por Original do Brasil | jun 20, 2022 | Realizados
A imprensa étnica tem um papel fundamental no processo de integração econômica e social dos imigrantes nas novas sociedades ao ajudá-los a perseguir seus sonhos, recriar as redes sociais desarticuladas durante o processo migratório ao mesmo tempo que ajudam as comunidades imigrantes a preservar suas culturas e línguas nativas.
A Hemeroteca do Instituto Diáspora Brasil (IDB) é um projeto iniciado em parceria com o Institute for Quantitative Social Science (IQSS) da Universidade de Harvard onde estão depositadas versões em pdf de alguns exemplares. Outra parte do acervo em papel está sendo digitalizada em parceria com a Biblioteca de Boston e a Northeast University. Por fim, temos links para jornais e revistas armazenadas as flipbooks no site do Issuu.
Uma das principais funções da nossa hemeroteca é preservar momentos históricos importantes da emigração brasileira de forma que historiadores, pesquisadores, jornalistas, entre outros profissionais que necessitam deste tipo de informação possa encontrá-los em um só lugar.
UM POUCO DE HISTÓRIA:
O Novo Mundo – Precursor da Imprensa Diaspórica Brasileira Nos Estados Unidos?
O Novo Mundo foi publicado em Nova York entre 1870 e 1879 para distribuição no Brasil. Publicado em língua portuguesa, o jornal foi fundado por José Carlos Rodrigues, que também era o seu editor-redator. Orfão de mãe, foi criado por uma tia proprietária de grande fazenda de café em Cantagalo. O pai, também rico fazendeiro de café, mandou-o à capital do país para estudar no Colégio Pedro II e depois para São Paulo, onde se formou em direito. Logo que terminou o curso, em 1864, veio para o Rio onde praticou a advocacia por um curto período. Em 1866 foi chamado para o cargo de oficial de gabinete por um ex-professor seu que tinha sido nomeado para o Ministério das Finanças. Sua carreira, no entanto, foi interrompida de forma abrupta por um processo criminal descrito em suas biografias como a falsificação de uma ordem de pagamento. Assim, em 1866, José Carlos Rodrigues abandona sua vida no Brasil e emigra para os Estados Unidos, voltando ao Brasil somente vinte anos depois quando da prescrição do processo de estelionato.
Em 1870 José Carlos Rodrigues funda O Novo Mundo, que, segundo George C. A. Boehrer,1 atingiu uma tiragem de oito mil exemplares, número este, segundo confirmação de Charles A. Gauld, “muito significativo para aquele tempo.“2 Além de notícias de interesse geral para os brasileiros, o jornal abrangia temas relativos à ciência, comércio, invenções, religião, literatura e o progresso geral na América do Norte. O jornal, assim como seu editor, atribuiu aos Estados Unidos o papel de exemplo de progresso a ser seguido pelo Brasil. No edital publicado no primeiro número, José Carlos Rodrigues escreve:
“Depois da guerra intestina dos Estados Unidos, o Brasil e a América do Sul tem procurado estudar profundamente as coisas deste país. O Novo Mundo propõe-se a concorrer para este estudo, não dando notícias dos Estados Unidos, mas expondo as principais manifestações do seu progresso e discutindo sobre as causas e tendências deste progresso.”
O Novo Mundo não foi, no entanto, o primeiro periódico impresso no exterior direcionado para o Brasil. Este ineditismo coube ao Correio Brasiliense, produzido em Londres, de propriedade de Hipólito José da Costa Furtado de Mendonça. Produzido mensalmente, o Correio Brasiliense circulou de junho de 1808 a dezembro de 1822.3,3a Tanto o Correio Brasiliense quanto O Novo Mundo, nasceram em momentos políticos singulares. O primeiro enfrentando a censura imposta pelas autoridades coloniais, e o segundo esta imposta pelo regime imperial brasileiro. Assim, O Novo Mundo nasce numa década de intensas lutas que culminaram com a abolição da escravatura, em 1888, e a proclamação da República, no ano seguinte.
Entre seus colaboradores, o Novo Mundo contou com a participação do poeta maranhense Joaquim de Sousa Andrade, o Sousândrade, como secretário e redator a partir de 1875. Nesse mesmo ano, O Novo Mundo passou a ser uma corporação com Sousândrade ocupando também o cargo de Vice-Presidente. Segundo Gabriela Campos,4 Sousândrade serviu como contraponto ao entusiasmo acrítico de José Rodrigues em relação aos Estados Unidos e suas instituições. Há quem veja no seu poema “O Inferno de Wall Street,” um dos treze cantos da sua obra máxima o Guesa, uma crítica ao capitalismo liberal americano, à sua riqueza excessiva, à corrupcão e à hipocrisia de algumas práticas religiosas.5
Sousândrade nasceu em Guimarães em 9 de Julho de 1832. Era filho de comerciantes de algodão, produto de exportação que rendeu ao Maranhão e a várias das sua famílias riqueza significante.Esta situação lhe proporcionou a vida entre o Brasil, a Europa e os Estados Unidos. De 1853 a 1857, graduou-se em Letras na Sorbonne (Paris), além de ter cursado também em Paris, Engenharia de Minas. Em 1870, aos 38 anos, estabeleceu residência nos Estados Unidos onde começa a colaborar com o periódico O Novo Mundo.6
No final do século XIX, volta para São Luís para lecionar Grego no Liceu Maranhense. Republicano convicto, comemora com entusiamo a Proclamação da República e, em 1890, foi eleito Presidente da Intendência Municipal de São Luís. Participou ativamente da política maranhense realizando a reforma do ensino, fundando escolas mistas, além de idealizar a bandeira do estado com sua cores representando as diferentes raças e etnias que construíram a sua história.
