Brasileiros na Itália

Brasileiros na Itália

Introdução


A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarcês de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café foi a importação de escravos do Nordeste brasileiro, o que se mostrou insuficiente como fonte de mão-de-obra. Com a abolição da escravatura em 1888 e o progresso continuado da lavoura cafeeira na província de São Paulo, aumentou ainda mais a necessidade de mão-de-obra.

Por outro lado, a Itália acabava de passar por um período de guerras de unificação e encontrava-se debilitada, com altas taxas de crescimento demográfico e de desemprego. Os Estados Unidos, o maior receptor de imigrantes, passaram a criar barreiras para a entrada de estrangeiros no país tornando o Brasil um destino viável levando à maciça imigração de italianos para o Brasil entre 1887 e 1902.

A imigração italiana era vista com bons olhos pela elite brasileira da época pois além de prover a mão-de-obra necessária, ela era branca e católica o que, segundo o pensamento desta mesma elite, facilitaria o processo de assimilação desta população além de terem um impacto positivo no “branqueamento” da população do país – projeto antigo destas elites.

Entre 1880 e 1924, entraram no Brasil mais de 3,6 milhões de imigrantes, dos quais 38% eram italianos seguidos pelos portugueses, espanhóis e alemães. O Brasil posicionou-se, assim, como o terceiro maior país receptor de imigrantes italianos entre os anos 1880 e a Primeira Guerra Mundial atrás apenas dos Estados Unidos (5 milhões) e da Argentina (2,4 milhões).

As condições de trabalho no Brasil eram duras, o tratamento dado aos imigrantes cruel e o sistema de endividamento criava uma classe destituída que causou enorme comoção na imprensa italiana. Entre 1882 e 1914, 1.5 milhão de imigrantes de diferente nacionalidades chegaram a São Paulo e 695.000 deixaram o estado incluindo os italianos.

Depois de quase um século de imigração italiana para o Brasil, no final do Século XX, a rota se inverteu. Nos anos 1980, o Brasil vivia um agrave crise econômica enquanto a Itália vivia um “boom econômico.” Este foi, sem dúvidas, um grande incentivo para aqueles procurando novas formas de recomeçar suas vidas. No Brasil, esta década é lembrada como a “década perdida,” período marcado por grande incerteza econômica, desemprego crescente e hiper-inflação que acompanhou o Brasil até os primeiros anos da década de 1990.

A imigração brasileira para a Itália não se assemelha a estas dos brasileiros para outros destinos europeus (Bógus e Bassanez, 1996). Uma das características importante deste fluxo é a abrangência da lei italiana para a obtenção da nacionalidade por descendentes de imigrantes italianos. A Itália é o único país da Europa que permite a obtenção da nacionalidade por bisnetos de imigrantes. Segundo a Embaixada do Brasil na Itália, já foram concedidos mais de 215 mil títulos de nacionalidade italiana a brasileiros e outros 500 mil pedidos aguardam análise (BBC, 2008). Ainda segundo a mesma fonte, 10% dos brasileiros que conseguem a nacionalidade italiana fixa residência no país pondo assim, o número de brasileiros residindo na Itália como cidadão italiano em 30.000.  

Quantos Somos e Onde Vivemos

A proporção de estrangeiros residentes na Itália cresceu de 0,8% em 1990 para 7% em 2010, uma reviravolta enorme para um país eminentemente exportador de mão-de-obra por quase cem anos. Na chegada, a maioria dos imigrantes se dirigem para o centro-norte do país substituindo de certa forma a migração tradicional de jovens italianos do sul para o norte. Esse fluxo migratório é de importância fundamental para a economia italiana dado que sem ele, a população italiana teria 75.000 pessoas a menos em 2009. A imigração fez com que esta tenha ganho 295.000 pessoas (The Economista, 2011).

