição 197 (0,43%); Bahamas, posição 198 (0,36%); República Centro Africana, posição 199 (0,17%); e Coréia do Norte, posição 200 (0,16%). (DORLING, 2009)
    4 Na América Latina, o Brasil figurava até a década de 1970 como uma área de evasão populacional para os países vizinhos, em especial para o Paraguai e a Argentina. A partir da década de 1980, o país passa a se configurar como uma das áreas de recepção migratória de latino-americanos. (BANINGER, 2005)
    5 Ver em: Estimativas 2020
    6 MARGOLIS, M.L.  (1994): Little Brazil: An Ethnography of Brazilian Immigrants in New York. Princeton. NJ. Princeton University.
    7 SALES, T., (1998). Brasileiros Longe de Casa. São Paulo, Editora Cortez.
    8 Comumente, a década de 1980 é chamada de “década perdida” no que se refere ao desenvolvimento econômico de muitas nações. Vivido pelo Brasil e por outros países da América Latina, essa fase de estagnação formou-se com uma retração agressiva da produção industrial. Na maioria dessas nações, os anos 80 representam o mesmo que crise na economia, inflação, crescimento baixo do Produto Interno Bruto (PIB), volatilidade de mercados e aumento da desigualdade social.
    9 BROOKE, James. (1993). Brazil Wild Wyas to Counter Wild Inflation. New York: The New York Times.
    10 Segundo a socióloga Peggy Levitt (2001), “the assumption that people live their lives in one place, according to one set of national and cultural norms, in countries with impermeable national borders, no longer holds”. In Levitt P., The Trasnnational Villagers, 2001. Los Angeles and Berkley: University of California Press.
    11 BELLUZZO, Luis Gonzaga de Mello e Coutinho, Renata (Org.). Desenvolvimento Capitalista no Brasil. Campinas: UNICAMP. IE. 1998, V.I.
    12 Em 1981, por exemplo, o desemprego aberto atingiu a taxa de 10%. (PASTORE, 1979)
    13 Foi instituído o Plano Collor, que agravou mais ainda a situação, causando revolta na população não só pelas medidas econômicas, mas pelo esquema de corrupção atribuído ao então Presidente. Essas insatisfações deram origem à mobilização inédita dos “caras-pintadas,” que culminou no impeachment de Collor.
    14 BRITO, Fausto. (1995). Os Povos em Movimento – As Migrações Internacionais no Desenvolvimento do Capitalismo, em Neide Patarra. (Cord.). Emigração e Imigração Internacionais no Brasil Contemporâneo. Campinas: FNUAP.
    15 MARTES, Ana Cristina Braga. (1999). Brasileiros nos Estados Unidos – Um Estudo Sobre Imigrantes em Massachusetts. São Paul: Editora Paz e Terra.
    16 Synovate Brasil – Imigrantes Brasileiros Residentes nos Estados Unidos (2007).
    17 Synovate Brasil – Remetentes e Beneficiários – Massachusetts e Microrregião de Governador Valadares (2008).
    18 LIMA & CASTRO, 2017
    19 LIMA & PLASTRIK, 2007
    20 PIORE, 1980
    21 SALES, 1999
    22 A palavra dekassegui (em japonês 出稼ぎ) é formada pela união das palavras japonesas 出る (deru, que significa “sair”) e 稼ぐ (kasegu, que significa “para trabalhar, ganhar dinheiro trabalhando”). O termo tem como significado literário o conceito de estar “trabalhando distante de casa” e designa qualquer pessoa que deixa sua terra natal para trabalhar temporariamente em outra região ou país.
    23 Atual Secretaria do Trabalho
    24 MRE, 2014
    25 FERNANDES, 2008
    26 BELTRÃO et al, 2006

     

    Brasileiros nos EUA e em Massachusetts

    Este documento é patrocinado pelo Instituto Gaston e pelo Instituto Diaspora Brasil (IDB). Ele atualiza o relatório ‘Brasileiros nos EUA e em Massachusetts: Um Perfil Demográfico e Econômico’ publicado em 2007 por Álvaro Lima e Carlos Eduardo Siqueira.

    As comunidades imigrantes…

    Porque os Brasileiros Voltam – O Retorno

    PORQUE OS BRASILEIROS VOLTAM - O RETORNO INTRODUÇÃO O artigo “O sonho frustrado e o sonho realizado: as duas faces da migração para os EUA”, de Sueli Siqueira, apresenta quatro tipos de retorno. O primeiro é o “retorno temporário”, quando o imigrante define os Estados...

    Neoliberalismo e Trabalho Imigrante

    Neoliberalismo e Trabalho Imigrante Série de seis seminários sobre Neoliberalismo e o Trabalho Imigrante terá aula bônus disponível a partir do dia 17/01. As inscrições estão abertas até o dia 20 de janeiro. Quem se inscrever após o dia 17 terá acesso ao conteúdo...

    Neoliberalismo e Trabalho Imigrante

    Neoliberalismo e Trabalho Imigrante

    Série de seis seminários sobre Neoliberalismo e o Trabalho Imigrante terá aula bônus disponível a partir do dia 17/01. As inscrições estão abertas até o dia 20 de janeiro. Quem se inscrever após o dia 17 terá acesso ao conteúdo bônus, que será gravado e ficará disponível no Youtube.

    Os seminários têm como objetivo abordar a migração de um ponto de vista estrutural ligado aos movimentos do capital, além de possibilitar um entendimento maior sobre o fenômeno transnacional. Os cursos também irão proporcionar um panorama da diáspora brasileira e explorar as ligações entre migração e desenvolvimento.

    Os professores Márcio Pochmann, presidente do Instituto Lula, e

     Luís Vitagliano em parceria com Mariana Dutra, coordenadora do Instituto Diáspora Brasil e Álvaro Lima, diretor de pesquisas da Prefeitura de Boston e fundador do Instituto Diáspora Brasil irão conduzir o projeto com convidados. 

    Os palestrantes abordam teorias que analisam fenômenos econômicos e outros fatores que geram fluxo migratório. 

    Com base nessas reflexões bastante contemporâneas, o Instituto Lula e o Instituto Diáspora Brasil propõem um seminário formativo. Apenas os inscritos terão acesso às apresentações. Posteriormente elas serão disponibilizadas no Youtube de forma gratuita. Quem pretende se aprofundar nessas questões, é hora de se inscrever, acompanhar os debates, fazer as leituras e participar dos chats de discussão. 

     

    Como funciona o curso:

    As aulas vão acontecer na plataforma Zoom todos os sábados às 12h, exceto a aula bônus do dia 17, que será em uma terça-feira às 13h. As inscrições encerram no dia 20 de janeiro. A aula bônus ficará gravada para ser assistida no momento que a pessoa inscrita no curso desejar. Para se inscrever.  

    Programação

     

    17 de janeiro: Peggy Levitt- Proteção Transnacional Social: Estabelecendo Uma Agenda

     

    04 de fevereiro: Vinicius Kauê Ferreira – “Brain Drain” ou “Brain Circulation” 

     

    25 de fevereiro: Alvaro Lima – Transnacionalismo: Um Novo Modelo de (Re)Integração das Populações Imigrantes

     

    11 de março: Alex Guedes Brum – Políticas de Vinculação do Estado Brasileiro Para Suas Comunidades no Exterior

     

    25 de março: Marcio Pochmann – Regimes de Acumulação e Fluxos Migratórios

     

    08 de abril: Aviva Chomsky – How Immigration Became Illegal

     

    22 de abril: Ricardo Antunes – Ilegalidade da força de trabalho migratória e expropriação do capital

      

    Quando: De 17 de janeiro a 22 de abril de 2022

    Onde: Plataforma Zoom

    Valor: Gratuito 

    Público: Pesquisadores, estudantes, lideranças comunitárias e demais interessados

    Londres

    Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

    Brasileiros na Itália

    A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

    Brasileiros no Canadá

    Embora as relações entre Brasil e Canadá remontem a 1866 quando o Canadá inaugurou sua primeira missão comercial no território brasileiro, o primeiro registro de movimento migratório que se tem conhecimento ocorreu em 1902, quando um grupo de 48 brasileiros viajou em direção a …

    Peggy Levitt: Proteção Trasnnacional Social - Estabelecendo Uma Nova Agenda

     

    A primeira aula do ciclo de seminários “Outro olhar sobre o Neoliberalismo e Trabalho Imigrante”, oferecido pelo Instituto Lula e Instituto Diáspora Brasil, abordou o fenômeno migratório do ponto de vista estrutural ligado ao movimento do capital. 

    Ministrado pela professora e chefe do departamento de Sociologia do Wellesley College, Peggy Levitt, a aula também contou com a participação do presidente do Instituto Lula, Márcio Pochmann, e do professor Luís Vitagliano. Mariana Dutra, coordenadora do Instituto Diáspora Brasil, e Álvaro Lima, diretor de pesquisas da Prefeitura de Boston e fundador do Instituto Diáspora Brasil, também participaram do debate. 

    Novo Contexto de Proteção Social

    Hoje, o neoliberalismo e a austeridade mudaram a expectativa em relação ao Estado como um garantidor da proteção básica. Fundos reguladores internacionais, como o FMI, pedem que os países aumentem a austeridade e as medidas econômicas para reduzir os seus déficits. Tais medidas, explica Levitt, estimulam o declínio do estado de bem-estar social.

    “Nossa tarefa é falar das responsabilidades e das injustiças sociais no mundo global. Quem vai ser emancipado e protegido pela questão transnacional e quem vai ficar para trás. E como podemos fazer para que as pessoas que ficaram para trás prosperem também”, reflete Levitt. 

    O seminário “Proteção Transnacional Social: Estabelecendo uma Agenda”, ministrado por Peggy Levitt, busca oferecer uma visão mais ampla sobre proteção social transnacional e como ela afeta membros de uma família e comunidades. 

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    Do Brain Drain às Redes Científicas Globais - Perspectivas Para a Século XXI

    Este seminário irá discutir as possibilidades que pesquisadoras/es que migram oferecem para o desenvolvimento científico dos seus países de origem e de destino. Discutiremos também os desafios vividos por estudantes do programa Ciências Sem Fronteiras, perspectiva de desconstruir a “fuga de cérebros” e no lugar dela, construir uma agenda baseada na “circulação de cérebros”.

    Vinicius Ferreira é Professor no Departamento de Antropologia e no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UERJ. Doutor e mestre em Antropologia Social pela École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris, França. Pesquisador Associado do Laboratoire d’Anthropologie Politique (LAP) da École des Hautes Études en Sciences Sociales. Desenvolve pesquisas sobre transformações do campo científico global, com ênfase nas circulações acadêmicas internacionais entre Norte e Sul. É editor-fundador da Revista Novos Debates da ABA, co-chair da Commission on Migration da IUAES e co-chair da Task Force on Precarity da WCAA.

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    Alvaro Lima: Transnacionalismo - Um Novo Modelo de (re)integração das Populações Imigrantes

    “Transnacionalismo: Um Novo Modelo de (Re)Integração das Populações Imigrantes” busca entender esta nova dinâmica em que os imigrantes envolvem-se em atividades além-fronteiras, e através destas constroem “campos sociais” (social fields) relativamente estáveis, duráveis, e densamente interligados que atrelam países de origem e destino, através da circulação de idéias, informações, produtos, e dinheiro, além do movimento de pessoas. Em qualquer momento, estão firmemente assentados num lugar particular – Boston, por exemplo – mas suas vidas diárias estão vinculadas e dependentes de pessoas e recursos localizados em outros países. 

