Entrevista com Vitor Pamplona

Entrevista com Vitor Pamplona

ENTREVISTA COM VITOR PAMPLONA

Por Tiago Dória – Boston

([email protected] )

O catarinense Vitor Pamplona é um dos destaques da diáspora brasileira. É um dos brasileiros que está dando o seu recado ao mundo. Recado este que, por sinal, está sendo muito bem dado.

Premiado no exterior e Doutor pela UFRGS, o brasileiro é criador das tecnologias NETRA e CATRA, que permitem a qualquer pessoa fazer um exame de vista por meio do celular. De quebra, o cientista é desenvolvedor de uma tela eletrônica que ajusta a imagem para compensar a miopia. Desse modo, pessoas míopes ou com vista cansada poderiam assistir TV, usar um tablet ou ler um livro eletrônico sem precisar usar óculos.

 

Morador há 3 anos em Boston, Pamplona conta um pouco sobre a sua experiência de morar fora do Brasil, por qual motivo decidiu ficar nos EUA e do que sente saudades da terra natal. O cientista ainda dá detalhes do trabalho como cofundador e CTO da startup EyeNetra, sediada em Sommerville, também em Boston.

Segundo Pamplona, em sua startup, considerada uma das mais promissoras nos EUA, ele tem o privilégio de fazer pesquisa científica, mas “sem a parte chata de ter que escrever papers e participar de conferências”.

Como muitos brasileiros que chegam aos EUA para trabalhar ou realizar estudos, o começo de Pamplona como pesquisador e aluno de doutorado no MIT não foi fácil. Ele mal falava o inglês e acabou se atrapalhando com alguns costumes.

 

1) Como foi chegar aos EUA, no MIT, em 2009, sem falar inglês direito?

Meu inglês era zerado. Eu era um cara tímido que chegou aos EUA sem saber falar inglês direito. Quando abria a boca ninguém entendia nada. Foi uma experiência interessante porque entrei num grupo somente com indianos no MIT. Depois de um tempo, um americano falou para parar de falar inglês com sotaque indiano. É engraçado: eu peguei o sotaque dos indianos. Aprendi a falar inglês com eles. Mas, brincadeira à parte, no final a evolução do inglês veio junto com a científica aqui, nos EUA.

2) Por conta disso, você se envolveu em alguma situação engraçada? Pergunto isso porque todo brasileiro tem uma história pitoresca sobre a sua chegada aos EUA.

No primeiro dia que cheguei, o meu orientador apresentou o MIT para mim. A gente foi para o MIT Media Lab. Ele começou a me apresentar para as pessoas até que chegou a vez da última: uma menina japonesa.

Eu vim do Brasil, então resolvi abraçá-la. Quando cheguei perto, ela voou para trás. Foi engraçado porque meu orientador chegou a falar “Não!”, mas não deu tempo. Depois me toquei que aqui as pessoas não se beijam quando se encontram pela primeira vez. Menos ainda se abraçam. Depois dessa situação, ainda fui cumprimentar um americano e ele me saudou somente com a mão e disse brincando “Don’t kiss me!” (Não me beije!).

Todo mundo no laboratório do MIT, claro, começou a rir. Mas isso acontece, é normal com todo brasileiro quando chega aqui.

3) Para você o que é ser brasileiro no exterior?

Ser brasileiro tem uma parte boa. Todo mundo gosta de brasileiro. Em qualquer ambiente ou nacionalidade, é bem visto, como amigável e acessível. Não existe preconceito com os brasileiros. O Brasil é visto como um povo que gosta de festa. Os outros povos parecem que têm até uma certa inveja do brasileiro, dessa nossa felicidade simples e aparente que chama a atenção. Eles respeitam o fato de você estar aqui. O americano fica feliz em ver brasileiros.

A parte ruim é que não tenho muito o que falar bem do meu país, principalmente no meio em que estou – empresarial e de ciência. Raramente, tenho algo para falar com orgulho: Isso é do Brasil.

Eu estava muito feliz com os protestos que estavam acontecendo no Brasil nos últimos meses. Foi a primeira fez que tive orgulho de falar: Olha! Eu sou brasileiro!

Era algo bom. Era bom ver as pessoas, os brasileiros lutando por seus direitos.

Os outros povos parecem que têm até uma certa inveja do brasileiro, dessa nossa felicidade simples e aparente que chama a atenção.