Enumerar corretamente a população brasileiros na Itália é tarefa bastante difícil pois além das fontes disponíveis não contemplam os imigrantes em situação irregular no país. Além disto, como referido anteriormente, nem todos os brasileiros detentores de cidadania italiana emigraram para a Itália. 

Dados estimam que nos anos 1980, o número de imigrantes brasileiros na Itália era de cerca 11 mil, sendo considerado a “primeira” comunidade migrante na Itália, após os peruanos e outros cidadãos do leste europeu, como romenos e albaneses.

Segundo os dados do Ministério de Relações Exteriores (MRE), a população brasileira imigrante na Itália era de 85.000 pessoas em 2010 correspondendo a cerca de 9% da população brasileira imigrante na Europa. O Instituto Nazionale di Statistica (ISTAT) aponta que no mesmo período (2009), residiam na Itália, com registro, cerca de 44.067 brasileiros. Entre 2002 e 2007, o número de residindo na Itália cresceu a uma taxa de média de 10,2% ocupando o 21º lugar em tamanho entre as comunidades migrantes sendo suplantada em termos de países da América Latina apenas pelo peru (11º) e Equador (13º).

Ainda segundo estimativas do Ministério das Relações Exteriores (MRE), em 2020, 161.000 brasileiros viviam na Itália. Em 2022, a população brasileira imigrante no país já era de 157.000 pessoas, um aumento de correspondendo a cerca de 3,4% da população brasileira residindo no exterior e 11% da população brasileira imigrante na Europa.

A Itália não é o destino primeiro dos brasileiros que decidem morar no exterior. Antes do “país da bota,” temos os Estados Unidos, Japão, Portugal, Espanha e Inglaterra. Quando na Itália, assim como na maioria dos outros países de destino, os brasileiros procuram as áreas metropolitanas por vários motivos. Golini e Trozza (1998), destacam dentre outros motivos: o fácil accesso

Estatísticas e Mapas

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Idade, Gênero e Estado Civil

A estrutura etária da população brasileira no Japão sofreu alterações durante os últimos vinte anos. Enquanto em 1994, esta população concentrava-se majoritariamente nos grupos etários entre 20 e 34 anos (39%). Os dekasseguis na faixa etária de 35 a 39 anos representavam outros 17,2% (Associação Brasileira de Dekasseguis (ABD). Em 2020, a idade média dos brasileiros era de 35,9 anos comparada a dos japoneses (47.9).((Statiscs Bureau of Japan, Census 2020.))

Mudanças também ocorreram em relação a presença masculina que em 2002 predominava e hoje somente 48,6% da população.

Ainda, segundo a mesma pesquisa da ABD, a maioria dos dekasseguis era casados, a composição diferente da de hoje onde somente 28,3% dos brasileiros são casados, enquanto 59,5% nunca casaram; 1,3% são viúvos; 6,3% são divorciados.((4,3% não responderam.))Essa composição é bastante similar a da população japonesa. Os brasileiros são casados 2% mais que os japoneses; nunca casaram 3,5% mais que os japoneses; divorciados a somente um pouco maior -1.1% – e como a população é mais jovem que a japonesa, estes teem menos viúvos que os japoneses 

 

Motivos da Partida

As razões para a partida, continuam as mesmas dos anos iniciais e similares àquelas dos brasileiros que buscam outros destinos. Os dados da pesquisa de 2004 da Associação Brasileira de dekasseguis (ABD), apontava como razões para a emigração a “fuga do desemprego” (25% dos homens e 27,7% das mulheres); a “insatisfação com a renda/salário” (47,5% dos homens e 49% das mulheres); “poupar para abrir um negócio no Brasil” (48,7% dos homens e 35,9% das mulheres); “sustentar a família” (29,5% dos homens e 23,3% das mulheres); “conhecer o Japão” (25,7% dos homens e 32,3% das mulheres); “pagar estudos” (25,6% dos homens e 27,1% das mulheres); e “pagar dívidas” (8,9% dos homens e 7,6% das mulheres).

