Neoliberalismo e Trabalho Imigrante

Neoliberalismo e Trabalho Imigrante

Série de seis seminários sobre Neoliberalismo e o Trabalho Imigrante terá aula bônus disponível a partir do dia 17/01. As inscrições estão abertas até o dia 20 de janeiro. Quem se inscrever após o dia 17 terá acesso ao conteúdo bônus, que será gravado e ficará disponível no Youtube.

Os seminários têm como objetivo abordar a migração de um ponto de vista estrutural ligado aos movimentos do capital, além de possibilitar um entendimento maior sobre o fenômeno transnacional. Os cursos também irão proporcionar um panorama da diáspora brasileira e explorar as ligações entre migração e desenvolvimento.

Os professores Márcio Pochmann, presidente do Instituto Lula, e

 Luís Vitagliano em parceria com Mariana Dutra, coordenadora do Instituto Diáspora Brasil e Álvaro Lima, diretor de pesquisas da Prefeitura de Boston e fundador do Instituto Diáspora Brasil irão conduzir o projeto com convidados. 

Os palestrantes abordam teorias que analisam fenômenos econômicos e outros fatores que geram fluxo migratório. 

Com base nessas reflexões bastante contemporâneas, o Instituto Lula e o Instituto Diáspora Brasil propõem um seminário formativo. Apenas os inscritos terão acesso às apresentações. Posteriormente elas serão disponibilizadas no Youtube de forma gratuita. Quem pretende se aprofundar nessas questões, é hora de se inscrever, acompanhar os debates, fazer as leituras e participar dos chats de discussão. 

 

Como funciona o curso:

As aulas vão acontecer na plataforma Zoom todos os sábados às 12h, exceto a aula bônus do dia 17, que será em uma terça-feira às 13h. As inscrições encerram no dia 20 de janeiro. A aula bônus ficará gravada para ser assistida no momento que a pessoa inscrita no curso desejar. Para se inscrever.  

Programação

 

17 de janeiro: Peggy Levitt- Proteção Transnacional Social: Estabelecendo Uma Agenda

 

04 de fevereiro: Vinicius Kauê Ferreira – “Brain Drain” ou “Brain Circulation” 

 

25 de fevereiro: Alvaro Lima – Transnacionalismo: Um Novo Modelo de (Re)Integração das Populações Imigrantes

 

11 de março: Alex Guedes Brum – Políticas de Vinculação do Estado Brasileiro Para Suas Comunidades no Exterior

 

25 de março: Marcio Pochmann – Regimes de Acumulação e Fluxos Migratórios

 

08 de abril: Aviva Chomsky – How Immigration Became Illegal

 

22 de abril: Ricardo Antunes – Ilegalidade da força de trabalho migratória e expropriação do capital

  

Quando: De 17 de janeiro a 22 de abril de 2022

Onde: Plataforma Zoom

Valor: Gratuito 

Público: Pesquisadores, estudantes, lideranças comunitárias e demais interessados

Brasileiros na Flórida

BRASILEIROS NA FLÓRIDA "Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis aute...

Brasileiros na Califórnia

Segundo o Censo americano de 2000, existiam na Califórnia cerca de 22.931 brasileiros pondo este estado como o estado com a terceira maior concentração de brasilerios nos Estados Unidos. Ainda segundo o Censo de 2000, 13.000 brasileiros viviam na região da grande Los Angeles e 9.000 na região de São Francisco…

Peggy Levitt: Proteção Trasnnacional Social - Estabelecendo Uma Nova Agenda

 

A primeira aula do ciclo de seminários “Outro olhar sobre o Neoliberalismo e Trabalho Imigrante”, oferecido pelo Instituto Lula e Instituto Diáspora Brasil, abordou o fenômeno migratório do ponto de vista estrutural ligado ao movimento do capital. 

Ministrado pela professora e chefe do departamento de Sociologia do Wellesley College, Peggy Levitt, a aula também contou com a participação do presidente do Instituto Lula, Márcio Pochmann, e do professor Luís Vitagliano. Mariana Dutra, coordenadora do Instituto Diáspora Brasil, e Álvaro Lima, diretor de pesquisas da Prefeitura de Boston e fundador do Instituto Diáspora Brasil, também participaram do debate. 

Novo Contexto de Proteção Social

Hoje, o neoliberalismo e a austeridade mudaram a expectativa em relação ao Estado como um garantidor da proteção básica. Fundos reguladores internacionais, como o FMI, pedem que os países aumentem a austeridade e as medidas econômicas para reduzir os seus déficits. Tais medidas, explica Levitt, estimulam o declínio do estado de bem-estar social.

“Nossa tarefa é falar das responsabilidades e das injustiças sociais no mundo global. Quem vai ser emancipado e protegido pela questão transnacional e quem vai ficar para trás. E como podemos fazer para que as pessoas que ficaram para trás prosperem também”, reflete Levitt. 