    Alvaro Lima é Diretor de Pesquisas da Prefeitura de Boston e Fundador do Instituto Diáspora Brasil . Recentemente, ele atuou como Senior Vice-presidente e Diretor de Pesquisas da Initiative for a Competitive Inner City (ICIC), uma organizacão fundada pelo Professor Michael Porter da Universidade de Harvard. Economista com Mestrado na New School for Social Research em Nova York, foi chefe do Departamento Econômico do Ministério da Indústria e Energia em Moçambique e Coordenador de Projetos de Desenvolvimento Regional do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico a Social (IPARDES) en seu país natal, Brasil.

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    Alex Guedes Brum: Políticas de Vinculação do Estado Brasileiro

    Doutor em História e Política pela Fundação Getulio Vargas e mestre em Estudos Estratégicos da Defesa e da Segurança pela Universidade Federal Fluminense, Alex é autor do livro “Brasileiros no exterior: o caso da Flórida” e pesquisa as políticas de Argentina, Brasil e México para os emigrantes e seus descendentes no exterior.

    Aviva Chomsky: Como a Imigração Tornou-se Ilegal

    Aviva Chomsky é professora e coordenadora do Centro de Estudos Latino Americanos da Salem University, EUA. Trabalha com o tema da imigração, trabalho indocumentado nos EUA, incorporando temas do colonialismo, desenvolvimento econômico, migração, raça e gênero. 

    Entre 1976 and 1977, Chomsky trabalhou para o sindicato United Farm Workers. Em 1982, ela se formou em Espanhol e Português na University of California at Berkeley. Chomsky tem um mestrado e Ph.D. em história. 

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    Ricardo Antunes - Ilegalidade da Força de Trabalho Migratória e Expropriação do Capital

    Ricardo Antunes é Professor Titular de Sociologia no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP. Antes, foi professor da FGV-SP e da UNESP. Publicou 13 livros no exterior, dentre eles: Farewell to work? (Brill, Holanda/Inglaterra (2022); Haymarket, EUA, 2022); Capitalismo virale (Castellvechi, Itália, 2021; Viraler Kapitalismus, Áustria, Konturen, 2022); Il Privilegio della Servitù (Punto Rosso, Itália, 2020); Politica della Caverna (Castelvecchi, Itália, 2019); The Meanings of Work (Holanda/Inglaterra, Brill/HM Book Series/FAPESP, 2013; EUA (Haymarket Books, 2013); Itália (Jaca Book, 2006 e Punto Rosso, 2017); Portugal (Almedina, 2013), Índia (Aakar Books, Delhi, 2015) e Argentina (Herramienta, 2013, 2a. edição), a partir da edição original publicada pela Boitempo; Addio al lavoro? (Trieste, 2019, nova edição revista, atualizada e ampliada; Edizioni Ca?Foscari, Veneza, 2015 e Biblioteca Franco Serrantinui, 2002), publicado também na Espanha, Argentina, Colômbia e Venezuela, a partir da edição original da Ed. Cortez.

    Foi Professor convidado do Master sull? Immigrazione, Fenomeni Migratori e Trasformazioni Sociali da Universidade Ca?Foscari de Veneza/Itália e também Membro do Comitê Científico deste curso, desde 2009 até seu encerramento em 2021 Foi Visiting Professor na Universidade de Coimbra (2019); na Universidade Ca?Foscari de Veneza (2017), onde ministrou a “laurea magistrale” História da Sociologia Crítica; Visiting Professor da Universidade de Coimbra (2019) e Visiting Research Fellow na Universidade de SUSSEX, Inglaterra (1997/8). Ministrou cursos de pós-graduação e graduação e conferências em várias universidades na Europa (Itália, Espanha, França, Inglaterra, Portugal, Suíça); na América do Norte (EUA); América do Sul (Argentina, Uruguai, Chile, Venezuela, Equador, Colômbia, Guatemala, Costa Rica, Cuba) e na Ásia (China e Índia).

    This presentation speaks to the large process of capital’s productive restructuring, triggered in the 1970s—a process with tendencies to both intellectualize labour power and increase the levels of the working class’ precariousness on a global scale.

    The hypothesizes is that instead of work’s loss of centrality in contemporary capitalism, when the world of production is analyzed in its global dimension, including countries in the North and South, a substantial process of growing heterogeneity, complexity, and fragmentation is observed. The resulting configuration is a new morphology of the working class. Therefore, as new mechanisms are created to generate surplus labour, there is, simultaneously, an increment in casualization and unemployment, pushed by the ongoing corrosion of labour rights in countries all across the globe.

     

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    Márcio Pochmann - Regimes de Acumulação e Fluxos Migratórios

    Marcio Pochmann é Doutor em Ciências Econômicas e professor titular do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas e autor de mais de 60 livros sobre economia, trabalho, sociedade e políticas públicas. Além da atuação como pesquisador no Brasil e no exterior, acumulou experiências na gestão pública como secretário do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade da cidade de São Paulo e presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília.

    Pochmann foi pesquisador visitante em universidades da França, Itália e Inglaterra. Como consultor, trabalhou no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro Empresas (Sebrae), na Federação das Indústrias do estado de São Paulo (Fiesp) e em órgãos das Nações Unidas, incluindo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal).

     Em 2012, Pochmann concorreu à prefeitura de Campinas recebendo no primeiro turno 28,6% dos votos. Seu oponente, Jonas Donizette, foi eleito no segundo turno com 57,7% dos votos válidos. Pochmann concorreu novamente a prefeitura de Campinas obtendo desta feita 15% dos votos, ocupando o terceiro lugar da disputa, sendo superado por Donizette e Artur Orsi. Nas eleições estaduais de 2018, concorreu a uma vaga na Câmara dos Deputados não obtendo votação suficiente para ser eleito, alcançando 53.261 mil votos.

    Em 2012, o Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores nomeou Pochmann como presidente da Fundação Perseu Abramo, exercendo mandatos. Hoje, ocupa a posição de Presidente do Instituto Lula.

    Foi agraciado com o Prêmio Jabuti em 2002.

     

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    Londres

    Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

    Brasileiros na Itália

    A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

    Brasileiros no Canadá

    Embora as relações entre Brasil e Canadá remontem a 1866 quando o Canadá inaugurou sua primeira missão comercial no território brasileiro, o primeiro registro de movimento migratório que se tem conhecimento ocorreu em 1902, quando um grupo de 48 brasileiros viajou em direção a …

    Brazilian Emigration to North America – Bibliography

    Para Entender a Emigração Brasileira para a América do Norte

    Bibliografia Preparada por Maxine L. Margolis

    (atualizada por Marcio de Oliveira e Alvaro Lima)

    Albues, Teresa
    1995  O Berro de Cordeiro em Nova York. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

     Allen, James P. and Eugene Turner
    2004  “ Boston ’s Emerging Ethnic Quilt: A Geographic Perspective.” Paper presented at the Annual Meeting of the Population Association of America , Boston , April.

    Alves, José Claudio Souza and Lúcia Ribeiro
    2002  “Migracão, Religião e Transnacionalismo: O Caso dos Brasileiros no Sul da Flórida.” Religião e Sociedade, 22 (2): 65-90.

    Andreazzi, Luciana
    2004  “Brazilian Immigrants: The Ecological Matrix of Social Exchange Resources & Vulnerabilities.” Paper presented at the Conference on Brazilians in the U.S. : Another Invisible Latino Diaspora. Aliança Brasileira nos Estados Unidos, Central Connecticut State University, New Britain, April 16.

    Araujo, Joceli and Eryck Duran
    in press  O Manuel do Migrante.

    Assis, Glaúcia de Oliveira
    1995  Estar Aqui, Estar Lá…Uma Cartografia da Vida em Dois Lugares. M.A. thesis in Social Anthropology, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

    1995  “Estar Aqui, Estar Lá…O Retorno dos Imigrantes Valadarenses ou a Construção de uma Identitdade Transnacional?” Travessia – Revista do Migrante 22 (8):8-14.

    2000  Os Novos Fluxos da População Brasileira e os Rearranjos Familiares e de Gênero, XXIV Encontro Anual da Anpocs, Petrópolis, Rio de Janeiro.

    2001  “Emigrantes Brasileiros para os EUA e a (Re)Construção da Identidade Etnica.” In Raízes e Rumos: Perspectivas Interdisciplinares em Estudos Americanos. Sonia Torres, (ed.). Rio de Janeiro: Editora 7 Letras, pp.199-211.

    2003  “De Criciúma para o Mundo—Os Novos Fluxos de População Brasileira: Gênero e Rearranjos Familiares.” In Fronteiras Cruzadas: Etnicidade, Gênero e Redes Sociais. Ana Cristina Martes Braga and Soraya Fleischer (eds.). São Paulo: Editora Paz e Terra, pp. 199-230.

    2004  “De Criciúma para Boston: Tecendo Redes Familiares na Migração International.” In Psicologia, E/Imigração e Cultura. Sylvia Dantas DeBiaggi and Geraldo José de Paiva (eds.). São Paulo: Casa de Psicólogo Livraria e Editora Ltda, pp. 111-133.

    Assis, Glaúcia de Oliveira and Elisa Massae Sasaki
    2001  “Novos Migrantes do e Para o Brasil: Um Balanço Bibliográfica.” In Migrações Internacionais: Contribuições Para Políticas. Brasilia: Comissão Nacional de População e Desenvovimento, pp. 615-647.

    Assis, Gláucia de Oliveira and Siqueira, Sueli
    Mulheres Emigrantes e a Configuração de Redes Sociais: Construindo Conexões entre o Brasil e os Estados Unidos. Revista Interdiciplinar da Mobilidade Humana. Ano XVII, nº 32, p. 25-46.

    Assunção, Viviane K.
    Onde a Comida “Não Tem Gosto”: Estudo Antropológico das Práticas Alimentares de Imigrantes Brasileiros em Boston. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade de Santa Catarina. Brasil.

    Athayde, Roberto
    1996  Brasileiros em Manhattan. Rio de Janeiro: Topbooks.

    2018 Baeninger, Rosana; Bógus, Lúcia (Org,)
    A Nova Face da Emigração Internacional no Brasil. São Paulo: EDUC

    Badgley, Ruey T.

    1994  Brazucas in Beantown: The Dynamics of Brazilian Ethnicity in Boston. Senior Honors Thesis in Anthropology, Connecticut College, New London, Connecticut.

    Barnes, Linda, Andrea Allen, Melicia Charles, Azande Mangeango, and Kenneth L. Fox
    2002   “Healing in Immigrant Communities of the African Diaspora of Boston.” In Religious Healing in Boston: Reports from the Field. Susan Sered (ed.). Center for the Study of World Religions, Harvard School of Divinity, Harvard University.

    Barros, Sebastião do Rego
    1996-97 “A Nova Politica de Assistência aos Brasileiros no Exterior.” Revista Politica Externa 5 (3).

    Barrow, Anita
    1988  “Generations of Persistence: Kinship Amidst Urban Poverty in São Paulo and New York .” Urban Anthropology 17 (2-3): 193-228.