Vitor Pamplona

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4) Tem saudades do Brasil?

 Tenho saudades da minha terra natal, dos amigos e parentes, em Gaspar, Santa Catarina. Não tenho saudades do ambiente brasileiro, do Brasil como país. Aliás, Boston mata a minha saudade pois eu vim de uma cidade pequena e Boston também é uma cidade pequena. Os bairros são pequenos e todo mundo se conhece. É uma cidade onde você pode andar bastante, você pode andar de bicicleta. Há uma continuidade.

Se não fosse o inglês, eu me sentiria totalmente em casa em Boston. Já fui à Los Angeles e São Francisco, mas não gostei. Eu prefiro cidades pequenas como Boston.

5) Por que você decidiu ficar nos EUA?

Porque os EUA, ou melhor, Boston é o único ambiente empreendedor e científico que permite fazer o que faço – desenvolvimento ágil de equipamento médico. Aqui, nos EUA, nosso tempo para produzir uma versão de um produto é de duas semanas. No Brasil, seria de dois meses. Ademais, planejamento e execução seriam divididos.

Nos EUA, graças ao modo de pensar americano, podemos fazer as duas coisas ao mesmo tempo: planejamento e execução.

Aliás, esse modo de pensar, bem comum no MIT, de pensar e, ao mesmo tempo, fazer nos ajuda. Enfim, aqui, nos EUA, existe um ecossistema que nos ajuda a fazer o que queremos.

Permanecer nos EUA foi uma decisão bem pragmática.

6) Você pretende ficar por aqui? (Vitor mora desde 2009 na região de Boston)

Pretendo ficar aqui enquanto não terminar essa fase da minha vida, que é levantar a minha empresa, a EyeNetra, num nível corporativo. A partir do momento em que a empresa atingir esse nível, eu vou sair. Isso acontecerá por causa do meu modo de pensar, voltado para experimentação e inovação. As pessoas na minha empresa já sabem disso: que fico até o momento em que ela se tornar uma corporação. É normal essa dinâmica aqui, nos EUA.

7) Aproveitando que você tocou no assunto de startup e está envolvido nesse meio de empresas iniciantes, como vê essa reforma da lei de imigração nos EUA, que facilitará a vida de brasileiros que querem empreender?

As propostas são válidas. Para os americanos, quando você se gradua aqui, não volta mais. O americano quer que você fique. Faz parte do modo de pensar americano: ter os melhores do mundo ao seu lado. A reforma facilitaria todo esse processo.

 Isso seria bom para os EUA porque o cara que geralmente vem estudar aqui já é destaque em seu país natal. Normalmente, são pessoas interessantes, que já têm uma boa bagagem acadêmica e profissional: era um profissional respeitado ou chefe do departamento de alguma universidade no Brasil.

Mas, enfim, tudo o que eles fizerem para facilitar negócios internacionais é válido. Gera emprego para os EUA e para o Brasil.

Sobre isso de imigração. O Brasil tem que aprender melhor a absorver estrangeiros e trocar mais informações com o resto do mundo. O problema do Brasil não é a fuga de talentos, mas a incapacidade de absorver estrangeiros. Todo país tem fuga de talentos. Até os EUA têm esse problema, no entanto, aqui mais entram do que saem talentos.

Por exemplo, nenhuma universidade brasileira sabe como atrair estrangeiros. Recentemente, o MIT enviou propostas para levar estudantes americanos ao Brasil com tudo pago. Somente 3 universidades brasileiras responderam ao pedido.

O Brasil ainda precisa aprender muito sobre essa questão. A troca com estrangeiros seria muito saudável.

8) E para você, existe comunidade de brasileiros no exterior?

A comunidade brasileira no exterior como um todo é bem desconexa. O que existem são pequenas comunidades brasileiras, que, de vez em quando, conversam entre si.

Existe a comunidade da Igreja Católica de Cambridge (MA), que é bem forte por exemplo. Há também um grupo espírita bem forte aqui, em Boston. As comunidades no exterior geralmente giram muito em torno da religião. Isso é algo que vem do Brasil, onde a igreja é vista como um ponto de encontro.

O problema do Brasil não é a fuga de talentos, mas a incapacidade de absorver estrangeiros.

Vitor Pamplona

No nosso caso, temos uma comunidade de pesquisadores brasileiros que é bem unida (PUB Boston). Criamos em 2010 a comunidade.