Patarra e Baeninger (2006) argumentam que os emigrantes brasileiros que se dirigiram principalmente para os países do primeiro mundo, buscavam principalmente a mobilidade social, que se encontrava truncada no Brasil na década de 1980. Assim, os nipo-brasileiros, pertencentes à classe trabalhadora ou oriundos da classe média, tornam-se imigrantes, retornando ao país dos seus ancestrais, de forma a compensar as perdas significativas em seus padrões de vida. Trocam o trabalho que dá prestígio no Brasil pelo trabalho que remunera. 

Inserção no Mercado de Trabalho e Educação

O Japão se defronta com um problema perene relacionado ao envelhecimento da população com a diminuição relativa da população em idade ativa, bem como a contínua queda da fecundidade que acentua essa tendência e leva a uma de crescimento negativo da população e seu declínio. Além disso, o Japão possui uma das maiores expectativas de vida do mundo. Em 2008, para as mulheres era de 86,05 anos de vida ao nascer e para os homens de 79,29, a maior do mundo entre as mulheres e a quarta maior entre os homens (Suzuki, 2009). Assim, essa dinâmica demográfica leva a uma queda acentuada da população ativa o que implica dificuldades no preenchimento dos postos de trabalho, principalmente aqueles não qualificados (Sasaki, 2000).

Embora a economia japonesa tenha experimentado falta de mão de obra nos anos prósperos de 1960, o tanto governo japonês quanto as grandes corporações optaram pela automação para não depender de mão-de-obra estrangeira. A partir dos anos 70, outra tentativa de suprimento de mão-de-obra foi feita pela incorporação cada vez maior das mulheres no mercado de trabalho em posições de baixo salário e tempo parcial nos setores manufatureiros e de serviços (Roberts, 1994).

Durante os anos 1980/1990, a escassez de mão-de-obra para abastecer as pequenas e médias empresas japonesas criou um dilema para o governo japonês – como manter a homogeneidade étnica e cultural (imaginada ou não) tão caras aos japoneses frente a demanda crescente de mão-de-obra para postos de trabalho não qualificados (Yamanaka, 1996). Para resolver estas questões econômicas e laborais, a resposta encontrada foi o recrutamento de mão-de-obra entre a diáspora japonesa.

Como referido anteriormente, com a reforma da lei de imigração de 1990, o Japão passou a conceder visto de permanência para os descendentes de japoneses estimulando assim, o fluxo migratório dos brasileiros nikkeis e seus cônjuges. No entanto, estes vistos eram emitidos com duração de 6 meses a 3 anos com possibilidade de renovação. Além disto, estes vistos estavam atrelados a contratos de trabalho com períodos fixos, podendo os empregadores eliminá-los quando dos seus términos.

A partir da metade da década de 1990, como decorrência da prolongada recessão econômica, os trabalhadores japoneses voltaram a ocupar os empregos que vinham sendo ocupados pelos estrangeiros sendo estes empurrados para segmentos ainda mais desfavoráveis do mercado de trabalho com relações empregatícias de caráter predominantemente contingêncial (Tanno, 2007).

As ocupações mais comuns  entre os brasileiros neste período inicial eram ligadas ao setor manufatureiro, seguida de ocupações em serviços de escritório e no setor de serviços em geral. Na sua maioria, os brasileiros exerciam trabalhos considerados indesejáveis para os japoneses nativos que exigiam pouca qualificação denominados pelos trabalhadores imigrantes como os trabalhos 5K: pesado (kisui), perigoso (kiken), sujo (kitanai), exigente (kibshii) e indesejável (kirai).((Kawamura, 1999)).   