Foi candidato a senador em 1890, mas desistiu antes da eleição. No mesmo ano foi presidente da Comissão de preparação do projeto da Constituição maranhense. A despeito de ser considerado louco, Sousândrade, no final da sua vida, foi ignorado por todos, morrendo sozinho e na miséria em 21 de Abril de 1902 na residência dos seus antepassados, a Quinta Vitória no bairro dos Remédios.
Após anos de esquecimento, a obra de Sousândrade tomou importância quando da publicação da “Revisão de Sousândrade” pelos irmãos Augusto e Haroldo de Campos. Segundo Augusto de Campos, “… no quadro do Romantismo brasileiro, mais ou menos à altura da denominada segunda geracão romântica, passou clandestino um terremoto, Joaquim de Sousa Andrade, ou Sousândrade, como o poeta preferia que o chamassem, agitando assim, já na bizarria do nome, aglutinando e acentuando na exdrúxula, uma bandeira de guerra.”7
Sousândrade pode ser considerado um dos escritores visionários do século XIX e, por isso, além do seu tempo. Sua obra é ousada e original, desde a escolha dos temas sociais, nacionalistas e nostálgicos, assim como o uso de palavras estrangeiras e neologismos. Revolucionária para a sua época, a sua obra pode ser considerada como precusora do Simbolismo e do Modernismo antecipando inclusive o uso de certas técnicas da poesia contemporânea (Augusto e Haroldo de Campos). Em 1877, ele mesmo escreveu: “Ouvi dizer já por duas vezes que o “Guesa Errante” será lido 50 anos depois; entristeci – decepção de quem escreve 50 anos antes.” (Sousândrade, 1877).
Quando O Novo Mundo deixou de circular em 1879 devido ao aumento dos impostos sobre a entrada de impressos no Brasil,1 cento e oito números haviam sido publicados. Click Aqui para acessar os 108 números do jornal O Novo Mundo.
Referências:
1. Boehrer, G. C. A. José Carlos Rodrigues and O Novo Mundo, 1870-1879. Jornal of Inter-American Studies. Miami, n.1, 1967. p. 127-144.
2. Guald, C. A. José Carlos Rodrigues, O Patriarca da Imprensa Carioca. Revista de História. São Paulo, n. 16, 1953. p. 427-438.
3. Martins, A. L. Revistas em Revista: Imprensa e Práticas Culturais em Tempos de República, São Paulo (1890-1922). São Paulo: Edusp, 2008.
3a. Sodré, N. W. História da Imprensa no Brasil. Rio de Janeiro: Mauad, 1999.
4. Campos, G. V. de. O Literário e o Não-literário nos Textos e Imagens do Periódico Ilustrado O Novo Mundo (Nova Iorque, 1870-1879). Dissertação (Mestrado em teoria Literária) – Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2001.
5. Ibid.
6. Asciutti, Mônica Maria Rinaldi. Um Lugar para o Periódico O Novo Mundo (Nova Iorque, 1870-1879).
7. Campos, A; Campos H. ReVisão de Sousândrade. São Paulo: Perspectiva, 2002.
A MÍDIA DIASPÓRICA BRASILEIRA CONTEMPORÂNEA:
O levantamento sobre a mídia brasileira emigrante, realizada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, registrou 216 veículos midiáticos de vários tipos,1 incluindo a existência da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-I). Além destes veículos, a comunidade brasileira dá sustento a quatro das maiores redes de televisão nacionais com transmissão diária via cabo ou satélite – a TV Globo Internacional, a TV Record Internacional, a Band Internacional e a televisão pública TV Brasil Internacional.
Esse número, no entanto, subestima muito o universo da mídia brasileira. Uma pesquisa informal, publicada no número 23 de O Jornal Brasileiro, em 13 de março de 2010, aponta, por exemplo, que somente em Massachusetts existem 114 programas de rádio brasileiros ativos, na sua maioria ligada a igrejas, sem contar os programas transmitidos via Internet. Segundo o mesmo artigo, três emissoras de rádio detêm a maior parte do mercado brasileiro em Massachusetts: 650 (fechada em 2020), 1230 e 1360, todas AM.
Mais recentemente, os brasileiros têm utilizado a web como meio de comunicação. Embora não haja números relativos à quantidade de websites voltados para a comunidade brasileira, estima-se que estes alcancem a casa dos milhares. Os sítios de relacionamento são um dos meios mais utilizados pelos brasileiros, existindo centenas de grupos espalhados pelo Facebook, Instagram, alem do Whatsapp e LinkedIn.
Cada vez mais a mídia imigrante brasileira desempenha um papel fundamental na produção e difusão de informações de utilidade pública e modela percepções sobre a comunidade brasileira, seus avanços, problemas e perspectivas futuras.
Fundado em setembro de 1969, na chamada ‘Tri-State Area’ (os estados de New York, New Jersey e Connecticut), o Brasil News foi o primeiro jornal com foco na vida dos imigrantes brasileiros na América.2 Este feito pioneiro e histórico foi obra dos jornalistas Al Sousa e Abraão Udler. O Brazil News, completa 55 anos neste ano de 2024.3
O MERCADO DA MÍDIA BRASILEIRA NOS ESTADOS UNIDOS:
Em 2009, a ABI-Internacional realizou uma pesquisa4 focada nos hábitos de consumo midiático dos brasileiros residentes nos Estados Unidos, abarcando mais de mil entrevistados. Como resultado, destaca-se que:
- A mídia impressa segue tendo um forte elo com a comunidade brasileira, com 44% dos respondentes apontando esses veículos como os principais meios de informação sobre a comunidade brasileira, seguidos da televisão (33%), internet (21%), e dos programas de rádios e outras fontes, representando somente 1% cada;
2. Quanto ao conteúdo de maior interesse, são mencionadas em primeiro lugar as notícias relativas às questões migratórias (31%), seguidas pela temática dos esportes (28%), arte e cultura (24%), economia e negócios (65%), política (3%), colunas sociais (2%) e assuntos diversos (1%);
3. Quando perguntados sobre o que mais falta aos veículos de comunicação brasileiros, 59% dos entrevistados afirmaram sentir falta de uma maior quantidade de conteúdo local (59%) e da cobertura de artes e cultura (28%). Outros 14% prefeririam ter mais acesso à cobertura de eventos sociais5; seguido de cobertura fotográfica (11%), esportes (6%), utilidade pública (4%), política (3%) e economia (1%).