No início eram somente 12 pessoas, mas depois do programa de bolsa de estudos Ciências Sem Fronteiras, aumentou para 80 nas reuniões.

Como o grupo já tem 3 anos, temos mais de 600 pessoas registradas e colaborando entre si. Inclusive, estamos realizando um simpósio no MIT só com os melhores brasileiros da região de Boston. O simpósio será todo em português.

 9) E qual é o perfil do brasileiro que está vindo para os EUA?

 Ele é extremamente sonhador. O brasileiro pesquisador que está no exterior é um sonhador. Ele quer mudar o mundo. Ele vem do Brasil com um modo de pensar, mas no momento em que pisa aqui, ele muda.

Em geral, ele vem bem teórico, reflexo de um problema do Brasil: as faculdades são muito teóricas. Enfim, eles chegam aqui muito crus, mas quando pisam aqui e começam a tomar contato com todo o ecossistema americano, pensam: “Eu posso mudar o mundo!”.

Eu espero que eles voltem para o Brasil com essa ideologia de mudar para melhor o mundo, de fazer as coisas acontecerem, de colocar a mão na massa, de não ficar somente na teoria.

 Esse é o maior desafio, o retorno ao Brasil, pois aqui você ganha uma mentalidade de fazer as coisas acontecerem.

 Para que esse modo de pensar não morra, a gente montou no Brasil uma rede para que as pessoas que passaram uma época aqui nos EUA mantenham contato umas com as outras. A intenção é que, com o contato, as pessoas também se protejam da carga negativa das instituições brasileiras, da burocracia, lentidão, atraso.

10) Você percebe alguma diferença da comunidade brasileira em relação às outras comunidades?

 A comunidade indiana, por exemplo, é bem diferente. Eles gostam de falar um com o outro e de se fortalecerem. Eles se protegem muito. Eles não têm receio de elogiar o outro.

 No lado brasileiro, o negócio é um pouco diferente. Existem pesquisadores brasileiros que não gostam de falar do outro pesquisador brasileiro, não querem construir com o outro. Acredito que brasileiro não se ajuda muito.

No Brasil, existe um mentalidade de evitar a ajuda. Pedir ou dar ajuda é visto como uma fraqueza. E, de certa forma, as pessoas trazem essa mentalidade para cá.

As pessoas daqui se ajudam muito. As redes de contato nos EUA são muito montadas em apoio, em ajudar uns aos outros. O brasileiro precisa aprender mais sobre isso.

 Meu orientador do MIT, por exemplo, ia em eventos de colégio que não tinham nada a ver com Ciência. Ele não ia ganhar nada, mas ele ia lá simplesmente para ajudar.

 Se a gente parar para pensar, vê que ajudar é algo simples. Eu gostaria de ver o brasileiro ajudando mais uns aos outros sem pedir nada em troca. Todo mundo sairia ganhando.

Startup, MIT e negócios em Boston

 

Esse é o protótipo do NetraDevice (imagem acima), dispositivo criado por Pamplona, que, acoplado a um celular, permite a qualquer pessoa fazer um exame de vista, reduzindo assim custos de locomoção e aumentando a interatividade do exame e o poder do paciente.

Nesta segunda parte da entrevista, o cientista brasileiro conta como foi parar no MIT e fundar a startup EyeNetra, que explora a tecnologia de teste de visão criada por ele.

1) Como surgiu a ideia do projeto de criar a tecnologia que permite o exame de vista por meio do celular?

Em 2006, quando fui fazer mestrado, em Ciências da Computação, na UFRGS, em Porto Alegre, descobri que não queria mais fazer a computação pela computação – melhorar algoritmos, procedimentos, novas estruturas. Queria utilizar a computação como meio e não um fim em si mesma. Foi neste momento que comecei a ter contato com as pessoas da área da oftalmologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre. Criamos sistemas de processamento retiniano e projetos de renderização da pupila e da íris, unindo desse modo computação e oftalmologia.

 Durante o mestrado, comecei a ler muito sobre oftalmologia, anatomia e biologia para criar uma simulação dos olhos para a indústria de jogos. Terminei meu mestrado baseado em biofísica.

Nesta época ficou claro para mim que a computação é meio e não um fim em si mesma. Ela pode ajudar outras áreas. Outra coisa que ficou claro é que trabalhar ao lado de um profissional de oftalmologia é uma coisa, mas ter o conhecimento das duas áreas e mergulhar na solução de problemas de ambas é outra bem diferente. Você tem um modo de pensar diferente.