A estrutura do mercado de trabalho japonesa é marcadamente dual, dividida entre os setores primários e secundários caracterizados pela disparidade salarial, benefícios, oportunidades de treinamento e estabilidade empregatícia entre as empresas mães (empresas contratantes), de grande porte, e as subcontratadas, de pequeno e médio portes (Genda, 2006; Kosugi, 2003; Hara e Seiyama, 2006) Assim, or recursos humanos destinados as primeira são na sua maioria oriundos das universidades e, formados por japoneses nativos formando um sistema de emprego vitalício denominado keiretsu (Tanno, 2007). Como resultado, os trabalhadores das pequenas e médias empresas não podem ser transferidos para as empresas mães (Tanno, 2007). Os brasileiros, na sua grande maioria, eram empregados por sub-contratantes e enviados para empresas do setor secundário como trabalhadores temporários.

Dados da Universidade de Sofia, na cidade de Toyota sugeriam que neste período inicial, 71% dos brasileiros estavam empregados no setor de autopeças e o restante distribuído em pequenas fábricas de produtos eletrônicos, carburadores para máquinas diversas, produtos de cerâmica, restaurantes, etc. Cerca de 84% estavam empregados em empresas com menos de 300 empregados ou de capital inferior a 100 milhões de ienes, consideradas pequenas e médias empresas pela lei japonesa (Tanno, 2007).

A crise de 2008….

Hoje, segundo o Censo japonês de 2020, os brasileiros representam 0.2% da força de trabalho japonesa com 112.474 brasileiros participando da força de trabalho ativa. Na sua maioria (96%) estão entre os 15 e 64 anos de idade. Os desempregados somavam 9%. Aqueles em idade de trabalho mas não engajados no mercado de trabalho contavam 19.407 pessoas. Outros 6.444 atendiam escola e 8.753 faziam trabalhos domésticos. 17.130 não responderam sobre seu status laboral.

Assim como no começo da emigração brasileira para o Japão, os emigrados de hoje, são predominantemente de classe média no Brasil refletido na alta parcela de pessoas com educação XXXX entre estes (Tsuda, 2003; Kajita et al., 2005 e XXXXX, 2020).

 

Referências Bibliográficas:

Bassanezi, M. S. B e Bógus, L. M. M. (1997). Brasileiros Soggiornanti na Itália: Um perfil Sócio-Demográfico. trabalho apresentado no I Simpósio Internacional sobre Emigração Brasileira, Lisboa.

Bógus, Lucia Maria M. (1995). “Migrantes Brasileiros na Europa Ocidental: Uma Abordagem Preliminar.” In Patarra, Neide L. Emigração e Imigração Internacional no Brasil Contemporâneo, FNUAP, São Paulo. 

Bógus, Luicia M e Bassanezi, Maria S. (1996). “Do Brasil para a Europa – Imigrantes Brasileiros na Península Itálica neste Final de Século.” in O Fenômeno Migratório no Limiar do 3º Milênio, Rio de Janeiro, Ed. Vozes.

Castro, Mary Garcia (Org.) (2001). Migrações Internacionais: Contribuições para Políticas, Brasil 2000. CNDP, Brasília.

Margolis, Maxine L. (2005). “Brazilians in the United States, Canada, Europe, Japan, and Paraguay. In Encyclopedia of Diasporas. Edited by Melvin Ember, carol R. Ember and Ian Skoggard. Springer.

Ministério das Relações Exteriores – MRE. (2022). Brasileiros no Mundo – Estimativas xxxx, Subsecretaria Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior (SGEB); Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior (DCB: Divisão de Assitência Consular – DAC.

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Brasileiros no Canadá

Brasileiros no Canadá

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Introdução


Embora as relações entre Brasil e Canadá remontem a 1866 quando o Canadá inaugurou sua primeira missão comercial no território brasileiro, o primeiro registro de movimento migratório que se tem conhecimento ocorreu em 1902, quando um grupo de 48 brasileiros viajou em direção a Port Arthur, atual Thunder Bay, ao norte de Ontario (Barbosa, 2012). Por outro lado, de acordo com a mesma autora, a criação da São Paulo Light Company em 1899, marca o princípio do fluxo de canadenses para o Brasil. Inspirado no sucesso paulista, em 1904, foi criada no Rio de Janeiro a Tramaway Light and Power Company. Em 1912, as duas companhias uniram-se sob o nome de Brazilian Traction, Light and Power Company. Por

cerca de oitenta anos, a Light, como era conhecida no Brasil, teve um papel importante no desenvolvimento dos setores de geração de energia hidroelétrica, instalação de linhas de bondes elétricos, fornecimento de gás e telefonia (Armstrong, 1988; McDowall, 1988; Dean, 2005). 