O seminário “Proteção Transnacional Social: Estabelecendo uma Agenda”, ministrado por Peggy Levitt, busca oferecer uma visão mais ampla sobre proteção social transnacional e como ela afeta membros de uma família e comunidades. 

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Do Brain Drain às Redes Científicas Globais - Perspectivas Para a Século XXI

Este seminário irá discutir as possibilidades que pesquisadoras/es que migram oferecem para o desenvolvimento científico dos seus países de origem e de destino. Discutiremos também os desafios vividos por estudantes do programa Ciências Sem Fronteiras, perspectiva de desconstruir a “fuga de cérebros” e no lugar dela, construir uma agenda baseada na “circulação de cérebros”.

Vinicius Ferreira é Professor no Departamento de Antropologia e no Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais da UERJ. Doutor e mestre em Antropologia Social pela École des Hautes Études en Sciences Sociales de Paris, França. Pesquisador Associado do Laboratoire d’Anthropologie Politique (LAP) da École des Hautes Études en Sciences Sociales. Desenvolve pesquisas sobre transformações do campo científico global, com ênfase nas circulações acadêmicas internacionais entre Norte e Sul. É editor-fundador da Revista Novos Debates da ABA, co-chair da Commission on Migration da IUAES e co-chair da Task Force on Precarity da WCAA.

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Alvaro Lima: Transnacionalismo - Um Novo Modelo de (re)integração das Populações Imigrantes

“Transnacionalismo: Um Novo Modelo de (Re)Integração das Populações Imigrantes” busca entender esta nova dinâmica em que os imigrantes envolvem-se em atividades além-fronteiras, e através destas constroem “campos sociais” (social fields) relativamente estáveis, duráveis, e densamente interligados que atrelam países de origem e destino, através da circulação de idéias, informações, produtos, e dinheiro, além do movimento de pessoas. Em qualquer momento, estão firmemente assentados num lugar particular – Boston, por exemplo – mas suas vidas diárias estão vinculadas e dependentes de pessoas e recursos localizados em outros países. 

Alvaro Lima é Diretor de Pesquisas da Prefeitura de Boston e Fundador do Instituto Diáspora Brasil . Recentemente, ele atuou como Senior Vice-presidente e Diretor de Pesquisas da Initiative for a Competitive Inner City (ICIC), uma organizacão fundada pelo Professor Michael Porter da Universidade de Harvard. Economista com Mestrado na New School for Social Research em Nova York, foi chefe do Departamento Econômico do Ministério da Indústria e Energia em Moçambique e Coordenador de Projetos de Desenvolvimento Regional do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico a Social (IPARDES) en seu país natal, Brasil.

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Alex Guedes Brum: Políticas de Vinculação do Estado Brasileiro

Doutor em História e Política pela Fundação Getulio Vargas e mestre em Estudos Estratégicos da Defesa e da Segurança pela Universidade Federal Fluminense, Alex é autor do livro “Brasileiros no exterior: o caso da Flórida” e pesquisa as políticas de Argentina, Brasil e México para os emigrantes e seus descendentes no exterior.

Aviva Chomsky: Como a Imigração Tornou-se Ilegal

Aviva Chomsky é professora e coordenadora do Centro de Estudos Latino Americanos da Salem University, EUA. Trabalha com o tema da imigração, trabalho indocumentado nos EUA, incorporando temas do colonialismo, desenvolvimento econômico, migração, raça e gênero. 

Entre 1976 and 1977, Chomsky trabalhou para o sindicato United Farm Workers. Em 1982, ela se formou em Espanhol e Português na University of California at Berkeley. Chomsky tem um mestrado e Ph.D. em história. 

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Ricardo Antunes - Ilegalidade da Força de Trabalho Migratória e Expropriação do Capital

Ricardo Antunes é Professor Titular de Sociologia no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UNICAMP. Antes, foi professor da FGV-SP e da UNESP. Publicou 13 livros no exterior, dentre eles: Farewell to work? (Brill, Holanda/Inglaterra (2022); Haymarket, EUA, 2022); Capitalismo virale (Castellvechi, Itália, 2021; Viraler Kapitalismus, Áustria, Konturen, 2022); Il Privilegio della Servitù (Punto Rosso, Itália, 2020); Politica della Caverna (Castelvecchi, Itália, 2019); The Meanings of Work (Holanda/Inglaterra, Brill/HM Book Series/FAPESP, 2013; EUA (Haymarket Books, 2013); Itália (Jaca Book, 2006 e Punto Rosso, 2017); Portugal (Almedina, 2013), Índia (Aakar Books, Delhi, 2015) e Argentina (Herramienta, 2013, 2a. edição), a partir da edição original publicada pela Boitempo; Addio al lavoro? (Trieste, 2019, nova edição revista, atualizada e ampliada; Edizioni Ca?Foscari, Veneza, 2015 e Biblioteca Franco Serrantinui, 2002), publicado também na Espanha, Argentina, Colômbia e Venezuela, a partir da edição original da Ed. Cortez.