A maioria dos entrevistados (73%) reside nos Estados Unidos há mais de cinco anos; dentre estes, 42% vivem no país há mais de dez anos e 61% deles pretendem continuar vivendo no país por dez anos ou mais, representando, assim, um mercado estável.6 Apesar de 36% dos entrevistados declararem que vieram para os Estados Unidos para fazer seus “pés de meia,” 38% deles alegaram razões ligadas à qualidade de vida, incluindo a segurança, fator que somado a melhores oportunidades profissionais (17%), mostra que 55% dos brasileiros tinham como motivo para emigrar não só o aspecto financeiro, mas as questões de estabilidade social, característica que explica o porquê do aumento contínuo da imigração mesmo depois do país começar a crescer.7
No que diz respeito às características relativas à idade, origem, e ocupação, a maioria dos entrevistados estão entre as faixas etárias de 26 a 35 anos (35%), seguidos pela faixa etária entre 14 e 25 anos (25%); 36 a 50 (22%); e acima de 50 anos (18%). Esta distribuição mostra um mercado ormado na sua maioria por um leitor jovem, isto é, um leitor entre 14 e 35 anos (60%).
Quanto às origens, a maioria dos leitores são oriundos da região sul e sudeste brasileiro, tendo os provenientes de Minas Gerais a maior proporção (37%), seguidos por aqueles oriundos de São Paulo (18%), Rio de Janeiro (14%), Goiás (11%), Paraná (7%), Espírito Santo (3%), Ceará (2%), Bahia, Pernambuco, Rondônia, Paraíba, Rio Grande do Sul e Santa Catarina com 1% cada, restando 2% para os demais Estados.
Por fim, no que diz respeito às suas ocupações, os imigrantes brasileiros estão concentrados majoritariamente no setor terciário ou de serviços, como pode ser visto no gráfico ao lado. Os estudantes e os empresários representam 8% e 4% dos leitores, respectivamente.
BENDIXEN & ASSOCIATES. Ethnic Media in America: The Giant Hidden in Plain Sight. 2005. (Pesquisa feita para a “New California Media – NCM” em parceria com o Center for American Progress Leadership Conference on Civil Rights Education Fund).
BENDIXEN & ASSOCIATES. Ethnic Media in America: The Giant Hidden in Plain Sight. 2005. (Pesquisa de Opinião Pública dos “Asian American, Hispanic, African American, Arab American and Native American Adults”).
FIRMEZA, George Torquato. Brasileiros no Exterior. Fundação Alexandre de Gusmão, 2007.
REFERÊNCIAS:
1. FIrmeza, 2007
2. https://sistemas.mre.gov.br/kitweb/datafiles/BRMundo/pt-br/file/Carlos_Borges.pdf
3. https://leccufrj.wordpress.com/2009/11/03/primeiro-jornal-comunitario-brasileiro-nos-eua-completa-40-anos/
4. A pesquisa foi realizada durante os meses de setembro a dezembro de 2009 com mais de mil entrevistados em 11 estados norte-americanos.
5. Fato interessante, dado que somente 2% dos entrevistados preferem esse tipo de conteúdo.
6. Este aspecto se contrapõe à tese de que os brasileiros residentes nos Estados Unidos estão sempre prontos para a volta.
7. A identificação com o “modo de vida americano” pode também ser entendido como “qualidade de vida”, pois várias pesquisas revelam que o “modo de vida americano” refere-se, muitas vezes, a processos de estabilidade social, respeito às leis, etc.
HEMEROTECA
ESTADOS UNIDOS :
por Original do Brasil | jun 20, 2022 | Realizados
Mostra de Cinema Brasileiro: Seis Anos Divulgando a Cultura Brasileira
O Cine Digaai procura reunir pessoas interessadas pelo cinema brasileiro. A proposta é que os participantes assistam os filmes para, então, discutí-los, apreciando cada obra em sua plenitude, contando com mediação de um convidado especial para introduzie o tema e moderar a discussão. O objetivo é exibir filmes brasileiros e promover debates sobre a cultura e sociedade brasileira. Visamos também integrar aos debates a comunidade imigrante brasileira e convidados de outras nacionalidades e contextos culturais de forma a gerar consciência sobre as diferentes identidades que convivem no espaço urbano de Boston. Com a pandemia, o Espaço Digaai, onde por anos eram realizados estes encontros, foi fechado. Hoje, as projeções e os debates são feitos online via Zoom.
A Mostra de Filmes Brasileiros, hoje já na sua sexta edição, é uma parceiria entre O Digaai, o Grupo da Mulher Brasileira e o Consulado geral do Brasil em Boston.
Acontecendo na primeira sexta-feira de cada mês, as exibições são seguidas de uma hora de conversa com a plateia, motivada pelos convidados de cada seção. As discussões são em inglês ou português e os filmes exibidos, em geral, têm legendas em inglês.
O primeiro filme da amostra foi filme brasileiro Jean Charles (2009) mostra as experiências de diversos brasileiros que arriscam viver longe de seus país, contando não apenas com seus próprios esforços, mas principalmente com alegria e criatividade, características do povo brasileiro. Baseado no caso do brasileiro Jean Charles de Menezes, assassinado no metrô de Londres por agentes do serviço secreto britânico, ao ser confundido com um terrorista. O filme acompanha a vida do eletricista mineiro e de seus primos Alex, Patrícia e Vivian em busca de um sonho de uma vida melhor.