Crescente criticismos do domínio estrangeiro sobre o setor energético brasileiro por parte de setores nacionalistas nos anos 1920s/1930s, junto a problemas de qualidade nos serviços providos pela Light levaram à um descontentamento crescente com a companhia. Nos anos 1950s, foi proposta de criação da empresa estatal, Eletrobrás, e o estado começou a operar a Hidroelétrica de Furnas. A Eletrobrás foi finalmente criada em 1962 e a Light (conhecida agora como Brascan) foi vendida para o governo brasileiro em Janeiro de 1979. Em 1996, o governo de Fernando Henrique Cardoso vendeu a companhia para um grupo de investidores privados. Em 2002 o grupo Francês Electricité de France controlava mais de 94% da companhia.

Há registros, que por quase um século, a empresa recrutou seus administradores e engenheiros em Toronto. Conta-se ainda, que alguns destes técnicos casaram-se com brasileiras eventualmente retornando com suas esposas e filhos dando origem ao primeiro deslocamento permanente de brasileiros para o Canadá. Poucos brasileiros foram trabalhar nos escritórios da empresa no Canadá, embora vários milhares trabalhavam para a empresa no Brasil  (Shirley, 1999). Esse fluxo aumenta nas décadas de 1960 e 1970 quando famílias de refugiados de guerra europeus vivendo no Brasil começaram a reunificar com suas famílias residindo em outros países. Assim, 40% dos imigrantes brasileiros para o Canadá neste período não eram brasileiros natos. Na sua maioria, estes grupos de europeus eram de origem Ucraniana, Alemã e Morávia que tinham emigrado para o Brasil no final do século IXX e começo do século XX e re-migraram para o Canadá. No mesmo período, como resultado da repressão da ditadura militar  instalada em 1964 no Brasil, o Canadá recebeu alguns imigrantes brasileiros incluindo intelectuais como Paulo Freire, Florestan Fernandes, Herbert de Souza e o novelista Sergio Kokis que continua vivendo em Montreal (Schugurensky, 2011; Hazelton, 2002).

Ao longo do tempo, o Canadá viu na imigração uma fonte de promoção do seu crescimento demográfico e econômico. É neste contexto que se insere a imigração brasileira que ganha volume com a crise econômica e política brasileira dos anos 1980 (SEGA, 2018). Este fluxo muda de composição passando, na sua maioria, a ser formado por brasileiros natos que emigravam por motivos econômicos. A imigração brasileira para o Canadá cresceu durante a primeira metade dos anos 1980, até que a partir de 1987 tornou-se obrigatório o visto o que dificultou a entrada dos migrantes no território canadense (Barbosa, 2012). Dado o número significante de brasileiros entrando no país como “turistas,” a partir da metade de 1987, a imigração canadense começou a interrogar os brasileiros antes da admissão e aqueles sem recursos financeiros adequados eram retornados imediatamente para seus pontos de partida (Goza, 1999),

No entanto, em 1985, os imigrantes brasileiros, utilizando-se da decisão do Supremo Tribunal canadense que os pretendentes ao ingresso no país na condição de refugiados não poderiam ser expulsos sem que antes terem o direito a audiência, entravam o país em grande números. O parecer do Supremo também estabelecia ainda que enquanto os pretendentes aguardavam a definição dos seus status, poderiam trabalhar no Canadá e se beneficiarem do seguro nacional de saúde. Além disso, tinham direito a recurso o que lhes proporcionava maior estadia no país (Goza, 1992). 