Foi Professor convidado do Master sull? Immigrazione, Fenomeni Migratori e Trasformazioni Sociali da Universidade Ca?Foscari de Veneza/Itália e também Membro do Comitê Científico deste curso, desde 2009 até seu encerramento em 2021 Foi Visiting Professor na Universidade de Coimbra (2019); na Universidade Ca?Foscari de Veneza (2017), onde ministrou a “laurea magistrale” História da Sociologia Crítica; Visiting Professor da Universidade de Coimbra (2019) e Visiting Research Fellow na Universidade de SUSSEX, Inglaterra (1997/8). Ministrou cursos de pós-graduação e graduação e conferências em várias universidades na Europa (Itália, Espanha, França, Inglaterra, Portugal, Suíça); na América do Norte (EUA); América do Sul (Argentina, Uruguai, Chile, Venezuela, Equador, Colômbia, Guatemala, Costa Rica, Cuba) e na Ásia (China e Índia).

This presentation speaks to the large process of capital’s productive restructuring, triggered in the 1970s—a process with tendencies to both intellectualize labour power and increase the levels of the working class’ precariousness on a global scale.

The hypothesizes is that instead of work’s loss of centrality in contemporary capitalism, when the world of production is analyzed in its global dimension, including countries in the North and South, a substantial process of growing heterogeneity, complexity, and fragmentation is observed. The resulting configuration is a new morphology of the working class. Therefore, as new mechanisms are created to generate surplus labour, there is, simultaneously, an increment in casualization and unemployment, pushed by the ongoing corrosion of labour rights in countries all across the globe.

 

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Márcio Pochmann - Regimes de Acumulação e Fluxos Migratórios

Marcio Pochmann é Doutor em Ciências Econômicas e professor titular do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas e autor de mais de 60 livros sobre economia, trabalho, sociedade e políticas públicas. Além da atuação como pesquisador no Brasil e no exterior, acumulou experiências na gestão pública como secretário do Desenvolvimento, Trabalho e Solidariedade da cidade de São Paulo e presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília.

Pochmann foi pesquisador visitante em universidades da França, Itália e Inglaterra. Como consultor, trabalhou no Serviço Brasileiro de Apoio às Micro Empresas (Sebrae), na Federação das Indústrias do estado de São Paulo (Fiesp) e em órgãos das Nações Unidas, incluindo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal).

 Em 2012, Pochmann concorreu à prefeitura de Campinas recebendo no primeiro turno 28,6% dos votos. Seu oponente, Jonas Donizette, foi eleito no segundo turno com 57,7% dos votos válidos. Pochmann concorreu novamente a prefeitura de Campinas obtendo desta feita 15% dos votos, ocupando o terceiro lugar da disputa, sendo superado por Donizette e Artur Orsi. Nas eleições estaduais de 2018, concorreu a uma vaga na Câmara dos Deputados não obtendo votação suficiente para ser eleito, alcançando 53.261 mil votos.

Em 2012, o Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores nomeou Pochmann como presidente da Fundação Perseu Abramo, exercendo mandatos. Hoje, ocupa a posição de Presidente do Instituto Lula.

Foi agraciado com o Prêmio Jabuti em 2002.

 

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Eleições Presidenciais Brasileiras no Exterior (1989 – 2022)

A participação dos emigrantes no processo político dos seus países de origem, seja pelo exercício do voto ou pela capacidade de concorrer a cargos eletivos, é expressão do aumento significativo da migração internacional e das crescentes atividades transnacionais destes emigrantes.
O livro Ausente & Presente: O Voto…

Visualizing the Brazilian Diaspora in the U.S.

This project was developed in partnership with Boston University’s Spark Lab. The Spark Lab is a technology incubator and experimental learning lab for student-led computational and data driven projects at Boston University.
As part of the CS 506 class, students Junhe Chen, Haoyu Zhang, and Hui Li, under…

Brasileiros Mundo Afora: Quem e Quanto Somos, Porque Emigramos, Onde Vivemos, Porque Retornamos e Quanto Contribuímos

Historicamente, o Brasil pode ser considerado um país receptor de população. Ao longo da sua história acolheu imigrantes de vários países do mundo. De 1822 até 1949 o país recebeu cerca de cinco milhões de imigrantes, sobretudo portugueses, italianos e espanhóis além de japoneses, alemães, poloneses e sírio–libaneses. Pode-se identificar esse fluxo em três grandes correntes …

Brazilian Emigration to North America – Bibliography

Para Entender a Emigração Brasileira para a América do Norte

Bibliografia Preparada por Maxine L. Margolis

(atualizada por Marcio de Oliveira e Alvaro Lima)

Albues, Teresa
1995  O Berro de Cordeiro em Nova York. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

 Allen, James P. and Eugene Turner
2004  “ Boston ’s Emerging Ethnic Quilt: A Geographic Perspective.” Paper presented at the Annual Meeting of the Population Association of America , Boston , April.