     

    Becker, Daniel B.
    2006  The Brazilian Immigrant Experience, A Study on the Evolution of a Brazilian Community in Sommerville and the Greater Boston Area. Urban Borderlands:

    Tufts University. Disponível  em https://dea.lib.tufts.edu

    Belchior, Neto

    1990  Aventureiros do Dólar: Romance de Amor entre os Emigrantes para os Estados Unidos. Belo Horizonte: Imprensa Oficial.

    Beserra, Bernadete
    2003  Brazilian Immigrants in the United States: Cultural Imperialism and Social Class. New York: LFB Scholarly Publishing 

    2005  “From Brazilians to Latinos? Racialization and Latinidad in the Making of Brazilian     Carnival in Los Angeles .” Latino Studies 3 (1): 53-75.

    2005 Brasileiros nos Estados Unidos: Hollywood e Outros Sonhos. Fortaleza: Editora UFC.

    Bicalho, José Vitor
    1989 Yes, Eu Sou Brazuca. Governador Valadares, Minas Gerais: FUNSEC.

    Boas, Sérgio Vilas
    1997  Os Estrangeiros do Trem N. Rio de Janeiro: Editora Rocco. 

    Botelho, Paula 
    2004  “In the Service of the Community: The Roles of the Brazilian American Church in Reconstructing Identity.” National Association of African American Studies

    and Affiliates (NAAAS), 2004 Monograph Series, volume II.

    Brazil Watch
    1996  “Brazilians Overseas. The Rising Tide of Brazilian Emigration is Impacting Foreign Markets and Even the Balance of Payments.” Brazil Watch 13 (21): 7-10. 

    Londres

    Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

    Brasileiros na Itália

    A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

    Brasileiros no Canadá

    Embora as relações entre Brasil e Canadá remontem a 1866 quando o Canadá inaugurou sua primeira missão comercial no território brasileiro, o primeiro registro de movimento migratório que se tem conhecimento ocorreu em 1902, quando um grupo de 48 brasileiros viajou em direção a …

    Brasileiros no Japão

    A emigração de brasileiros para o Japão está ligada ao fluxo migratório de japoneses para o Brasil no início do século XX. Impulsionado pelo próprio governo japonês e pela demanda de mão de obra para a cafeicultura em expansão no oeste paulista, cerca de 190.000 japoneses emigraram para o Brasil …

    Brasileiros no Oriente Médio

    As populações de brasileiros no Oriente Médio são bastante pequenas e concentradas em poucos países. Israel, com 20.000 brasileiros e o Líbano com 5.000 representam respectivamente (62,7%) e (15,7%) da população brasileira do Oriente Médio.

    Bretas, Angela 
    2006 “Brava Gente Brasileira em Terras Estrangeiras,” Vol. II. São Paulo: Editora Scortecci.

    Brown, Peter
    2005  “Understanding Brazuca ‘Fragmentation:’ A Qualitative Study of Brazilian Immigrants and Their Community in Boston, Massachusetts.” Paper presented at the National Congress on Brazilian Immigration to the United States, David Rockefeller Center for Latin American Studies, Harvard University, Cambridge, March 18-19. 

    2005  The Ambivalent Immigrants: Brazilians and the Conflict of Ethnic Identity. Senior Honors Thesis in Sociology and Brazilian and Portuguese Studies, Harvard University.

    Brum, Alex G.
    2018  As Políticas de Vinculacão do Brasil Para os Brasileiros e Seus Descendentes no Exterior. O Social em Questão, Ano XXI, nº 66, p. 21-32.

    Cavalcanti, Leonardo and Tonhati, Tânia (orgs.)
    Dicionário Crítico de Migrações Internacionais . Brasília: editora da UnB, p. 83-88. 

    Carvalho, José Alberto Magno de

    1996  “O Saldo dos Fluxos Migratórios Internacionais no Brasil na Década 80: Uma Tenativa de Estimação.” Revista Brasileira de Estudos de População 13(1):3-14.

    Catholic Social Services of Fall River (CSS) & Brazilian Immigrant Association of Cape Cod & the Island (BIACCI)
    2001  “Brazilian Survey Project, Cape Cod, and the Islands .” Mimeo.

    Da Costa, Maria Teresa Paulino
    2004  “Algumas Considerações Sobre Imigrantes Brasileiros na Jurisdição do Consulado Brasileiro de Nova York.” New York: Consulado Brasileiro. Mimeo.

    in Press  “Some Considerations on Brazilian Immigrants Under the Jurisdiction of the Brazilian Consulate in New York .” In Brasileiros no Exterior: Caminhos da

    Cidadania. Bela Feldman-Bianco and Carlos Vianna, (eds.). Campinas, São Paulo: Editora da Unicamp.

    Da Rocha, Fausto Mendes 
    2004  “Brazilian Struggles and Victories in Massachusetts.” Paper presented at the Conference on Brazilians in the U.S.: Another Invisible Latino Diaspora. Aliança Brasileira nos Estados Unidos, Central Connecticut State University, New Britain, April.

    Davis, Darién

    1997  “Disseram Que Eu Voltai Americanizada: Cultural Conflict in the Construction of a Brazilian Identity in the United States, 1930-1970.” Paper presented at the meetings of the Brazilian Studies Association, Washington, D.C.

    1997  “The Brazilian-Americans: Demography and Identity of an Emerging Latino Minority.” The Latin Review of Books, spring/fall, pp.8-15.

    DeBiaggi, Sylvia Duarte Dantas
    1996  “Mudança, Crise e Redefinição de Papéis: As Mulheres Brasileiras Lá Fora.” Travessia – Revista do Migrante (Sept.-Dec.) : 24-26.

    2002  Changing Gender Roles: Brazilian Immigrant Families in the U.S. New York: LFB Scholarly Publishing.

     

    Da Rocha, Fausto Mendes 
    2004  “Brazilian Struggles and Victories in Massachusetts.” Paper presented at the Conference on Brazilians in the U.S.: Another Invisible Latino Diaspora. Aliança Brasileira nos Estados Unidos, Central Connecticut State University, New Britain, April.

    Davis, Darién

    1997  “Disseram Que Eu Voltai Americanizada: Cultural Conflict in the Construction of a Brazilian Identity in the United States, 1930-1970.” Paper presented at the meetings of the Brazilian Studies Association, Washington, D.C.

    1997  “The Brazilian-Americans: Demography and Identity of an Emerging Latino Minority.” The Latin Review of Books, spring/fall, pp.8-15.

    DeBiaggi, Sylvia Duarte Dantas
    1996  “Mudança, Crise e Redefinição de Papéis: As Mulheres Brasileiras Lá Fora.” Travessia – Revista do Migrante (Sept.-Dec.) : 24-26.

    2002  Changing Gender Roles: Brazilian Immigrant Families in the U.S. New York: LFB Scholarly Publishing.

     

    2003  “Famílias Brasileiras em um Novo Contexto.” In Fronteiras Cruzadas: Etnicidade, Gênero e Redes Sociais. Ana Cristina Martes Braga and Soraya Fleischer (eds.).  São Paulo: Editora Paz e Terra, pp. 175-197.

    2004  “Homens e Mulheres Mudando em Novos Espaços: Famílias Brasileiras Retornam dos EUA para Brasil.” In Psicologia, E/Imigração e Cultura. Sylvia Dantas DeBiaggi and Geraldo José de Paiva (eds.). São Paulo: Casa de Psicólogo Livaria e Editora Ltda, pp. 135-164.

    De Lourenço, Cileine
    2006    “Disjuncture and Difference, Brazilians in the USA and Politics of (not)Belonging.” International Journal of Diversity in Organisations, Communities and Nations 4: 499-504

    De Lourenço, Cileine and Judith McDonnell
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    2004  “Número de Brasileiros Ilegais nos EUA é Recorde.” July 4. http://noticias. terra.com. br/brasil/ interna/0, ,OI336801- EI306,00. html

    Thompson, Jennifer
    2006    “Commercial Spaces: Facilitators of Transnationalism in New York City Brazilian Ethnic Enclaves.” Senior Honors Thesis, Department of Geography, Dartmouth College , Hanover , NH.

    Tosta, Antonio
    2004  “Latino, Eu? The Paradoxical Interplay of Identity in Brazuca Literature.” Hispania 87 (3):576-585.

    Tosta, Antonio Luciano de Andrade
    2005    “Between Heaven and Hell: Perceptions of Brazil and the United States in Brazuca Literature.” Hispania 88 (4): 713-724. 

    2007    “American Dream, Jeitinho Brasileiro: On the Crossroads of Cultural Identities in Brazilian-American Literature.” In A Companion to US Latino Literatures, Carolta Caulfield and Darién Davis, eds. Colección Támesis, Serie A: Monografías, 234. Rochester, NY: Boydell & Brewer, pp. 140-157. 

    2007    “Is There a Brazilian American Cinema? Aesthetics and identity in A Frontiera and Nailed!” In The Other Latinos: Central and South Americans in the United States. José Luis Falconi and José Antonio Mazzotti, eds. Cambridge, MA: David Rockefeller Center for Latin American Studies, Harvard University, pages 257-284.

    Vainer, Carlos
    1995  “Estado e Imigração Internacional: De Imigração à Emigração.” In Emigração e Imigração no Brasil Contemporânea., Patarra, Neide Lopes (ed.). Campinas: Programa Interinstitucional de Avaliação e Acompanhamento das Migrações Internacionais no Brasil, pp. 39-52..

    Werneck, José Inácio
    2004  Com Esperança no Coração: Os Imigrantes Brasileiros nos Estados Unidos. São Paulo: Augurium Editora.

    Londres

    Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

    Brasileiros na Itália

    A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

    Brasileiros no Canadá

    Embora as relações entre Brasil e Canadá remontem a 1866 quando o Canadá inaugurou sua primeira missão comercial no território brasileiro, o primeiro registro de movimento migratório que se tem conhecimento ocorreu em 1902, quando um grupo de 48 brasileiros viajou em direção a …

    Eleições Presidenciais Brasileiras no Exterior (1989 – 2022)

    COMO VOTAM OS EMIGRANTES BRASILEIROS

    Eleições Presidenciais Brasileiras no Exterior (1989 – 2022)

    A participação dos emigrantes no processo político dos seus países de origem, seja pelo exercício do voto ou pela capacidade de concorrer a cargos eletivos, é expressão do aumento significativo da migração internacional e das crescentes atividades transnacionais destes emigrantes.

    O  livro Ausente & Presente: O Voto Brasileiro no Exterior e a Necessidade de uma Reforma Eleitoral (Lima, 2022), investiga a participação dos emigrantes brasileiros no processo eleitoral brasileiro, as características do eleitorado brasileiro no exterior, seu nível de participação nas eleições anteriores e seus padrões de votacão. Além destes aspectos, arrola, de forma bastante abreviada, algumas barreiras e empedimentos à participação plena dos brasileiros emigrantes no processo eleitoral brasileiro, abordando ainda, a necessidade de reformas eleitorais que garantam o sufrágio universal. Por fim, o livro inclui algumas sugestões sobre possíveis linhas de iinquérito.

    A análise tem carater exploratório da série 1989, primeira eleição em que os emigrantes puderam votar, até a eleição de 2018. A eleição relizada este ano, 2022, aparece em análise separada. Os dados utilizados são oriundos  do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), referentes á Zona Eleitoral do Exterior (ZZ) que atende os brasileiros que possuem domicílio eleitoral fora do país. Para as estimativas da população brasileira, são dados do Ministério das Relações Exteriores (MRE). A composição demográfica da população emigrante foi extraída do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

    Acompanhando o livro, que pode ser baixado clicando a figura ao lado, a base de dados assim como uma visualizacão dos dados podem ser acessados nos links abaixo.