A partir 1989, esta política foi reformulada, incorporando duas etapas: a primeira, determinava a razoabilidade dos pedidos e, em caso afirmativo, eram concedidos os direitos listados acima. Caso contrário, eram deportados. Numa segunda etapa, os pretendentes eram submetidos a nova audiência da qual resultava a decisão final sobre seus pedidos de refúgio (Ibid.). 

No início da década de 1990, apesar de leis de imigração mais rígidas, a imigração brasileira para o Canadá aumentou (Sega, 2018), desta vez, de cunho claramente laboral aproveitando as campanhas do governo canadense para recrutar trabalhadores qualificados, com anúncios em jornais, revistas e palestras ministradas pela Embaixada e Consulados (Barbosa Nunes, 2003). Ao final do século XX e início do século XXI, observou-se outra vez um crescimento da população brasileira emigrante (Margolis, 2013).

Segundo dados do governo canadense, o Canadá deseja suprir seu déficit populacional admitindo cerca de 1,4 milhão de moradores permanentes nos próximos três anos (Sean Fraser, Ministro da Imigração do Canadá, 2023).

Quantos Somos e Onde Vivemos

O Canadá recebe um número considerável de imigrantes todos os anos. Entre 2001 e 2014, o país recebeu, em média, 249.500 imigrantes. Em 2015, mais de 271.800 imigrantes foram admitidos enquanto estes números alcançaram mais de 296.000 em 2016. Entre 2016 e 2021, o Canadá admitiu pouco mais de 1,3 milhão de imigrantes (Statistics Canada, 2023). De acordo com o Censo canadense de 2021, a população imigrante no Canadá representa 23% da população do país – a maior proporção entre os países do G7. De acordo ainda com a mesma fonte, a maioria destes imigrantes eram oriundos da Índia, Filipinas e China. Em 2021, o Brasil era a  9º principal origem das Américas (Censo, 2021).

Embora o número de Brasileiros no Canadá ainda seja pequeno, ele tem conhecido um crescimento significativo nos últimos anos do século XX e início do século XXI. Segundo o Censo canadense de 2021, 76.665 brasileiros residiam no país (0,2% da população). O Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE) no entanto, estima que em 2020, 122.400 brasileiros residiam no Canadá. O MRE registra ainda uma população de 133.170 brasileiros residindo no Canadá em 2022 representando 2,9% da população brasileira residindo no exterior e 6,4% da população brasileira residindo na América do Norte. Segundo a mesma fonte,  esta população representa um crescimento de 544% em relação ao ano de 2008 quando a população brasileira no país era de 20.650 pessoas. Dados completos podem ser encontrados nos links a seguir: Estatísticas e Mapas.

Como é sabido, as fontes referentes ao número de brasileiros emigrados variam substancialmente. Por exemplo, enquanto o MRE em 2010 estimou 30.146 brasileiros vivendo no Canadá, o IBGE no Censo de 2010 registrou somente 10.540 pessoas. Enquanto o MRE tende a superestimar a população, o IBGE tende a subestimá-la. De acordo com o censo canadense, a população brasileira subiu de 1.365 em 1986, para 12.500 em 2006 (Statistics Canada, 2006). 

O recenseamento canadense de 1990, registrou 5.295 permanente residentes nascidos no Brasil. Entre 1991 e 1995, somaram-se outros 2.245 brasileiros nativos. De 1996 a 2000, o censo registrou 2.510 brasileiros adicionais e entre 2001 e 2005, 5.075 juntaram-se a estes. Somados aos brasileiros que entraram no país entre 2006 e 2010, 10.172, tem-se, segundo esta fonte, um total de 25.292 brasileiros vivendo no Canadá uma estimativa mais perto desta do MRE do que daquela do IBGE.

A maioria dos brasileiros residentes no Canadá estão concentrados nas Províncias de Ontário (47%), Québec (21%), British Columbia (20%) representando 88% da população brasileira residente no Canadá.