Alves, José Claudio Souza and Lúcia Ribeiro
2002  “Migracão, Religião e Transnacionalismo: O Caso dos Brasileiros no Sul da Flórida.” Religião e Sociedade, 22 (2): 65-90.

Andreazzi, Luciana
2004  “Brazilian Immigrants: The Ecological Matrix of Social Exchange Resources & Vulnerabilities.” Paper presented at the Conference on Brazilians in the U.S. : Another Invisible Latino Diaspora. Aliança Brasileira nos Estados Unidos, Central Connecticut State University, New Britain, April 16.

Araujo, Joceli and Eryck Duran
in press  O Manuel do Migrante.

Assis, Glaúcia de Oliveira
1995  Estar Aqui, Estar Lá…Uma Cartografia da Vida em Dois Lugares. M.A. thesis in Social Anthropology, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.

1995  “Estar Aqui, Estar Lá…O Retorno dos Imigrantes Valadarenses ou a Construção de uma Identitdade Transnacional?” Travessia – Revista do Migrante 22 (8):8-14.

2000  Os Novos Fluxos da População Brasileira e os Rearranjos Familiares e de Gênero, XXIV Encontro Anual da Anpocs, Petrópolis, Rio de Janeiro.

2001  “Emigrantes Brasileiros para os EUA e a (Re)Construção da Identidade Etnica.” In Raízes e Rumos: Perspectivas Interdisciplinares em Estudos Americanos. Sonia Torres, (ed.). Rio de Janeiro: Editora 7 Letras, pp.199-211.

2003  “De Criciúma para o Mundo—Os Novos Fluxos de População Brasileira: Gênero e Rearranjos Familiares.” In Fronteiras Cruzadas: Etnicidade, Gênero e Redes Sociais. Ana Cristina Martes Braga and Soraya Fleischer (eds.). São Paulo: Editora Paz e Terra, pp. 199-230.

2004  “De Criciúma para Boston: Tecendo Redes Familiares na Migração International.” In Psicologia, E/Imigração e Cultura. Sylvia Dantas DeBiaggi and Geraldo José de Paiva (eds.). São Paulo: Casa de Psicólogo Livraria e Editora Ltda, pp. 111-133.

Assis, Glaúcia de Oliveira and Elisa Massae Sasaki
2001  “Novos Migrantes do e Para o Brasil: Um Balanço Bibliográfica.” In Migrações Internacionais: Contribuições Para Políticas. Brasilia: Comissão Nacional de População e Desenvovimento, pp. 615-647.

Assis, Gláucia de Oliveira and Siqueira, Sueli
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Onde a Comida “Não Tem Gosto”: Estudo Antropológico das Práticas Alimentares de Imigrantes Brasileiros em Boston. Dissertação de Mestrado. Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Universidade de Santa Catarina. Brasil.

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1996-97 “A Nova Politica de Assistência aos Brasileiros no Exterior.” Revista Politica Externa 5 (3).

Barrow, Anita
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Belchior, Neto

1990  Aventureiros do Dólar: Romance de Amor entre os Emigrantes para os Estados Unidos. Belo Horizonte: Imprensa Oficial.

Beserra, Bernadete
2003  Brazilian Immigrants in the United States: Cultural Imperialism and Social Class. New York: LFB Scholarly Publishing 

2005  “From Brazilians to Latinos? Racialization and Latinidad in the Making of Brazilian     Carnival in Los Angeles .” Latino Studies 3 (1): 53-75.

2005 Brasileiros nos Estados Unidos: Hollywood e Outros Sonhos. Fortaleza: Editora UFC.

Bicalho, José Vitor
1989 Yes, Eu Sou Brazuca. Governador Valadares, Minas Gerais: FUNSEC.

Boas, Sérgio Vilas
1997  Os Estrangeiros do Trem N. Rio de Janeiro: Editora Rocco. 

Botelho, Paula 
2004  “In the Service of the Community: The Roles of the Brazilian American Church in Reconstructing Identity.” National Association of African American Studies

and Affiliates (NAAAS), 2004 Monograph Series, volume II.

Brazil Watch
1996  “Brazilians Overseas. The Rising Tide of Brazilian Emigration is Impacting Foreign Markets and Even the Balance of Payments.” Brazil Watch 13 (21): 7-10. 

Brasileiros no Oriente Médio

As populações de brasileiros no Oriente Médio são bastante pequenas e concentradas em poucos países. Israel, com 20.000 brasileiros e o Líbano com 5.000 representam respectivamente (62,7%) e (15,7%) da população brasileira do Oriente Médio. …

Brasileiros na Bolívia

Segundo o Ministério das Relações Exteriores cerca de 50.100 brasileiros viviam na Bolívia em 2010. A base de dados do IMILA (Investigação de Migração Internacional da América Latina) indica que a população brasileira imigrante na Bolívia era de 8.492 pessoas em 1976, ou 14,62 por cento da população imigrante do país.

Brasileiros no México

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil estima a população brasileira residente no México em 15.000 pessoas.