Dirigido por Henrique Goldman, o filme conta com um elenco formado por Selton Mello, Vanessa Giácomo e Patrícia Armani, este primeiro filme teve casa lotada, com brasileiros, mexicanos, americanos e japoneses entre os atendentes.
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por alvaroelima | abr 26, 2021 | Realizados
A III Mostra de Cinema Brasileiro apresentado pelo Cine Digaai teve como curador o antrpólogo Alan Oliveira. A Mostra apresentou ao público do digaai uma série de doze filmes tendo a música brasileira como sua temática. Entre vários comentadores tivemos o músico brasileiro residente de Boston, Tarciso Alves que participa de um important grupo Forró in Boston!
As Hiper Mulheres, de Leonardo Sette, Takuma Kuikuro e Carlos Fausto (2012) foi o primeiro filme da série. O documentário mostra a preparação de um ritual pelos Kuikuro, povo que vive no Parque
Nacional no Xingu, no Brasil Central. O filme retrata o papel central das mulheres neste ritual, bem como uma série de questões muito importantes para os povos indigenas no Brasil contemporâneo: questões diárias colocadas pelo jogo entre tradições culturais e modernização, as relações entre diferentes gerações, a transmissão do conhecimento tradicional, as questões de gênero e de sexualidade e a importância dos rituais na vida da sociedade. Após o filme, odebate foi mediado por Louise Cardoso de Mello. Ela é historiadora e antropóloga da Universidade Federal Fluminense. Seu trabalho de pesquisa involve as fronteiras amazônicas e
os povos indígenas. Atualmente, ela é pesquisadora visitante na Universidade de Harvard.
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GALERIA DE FOTOS – III MOSTRA DE CINEMA BRASILEIRO – CINE DIGAAI – 2019:
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por alvaroelima | abr 26, 2021 | Realizados
Brasil Nunca Mais – O Cinema Político Brasileiro
A Mostra Digaai do Cinema Brasileiro exibe filmes brasileiros e promove debates sobre a sociedade e a cultura brasileira.
Durante estes primeiros quatro anos apresentamos mais de cinquenta filmes. Em 2021, a Mostra Digaai de Cinema Brasileiro, na sua quinta edição, apresentará filmes ligados ao período da história do Brasil que vai da resistência organizada pelo Governador Brizola para garantir a pose constitucional do Vice Presidente João Goulart, passando pelo seu governo, o golpe civil-militar de 1964, a repressão aos movimentos de resistência armados, a luta dos camponeses e trabalhadores e o movimento pela redemocratização.
O título desta edição, “Brasil, Nunca Mais” faz uma homenagem ao diretor Ricardo Carvalho, diretor do documentário Coragem – As muitas Vidas do Cardeal Paulo Evaristo Arns e que foi também co-organizador de um dos mais importantes documentos sobre a ditadura ainda durante o período militar: o projeto “Brasil, Nunca Mais” que virou um livro denunciando as torturas, desaparecimentos e assassinatos perpetrados pelo regime militar.
Queremos com esta amostra relembrar momentos importantes da nossa história que continuam presentes e que ameaçam constantemente os períodos
democráticos que vivemos de tempos em tempos. O propósito é fazer uma discussão sobre esses momentos históricos que continuam marcando a nossa história recente.
A seleção dos filmes foi baseada no Guia do Cinema Político da Professora Walnice Nogueira Galvão, Professora Emérita da FFLCH da USP, publicado originalmente na Revista Teoria e Debate. Os filmes não são apresentados necessariamente em ordem cronológica.
Esta Mostra se faz em parceria entre o Digaai, e o Grupo da Mulher Brasileira (GMB).
O Digaai é uma plataforma digital que agrega e faz a curadoria da produção cultural da diáspora brasileira por meio de texto, áudio, vídeo e imagens quedocumentem a diversidade cultural das comunidades imigrantes brasileiras mundo afora. O conteúdo da plataforma é obtido tanto pela contribuição espontânea dos participantes como do material coletado por voluntários e colaboradores do Digaai.
O Grupo da Mulher Brasileira, foi fundado em 1995, por um grupo de mulheres imigrantes brasileiras de diversas raças e classes sociais. As mulheres esperavam “fazer a diferença” na comunidade em geral, incentivando seus membros a defender seus direitos nos Estados Unidos. A missão do grupo é promover o empoderamento da mulher e da comunidade brasileira na área de Boston.
As sessões são gratuitas e ocorrem na última sexta-feira de cada mês, às 19 horas pelo Zoom do Digaai com exceção da última apresentação que será na primeira
sexta-feira, 3 de Dezembro. Infelizmente, alguns dos filmes desta edição não contam com legendas em inglês. Caso não esteja inscrito na lista de membros do Digaai ou do GMB use os seguintes e-mails para inscrever-se: [email protected] ou [email protected]
PROGRAMACÃO 2021
Terra em Transe (1967)
Diretor: Glauber Rocha
Data: 29 de Janeiro
Análise dos impasses constituídos pelo embate entre as diferentes linhas de força então em presença na sociedade brasileira, a caminho do golpe de 1964. Ponto alto do Cinema Novo.
Cabra Marcado Pra Morrer (1984)
Diretor: Eduardo Coutinho
Data: 26 de Fevereiro
As filmagens tiveram início em 1964 e seu objetivo era contar a história do líder da Ligas Camponesa de Sapé (PB), João Pedro Teixeira, assassinado dois anos antes. Com o golpe de 1964, os militares cercaram o local das filmagens, impedindo sua continuação. Vinte anos depois, Coutinho voltou à região e reencontrou a viúva Elizabeth Teixeira e muitos companheiros do líder camponês. O resultado foi um documentário único.