Quando cheguei no doutorado no Media MIT Lab e entrei num grupo de ótica, começamos a discutir diversos projetos, como mesclar técnicas de fotografia e oftalmologia para melhorar as duas áreas, pois descobrimos que os dois campos são muito parecidos – ambos trabalham com ótica e utilizam tecnologias e aparelhos muito semelhantes.

 Começamos a mapear qual informação existia em uma área e em outra não. No final, para criar uma contribuição para as duas, a gente trocou o sensor por trás das lentes de um aparelho de oftalmologia chamado Shack-Hartmann, usado para mapear a distribuição do erro refrativo, por um display, no caso, o celular.

Detalhe: esse aparelho, Shack, tem 20 a 30 anos de desenvolvimento na área de oftalmologia.

No final, criamos um dispositivo de 2 dólares que é acoplado ao celular e permite a qualquer pessoa fazer teste de vista. O teste é interativo, diferente do tradicional em que você tem que tentar focar várias letras ou números de acordo com a instrução do médico. Muito mais simples. É o equipamento mais barato até hoje criado na área de oftalmologia. O custo é somente o aparelho. Você não precisa ficar trocando lentes.

2) Como foi a criação da tecnologia?

O projeto foi bem rápido. Começamos a desenvolvê-lo em novembro de 2009. A conferência em que o apresentamos foi no final de janeiro de 2010. Fizemos mais pela diversão. Nunca pensamos em mudar o mundo. No máximo, queríamos escrever um bom paper sobre o tema.

Após submeter o paper, comecei a montar os protótipos para melhorar o projeto. Até um ponto em que consegui reduzir o dispositivo a um cubo que vai na frente do celular. Quando comecei a montar o projeto para valer, comecei a mostrar para um montão de gente no MIT Media Lab. Foi aí que comecei a ter a visão do empreendedorismo.

 Apresentei o projeto no MIT Idea e Prêmio de empreendedorismo do MIT. No final, consegui jogar nos dois lados da mesma moeda: na contribuição social e nos negócios. Tínhamos a solução completa.

Você somente vê a utilidade de uma tecnologia a partir do momento em que a integra com outros sistemas

Vitor Pamplona

 

 3) A que você atribui o sucesso do projeto? Ao fato de oferecer essa solução completa ao mercado?

A ser um projeto simples que pode estar e conversar com várias áreas. Tem patente, tem plano de negócios, tem contribuição social. É um projeto simples que cria um ecossistema em volta. Pode ser usado por médicos, em quiosques, em lojas que compram e vendem óculos ou por militares em pesquisa de campo.

É interessante isso, pois você somente vê a utilidade de uma tecnologia a partir do momento em que a integra com outros sistemas. Exemplo: um sistema de venda por si só não faz sentido. Mas um sistema de vendas conectado a um sistema bancário tem uma utilidade bem maior, torna-se algo que reduz o esforço das pessoas.

4) Como está EyeNetra, a startup que você criou a partir de suas pesquisas?

A EyeNetra foi criada em outubro de 2011. Fundei com o meu professor do MIT, o indiano Ramesh Raskar, e o americano David Schafran, pesquisador do MIT.

Levamos 7 meses para ganhar investimento, no caso, 1 milhão de dólares, em julho de 2012, injetado pelo Vinod Khosla, cofundador da SUN e o maior investidor em inovação na Califórnia. Esse investimento teve o objetivo de tentar tirar o protótipo do MIT e começar a tecnologia como produto.

Basicamente, nosso trabalho é desenvolver equipamento médico em ambiente ágil. Graças a uma impressora 3D, desde julho de 2012, conseguimos fazer 270 versões do dispositivo que é acoplado ao celular e permite às pessoas fazerem o autoexame de vista.

Todas as versões foram calibradas e testadas clinicamente em somente 2 semanas. Estamos apenas desenvolvendo o produto. Não temos cliente, por enquanto.

Temos a versão impact – impacto social (o que fazer para melhorar o futuro da humanidade) e a versão venture – que deve gerar receita.

É interessante, pois, ao mesmo tempo, o Khosla nos cobra escalabilidade e criação de valor e impacto social.

5) E como você entrou no MIT? O pessoal no Brasil deve sempre perguntar isso para você.