    ELEIÇÕES BRASILEIRAS NO EXTERIOR (1989 – 2022) – PARA DADOS COMPLETOS  CLICK AQUI

    PARA DADOS GEO-ESPACIAIS CLICK AQUI

    PARA A APRESENTAÇÃO CLICK AQUI

    REPOSITÓRIO DE DADOS ELEITORAIS  – TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (STF):

    https://www.tse.jus.br/eleicoes/estatisticas/repositorio-de-dados-eleitorais-1/repositorio-de-dados-eleitorais

    IMPRENSA:

    https://www.facebook.com/watch/live/?ref=watch_permalink&v=1174144140198558

    Metropolitan News USA: Alvaro Lima lança livro sobre como vota o brasileiro no exterior

    Uol: Zona eleitoral ZZ: o voto dos eleitores brasileiros no exterior

    acheiUSA: Milhares de Brasileiros nos EUA vão às urnas neste domingo escolher o próximo presidente do Brasil

    Brazilian Times: Quase 700 mil brasileiros no exterior poderão votar nestas eleições presidenciais

    Acontece: Brasil 2022 – Aproximadamente 700 mil eleitores poderão votar no exterior

    rfi: Voto dos Brasileiros em Paris: “Quero ter orguhlo de poder dizer de novo que sou do Brasil”

    g1: Lula foi Eleito com 51,28% dos votos no exterior; saiba como votaram que moram em outros países

    wbur: Brasileiros em Boston se preparam para votar na eleição presidencial

    myNEWS: Aproximadamente 700 mil eleitores poderão votar no exterior: cifra ultrapassa o eleitorado de três estados da federação

    Metrópolis: Lula alcança 47,17% dos votos no exterior, contra 41,61% de Bolsonaro

    ZAP Bolsonaro: Brasileiros ao Redor do mundo organizam apoio ao Presidente Bolsonaro e em defesa  da Liberdade de Expressão

    Londres

    Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

    Brasileiros na Itália

    A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

    Brasileiros no Canadá

    Embora as relações entre Brasil e Canadá remontem a 1866 quando o Canadá inaugurou sua primeira missão comercial no território brasileiro, o primeiro registro de movimento migratório que se tem conhecimento ocorreu em 1902, quando um grupo de 48 brasileiros viajou em direção a …

    Brasileiros no Japão

    A emigração de brasileiros para o Japão está ligada ao fluxo migratório de japoneses para o Brasil no início do século XX. Impulsionado pelo próprio governo japonês e pela demanda de mão de obra para a cafeicultura em expansão no oeste paulista, cerca de 190.000 japoneses emigraram para o Brasil …

    Brasileiros nos EUA e em Massachusetts

    Este documento é patrocinado pelo Instituto Gaston e pelo Instituto Diaspora Brasil (IDB). Ele atualiza o relatório ‘Brasileiros nos EUA e em Massachusetts: Um Perfil Demográfico e Econômico’ publicado em 2007 por Álvaro Lima e Carlos Eduardo Siqueira.

    As comunidades imigrantes…

    Porque os Brasileiros Voltam – O Retorno

    PORQUE OS BRASILEIROS VOLTAM - O RETORNO INTRODUÇÃO O artigo “O sonho frustrado e o sonho realizado: as duas faces da migração para os EUA”, de Sueli Siqueira, apresenta quatro tipos de retorno. O primeiro é o “retorno temporário”, quando o imigrante define os Estados...

    Neoliberalismo e Trabalho Imigrante

    Neoliberalismo e Trabalho Imigrante Série de seis seminários sobre Neoliberalismo e o Trabalho Imigrante terá aula bônus disponível a partir do dia 17/01. As inscrições estão abertas até o dia 20 de janeiro. Quem se inscrever após o dia 17 terá acesso ao conteúdo...

    Visualizing the Brazilian Diaspora in the U.S.

    VISUALIZING THE BRAZILIAN DIASPORA IN THE U.S.A.

    This project was developed  in partnership with Boston University’s Spark Lab. The Spark Lab is a technology incubator and experimental learning lab for student-led computational and data driven projects at Boston University. 

    As part of the CS 506 class, students Junhe Chen, Haoyu Zhang, and Hui Li, under the supervision of Dharmesh Tarapore and Alvaro Lima, developed a platform to visualize the Brazilian population in the United States utilizing U.S. Census data.

    The Spark team analyzed the different attributes in the data set of the U.S. Bureau of Census for the distribution of Brazilians in different states and tried to extract the best representative tags or features about Brazilians in an area. The tags were normalized and vectorized in order to perform a hierarchical clustering algorithm so that users could zoom in on the map to show more detailed information in the corresponding region.

    A primary goal of the data visualization was to communicate information  clearly and efficiently via statistical graphics, plots, and information graphics. Numerical data was encoded using dots, lines, or bars, to communicate a quantitative message visually. Effective visualization helps users analyze and reason about data and evidence. It makes complex data more accessible, understandable, and useable. 

    Besides the data from the U.S. Census Bureau, the project also uses data from Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE). Because MRE provides only a count of Brazilians in the U.S., we used the U.S. Census distribution of Brazilians by State and applied this distribution to the total population provided by the MRE.

     

    To access the visualization click here: VISUALIZING THE BRAZILIAN DIASPORA

    The project proposal can be accessed here: CS_506_Proposal

    A final poster is available here: CS_506_Final_Poster.

    A complete description of the project and its methodology can be founded here: CS_506_Final_Report.

    Users may have particular analytical tasks, such as making comparisons or understanding causality and the design principle of the graphic followed these tasks.

    Tables were generally designed so that users can look up a specific measurement. In contrast, charts of various types show patterns or relationships in the data for one or more variables. 

    The front end of the visualization was designed so that the data could be displayed on a map and plotted on charts so that attributes could then be shown as the user moves the cursor of the mouse onto the area of a state in the browser or click on a attribute on the charts so that this attribute is displayed on the map.

    The project was sponsored by Digaai, today, the Instituto Diaspora Brasil (IDB). 

    Londres

    Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

    Brasileiros na Itália

    A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

    Brasileiros no Canadá

    Embora as relações entre Brasil e Canadá remontem a 1866 quando o Canadá inaugurou sua primeira missão comercial no território brasileiro, o primeiro registro de movimento migratório que se tem conhecimento ocorreu em 1902, quando um grupo de 48 brasileiros viajou em direção a …

    Brasileiros no Japão

    A emigração de brasileiros para o Japão está ligada ao fluxo migratório de japoneses para o Brasil no início do século XX. Impulsionado pelo próprio governo japonês e pela demanda de mão de obra para a cafeicultura em expansão no oeste paulista, cerca de 190.000 japoneses emigraram para o Brasil …

    Londres

    Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

    Brasileiros nos EUA e em Massachusetts

    Este documento é patrocinado pelo Instituto Gaston e pelo Instituto Diaspora Brasil (IDB). Ele atualiza o relatório ‘Brasileiros nos EUA e em Massachusetts: Um Perfil Demográfico e Econômico’ publicado em 2007 por Álvaro Lima e Carlos Eduardo Siqueira.

    As comunidades imigrantes…

    Giovana Costa

    Giovana Costa, Boston, MA, Estados Unidos

    Brasileiros Mundo Afora: Quem e Quanto Somos, Porque Emigramos, Onde Vivemos, Porque Retornamos e Quanto Contribuímos

    Brasileiros no Mundo

    Alvaro Lima é Diretor de Pesquisas Econômicas e Sociais da Prefeitura de Boston. Foi Diretor de Pesquisas e Managing Director da Initiative for a Competitive Inner City (ICIC), uma organização fundada pelo Professor Michael Porter da Universidade de Harvard.  Foi ainda Diretor de Desenvolvimento Econômico da Urban Edge, corporação dedicada ao desenvolvimento econômico comunitário. Anteriormente, trabalhou como Chefe do Departamento Econômico do Ministério da Indústria e Energia em Moçambique. No Brasil, exerceu o cargo de Coordenador Regional de Projetos de Desenvolvimento no Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (IPARDES). Alvaro possui Mestrado em Economia pela New School for Social Research.

    INTRODUÇÃO

    Historicamente, o Brasil pode ser considerado um país receptor de população. Ao longo da sua história acolheu imigrantes de vários países do mundo. De 1822 até 1949 o país recebeu cerca de cinco milhões de imigrantes, sobretudo portuguesesitalianos  e espanhóis além de  japonesesalemãespoloneses e   sírio–libaneses. Pode-se identificar esse fluxo em três grandes correntes migratórias durante quatro períodos diferentes. O primeiro, de 1880 a 1903, quando entraram no país cerca de 1,9 milhão de europeus, sobretudo portuguesesespanhóis e alemães. O segundo, de 1904 a 1930, com entrada de outros 2,1 milhões, destacando-se entre eles a presença de italianospolonesesrussos e romenos. No terceiro, de 1932 a 1935, vieram os imigrantes japoneses. Por fim, entre 1953 e 1960, registrou-se uma imigração significativa de espanhóis, gregos e sírio-libaneses [1].

    Depois desses grandes movimentos migratórios, o país se fechou, mantendo um fluxo líquido próximo a zero no intervalo entre o pós-guerra e os anos 1980.[2] Após um longo período de estabilidade migratória, na década de 1980, o Brasil experimentou pela primeira vez uma mudança negativa, passando de um país majoritariamente receptor a um país expulsor de população. [3]

    No entanto, isso não quer dizer que o país tenha deixado de receber imigrantes. A partir da década de 1990, foi verificada a entrada de muitos imigrantes coreanos e latino-americanos[4]. Ao comparar os dados dos censos brasileiros de 2000 e 2010, é possível notar que o número de imigrantes internacionais não nascidos no Brasil nos anos 2010 era de 93.889, quase o dobro do apurado em 2000, quando este segmento totalizou 55.758 estrangeiros. Esse fluxo mais recente foi formado, sobretudo, por bolivianos, haitianos, angolanos, senegaleses, ganeses, portugueses e espanhóis.

    O processo de emigração brasileira teve início na década de 1970 e sofreu crescimento abrupto ao longo da década de 1980. A década de 1990 representa um momento de estabilização relativa dos estoques com um declínio nos fluxos de saída. Esse processo retoma seu crescimento a partir de 2000. De acordo com o Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Universidade Federal de Minas Gerais, mais de 2,5 milhões de brasileiros viviam fora do país em 1995. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil estima que em 2021 havia cerca de 4,4 milhões de emigrantes brasileiros espalhados por todos os continentes.[5]

     

    Os emigrantes brasileiros, ao contrário de vários outros grupos de emigrantes, não estão fugindo de condições de pobreza absoluta ou de guerras civis, assim como também não são refugiados políticos à procura de asilo.[6] A maioria deles são oriundos de zonas urbanas e da classe média e classe média baixa, tendo muitos alcançado o nível de educação universitária[7]. A exceção corresponde somente aos trabalhadores agrícolas e aos garimpeiros que partiram para as regiões fronteiriças do Brasil.

    Os emigrantes brasileiros, particularmente os saídos na década de 1980, fugiam principalmente da crise econômica que assolou o país e tornou impossível para a classe média manter seu padrão de vida. A “década perdida,”[8] como ficou denominado esse período, além de conhecer hiperinflação, foi marcada por profundos índices de desemprego, baixos salários, alto custo de vida e recessão econômica.