Brasileiros na Argentina

A migração brasileira para a Argentina tem por um lado um caráter rural, direcionado principalmente para a província de Missiones e constituído majoritariamente por trabalhadores e pequenos proprietários agrícolas, e por outro, um caráter urbano, voltado para a Região Metropolitana de Buenos Aires composta …

Brasileiros na Espanha

Entre a segunda metade do século XIX e começo do século XX, houve uma grande emigração de espanhóis para a América Latina sendo o Brasil o terceiro país de maior destino destes. Este processo se inverte na década de 80 com o Brasil enviando um número crescente de seus cidadãos pra aquele país.

Bretas, Angela 
2006 “Brava Gente Brasileira em Terras Estrangeiras,” Vol. II. São Paulo: Editora Scortecci.

Brown, Peter
2005  “Understanding Brazuca ‘Fragmentation:’ A Qualitative Study of Brazilian Immigrants and Their Community in Boston, Massachusetts.” Paper presented at the National Congress on Brazilian Immigration to the United States, David Rockefeller Center for Latin American Studies, Harvard University, Cambridge, March 18-19. 

2005  The Ambivalent Immigrants: Brazilians and the Conflict of Ethnic Identity. Senior Honors Thesis in Sociology and Brazilian and Portuguese Studies, Harvard University.

Brum, Alex G.
2018  As Políticas de Vinculacão do Brasil Para os Brasileiros e Seus Descendentes no Exterior. O Social em Questão, Ano XXI, nº 66, p. 21-32.

Cavalcanti, Leonardo and Tonhati, Tânia (orgs.)
Dicionário Crítico de Migrações Internacionais . Brasília: editora da UnB, p. 83-88. 

Carvalho, José Alberto Magno de

1996  “O Saldo dos Fluxos Migratórios Internacionais no Brasil na Década 80: Uma Tenativa de Estimação.” Revista Brasileira de Estudos de População 13(1):3-14.

Catholic Social Services of Fall River (CSS) & Brazilian Immigrant Association of Cape Cod & the Island (BIACCI)
2001  “Brazilian Survey Project, Cape Cod, and the Islands .” Mimeo.

Da Costa, Maria Teresa Paulino
2004  “Algumas Considerações Sobre Imigrantes Brasileiros na Jurisdição do Consulado Brasileiro de Nova York.” New York: Consulado Brasileiro. Mimeo.

in Press  “Some Considerations on Brazilian Immigrants Under the Jurisdiction of the Brazilian Consulate in New York .” In Brasileiros no Exterior: Caminhos da

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2004  “Brazilian Struggles and Victories in Massachusetts.” Paper presented at the Conference on Brazilians in the U.S.: Another Invisible Latino Diaspora. Aliança Brasileira nos Estados Unidos, Central Connecticut State University, New Britain, April.

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2002  Changing Gender Roles: Brazilian Immigrant Families in the U.S. New York: LFB Scholarly Publishing.

 

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Eleições Presidenciais Brasileiras no Exterior (1989 – 2022)

A participação dos emigrantes no processo político dos seus países de origem, seja pelo exercício do voto ou pela capacidade de concorrer a cargos eletivos, é expressão do aumento significativo da migração internacional e das crescentes atividades transnacionais destes emigrantes.
O livro Ausente & Presente: O Voto…

Visualizing the Brazilian Diaspora in the U.S.

This project was developed in partnership with Boston University’s Spark Lab. The Spark Lab is a technology incubator and experimental learning lab for student-led computational and data driven projects at Boston University.
As part of the CS 506 class, students Junhe Chen, Haoyu Zhang, and Hui Li, under…

Brasileiros Mundo Afora: Quem e Quanto Somos, Porque Emigramos, Onde Vivemos, Porque Retornamos e Quanto Contribuímos

Historicamente, o Brasil pode ser considerado um país receptor de população. Ao longo da sua história acolheu imigrantes de vários países do mundo. De 1822 até 1949 o país recebeu cerca de cinco milhões de imigrantes, sobretudo portugueses, italianos e espanhóis além de japoneses, alemães, poloneses e sírio–libaneses. Pode-se identificar esse fluxo em três grandes correntes …

Eleições Presidenciais Brasileiras no Exterior (1989 – 2022)

COMO VOTAM OS EMIGRANTES BRASILEIROS

Eleições Presidenciais Brasileiras no Exterior (1989 – 2022)

A participação dos emigrantes no processo político dos seus países de origem, seja pelo exercício do voto ou pela capacidade de concorrer a cargos eletivos, é expressão do aumento significativo da migração internacional e das crescentes atividades transnacionais destes emigrantes.