Fui parar no MIT em outubro de 2009 porque o meu orientador no Brasil fez o doutorado junto com o meu professor do MIT. Fiz doutorado sanduíche UFRGS/MIT.

Antes, fiquei dois anos fazendo mestrado no Brasil, na UFGRS, mas não estava aguentando mais por tão lento e longe da realidade que as coisas eram. Na época tinha decidido que voltaria ao mercado e sairia da área acadêmica, mas aí surgiu esse convite de ir para o MIT e passar um ano por lá.

No começo, eu não sabia o que era o MIT. Para mim, era uma outra universidade. O que eu queria era somente experiência internacional e aprender inglês. Passei duas semanas no MIT e pensei sobre o quanto o lugar é bom. Com um mês estava convencido que era o melhor lugar do mundo.

6) De certa forma, no MIT você conseguiu o que estava buscando em seu mestrado, que era uma vida acadêmica mais próxima do mercado?

Sim, no MIT é possível fazer inovação com um olho no mercado. Para você ver, não tinha defendido a minha tese de doutorado, mas já estava montando a minha empresa, a EyeNetra, que tem como base a minha tese. Na minha empresa, faço pesquisa científica, mas sem a parte chata de ter que escrever papers e participar de conferências.

Aliás, poderíamos ter publicado papers gigantescos no último ano, mas preferimos fazer as coisas acontecerem. De qualquer forma, depois que o produto da EyeNetra estiver no mercado, papers serão escritos. Enfim, quero estar fazendo pesquisa, não somente documentando-a, escrevendo artigos.

Quero estar nessa mudança que está acontecendo no sistema de saúde. Com as impressoras 3D, tenho certeza de que no futuro o médico vai criar o seu próprio aparelho. Um aparelho que se adapta a suas necessidades e habilidades. No futuro, a regulamentação médica terá que mudar. Ela terá que ser adaptada para algo mais dinâmico. Isso melhorará o sistema de saúde como um todo. Estamos vendo somente o começo de uma grande mudança.

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Esse artigo tem uma característica que você verá mais vezes no Digaaí. Os artigos são criados a partir de bases de dados. No final de todo artigo, forneceremos os dados brutos para quem quiser compartilhá-los ou criar seus próprios mashups e estudos. Outra característica é que a informação será apresentada em vários formatos – ppt, texto e dados brutos. Boa Leitura!

Segundo estudo feito pelo Digaaí, mais de 84 mil imigrantes participaram do primeiro turno da votação de 2010, sendo que 200 mil estavam aptos a votar representando somente 6,6% da população brasileira no exterior. Se, no Brasil, 70 em cada 100 brasileiros compõem o eleitorado, no exterior, apenas 7 em cada 100 fazem parte do público votante.

Além da alta taxa de abstenção nas eleições, há uma diferença no padrão de votação dos brasileiros que estão no exterior e dos que são residentes no Brasil. Se dependesse exclusivamente dos brasileiros no exterior que votaram na eleição presidencial de 2010, o candidato do PSDB, José Serra, teria sido eleito presidente no segundo turno, com 59% dos votos, contra 40% da candidata do PT, Dilma Roussef.

Ou seja, o brasileiro no exterior tem um modo de votar diferente da população brasileira residente no Brasil. Em território brasileiro, a candidata do PT foi eleita presidente no segundo turno com 46% dos votos válidos.
Outro dado é que a filiação partidária dos imigrantes brasileiros é quase ausente na medida em que não existe interesse dos partidos políticos no eleitorado fora do Brasil. Somente 0,7 dos eleitores brasileiros no exterior são filiados a algum partido.

CONFIRA NO Datahub do Digaaí O MAPEAMENTO DOS DADOS DA VOTACÃO.

PARA MAIS INFORMAÇÕES VISITE O LINK:

https://drive.google.com/drive/u/0/folders/0B5dHeVu99FTlcXpZMzZiN0lkZzg

PARA INFORMAÇÕES SOBRE AS ELEICÕES NO BRASIL VISITE O LINK:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Elei%C3%A7%C3%A3o_presidencial_no_Brasil_em_2010

REPOSITÓRIO DE DADOS ELEITORAIS  – TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (STF):

https://www.tse.jus.br/eleicoes/estatisticas/repositorio-de-dados-eleitorais-1/repositorio-de-dados-eleitorais

 

 

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