    A situação econômica drástica pode ser exemplificada pelo fato de que durante este período o Brasil conheceu quatro moedas, cinco congelamentos de salários e preços e nove programas de estabilização econômica[9].

    A emigração brasileira assume cada vez mais um caráter transnacional, isto é, os emigrantes brasileiros mantêm relações econômicas, sociais e políticas cada vez mais robustas com o Brasil e entre si em diversos países, aumentando a complexidade e impacto econômico, como é o caso das remessas monetárias (remittances), e também das remessas sociais (social remittances), como idéias, comportamentos e valores. Tais conceitos subjetivos, assim como as remessas econômicas, passam por constante vai e vem e desafiam as noções rígidas de fronteiras e culturas nacionais.[10]

    Por fim, o processo emigratório envolve não somente aqueles que deixam o país para viver no exterior, mas também aqueles que, terminadas suas jornadas em outras terras, voltam – os chamados retornados. As crises econômicas internacionais e as políticas restritivas dos países receptores têm contribuído de forma frequente para estes fluxos de volta.

    POR QUE OS BRASILEIROS EMIGRAM

    A década de 1960 foi para o Brasil um período de incertezas políticas e oscilações econômicas. Se por um lado os militares assumiam a condução do país em 1964, por outro, esse período proporcionou altos índices de crescimento. Entre 1962 e 1967, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 3,2%; seguido por um aumento de 10% entre 1967 e 1970; 12,4% entre 1970 e 1973, e 8,3% (menor percentual em nove anos) entre 1973 e 1976[11]. O rápido crescimento do PIB, sobretudo em função do setor industrial, foi acompanhado de grandes transformações econômico-sociais.

    A partir de 1979, a economia brasileira começou a sentir o impacto do aumento da taxa de juros internacionais e do segundo choque do petróleo, fatores que ocasionaram a maxidesvalorização de 1979. Tal conjuntura econômica foi responsável por um aumento significativo da taxa de inflação, que ultrapassou 50% ao ano e chegou a superar a casa dos três dígitos ao final de 1979.

    No começo da década de 1980, o país passou por uma forte recessão econômica marcada por altas taxas de desemprego que se estenderam até o final da década.[12] Durante essa década e início dos anos 90, verificou-se uma grande redução de postos de trabalho na economia brasileira e o crescimento do trabalho informal. Acoplado ao cenário de desemprego e precarização do trabalho, o ano de 1990 experimentou novamente um processo inflacionário que atingiu a taxa de 1.765% ao ano.

    Por fim, as reformas econômicas do Presidente Fernando Collor de Mello trouxeram mais desencanto do que resultados, principalmente para as classes médias.[13]

    A crise e o impacto da reestruturação da economia mundial afetaram o mercado de trabalho brasileiro nos anos 90 e provocaram a queda da mobilidade social brasileira.[14]

    Entre 1990 e 1992, registrou-se uma redução de 19% no nível de emprego assalariado formal e uma elevação do trabalho por conta própria e do trabalho doméstico[15]. Assim, conforme salientam Patarra e Baringer (1995), a migração interna, que foi sempre um elemento de absorção do excesso de mão-de-obra das várias regiões do país, não mais garantiu a mobilidade social, induzindo uma parcela significativa da classe média, principalmente os mais jovens, a buscar novas oportunidades nos Estados Unidos, Europa e Japão.

    A recuperação econômica entre 1993 e 1995 foi insuficiente para alterar esse quadro econômico. No final da década, os juros altos, o aumento do desemprego e a diminuição na produtividade mantiveram a situação de crise. O período do governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso (1994-2001) foi marcado por muitas mudanças na esfera internacional, tais como o fim da guerra fria, a intensificação do fenômeno da globalização, além de um quadro financeiro internacional instável – crises mexicanas, asiáticas, russas e argentinas que abalaram a economia brasileira.

    Brasileiros nos Estados Unidos

    A imigração brasileira para os Estados Unidos é parte da longa história dos processos migratórios para este país. O fluxo migratório brasileiro para os Estados unidos é o principal fluxo de saída do Brasil e formou-se de início, com a saída de brasileiros da região sudeste do brasil…

    Brasileiros na Califórnia

    Segundo o Censo americano de 2000, existiam na Califórnia cerca de 22.931 brasileiros pondo este estado como o estado com a terceira maior concentração de brasilerios nos Estados Unidos. Ainda segundo o Censo de 2000, 13.000 brasileiros viviam na região da grande Los Angeles e 9.000 na região de São Francisco…

    Brasileiros em Portugal: De Volta Às Raízes Lusitanas

    Ao longo de todo o século XX, o Brasil foi destino de cerca de um milhão e duzentos mil emigrantes portugueses. No entanto, no início do século XXI, o fluxo migratório inverte-se e Portugal passa a acolher um número significante de brasileiros. Segundo Carlos Vianna, Ex-presidente da Casa do Brasil…

    Em anos mais recentes, novos fluxos se materializaram ….

    Por fim, não podermos minimizar a importância de fatores como a violência urbana e a e as tensões sociais como motivos que influenciam a decisão de emigrar. Em várias pesquisas realizadas nos Estados Unidos, assim como em outros países, os emigrantes brasileiros apontam como causa importante da emigração a busca por uma vida melhor, objetivo este que engloba não só aspectos econômicos, mas também aspectos relacionados à qualidade de vida. Em pesquisa realizada pela empresa Synovate Brasil [16] em 2007, 55% dos emigrantes brasileiros entrevistados responderam que emigraram “à procura de uma vida melhor;” 12% alegaram ter emigrado para “recomeçar a vida;” 6% em busca de “melhor educação para os filhos;” e 4% “para fugir da violência.” Somente 24% emigraram por questões relacionadas a emprego. Desses, uma parte respondeu que foi em “busca de um salário maior” (11%); e outra em “busca de emprego” (10%). Um ano depois, a mesma empresa realizou uma nova pesquisa[17] para a Caixa Econômica Federal confirmando as mesmas razões para a emigração[18].

    Complementando os estudos acerca das razões da emigração, outra pesquisa realizada entre brasileiros residentes em Massachusetts[19] indicou que 48% atribuiram como razão para a emigração a “busca por uma vida melhor” e 8% vieram “começar a vida” ou proporcionar uma melhor “educação aos seus filhos” (1%). Para 28% dos brasileiros entrevistados, as razões da emigração estiveram relacionadas ao trabalho, sendo que 20% emigraram “por um salário melhor” e 8% em “busca de emprego.”

    Por outro lado, é necessário ressaltar que uma reestruturação no sistema produtivo das economias avançadas provocou um aumento da demanda por trabalhadores altamente qualificados e bem pagos[20] e, ao mesmo tempo, uma crescente

    procura por trabalhadores manuais de baixa qualificação e remuneração. Dá-se então, uma bifurcação na estrutura do emprego das economias avançadas quanto ao salário, condições de trabalho, segurança e estabilidade.

    É nesse quadro, via a emigração, que se opera a troca do trabalho que dá prestígio no Brasil pelo trabalho que paga melhor no exterior. Os emigrantes brasileiros, ainda que inseridos no mercado de trabalho informal dos países onde residem, conseguem rendimentos cerca de três a quatro vezes superiores aos que alcançariam no Brasil. Segundo a antropóloga Maxine Margolis (1994), a diferença entre o que os brasileiros ganham em uma semana nos Estados Unidos e o que ganhariam no Brasil é de quatro para um, ou seja, aquilo que os brasileiros ganham em uma semana nos Estados Unidos equivale ao rendimento de quatro semanas de trabalho no Brasil. No Japão, esta relação chega a ser de 5 a 10 vezes maior. Essa é, no entanto, uma ascenção truncada, pois geralmente significa a troca de status pela possibilidade de consumo maior[21].

    Na década de 1980, o fluxo migratório de saída era oriundo principalmente das regiões Sudeste e Sul do Brasil representando aproximadamente 90% de todo o fluxo de saída. Na década de 1990, o fluxo oriundo dessas regiões caiu para aproximadamente 79%. Esse declínio ocorreu em função do aumento significativo da emigração da região Norte para a Guiana Francesa, Venezuela, Bolívia, Guiana e Suriname, e do aumento também significativo da emigração da região Nordeste para a Europa e para os Estados Unidos. Além disso, a emigração para os Estados Unidos tornou-se mais diversificada, incluindo novos estados de origem, como Goiás e vários estados do Nordeste.

    Na metade da década de 1990, o fluxo de São Paulo para o Japão aumentou com a emigração dos

    dekasseguis[22]. A partir de 1990, inverteu-se a direção do movimento populacional entre o Brasil e o Japão. O fluxo em novo sentido foi fortalecido por  mudanças na concessão de vistos de residência para filhos e netos de japoneses. Os vistos, concedidos por período de 3 a 5 anos, eram renováveis e tinhamo intuito de atrair trabalhadores que pudessem suprir a carência de mão de obra na crescente indústria japonesa.

    Cada vez mais os brasileiros que emigram são oriundos dos centros urbanos e fazem parte das camadas médias da população. Hoje, mais de 16 estados brasileiros contribuem de forma expressiva para esse fluxo emigratório, sendo que os estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo, Paraná e Santa Catarina são os cinco estados mais representativos nesse movimento. No Censo Demográfico de 2010, o IBGE registrou a região Sudeste como a principal origem do fluxo emigratório com aproximadamente 49% dos emigrantes. São Paulo enviou 21,6% dos emigrantes, seguido de Minas Gerais, com 16,8%. O Rio de Janeiro, com 7,1%, ficou na quinta posição. Da região Sul partiram 17,2% dos brasileiros emigrantes, sendo 9,3% oriundos do Paraná, terceiro estado em importância na emigração. A região Nordeste contribuiu com 15%, com destaque para o estado da Bahia (5,3%). A região Centro-Oeste foi a origem de 12% dos emigrantes, sendo Goiás, com 7,2%, o quarto estado em emissão de pessoas. A região Norte foi origem de apenas 6,9% da emigração.

    O mesmo Censo, registrou 193 países de residência dos brasileiros, os primeiros 25 concentravam 94% do total de emigrantes. Os principais países de destino desse fluxo são os Estados Unidos (24%) – cujo fluxo é oriundo de Minas Gerais (43%), Rio de Janeiro (31%), Goiás (23%), São Paulo (20%) e Paraná (17%) – seguido de  Portugal (13%), segunda opção para os emigrantes oriundos de Minas Gerais (21%) e do Rio de Janeiro (9%). A Espanha (9%), Japão (7%), Itália (7%) e Inglaterra (6%) representam os outros países de maior concentração de emigrantes brasileiros. A Espanha é a segunda opção de destino para os goianos (20%), enquanto o Japão continua recebendo, na sua maioria, emigrantes oriundos de São Paulo e Paraná, respectivamente 20% e 15%.  Finalmente, os países vizinhos (Guiana FrancesaVenezuela e Bolívia), recebem emigrados do Amapá, Roraima e Acre, enquanto os países das fronteiras centro-sul (Argentina, Paraguai e Bolívia) são destinos para emigrantes do Paraná, Rio Grande do Sul e Mato Grosso.