O  livro Ausente & Presente: O Voto Brasileiro no Exterior e a Necessidade de uma Reforma Eleitoral (Lima, 2022), investiga a participação dos emigrantes brasileiros no processo eleitoral brasileiro, as características do eleitorado brasileiro no exterior, seu nível de participação nas eleições anteriores e seus padrões de votação. Além destes aspectos, arrola, de forma bastante abreviada, algumas barreiras e impedimentos à participação plena dos brasileiros emigrantes no processo eleitoral brasileiro, abordando ainda, a necessidade de reformas eleitorais que garantam o sufrágio universal. Por fim, o livro inclui algumas sugestões sobre possíveis linhas de inquérito.

A análise tem caráter exploratório da série 1989, primeira eleição em que os emigrantes puderam votar, até a eleição de 2018. A eleição relizada este ano, 2022, aparece em análise separada. Os dados utilizados são oriundos  do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), referentes á Zona Eleitoral do Exterior (ZZ) que atende os brasileiros que possuem domicílio eleitoral fora do país. Para as estimativas da população brasileira, são dados do Ministério das Relações Exteriores (MRE). A composição demográfica da população emigrante foi extraída do Censo de 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE).

Acompanhando o livro, que pode ser baixado clicando a figura ao lado, a base de dados assim como uma visualização dos dados podem ser acessados nos links abaixo.

ELEIÇÕES BRASILEIRAS NO EXTERIOR (1989 – 2022) – PARA DADOS COMPLETOS  CLICK AQUI

PARA DADOS GEO-ESPACIAIS CLICK AQUI

PARA A APRESENTAÇÃO CLICK AQUI

REPOSITÓRIO DE DADOS ELEITORAIS  – TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL (STF):

https://www.tse.jus.br/eleicoes/estatisticas/repositorio-de-dados-eleitorais-1/repositorio-de-dados-eleitorais

IMPRENSA:

https://www.facebook.com/watch/live/?ref=watch_permalink&v=1174144140198558

Metropolitan News USA: Alvaro Lima lança livro sobre como vota o brasileiro no exterior

Uol: Zona eleitoral ZZ: o voto dos eleitores brasileiros no exterior

acheiUSA: Milhares de Brasileiros nos EUA vão às urnas neste domingo escolher o próximo presidente do Brasil

Brazilian Times: Quase 700 mil brasileiros no exterior poderão votar nestas eleições presidenciais

Acontece: Brasil 2022 – Aproximadamente 700 mil eleitores poderão votar no exterior

rfi: Voto dos Brasileiros em Paris: “Quero ter orguhlo de poder dizer de novo que sou do Brasil”

g1: Lula foi Eleito com 51,28% dos votos no exterior; saiba como votaram que moram em outros países

wbur: Brasileiros em Boston se preparam para votar na eleição presidencial

myNEWS: Aproximadamente 700 mil eleitores poderão votar no exterior: cifra ultrapassa o eleitorado de três estados da federação

Metrópolis: Lula alcança 47,17% dos votos no exterior, contra 41,61% de Bolsonaro

ZAP Bolsonaro: Brasileiros ao Redor do mundo organizam apoio ao Presidente Bolsonaro e em defesa  da Liberdade de Expressão

Brasileiros no Oriente Médio

As populações de brasileiros no Oriente Médio são bastante pequenas e concentradas em poucos países. Israel, com 20.000 brasileiros e o Líbano com 5.000 representam respectivamente (62,7%) e (15,7%) da população brasileira do Oriente Médio. …

Brasileiros na Bolívia

Segundo o Ministério das Relações Exteriores cerca de 50.100 brasileiros viviam na Bolívia em 2010. A base de dados do IMILA (Investigação de Migração Internacional da América Latina) indica que a população brasileira imigrante na Bolívia era de 8.492 pessoas em 1976, ou 14,62 por cento da população imigrante do país.

Brasileiros no México

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil estima a população brasileira residente no México em 15.000 pessoas.

Brasileiros na Argentina

A migração brasileira para a Argentina tem por um lado um caráter rural, direcionado principalmente para a província de Missiones e constituído majoritariamente por trabalhadores e pequenos proprietários agrícolas, e por outro, um caráter urbano, voltado para a Região Metropolitana de Buenos Aires composta …

Brasileiros na Espanha

Entre a segunda metade do século XIX e começo do século XX, houve uma grande emigração de espanhóis para a América Latina sendo o Brasil o terceiro país de maior destino destes. Este processo se inverte na década de 80 com o Brasil enviando um número crescente de seus cidadãos pra aquele país.

Eleições Presidenciais Brasileiras no Exterior (1989 – 2022)

A participação dos emigrantes no processo político dos seus países de origem, seja pelo exercício do voto ou pela capacidade de concorrer a cargos eletivos, é expressão do aumento significativo da migração internacional e das crescentes atividades transnacionais destes emigrantes.
O livro Ausente & Presente: O Voto…

Visualizing the Brazilian Diaspora in the U.S.