Um Golpe Contra o Brasil (2013)
Diretor: Alípio Freire
Data: 26 de Março
O diretor, militante histórico, fez esse filme para que não esqueçamos o golpe de 1º de abril, origem do infame regime que duraria 21 anos. Minuciosa narrativa dos eventos de então.
Jango (1984)
Diretor: Silvio Tendler
Data: 30 de Abril
O encerramento da ditadura, então recente, propiciou esse filem. Que procede ao exame minucioso da carreira e particularmente da gestão do presidente deposto, detendo-se nas manobras que conduziram a sua derrubada no golpe de 1964.
O Dia que Durou 21 Anos (2013)
Diretor: Camilo Tavares
Data: 28 de Maio
Documentação e registro do panorama internacional, sobretudo da ingerência dos Estados Unidos no golpe de 1964.
Hércules 56 (2007)
Diretor: Silvio Da-Rin
Data: 25 de Junho
Documentário que registra as negociações e a libertação de presos políticos brasileiros em troca do embaixador Americano sequestrado.
Marighella (2012)
Diretor: Isa Grinspum Ferraz
Data: 30 de Julho
Documentário sobre a vida de um dos maiores líderes da luta armada, traz testemunho de sua viúva Clara Charf, do filho e de companheiros de militância na Aliança Nacional Libertadora (ALN).
Araguaya – A Conspiração do Silêncio (2004)
Diretor: Ronaldo Duque
Data: 27 de Agosto
Longa-metragem de ficção baseada em pesquisa empreendida pelo realizador e roteirista Ronaldo Duque sobre a Guerrilha do Araguaia. A Ditadura Militar descobre o movimento guerrilheiro em 1972, e durante três campanhas militares brutalmente assassina a maior parte dos membros da guerrilha e massacra e tortura a população local.
Cidadão Boilesen (2009)
Diretor: Chaim Litewski
Data: 24 de Setembro
Documenta a vida do alto executivo da Ultragás, dinamarquês naturalizado brasileiro, que, além de financiar generosamente a tortura, também gostava de participar dela, e que acabaria por ser justiçado pelos guerrilheiros.
Chão de Fábrica (2018)
Diretor: Renato Tapajós
Data: 29 de Outubro
O filme conta a história da luta dos trabalhadores brasileiros desde 1978 até os dias atuais, com enfoque no movimento sindical, naquilo que ficou conhecido como o Novo Sindicalismo.
Democracia em Preto e Branco (2014)
Diretor: Pedro Asbeg
Data: 26 de Novembro
A importante participação do Esporte Clube Corinthians na redemocratização e na campanha das Diretas Já. Sócrates e Casagrande à frente, apareceram em campo fazendo abertamente propaganda dessas duas causas. Lutaram também pela democratização interna do time e do clube.
Tancredo – A Travessia (2010)
Diretor: Silvio Tendler
Data: 3 de Dezembro
Documenta a participação de destaque desse político na campanha das Diretas Já, indo até sua eleição indireta para a Presidência da República e falecimento antes de ocupar o cargo.
PARA ACESSAR INFORMAÇÕES SOBRE AS OUTRAS MOSTRAS CLICK NOS LINKS A SEGUIR:
GALERIA DE FOTOS E VÍDEOS: V MOSTRA DE CINEMA BRASILEIRO – CINE DIGAAI – 2021
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por alvaroelima | set 2, 2020 | Realizados
O Show Tem Que Continuar – Um Festival Solidário Em Apoio Aos Artistas Brasileiros – (2020 – 2021)
O fundador do digaai (www.digai.com) Alvaro Lima em parceria com o músico e compositor Tarciso Alves da produtora Forró in Boston (www.forroinboston.com) e o membro do digaai Felipe Motta, criaram o projeto ” O Show Tem Que Continuar.” Com o isolamento e distanciamento provocado pela crise do coronavírus, criamos este programa para apoiar os artistas imigrantes brasileiros residentes em Massachusetts e alegrar os nossos fins de semana com apresentações artísticas. Os artistas inscritos se apresentam na Fanpage do digaai. Cada artista recebe um cache de $100 além das contribuições vindas dos internautas.
O digaai levantou recursos junto a Boston Foundation, o Eastern Bank, e o Escritório de Artes e Cultura da Prefeitura de Boston para apoiar os artistas brasileiros que nesse momento difícil se encontram sem condições de fazer aquilo que amam – música, teatro, show – Arte.
100% dos fundos levantados são destinados diretamente aos artistas!
Todos os sábados e domingos a partir de 16 de Maio 2020 artistas brasileiros das diversas linguagens se apresentaram na Fanpage do digaai para nos trazer mais pertos uns dos outros nestes tempos de afastamento social mostrando, que o que nos une é a nossa proximidade cultural. Contribuímos para com eles enquanto eles nos embalam com a sua arte, nos distraem e continuam nos fazendo comunidade.
Estamos fisicamente separados mas culturalmente juntos. O Show Tem Que Continuar!
Até o presente momento, Abril de 2021, 50 artistas brasileiros já se apresentaram em três temporadas. A primeira temporada do projeto envolveu 24 artistas brasileiros da região de Massachussets que puderam levar seus talentos e alentos aos lares brasileiros em tempo de pandemia. Dentre músicos, cantores, contadores de histórias, pintores, o projeto conseguiu apoiar diversas manifestações artísticas e uniu a comunidade brasileira em prol da arte e o apoio mútuo em tempos tão difíceis. Entre os artistas da primeira fase estavam: Tarciso Alves (músico); Simoneide Almeida (stand up); A família Holz, Fernando (músico), Shophia (cantora), Edel (arte cênica); Paulo Feitoza (músico); Fernanda Vieira (literatura indígena); Rejane De Musis (contação de histórias); Diogo Amorim (recital de piano); Marcus Santos (percussão brasileira); Andreza Moon (live painting); Ian De Musis (MPB contemporânea); Robson Lemos (show Brazil Wood); Júlio Santos (percussão brasileira); David Ramos (moderna MPB); Kadoo Pinheiro (programa Tutti Frutti); Ilza Da Silva (pintura); Debbie Pedroso (pintura).