Brasileiros em Londres

Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

Brasileiros nos EUA e em Massachusetts

Este documento é patrocinado pelo Instituto Gaston e pelo Instituto Diaspora Brasil (IDB). Ele atualiza o relatório ‘Brasileiros nos EUA e em Massachusetts: Um Perfil Demográfico e Econômico’ publicado em 2007 por Álvaro Lima e Carlos Eduardo Siqueira.

As comunidades imigrantes…

Brasileiros na Itália

A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

Brasileiros no Canadá

Embora as relações entre Brasil e Canadá remontem a 1866 quando o Canadá inaugurou sua primeira missão comercial no território brasileiro, o primeiro registro de movimento migratório que se tem conhecimento ocorreu em 1902, quando um grupo de 48 brasileiros viajou em direção a …

Brasileiros no Japão

A emigração de brasileiros para o Japão está ligada ao fluxo migratório de japoneses para o Brasil no início do século XX. Impulsionado pelo próprio governo japonês e pela demanda de mão de obra para a cafeicultura em expansão no oeste paulista, cerca de 190.000 japoneses emigraram para o Brasil …

Os imigrantes, principalmente os que chegaram recentemente, são mais propensos a viver nos centros urbanos maiores do que a população canadense nativa. Os brasileiros não fogem à regra. As regiões metropolitanas (Census Metropolitan Areas – CMAs) com maior concentração de imigrantes brasileiros estão localizadas em Toronto (24.000), Vancouver (13.000), Montreal (12.000), Ottawa-Gatineau (7.000), Calgary (3.000), Québec (2.000), Kitchener-Cambridge-Waterloo (2.000), London (2.000), Edmonton (1.000), Hamilton (1.000), entre outras. 

O crescente nível de investimentos entre Brasil e Canadá contribui para o aumento dos fluxos migratórios entre os dois países. Atualmente, o Brasil é o terceiro maior parceiro comercial do Canadá e o quarto investidor após os Estados Unidos, o Reino Unido e a Holanda, com investimentos de $22 bilhões de dólares (Pinto, 2008). Outros aspectos importantes são as incertezas das políticas migratórias dos Estados Unidos, a dificuldade de obtenção de visto nesse país e o clima anti-imigrante, que fazem  

com que os brasileiros cada vez mais escolham o Canadá quando idealmente queriam ir para os Estados Unidos país que mais recebe brasileiros emigrantes (Barbosa, 2009). Assim, a expectativa é que a imigração brasileira para o Canadá não só continue, mas que tenda a aumentar.

Motivos da Partida

Várias são as razões para a partida. A deterioração econômica, social e política no Brasil nos anos 1980, a chamada década perdida, inicia o ciclo de emigração dos brasileiros para a América do Norte, Europa e Japão. Mais tarde, entremeada á crise financeira global de 2007-2008, a crescente violência urbana como mostra o Atlas da Violência 2017, o Brasil continua tendo altos  índices de mortes violentas. Isso torna o Brasil um dos países mais violentos do mundo (taxa de homicídio de 28,9 por 100 mil habitantes). Estes fatores criam desilusão nas classes médias que deixam o país mesmo aqueles que têm bons empregos. De fato, a violência urbana passa a ser um dos fatores determinantes do fluxo emigratório brasileiro no começo do século XXI. Adela Pelegrino (2001) aponta para o fato de que a causa do aumento da emigração latino-americana, envolve principalmente profissionais e indivíduos com alto grau de educação oriundos da Argentina, Brazil e Venezuela. 

Relatório de Pesquisa: Perfil dos Brasileiros no Canadá, 2019.