This project was developed in partnership with Boston University’s Spark Lab. The Spark Lab is a technology incubator and experimental learning lab for student-led computational and data driven projects at Boston University.
As part of the CS 506 class, students Junhe Chen, Haoyu Zhang, and Hui Li, under…

Brasileiros Mundo Afora: Quem e Quanto Somos, Porque Emigramos, Onde Vivemos, Porque Retornamos e Quanto Contribuímos

Historicamente, o Brasil pode ser considerado um país receptor de população. Ao longo da sua história acolheu imigrantes de vários países do mundo. De 1822 até 1949 o país recebeu cerca de cinco milhões de imigrantes, sobretudo portugueses, italianos e espanhóis além de japoneses, alemães, poloneses e sírio–libaneses. Pode-se identificar esse fluxo em três grandes correntes …

Brasileiros na Espanha

BRASILEIROS NA ESPANHA

“Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis aute irure dolor in reprehenderit in voluptate velit esse cillum dolore eu fugiat nulla pariatur. Excepteur sint occaecat cupidatat non proident, sunt in culpa qui officia deserunt mollit anim id est laborum.”

Introdução

Entre a segunda metade do século XIX e começo do século XX, houve uma grande emigração de espanhóis para a América Latina sendo o Brasil o terceiro país de maior destino destes. Este processo se inverte na década de 80 com o Brasil enviando um número crescente de seus cidadãos pra aquele país.

A imigração brasileira para a Espanha não acontece em isolamento, ela se dá no bojo de um processo migratório para este país evidenciado pelo fato de que a população estrangeira aumentou em três milhões de pessoas entre 1996 e 2005 (Ripoll, 2008). A Espanha é o terceiro maior receptor de migrantes depois dos Estados Unidos e o Reino Unido [1].

Um estudo da Universidade de Califórnia (2007), estima que 4,5 milhões de pessoas ou 10% da população espanhola em 2006 nasceu fora do território espanhol, incluindo 3 milhões que chegaram na última década.

Desde a década de 1990 até o início deste século o fluxo migratório brasileiro para a Espanha era constituído na sua maioria por brasileiros descendentes de espanhóis que, como tal, tinham o direito de adquirir a dupla nacionalidade introduzida pela legislação espanhola e emenda aprovada na reforma constitucional brasileira de 1994. Juntam-se a estes, nos anos 2000, imigrantes brasileiros que ao invés de tomar os rumos tradicionais – Estados Unidos e Reino Unido – emigram para a Espanha. Este re-direcionamento do fluxo migratório brasileiro dá-se em função de uma uma série de políticas restritivas adotadas por estes dois países além da desvalorização do dólar frente ao real e o fortalecimento do euro. Fato ainda importante a considerar, é que muitos brasileiros residentes em Portugal terminam migrando para a Espanha dada a proximidade física e as melhores possibilidades econômicas neste último país. Por fim, exercem papel importante as redes sociais de apoio estabelecidas e consolidadas na Espanha.

Segundo Kachia Téchio, 71,9 por cento dos brasileiros apontam como primeira razão para migração o fator económico, e como segunda razão a curiosidade de conhecer outro país, outra cultura, viver novas experiências e ampliar horizontes (40,6%).

Quantos Somos e Onde Vivemos

Registros do “Empadronamento Municipal” [2] de 2007 indicam que o número de brasileiros vivendo no país é de cerca de 92.292 pessoas.[3]

Este número representa um aumento da ordem de 34,2 por cento comparado ao ano de 2006 mas menor do que o crescimento observado para os outros imigrantes latino americanos: bolivianos (42,2%) e paraguaios (60,4%).[4] Em 2008, em artigo publicado no portal UOL Notícias, o Consul Geral do Brasil em Madri, Gelson Fonseca Júnior, estimava que entre os registrados (empadronados) e não registrados, poderiam existir cerca de 130.000 brasileiros no país.[5] Ainda no mesmo ano, dados do Instituto Nacional de Estatística (INE, 2008), apontavam para a existência de 112.000 brasileiros “empadronados.” Finalmente, de acordo com estimativas do Ministério das Relações Exteriores (MRE)[1] a população brasileira no país em 2010 era da ordem de 158.761 pessoas.

Entre outros fatos que explicam este crescimento, estão a integração européia, as transformações sociais e demográficas espanholas, o envelhecimento da população e a queda da fecundidade,[6] além das crescentes dificuldades de entrada nos Estados Unidos assim como o maior rigor nos portos de entrada na Inglaterra.

A população brasileira embora muito menor do que a população dos outros grupos de imigrantes, tem crescido consideravelmente na última década passando de 1,8 por cento do total da população imigrante em 1997 para 3,5 por cento desta em 2006 (Vidal, 2008).

A maioria dos imigrantes brasileiros na Espanha (68%) vivem na Catalunha (21,69%) seguido por estes vivendo em Madri (18,80%), Comunidade Valenciana (9,78%), Andaluzia (9,27%), e Galícia (8,61%). Embora concentrados na Catalunha, os brasileiros residentes na Galícia representam uma proporção maior da população estrangeira, 10 por cento comparado a 2 por cento na Catalunha.