O espaço digaai tem se destacado no apoio a diáspora brasileira nos Estados Unidos e suas diversas manifestações culturais. Na sua segunda temporada, o projeto contou com outros dezoito artistas. Alguns dos artistas da primeira edição se apresentaram com sues convidados especiais. Esta segunda fase teve início em 3 de outubro de 2020 e seguiu o mesmo calendário dos sábados e domingos..
A segunda fase do projeto conta outra vez, com a coordenação de Felipe Motta e Traciso Alves e conta com o patrocínio do Escritório de Artes e Cultura da Prefeitura de Bostons. Dez dos artistas que se apresentaram na primeira fase convidaram novos artistas para participarem desta fase com eles. Entre os convidados estavam: Tarciso Alves (músico), Fábio Peixoto (músico), Rejane De Musis (contação de histórias), Luciano Oliveira (cardápio sonoro), Fernando Holz (músico), Ari Mendes (músico), Leila Ribeiro (artes cênicas), Simoneide Almeida (stand up), David Ramos (músico), Marcelo Silva (músico), Ian De Musis (MPB contemporânea), Edel Holtz (arte cênica), Fernanda Vieira (literatura indígena), Ariane Andrade (literatura), Gustavo Groen (piano e voz), Diogo Amorim (piano e synths), e Lais Ribeiro (maquiagem).
A terceira temporada deste projeto contou com a parceria da plataforma Mostre Sua Cara criada pelos artistas visuais Sid Degois e Margarette Mattos. Ainda sob o patrocínio do Escritório de Artes e Cultura da Prefeitura de Boston foram convidados outros dez artistas que fizeram apresentações individuais. Entre os artistas desta fase do projeto estão Alverson de Souza (corista), Josias Monteiro (artista visual), Lyria Garcia (fotógrafa), Margarette Mattos (artista visual), Renata Costa (escritora), Fernando Araújo (ator), Vanessa Lara (fotógrafa), Wanderson Terterelho (dançarino), Nina Torres (multi artista) e Ricardo Nassif (artista visual).
GALERIA DE FOTOS – PRIMEIRA TEMPORADA
GALERIA DE VÍDEOS – PRIMEIRA TEMPORADA:
por alvaroelima | fev 27, 2020 | Realizados
A Mostra Digaai de Cinema Brasileiro exibe filmes brasileiros e promove debates sobre a sociedade e cultura do Brasil. A idéia é integrar ao debate a comunidade imigrante brasileira, convidados de outras nacionalidades econtextos culturais, buscando gerar consciência sobre as diferentes identidades que convivem no espaço urbano de Boston e arredores.
Em 2020, a Mostra Digaai de Cinema Brasileiro, na sua quarta edição, exibiu filmes que contam com a presença de personagens femininos ou de filmes dirigidos por mulheres, uma forma de celebrar os 25 anos do Grupo da Mulher Brasileira.
Este evento é uma parceria entre o Digaai e o Grupo da Mulher Brasileira (GMB), com o apoio do Consulado Geral do Brasil em Boston.
O GMB foi fundade em 1995 por um grupo de mulheres imigrantes brasileiras de diversas raças e classes sociais. As mulheres espravam “fazer a diferença” na comunidade em geral, incentivando ses membros a defender seus direitos nos Estados Unidos.
A missão do Grupo da Mulher Brasileira ee promover o empoderamento da mulher e da comuniadde brasileira na área de Boston.
As sessões são gratuitas e ocorrem na primeira sexta-feira de cada mês, às 19 horas, no Espaço Digaai. Todos os filmes são apresentatdos com legendas em inglês.
LISTA DE FILMES:
Democracia em Vertigem – é um documentário brasileiro de 2019 dirigido por Petra Costa, que retrata os bastidores do impeachment da presidenta do Brasil Dilma Rousseff, o julgamento de seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva, o pleito que elegeu o candidato de extrema-direita Jair Bolsonaro e a crise político-econômica no país.
Central do Brasil – a amarga ex-professora Dora ( Fernada Montenegro), se sustenta ouvindo pessoas analfabetas que querem escrever cartas para suas famílias e embolsar o dinheiro sem nunca enviar os envelopes. Um dia, Josué (Vinícius de Oliveira), filho de 9 anos de um dos clientes, é deixado sozinho quando sua mãe morre em um acidente de ônibus. Dora se junta ao menino em uma viagem para encontrar seu pai desaparecido. O filme é dirigido por Walter Sales.
Carmen Miranda Banana is My Business – é um documentário de 1995 filmado e dirigido e escrito por Helena Solberg. O documentário narra a vida e a carreira de Carmen Miranda, o símbolo hollywoodiano do espírito latino-americano na década de 1940.
Mulheres da Terra – conta a história de uma jovem mulher que inicia uma jornada para se tornar parteira viajando por Comunidades indígenas, quilombolas e rurais no Nordeste do Brasil. Nessa caminhada, Mayara conhece três mulheres que lhes mostram a importância de sua profissão para a comunidade onde vivem. Por meio de seus trabalhos, rituais, dificuldades e devoção, elas nos ensinam como a sabedoria do passado pode curar o futuro.
O Processo – o filme documenta o julgamento de Dilma Rousseff, com foco na equipe de defesa, que luta para provar sua inocência contra o voto majoritário de um congresso corrupto. O filme apresenta a história pessoal de Dilma: ela própria presa e torturada pela ex-ditadura militar, agora enfrenta impeachment acusada de crimes fiscal. Rousseff se declara inocente e acusa a oposição de direita de perpretar um golpe de estado parlamentar. O filme é dirigido por Maria Ramos.