    QUANTOS SOMOS E ONDE VIVEMOS

    A mensuração dos emigrantes brasileiros em um determinado país é difícil porque (1) os registros sobre as saídas de brasileiros são muito precários; (2) poucos são os países que têm estatísticas confiáveis sobre o número de imigrantes em seu território, já que muitos estão em condições irregulares; e (3) o tipo de informação obtida refere-se ao estoque, isto é, ao volume acumulado de imigrantes residentes no país na data do censo. Assim, as informações sobre o número de brasileiros vivendo no exterior são contraditórias e, dependendo da fonte, apresentam grande variação, como veremos a seguir.

    Utilizando técnicas indiretas, o pesquisador José Alberto Magno de Carvalho (1996), com base nos censos brasileiros de 1980 e 1991, estimou que 1,8 milhões de pessoas com mais de dez anos de idade deixaram o país na década de 1980. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) “descobriu” no censo brasileiro de 1991 uma ausência estatística de cerca de 1,4 milhões de pessoas entre as idades de 20 e 44 anos. Carvalho (2004), considerando o saldo migratório internacional do Brasil entre 1990 e 2000, referente à população com 10 anos ou mais de idade, calcula que este saldo seria negativo em aproximadamente 500 mil pessoas.

    Entretanto, mesmo com toda dificuldade de estimar os saldos migratórios, pode-se dizer com alguma certeza que de 1980 a 2000, o Brasil perdeu no mínimo uma população de aproximadamente 2 milhões de pessoas. O Ministério das Relações Exteriores estima que em 2022 cerca de 4,5 milhões de imigrantes brasileiros estavam concentrados em grande parte na América do Norte (45,19%), Europa (32,42%), América Central e Caribe (0,18%), América do Sul (14,06%), Ásia (4,83%), África (0,87%), Oriente Médio (1,29%) e Oceania (1,16%). Na América do Norte, os Estados Unidos têm a maior concentração de imigrantes brasileiros, representando cerca de 41,3% do total dos imigrantes brasileiros e 91,4% da população brasileira do continente. O Canada e o México seguem a distancia, com 6,4% e 2,2%, respectivamente.  Clicar nos links a seguir para acessar os documentos do MRE, a evolução da população brasileira no exterior e o mapeamento dos dados.

    A evolução do número de brasileiros imigrantes nos países da América do Sul indica, principalmente a partir de 1980, uma nova situação do Brasil no contexto regional. O Paraguai tornou-se o país da região com maior concentração de imigrantes brasileiros (39,3%), seguido da Argentina (13,9%), Guiana Francesa (14,1%), Uruguai (9,1%), Bolívia (8,7%) e Suriname, Chile e Colômbia com (4,6%), (2,9%) e (1,8%) respectivamente.

    A imigração brasileira para a Europa tem se intensificado nos últimos vinte anos. Portugal (24,1%), Reino Unido (14,7%), Itália (10,5%), Espanha (11,1%), Alemanha (10,7%), França (6,0%), Suiça (4,3%), Irlanda (5,4%) e Países 

    Baixos (5,1%) abrigam os maiores contingentes populacionais brasileiros no continente.

    Na Ásia, o Japão é o país com quase a totalidade da população brasileira residente no continente (93,2%), constituindo a terceira maior comunidade imigrante nesse país.

    As populações de brasileiros na África, no Oriente Médio e na Oceania são bastante pequenas e concentradas em poucos países. Na ÁfricaAngola reúne 68,2% da população brasileira do continente. O Líbano (35,4%), Israel (23,6%), Palestina (10,1%) e os Emirados Árabes Unidos (16,3%) acolhem a maioria da população brasileira do Oriente Médio. Já na Oceania, 87,3% dos imigrantes brasileiros vivem na Austrália e os outros 12,7% na Nova Zelândia.

    Como apontado anteriormente, o Ministério das Relacões Exteriores do Brasil (MRE)  estima a existência de cerca de 4,5 milhões de emigrantes brasileiros no ano de 2022. Essas estimativas, como explica o MRE, “buscam levar em conta vários fatores, como: dados oficias fornecidos por autoridades migratórias locais; censos oficiais; número de eleitores registrados na jurisdição, número de matriculados nos consulados; sondagens junto à comunidade; solicitações de passaportes e outros documentos por brasileiros; movimento geral da repartição e de consulados itinerantes; dados disponíveis sobre a saída do país e retorno de brasileiros;  percentuais de redução de remessas; publicações da Organização Internacional para Migrações (OIM); estudos da OCDE; trabalhos acadêmicos e artigos na imprensa além da compilação das respostas à pergunta específica que constou do último censo oficial do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010 sobre o número de familiares residentes em outros países.

    Censo Brasileiro de 2010 incluiu um bloco de perguntas visando conhecer de forma mais detalhada o fenômeno da emigração brasileira. O IBGE estima que 491.645 brasileiros vivem no exterior, reconhecendo que este número sub-enumera tal população. Entre outros fatores para essa sub-enumeração, o IBGE cita a possibilidade de que (1) todas as pessoas que residiam em determinado domicílio tenham emigrado; (2) que aquelas que ficaram no território brasileiro tenham falecido; ou (3) que aqueles que há muito tempo encontram-se no exterior tenham sido desconsiderados.

    Finalmente, a Organização Internacional para as Migrações – OIM no seu Perfil Migratório do Brasil de 2009 estimou que há entre 2,5 milhões a 4 milhões de brasileiros vivendo fora do país, na sua maioria nos Estados Unidos, Paraguai, JapãoReino Unido e Portugal.

    Como pode ser inferido, a base de estimativa da população brasileira emigrante é bastante precária, variando de fonte a fonte em escala bastante apartada.

    AMÉRICA DO NORTE

    Segundo o Ministério das Relações Exteriores (2022), na América do Norte, os Estados Unidos têm a maior concentração de imigrantes brasileiros. Os 1,9 milhões de brasileiros que residem no país representam cerca de 42,1% dos imigrantes brasileiros e 91,4% da população brasileira no continente. O Canadá e o México seguem à distância, com 133 mil pessoas (6,4%) e 45 mil (2,2%), respectivamente.

    No entanto, o American Community Survey (ACS), uma pesquisa anual do U.S. Census Bureau, registrou somente 569.325 brasileiros

    residentes nos Estados Unidos em 2020.

    Embora a imigração brasileira nos Estados Unidos ainda esteja concentrada nos estados da Flórida, MassachusettsNova JerseyNova York e Califórnia, ela tem conhecido uma grande dispersão nas últimas décadas, fato este que não se dá, pelo menos com a mesma intensidade, no Canadá e muito menos no México. A maioria dos brasileiros que emigram para o Canadá vive em Toronto em e aqueles residentes no México concentram-se na região metropolitana da Cidade do México.

    AMÉRICA CENTRAL E O CARIBE

    A população brasileira da América Central e Caribe em 2022, segundo estimativas do Ministério das Relações Exteriores, soma somente 9.465 pessoas representando 0,21% da população brasileira no exterior.

    O Panamá e a Cpsta Tica são as maiores comunidades brasilerias desta região com 4.000 brasileiros residindo no Panamá e 1.500 na Costa Rica seguidos da República Dominicana (900), Guatemala e El Salvador ambos com 500 brasileiros, Honduras (350), Niguarágua (300), Jamaica (260) e a Bahamas (250). 

    AMÉRICA DO SUL

    A evolução do número de brasileiros nos países da América do Sul indica, principalmente a partir de 1980, uma nova situação do Brasil no contexto regional.

    Segundo registros do Ministério das Relações Exteriores em 2022, o número de brasileiros residindo no Paraguai era de 254.000 pessoas tornando-se assim o país com a maior concentração de imigrantes brasileiros no continente (39,3%). A  Argentina com 90.320 abriga (13,9%) dos brasileiros residentes na região, seguida pela Guiana Francesa com 91.500 (14,1%), Uruguai 59.090 (9,1%), Bolívia 56.500 (8,7%). Suriname 30.000 (4,6%), Chile 19.300 (2,9%) e Colômbia com 12.000 (1,8%).

    O Censo Brasileiro de 2010 registrou 8.631 brasileiros vivendo na Argentina, seguida pela Bolívia (7.919), Paraguai (4.926), Guiana Francesa (3.822), Suriname (3.416), Venezuela (2.297), Chile (2.297) e Uruguai (1.703).

    EUROPA

    O primeiro fluxo importante da emigração brasileira para a Europa, por razões históricas e culturais, diz respeito à entrada de brasileiros em Portugal. Esse fluxo se consolidou durante a década de 1990 e permaneceu relativamente estável até o final da década de 2000. Os dados mais recentes do MRE  contam Portugal com uma população de 360.000 ou 24,1% da população brasileira do continente. O Reino Unido vem em segundo lugar com uma população brasileira imigrante de 220.000 pessoas (14,7%). A Itália ocupa a terceira posição com 157.000 brasileiros (10,5%) seguida da Espanha com 165.000 (11,1%), Alemanha 160.000 (10,7%),

    França 81.400 (6,3%), Suíça 64.000 (4,3%), Irlanda 80.000 (5,4%) e os Países Baixos que abrigam 76.500 brasileiros ou cerca de 5,1% dos brasileiros residentes no continente.

    Em linhas gerais, de acordo com o documento Perfil Migratório do Brasil, citado anteriormente, com exceção dos fluxos mais antigos para Portugal, a população brasileira imigrante na Europa é composta basicamente por jovens adultos entre 20 e 40 anos, de ambos os sexos, com escolaridade elevada (em média, mais de 50% dos brasileiros em todos os países europeus têm pelo menos 13 anos de estudo). Com exceção de Portugal, a maior parte dessa emigração não se constitui por famílias e apresenta elevado índice de emigrantes em situação irregular.

    Pode-se ressaltar ainda que fatores históricos e culturais influenciam os deslocamentos para a Europa, com o exemplo de emigrantes brasileiros da atualidade percorrendo o caminho inverso que imigrantes portugueses, espanhóis, alemães e italianos percorreram no passado.

    No Reino Unido, a maioria dos brasileiros reside em Londres. Em Portugal, concentram-se em Lisboa e seus arredores. Na Espanha, em Madri e Barcelona; na Alemanha, aglomeram-se na grande Berlin; na Itália, estão na sua maioria em Roma; e na França, em Paris.

    Censo Brasileiro de 2010 – IBGE registrou Portugal (65.969), Espanha (46.330), Itália (34.652), Reino Unido (32.270), França (17.743), Alemanha (16.637) e Suíça (12.120) como os países europeus com maior concentração de brasileiros.

    ÁSIA

    Na Ásia, o Japão, com 206.990 brasileiros[23], é o país com quase a totalidade da população brasileira residente neste continente (93,2%), constituindo-se ainda na terceira maior comunidade imigrante neste país. No final da década de 1980, filhos e netos dos japoneses chegados ao Brasil no início do século XX, emigraram para o Japão em busca de trabalho. Esse fluxo migratório é bastante singular porque a grande maioria desses brasileiros possuem status migratório regular como trabalhadores contratados por empresas japonesas. Ver Brasileiros no Japão.