O golpe parlamentar em 2016 que levou ao impedimento da Presidenta Dilma Rousseff desencadeou um processo político de extrema direita que culminou com a prisão do Presidente Luís Inácio Lula da Silva e a eleição de Jair Bolsonaro. O governo deste último, causou danos incomensuráveis ao país, deixando não só as classes trabalhadoras, alvo permanente da direita, mais também as classes médias em situação de declínio nos seus níveis de vida, além da criação de um clima político de alta tensão e discórdia. Este clima continua nos dias de hoje com a eleição de Luís Inácio Lula da Silva depois de inocentado pelo Supremo Tribunal Federal.

A escolha pelo Canadá não se dá somente pelos fatores citados acima mas também como resultado das campanhas de recrutamento do governo Canadense via anúncios em revistas brasileiras além de reuniões organizadas pelos Consulados canadenses em diversos estados brasileiros. O tipo de imigrante em vista é uma pessoa com alto grau de educação, fluente em inglês e francês com experiência de trabalho no seu campo de especialização (Barbosa Nunes, 2003). Para os brasileiros emigrantes, a atração pelo Canadá se dá pelo seu alto nível de qualidade de vida, economia estável, segurança pública e a possibilidade de desenvolvimento pessoal (Machado, Falcão e Cruz, 2022).  

Relatório de Pesquisa: Perfil dos Brasileiros no Canadá, 2019.

Como referido anteriormente, o Canadá tem visto a imigração como um instrumento de promoção do seu crescimento demográfico e econômico privilegiando a atração de imigrantes com alta qualificação estruturado num sistema de pontos (point-based system of skilled-worker immigration), que leva em consideração fatores como idade, nível de proficiência do inglês e francês, formação acadêmica e trajetória profissional para determinar quem receberá a residência permanente. 

O estabelecimento deste sistema de pontos para a aquisição do visto de residência e trabalho, significa que apenas um número pequeno de brasileiros com educação relativamente alta consegue emigrar para o Canadá. O recrutamento é focado também no preenchimento de necessidades particulares do mercado de trabalho. Cada vez mais o governo canadense prioriza quem já estudou e/ou trabalhou no país pois essas pessoas já estão inseridas na cultura local.

O Quebec é uma exceção pois é a única província que tem poder para definir suas próprias regras de imigração. 

Muitos brasileiros ainda teem preferência pelos Estados Unidos, destino tradicional dos emigrantes brasileiros, mas desistiram deste pela hostilidade existente contra os imigrantes, a idéia da assimilação mais ou menos forçada comparada ao multiculturalismo canadense, além de melhores condições proporcionadas pelo governo para a integração dos imigrantes verso a total ausência de políticas públicas de acolhimento, assentamento e integração nos Estados Unidos. Finalmente, e mais importante, a opção entre Estados Unidos e Canadá pode ser, para muitos, a opção entre a imigração legal no Canadá ou ilegal nos Estados Unidos.

Quem Somos e o Que Fazemos

Segundo o Censo canadense de 2021, tinham 76.665 brasileiros vivendo no Canadá. O Censo canadense revelou ainda que as mulheres representam cerca de xx% da população brasileira. O nível educacional dos brasileiros vivendo no país era relativamente alto com 25% deles tinham diploma universitário. xxxx  . A convalidação dos diplomas  brasileiros tem sido um problema grande forçando parte dos brasileiros a trabalharem em outra área  que aquela de suas formações.

A maior parte dos brasileiros residentes esta empregada (66%), outros 26% encontram-se fora da força de trabalho e 8% estão desempregados. As ocupações mais frequentes eram estas ligadas a profissionais na área de tecnologia da informação, engenheiros, estudantes de graduação, mestrado e PhD e administradores. Ocupações como professores, economistas, profissionais da saúde e advogados também foram citadas. (Paiva, 2018)

A renda familiar é alta com 38,1% dos entrevistados declarando estar ganhando entre 2005 reais a 8.640 reais e 29,4% declarou renda de 11.262 mensalmente (Paiva, 2018).

Finalmente, a autora da mesma pesquisa, afirma que 97% dos brasileiros residentes no Canadá estavam em situação legal. 

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