Maria Bethânia: Pedrinha de Aruanda – filme de Andrucha Waddington é um registro singular que tem como ponto de partida a comemoração do aniversário de sessenta anos da cantora, celebrados durante uma apresentação em Salvador e uma missa em Santo Amaro, sua cidade natal, em 2006. É na casa onde a artista passou sua infância e adolescência que acontece o ápice do filme: a seresta familiar na varanda, com a participação de sua mãe, Dona Canô, do irmão, Caetano Veloso, e do violonista e maestro Jaime Alem, entre outros.
Elena – é um documentário de 2012 dirigido por Petra Costa. A obra é baseada na vida de Elena Andrade – irmã mais velha de Petra, que havia se mudado para Nova Iorque com o sonho de ser atriz. O roteiro é de autoria de Petra Costa e Carolina Ziskind, depoimentos, ensaios fotográficos, imagens de arquivo e entrevista com a diretora, o primeiro documentário longa metragem de Petra.
Tieta do Agreste – dirigido por Cacá Diegues, com Sônia Braga, Marília Pêra, Chico Anísio, e Cládia Abreu. Justamente quando a família começa a acreditar de qela está morta e que podem esperar uma rica herança, Tieta retorna de São Paulo para sua terra natal Santana do Agreste na Bahia, da qual havia sido froçada a sair há algum tempo depois de ser expulsa pelo seu pai em frente da população local. O filme é baseado na obra de Jorge Amado.
A Vida Invisível – é um filme dramático co-produzido internacionalmente em 2019 dirigido por Karim Ainouz baseado no romance de 2016, The Invisible Life of Eurídice Gusmão de Martha Batalha. O filme ganhou o prêmio principal. Foi também selecionado como a entrada brasileria de longa metragem internacional no 92º Oscar mas não foi indicado.
Gabriela, Cravo e Canela – o cenário principal é a Bahia. Em 1925, uma retirante chamada Gabriela (Sônia Braga) chega a Ilhéus, fugindo de uma das maiores secas da história do Nordeste. Com sua beleza e sensualidade, ela conquista a todos os homens da cidade, especialmente Nacib, o proprietário do bar mais popular da região. Gabriela vai trabalhar para Nacib e os dois iniciam um relacionamento que fica tão intenso que eles acabam por se casar. Porém, tudo muda quando Gabriela o trai com Tonico Bastos, o maior mulherengo e conquistador da cidade. O filme se baseia no livro de Jorge Amado Gabriela, Cravo e Canela, lançado em 1958.
Xica da Silva – é um filme de 1976, dirigido por Cacá Diegues, com Zezé Motta e Walmor Chagas nos papéis principais. O filme é baseado no livro homônimo de João Felício dos Santos que conta a história do representante da Coroa Portuguesa, João Fernandes que apaixona-se pela escrava negra Xica da Silva e a transforma na Rainha do Diamante, satisfazendo todos os seus desejos extravagantes.
A Hora da Estrela – é um filme sobre o livro homônimo de Clarice Lispector em que acompanhamos a vida da personagem Macabéia, uma imigrante nordestina que vive em São Paulo e trabalha como datilógrafa. Trata-se de uma das obras mais famosas da escritora Clarice Lispector.
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GALERIA DE FOTOS E VÍDEOS: IV MOSTRA DE CINEMA BRASILEIRO – CINE DIGAAI – 2020
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por alvaroelima | fev 23, 2020 | Realizados
Conversa com o Xerife do Condado de Suffolk
O Departamento do Condado de Suffolk, que serve as cidades de Boston, Revere, Chelsea, e Winthrop, é o maior no estado de Massachusetts e o décimo sexto dos 3,085 departamentos nos Estados Unidos.
A cobertura do evento foi feita pelo Brazilian Times na sua edição impressa além de entrevista ao vivo concedida pelo Xerife ao Brazilian Times que pode ser acessada na página do jornal no Facebook. A integra da cobertura impressa do evento pode ser encontrada no link abaixo.
Participaram do evento representantes de várias organizações não governamentais brasileiras de Massachusetts, representantes do Consulado Geral do Brasil em Boston, advogados brasileiros bem como membros da comunidade brasileira.
por alvaroelima | fev 17, 2020 | Realizados
Workshop – Percepção e Prática de Ritmos de Forró
Tarciso Alves é cantor, compositor, e percussionista especializado em Forró do Nordeste do Brasil. Ele cresceu no estado de Pernambuco, mergulhado nas tradições musicais da região, na dança de forró e na poesia de palavras faladas. Estudou canto clássico no Conservatório de Música de Pernambuco e se formou em Ensino de História na Universidade Federal de Pernambuco.
O forró é uma dança popular de origem nordestina. Esta dança é acompanhada de música, que possui o mesmo nome da dança. A música de forró possui temática ligada aos aspectos culturais e cotidianos da região Nordeste do Brasil. A música de forró é acompanhada dos seguintes instrumentos musicais: triângulo, sanfona e zabumba.
Desde que se mudou para Boston em 2017, Tarciso promove a música brasileira de forró na região de Boston, Nova York, Costa Oeste e Canadá.
Oficina de Percussão Forró:
Uma introdução às origens do gênero Forró e sua musicalidade onde você aprende sobre a variedade de ritmos como Baião, Forró e Xote.
Instrutor – Tarciso Alves / Contribuição: $ 15
Espaço Cultural Diga Aí – 151 Pearl Street, Boston
e-mail: [email protected]
tel: 1 857 320 5588
por alvaroelima | fev 7, 2020 | Realizados
Nascida em São Paulo, Cristine Lang vive atualmente nos Estados Unidos. Além de escritora Cristine é CEO da Editora UniVerse Stars Publishing. Cristine começou a escrever letras de músicas, poemas e poesias aos 14. Aos 16, escreveu seu primeiro roteiro de filme musical e aos 17 o segundo. Aos 18, foi convidada para ser roteirista de um documentário cultural, e assim, ela iniciou sua carreira com muito sucesso.