    Por serem descendentes dos japoneses que há um século atrás emigraram para o Brasil, eles são provenientes das mesmas regiões de destino de seus pais ou avós (Paraná e São Paulo). Como anteriormente citado, no Japão, os imigrantes brasileiros ficaram conhecidos como dekasseguis. A palavra dekassegui (em japonês 出稼ぎ) é formada pela união das palavras 出る (“deru“, que significa sair) e 稼ぐ (“kasegu“, que significa para trabalhar, ganhar dinheiro trabalhando), tendo como significado literário o conceito de estar “trabalhando distante de casa” e designa qualquer pessoa que deixa sua terra natal para trabalhar temporariamente em outra região ou país). Segundo Carvalho (2003), os emigrantes dekasseguis apresentam nível de escolaridade mais elevado entre todos os emigrantes brasileiros. O mesmo autor observa ainda que há um relativo equilíbrio entre homens e mulheres, com os primeiros representando 54,8% da população imigrante brasileira para o Japão em 2006. Sasaki (2008), pesquisadora da emigração no eixo BrasilJapão, chama atenção para o fato de que se em 1996 a população de brasileiros no Japão era constituída na sua maioria por jovens casados e chefes de família que deixavam o Brasil para uma estadia temporária e breve retorno, em 2006 passou-se a observar a emergência de um grupo de jovens, homens e mulheres, muitos deles com a pretensão de permanecer definitivamente no Japão.

    Censo Brasileiro de 2010 estimou que 43.912 brasileiros viviam na Ásia, 36.202 destes no Japão e 2.209 na China, com o restante distribuído pelos demais países asiáticos.

    ÁFRICA

    As populações de brasileiros na África, Oriente Médio e Oceania são bastante pequenas e concentradas em poucos países.

    Na África, segundo estimativas do MREAngola tem uma população de 27 mil brasileiros, representando 68,2% dos brasileiros residentes no continente seguido pela África do Sul com 3.910 e Moçambique com 3.000 brasileiros representando 9,9% e 7,6% da população do continente.

    ORIENTE MÉDIO

    Entre os países do Oriente Médio, as estatísticas do Ministério das Relações Exteriores apresentam o Líbano como maior comunidade de brasileiros, com 21 mil brasileiros (35,5%), seguido por Israel, com 14 mil (23,6%). Emirados Árabes Unidos  com 9.630 (16,3%), Palestina com 6.000 (10,1%), acolhem a maioria da população brasileira no Oriente Médio.

    A maioria dos brasileiros que vivem no Líbano e na Palestina são são de origem libanesa e palestina.  

     

     

     

    OCEANIA

    Na Oceania, 46.630 (87,3%) dos imigrantes brasileiros residem na Austrália e os outros 6.666 (12,7%) na Nova Zelândia. Embora a população brasileira nestes dois países seja pequena, nos últimos dez anos elas vêm crescendo. Por exemplo, na última década, a migração de brasileiros teve o segundo mais rápido crescimento na Austrália, e o número de brasileiros neste país dobra a cada cinco anos desde 2000 (ABS, 2021). Da mesma forma, mais da metade dos brasileiros que residem na Nova Zelândia chegaram ao país nos quatro últimos anos (Stats NZ, 2018).

     

    Estimativas do Ministério das Relações Exteriores (2008 – 2022): Documentos do MRE

    Texto baseado, em parte, no livro Brasileiros nos Estados Unidos – Meio Século (Re)fazendo a América.

     

    OS AUTORES:

    Alvaro Eduardo de Castro e Lima, nascido em São Luís do Maranhão é Diretor de Pesquisa no Boston Planning & Development Agency (BPDA). Economista de formação com mestrado na New School for Social Research em Nova York.

     Alanni de Lacerda Barbosa de Castro cresceu em Codisburgo, no interior de Minas Gerais. Administradora de empresas e mestre em Administração pela PUC Minas, possui também especializações em cooperativismo e gestão de projeto.

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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    BELTRÃO, Kaizô Iwakami; SUGAHARA, Sonoe; KONTA, Ryohei. Trabalhando no Brasil: características da população de origem japonesa segundo os censos entre 1980 e 2000. Anais, p. 1-20, 2016.

    BRASIL. Ministério das Relações Exteriores – MRE; Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior – DCB; Divisão de Assistência Consular – DAC. Brasileiros no Mundo – Estimativas. Subsecretaria Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior – SGEB,  2008.

    BRASIL. Ministério das Relações Exteriores – MRE; Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior – DCB; Divisão de Assistência Consular – DAC. Brasileiros no Mundo – Estimativas. Subsecretaria Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior – SGEB, 2008.

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    REFERÊNCIAS
    1 Imigração no Brasil por Nacionalidade
    2 Firmeza, George Torquato, (2007), Brasileiros no Exterior. Brasília: FUNAG
    3 A emigração brasileira é, no entanto, muito pequena quando comparada à população residente. Por exemplo, a população emigrante brasileira representa apenas 0,53% da população residente, fazendo o Brasil ocupar a posição 195 no ranking dos 200 países com saldo migratório negativo, ficando à frente somente da Líbia, posição 196 (0,49%); China, posição 197 (0,43%); Bahamas, posição 198 (0,36%); República Centro Africana, posição 199 (0,17%); e Coréia do Norte, posição 200 (0,16%). (DORLING, 2009)
    4 Na América Latina, o Brasil figurava até a década de 1970 como uma área de evasão populacional para os países vizinhos, em especial para o Paraguai e a Argentina. A partir da década de 1980, o país passa a se configurar como uma das áreas de recepção migratória de latino-americanos. (BANINGER, 2005)
    5 Ver em: Estimativas 2020
    6 MARGOLIS, M.L.  (1994): Little Brazil: An Ethnography of Brazilian Immigrants in New York. Princeton. NJ. Princeton University.
    7 SALES, T., (1998). Brasileiros Longe de Casa. São Paulo, Editora Cortez.
    8

    Comumente, a década de 1980 é chamada de “década perdida” no que se refere ao desenvolvimento econômico de muitas nações. Vivido pelo Brasil e por outros países da América Latina, essa fase de estagnação formou-se com uma retração agressiva da produção industrial. Na maioria dessas nações, os anos 80 representam o mesmo que crise na economia, inflação, crescimento baixo do Produto Interno Bruto (PIB), volatilidade de mercados e aumento da desigualdade social.

    9 BROOKE, James. (1993). Brazil Wild Wyas to Counter Wild Inflation. New York: The New York Times.
    10 Segundo a socióloga Peggy Levitt (2001), “the assumption that people live their lives in one place, according to one set of national and cultural norms, in countries with impermeable national borders, no longer holds”. In Levitt P., The Trasnnational Villagers, 2001. Los Angeles and Berkley: University of California Press.
    11 BELLUZZO, Luis Gonzaga de Mello e Coutinho, Renata (Org.). Desenvolvimento Capitalista no Brasil. Campinas: UNICAMP. IE. 1998, V.I.
    12 Em 1981, por exemplo, o desemprego aberto atingiu a taxa de 10%. (PASTORE, 1979)
    13 Foi instituído o Plano Collor, que agravou mais ainda a situação, causando revolta na população não só pelas medidas econômicas, mas pelo esquema de corrupção atribuído ao então Presidente. Essas insatisfações deram origem à mobilização inédita dos “caras-pintadas,” que culminou no impeachment de Collor.
    14 BRITO, Fausto. (1995). Os Povos em Movimento – As Migrações Internacionais no Desenvolvimento do Capitalismo, em Neide Patarra. (Cord.). Emigração e Imigração Internacionais no Brasil Contemporâneo. Campinas: FNUAP.
    15 MARTES, Ana Cristina Braga. (1999). Brasileiros nos Estados Unidos – Um Estudo Sobre Imigrantes em Massachusetts. São Paul: Editora Paz e Terra.
    16 Synovate Brasil – Imigrantes Brasileiros Residentes nos Estados Unidos (2007).
    17 Synovate Brasil – Remetentes e Beneficiários – Massachusetts e Microrregião de Governador Valadares (2008).
    18 LIMA & CASTRO, 2017
    19 LIMA & PLASTRIK, 2007
    20 PIORE, 1980
    21 SALES, 1999
    22 A palavra dekassegui (em japonês 出稼ぎ) é formada pela união das palavras japonesas 出る (deru, que significa “sair”) e 稼ぐ (kasegu, que significa “para trabalhar, ganhar dinheiro trabalhando”). O termo tem como significado literário o conceito de estar “trabalhando distante de casa” e designa qualquer pessoa que deixa sua terra natal para trabalhar temporariamente em outra região ou país.
    23 Atual Secretaria do Trabalho
    24 MRE, 2014
    25 FERNANDES, 2008
    26 BELTRÃO et al, 2006

     

    Brasileiros nos EUA e em Massachusetts

    Este documento é patrocinado pelo Instituto Gaston e pelo Instituto Diaspora Brasil (IDB). Ele atualiza o relatório ‘Brasileiros nos EUA e em Massachusetts: Um Perfil Demográfico e Econômico’ publicado em 2007 por Álvaro Lima e Carlos Eduardo Siqueira.

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    Brasileiros em Portugal: De Volta Às Raízes Lusitanas

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    Brasileiros em Portugal

    Alanni B. de Castro é conselheira, pesquisadora associada e curadora da página “Brasileiros em Portugal.” Mestre em Administração pela PUC-Minas com pós-graduação em Agente de Desenvolvimento em Coops. pela Universidade Newton Paiva e em Gestão de Projetos pela Fundação Dom Cabral. Alanni é responsável pelas ações do SEBRAE-MG para o desenvolvimento econômico.

    Introdução

    Ao longo de todo o século XX, o Brasil foi destino de cerca de um milhão e duzentos mil emigrantes portugueses. No entanto, no início do século XXI, o fluxo migratório inverte-se e Portugal passa a acolher um número significante de brasileiros. Segundo Carlos Vianna, Ex-presidente da Casa do Brasil. a emigração brasileira para Portugal se dá em parte por condicionantes específicas definidas por ele como:

     

    • a obtenção da nacionalidade portuguesa por um reduzido, porém significativo, número de imigrantes através de laços de parentesco;
    • os significativos investimentos economicos de empresas brasileiras em Portugal, nomeadamente nos primeiros anos da década de 90; 
    • a procura de profissionais brasileiros ou a conquista de “nichos” de mercado de trabalho ou de serviços por parte de alguns setores profissionais específicos (dentistas, informáticos, publicitários, e outros);
    • a idéia – parcialmente incorreta e ilusória – que Portugal seria uma espécie de “porta de entrada” para a Europa e que ofereceria maiores “facilidades” para os brasileiros.

    Por outro lado, a crise brasileira dos anos 1980-1990 criaram as condições para que jovens brasileiros deixassem o país com destino a Portugal. Aliado a estes fatores, a entrada de  Portugal para a então Comunidade Econômica Europeia (CEE) em 1986 injetou milhões de euros na economia portuguesa gerando um ciclo de crescimento que demandava crescente mão-de-obra, atraindo assim, um crescente número de imigrantes. Deve-se destacar por fim, a formação e densificação de redes migratórias que conferiram sustentabilidade a este processo de manutenção dos fluxos migratórios brasileiros (Fonseca, 2005).

    O fluxo migratório brasileiro para Portugal deu-se em duas etapas distintas. A primeira entre os anos 1980 e meados dos anos 1990 que era constituída, na sua maioria, por homens brasileiros de classe média alta, com elevado nível de educação. Entre eles encontravam-se médicos, dentistas, publicitários, e analistas de sistemas que na sua maioria buscavam melhores condições economicas e sociais que aquelas encontradas no Brasil (Padilha, 2006; Peixoto e Figueiredo, 2006; Fernandes, 2008). Assim, as sucessivas crises economicas, o sentimento de insegurança nos grandes e médios centros urbanos brasileiros, a inconstância dos mercados financeiros, as altas taxas de inflação foram fatores decisivos para que muitos brasileiros de classe média e média alta migrassem (Bógus, 2007).