Autora de dois livros juvenis, lançou o primeiro romance: “Famosos Adolescentes” na Bienal do Livro de São Paulo em 2016, participou de um bate-papo com leitores na Livraria Saraiva, no Shopping RioMar em Recife – PE e realizou também, uma sessão de autógrafos no estande da Livraria Leitura, na Bienal do Livro de Brasília, que aconteceu no estádio Mané Garrincha em Outubro do mesmo ano. Em Dezembro de 2017, lançou seu segundo livro: “Mil Pais Para Uma Garota”, e durante toda sua trajetória literária, viajou para alguns Estados Brasileiros, divulgando sua obra e conquistando novos leitores em todo o Brasil.
A sessão de lançamento do livro “Mil Pais Para Uma Garota” aconteceu no Espaço Digaaí no dia 19 de Outubro de 2018 e contou com a realização de Kaado Pinheiro, diretor da PR Productions Theater and Movies USA, e também de vários parceiros, como Álvaro Lima e Sibia Keila. O evento reuniu vários membros da comunidade brasileira de Boston que tiveram a oportunidadede conversar com a autora durante a sessão de autógrafos.
“Mil Pais Para Uma Garota conta a história de Valerie, uma patricinha Californiana que adora passear por Beverly Hills com o seu gato de estimação chamado Wildy. Mesmo no meio de tanto luxo e glamour, a garota americana tem o desejo de descobrir quem é o seu verdadeiro pai, e para isso, ela passará por diversas situações engraçadas, sempre em busca do seu final feliz, como nos filmes”.
IMPRENSA:
https://www.braziliantimes.com/entretenimento/2018/10/12/mil-pais-para-uma-garota.html
https://www.braziliantimes.com/comunidade-brasileira/2018/10/29/sessao-de-lancamento-do-livro-juvenil-mil-pais-para-uma-garota-reuniu-personalidades-brasileiras-e-americanas.html
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por alvaroelima | fev 6, 2020 | Realizados
Lançamento do documentário “O Pantanal é o Império Serrano” no Espaço Digaai com a presença do roteirista e diretor Jorge Coutinho que neste documentário prestou uma uma merecida homenagem ao G.R.E.S Império Serrano, símbolo da história do samba.
A PR Productions Theater and Movies USA, através do seu diretor Kaado Pinheiro, trouxe do Brasil para a América um grande presente para toda comunidade artística brasileira que reside em Massachusetts, a vinda do ator, cineasta e presidente do SATED (Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Rio de Janeiro), Jorge Coutinho, que está nos Estados Unidos para divulgar seu Filme Documentário: ” O Pantanal é Império Serrano “, no qual, além de Diretor ele também assina o Roteiro.
O documentário de longa duração com a narração de Milton Gonçalves, é uma homenagem ao povo pantaneiro, inspirado na poesia de Manoel de Barros, que originou o tema enredo: “Meu quintal é maior do que o mundo”, revelando em detalhes, como foi a fundação da escola de samba, os bastidores da criação do enredo, os ensaios, o desfile na Marquês de Sapucaí, a conquista do campeonato do grupo de acesso 2017, e a comemoração pela volta ao grupo especial.
A exibição do filme aconteceu no Espaço Digaaí, cujo responsável é Alvaro Lima, com o apoio do Consulado Brasileiro em Boston, representado pela Vice-cônsul, a senhora Maria Helena e o senhor Hugo Barbosa. O evento contou com a participação de artistas já
conhecidos pela comunidade, como Sheylla Kennedy, Simoneide deAlmeida, e o cineasta Joe Moreira.
A Coletiva de Imprensa foi realizada no Oliveira´s Restaurant in Everett, com a participação da carnavalesca sambista Vânia Samba, abrilhantando o evento. Entre perguntas e respostas, Coutinhorevelou uma ótima novidade para todos os artistas Brasileiros, que é a grande possibilidade de abrir uma representação do SATED RJ em Boston, algo que se realizado, irá beneficiar toda a classe artística, onde muitos artistas poderão ter o DRT, que é o registro profissional emitido pela Delegacia Regional do Trabalho e também poderem desfrutar dos serviços e benefícios oferecidos. O SATED RJ é filiado à FIA (Federação Internacional de Atores) e a UNI-MEI.
Para realizar os eventos, Kaado contou com a colaboração de sua assessora e escritora, Cristine Lang CEO da Editora UniVerse Stars Publishing e também com o apoio cultural de vários profissionais, como a Dra Sibia Keila (Life & Financial Coaching), Simone Mocelin (CEO da Eduque – Learning Center USA), e o apoio das grandes empresas que aqui estão: Majestic Motors, do Hotel Rodeway INN em Revere, da Chelsea Street Bakery, do Oliveira´s Restaurant, do Oasis Café & Bakery, Oasis Brazilian Restaurant e da Brasil TV Internacional.
Fonte: Cristine Lang (Foto: Lourival Filho e Fotos Mariana Hugueney David Cuevar)
Ficha Técnica:
Realização: Conchas Produções Artísticas
Roteiro e Direção: Jorge Coutinho
Narração: Milton Gonçalves
Produção: Carlos Conceição
Diretor de Fotografia: Duda Villaverde
Assistente de Fotografia: Ana Carolina Athayde
Câmeras adicionais: Ana Carolina Athayde e Leandro Mathiello
Legendas em inglês: Ana Carolina Helal
Arte Gráfica/Videografia: Diogo Anjos
IMPRENSA:
https://www.braziliantimes.com/entretenimento/2018/09/25/o-pantanal-e-imperio-serrano.html
https://solidarionoticias.com/lancamento-do-longa-documentario-o-pantanal-e-imperio-serrano/
http://muraldafama.com/lancamento-do-longa-documentario-o-pantanal-e-imperio-serrano/
GALERIA DE FOTOS:
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