    A segunda etapa deste processo que teve lugar entre o final dos anos 1990 e princípios do século XXI foi formada por pessoas de classe média baixa (Peixoto, 2006) ocupada na sua maioria em trabalhos informais, serviços domésticos, comércio, e restaurantes.

    Os brasileiros residentes em Portugal, na sua maioria, são oriundos dos estados de São Paulo, Minas Gerais e o Rio de Janeiro. Mais recentemente, deu-se uma crescente chegada de mineiros e paranaenses. Há uma hipótese que este fluxo seja um “desvio” para a Europa de antigos fluxos dos estados de Minas Gerais e Paraná que tinham como destino os Estados Unidos (Bógus, 2007).

    Quantos Somos e Onde Vivemos

    A população brasileira em Portugal é estimada pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE) em 137.600 pessoas concentradas na sua maioria na região de Lisboa e do Vale do Tejo (51%), seguida da região Centra (20%), da região Norte (22%), da região do Algarve (6%), e do Alentejo (1%). 

    De acordo com os dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), em 2010, os brasileiros imigrantes em Portugal, em situação regular, totalizavam 116.220 indivíduos representando 25 por cento da população estrangeira residente no país – a maior comunidade entre estes. Aliás, deve-se ressaltar que os imigrantes brasileiros passaram a constituir a maior comunidade de imigrantes em Portugal desde 2007 quando já representavam 15 por cento dos imigrantes (INE, 2007 e 2009). Entre 1986 e 2003, o número de brasileiros vivendo em Portugal cresceu quase nove vezes.

    Este crescimento súbito não se deu por um aumento do fluxo migratório mas por causa de uma série de processos de regularização extraordinários promovidos pelo governo português após a aprovação do Decreto #6 de 2004, também conhecido como o “Acordo Lula.”

    Quem Somos e o que Fazemos

    Idade, Gênero, e Estado Civil

    A maioria dos brasileiros residentes em Portugal (76%) estão na faixa etária entre 25 e 32 anos de idade. Menos de 15 por cento deles estão entre 18 e 24 anos com somente 2 por cento com mais de 65 anos de idade. As mulheres correspondem a 52 por cento da população brasileira com permissão de residência (SEF,2009).

    Deve-se ressaltar ainda a contribuição dos brasileiros para a demografia portuguesa tanto no aspecto de atenuação dos efeitos do envelhecimento da população nativa tanto quanto no decréscimo dos níveis de fecundidade.  A taxa de natalidade entre os brasileiros tem sido crescente e relativamente elevada. Entre 2001 e 2004, o número de nascimentos de mães brasileiras aumentou quase 2,6 vezes passando de 711 para 1909, acompanhando assim o crescimento da população brasileira no país e a sua estrutura demográfica jovem. Assim, os brasileiros são um dos grupos de estrangeiros com taxas de natalidade mais elevadas (Valente Rosa et all, 2004).

    Cidadania e Tempo de Residência

    Segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), o número de imigrantes brasileiros legalizados em Portugal aumentou 37 por cento em 2008. Este aumento é resultado de um longo processo que tem início em 2001 com a regularização extraordinária seguida mais tarde (2003) pela a assinatura do acordo que ficou conhecido como “Acordo Lula,” que regulamentava a contratação recíproca de nacionais dos dois países e permitia a legalização dos trabalhadores brasileiros em Portugal resultando na regularização de cerca de 19.000 brasileiros. Além deste acordo, em 2004, o decreto normativo N. 6/2004, de 6 de abril, possibilitou a regulamentação dos trabalhadores estrangeiros não europeus em Portugal (Techio, 2006). Segundo dados da Casa do Brasil, em fevereiro de 2008, mais de quatro mil brasileiros estavam em processo de legalização utilizando a nova lei da imigração, Número 88, de 2007.

    A imigração brasileira para Portugal é recente com 80 por cento dos brasileiros vivendo no país por menos de cinco anos. Destes, 19 por cento estão no país por menos de um ano e outros 25 por cento entre um e três anos. Somente uma minoria (4%), vive em Portugal por mais de dez anos. 

    Grau de Escolaridade

    Segundo dados do censo portugues de 1991 e 2001, os brasileiros tem um nível de educação, em média, superior a deste dos portugueses com 51 por cento deles tendo o segundo grau completo enquanto que somente 15 por cento da população portuguesa teria atingido este nível educacional (Peixoto, 2006).

    Considerando apenas a população maior de 15 anos, em 1991, 26,6 por cento dos imigrantes brasileiros regulares concluíram o ensino primário e preparatório enquanto que 38 por cento possuiam o ensino secundário (unificado e complementar).

    Londres

    Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

    Brasileiros na Itália

    A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

    Brasileiros no Canadá

    Embora as relações entre Brasil e Canadá remontem a 1866 quando o Canadá inaugurou sua primeira missão comercial no território brasileiro, o primeiro registro de movimento migratório que se tem conhecimento ocorreu em 1902, quando um grupo de 48 brasileiros viajou em direção a …

    Brasileiros no Japão

    A emigração de brasileiros para o Japão está ligada ao fluxo migratório de japoneses para o Brasil no início do século XX. Impulsionado pelo próprio governo japonês e pela demanda de mão de obra para a cafeicultura em expansão no oeste paulista, cerca de 190.000 japoneses emigraram para o Brasil …

    Brasileiros no Oriente Médio

    As populações de brasileiros no Oriente Médio são bastante pequenas e concentradas em poucos países. Israel, com 20.000 brasileiros e o Líbano com 5.000 representam respectivamente (62,7%) e (15,7%) da população brasileira do Oriente Médio.

    A porcentagem de bacharéis (13,2%) e de licenciados (5,2%) é também bastante alta. Em 2001, 27 por cento dos brasileiros regulares indicaram que tinham o ensino básico de primeiro e segundo ciclo completo enquanto que outros 51 por cento tinham completado o ensino básico de terceiro ciclo e o secundário. O número de bacharéis (10,4%) é superior a este de 1991 enquanto que o número de licenciados era de apenas 4 por cento.

    Estes dados mostram que o nível educacional das duas “vagas’ da imigração brasileira não é muito diferente pondo em dúvida a tese de que a “segunda vaga” seria menos educada que a primeira. No entanto, deve-se atentar para o fato de que estes censos incluem somente os brasileiros em situação regular com a maioria dos imigrantes da “segunda vaga” encontrado-se em situação irregular.

    Por fim, o nível educacional quando visto pelo angulo do gênero, não apresenta grande variações.

    Renda Domiciliar, Familiar e Nível de Pobreza

    A renda domiciliar da maioria (76%) dos imigrantes brasileiros em Portugal é de menos de €20.000 euros com 51 por cento deles ganhando €10.000 euros ou menos.

    O aumento da mão de obra imigrante em Portugal se dá após a democratização do país e a entrada deste na então Comunidade Econômica Européia em 1986. Este primeiros fluxos migratórios eram formados principalmente por portugueses retornados da ex-colônias, imigrantes vindos dos países de língua oficial portuguesa (PALOP) e brasileiros. Este período é conhecido como a primeira vaga da imigração brasileira. Em meados dos anos noventa, tem-se o que é chamado de segunda vaga que é caracterizada pelo fluxo de brasileiros além dos imigrantes vindo do leste europeu – principalmente Ucrânia e Romênia

    Os brasileiros imigrantes da primeira vaga (anos 80 e 90), ocuparam principalmente postos de direção e gerência ou tornaram-se profissionais liberais, dentistas e arquitetos (Baganha e Góis, 1999; Padilha, 2005). Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística – INE, 28.4 por cento dos brasileiros vivendo legalmente no país em 1991 eram profissionais liberais, seguidos por estudantes (27.3%); técnicos, escriturários e bancários (16%); e professores (10.3%); com somente 5.3 por cento ocupado na construção civil.

    O mesmo já não aconteceu com estes da segunda vaga. Com baixa qualificação, estes novos imigrantes passaram a ocupar principalmente postos de trabalho mais precários (França, 2010) como pedreiros, marceneiros, e empregados de restaurantes, hotéis e lojas (Bógus, 2007). A pesquisa da Casa do Brasil entitulada “A Segunda Vaga de Imigração Brasileira para Portugal (1998-2003)” mostra que houve um aumento significativo no número de brasileiros trabalhando em restaurantes e hotéis (43% dos entrevistados) e na construção civil (28% dos entrevistados).

    Segundo ainda a mesma pesquisa, os imigrantes desta segunda vaga, são na sua maioria jovens homens em situação ilegal no país e apontavam o desemprego (80,3%) e os baixos salários (77,1%) como as principais causas para deixarem o Brasil. (Casa do Brasil, 2003).

    Assim, a inserção brasileira no mercado de trabalho português apresenta um “caracter dual” com um segmento da população brasileira imigrante ocupando segmentos qualificados e de alta remuneração do mercado enquanto outros ocupam segmentos de baixa qualificação e remuneração, elevada instabilidade além de segregação de genêro e étnicas. (Peixoto e Figueiredo, 2007).

    Dados dos censos portugueses de 1991 e 2001 apontam para o fato de que há variações ocupacionais significantes entre homens e mulheres brasileiros. Enquanto que em 1991 as mulheres ocupavam em número relativamente maior as ocupações administrativas do comércio e serviços e atividades intelectuais e científicas, e em número menor as ocupações técnicas de nível intemediário, em 2001, os operários qualificados e semiqualificados são em maior proporção homens, enquanto que as posições admnistrativas do comércio e serviços são predominantemente preenchidas por mulheres. As ocupações técnicas continuam a serem predominantemente ocupações masculinas enquanto que as ocupações intelectuais e científicas continuam a serem preenchidas por mulheres(João Peixoto e Alexandra Figueiredo, 2007).

    Por fim, quando comparados a outros grupos de imigrantes, os brasileiros tendem a mostrar um declínio menos acentuado entre o último emprego no Brasil e o primeiro emprego em Portugal.(Carneiro, Roberto et all, 2007).

    O Retorno

    Em 2007, a maioria (69%) dos candidatos ao Programa de Retorno Voluntário da Organização Internacional para as Migrações eram brasileiros do sexo masculino (67%) e sem agregado familiar (75%), embora 34 por cento fossem casados (OIM, 2007). Este programa existe desde 1997 e desde 2004, os brasileiros são a principal nacionalidade a fazer uso deste numa progressão importante: 20 por cento (2002), 29 por cento (2003), 33 por cento (2004), 37 por cento (2005), 51 por cento (2006) até atingir os 69 por cento dos aplicantes em 2007 (Coelho, Christiane).

    A causas mais citadas para o retorno em 2007 eram o desemprego (43% dos casos), problemas de regularização (12% dos casos) e questões ligadas a integração (10% casos)(OIM, 2007).

     

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    OS AUTORES:

    Alanni de Lacerda Barbosa de Castro cresceu em Codisburgo, no interior de Minas Gerais. Administradora de empresas e mestre em Administração pela PUC Minas, possui também especializações em cooperativismo e gestão de projeto.

    Alvaro Eduardo de Castro e Lima, nascido em São Luís do Maranhão é Diretor de Pesquisa no Boston Planning & Development Agency (BPDA). Economista de formação com mestrado na New School for Social Research em Nova York.

    IMPRENSA: Brazilian Times

     

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