Os brasileiros residentes na Espanha são oriundos predominantemente do Paraná[2] (23,3%), São Paulo[3] (15,3%), Minas Gerais[4] (11,6%), Goiás[5] (7,7%), Rio de Janeiro[6] (7,7%), e Rondônia[7] (6,9%).

 

Quem Somos e o que Fazemos

Idade, Gênero, e Estado Civil

A maioria dos brasileiros residentes na Espanha está concentrada entre a faixa etária de idade economicamente ativa com 79,7 por cento deles entre as idades de 16 e 44 anos de idade. A maioria são mulheres (64%) o que torna os brasileiros o grupo com a maior proporção de mulheres imigradas para Espanha (Ripoll, 2006). Esta feminização do fluxo migratório é também característica entre os outros imigrantes latino americanos. No entanto, quando visto como um todo, a migração masculina ainda é prevalente na Espanha principalmente porque entre os africanos e asiáticos a migração é predominantemente masculina (Vidal, 2008).

Segundo pesquisa elaborada por Duval Fernandes e Carolina Nunan (2008), 41,6 por cento dos brasileiros que vivem em Madrid são solteiros e 34,2 por cento deles são casados. O restante 18,6 por cento vivem juntos com seus parceiros; 4,4 por cento são separados ou dIvorciados; e 1,5 por cento são viúvos.

Brasileiros na Califórnia

Segundo o Censo americano de 2000, existiam na Califórnia cerca de 22.931 brasileiros pondo este estado como o estado com a terceira maior concentração de brasilerios nos Estados Unidos. Ainda segundo o Censo de 2000, 13.000 brasileiros viviam na região da grande Los Angeles e 9.000 na região de São Francisco…

Brasileiros nos Estados Unidos

A imigração brasileira para os Estados Unidos é parte da longa história dos processos migratórios para este país. O fluxo migratório brasileiro para os Estados unidos é o principal fluxo de saída do Brasil e formou-se de início, com a saída de brasileiros da região sudeste do brasil…

Brasileiros no Oriente Médio

As populações de brasileiros no Oriente Médio são bastante pequenas e concentradas em poucos países. Israel, com 20.000 brasileiros e o Líbano com 5.000 representam respectivamente (62,7%) e (15,7%) da população brasileira do Oriente Médio. …

Brasileiros na Bolívia

Segundo o Ministério das Relações Exteriores cerca de 50.100 brasileiros viviam na Bolívia em 2010. A base de dados do IMILA (Investigação de Migração Internacional da América Latina) indica que a população brasileira imigrante na Bolívia era de 8.492 pessoas em 1976, ou 14,62 por cento da população imigrante do país.

Cidadania e Tempo de Residência

Em 2000, entre os brasileiros “empadronados,” 55,7 por cento deles tinham nacionalidade espanhola (13.946 pessoas). Em 2007, esta proporção era de 18,6 por cento ou 21.101 brasileiros com nacionalidade espanhola.

São poucos os brasileiros que chegaram antes de 1999 (9,6%). Uma proporção significante (31,7%) chegou a Europa no período de 2000 a 2004 enquanto que o restante (58,7%) chegou depois de 2005.

É importante ressaltar que, segundo o Centro Europeu contra o Racismo e a Xenofobia (2007), a população brasileira em situação irregular chegaria a 66.2 por cento do total dos brasileiros na Espanha.

Grau de Escolaridade

Os brasileiros residentes na Espanha tem um nível de instrução mais alto do que os brasileiros que vivem em Portugal (Techio, 2006). Segundo Fernandes e Nunam (2008), cerca de 73 por cento dos brasileiros residentes de Madrid, tinham pelo menos o segundo grau completo, enquanto que 12,8 por cento deles tinham completado o curso superior.

Participação no Mercado de Trabalho e Emprego por Tipo de Indústria

A Espanha, que que exportou mão de obra durante boa parte do século passado, passa agora a atraí-la. No entanto, a presença significativa de jovens oriundos do Brasil, América Latina, e África, causa pressões no mercado de trabalho e gera indignação em parte da população.

Ripoll (2006), com base em dados do Ministério do Trabalho, indica que 86 por cento dos brasileiros em situação regular na Espanha, trabalhavam como empregados, enquanto o restante trabalhava por conta própria.

Um pouco menos de oitenta por cento (79,6%) dos trabalhadores empregados em situação regular no pais estavam alocados ao setor de serviços (65% e a media para os trabalhadores latino-americanos e 55% a media para todos os imigrantes), enquanto que a construção absorvia 13,1 por cento (21% para os trabalhadores latino americanos e 23% para os trabalhadores estrangeiros em geral), a manufatura 5 por cento (5,9% para os latinos e 6% para todos os imigrantes) e a agricultura somente 1,8 por cento destes (contra 7% para os latinos e 15% para a população estrangeira).

Assim, os brasileiros estão sobre-representados no setor de serviços e sub-representados em todos os outros setores. Esta alta incidência de trabalhadores brasileiros no setor de serviço esta ligada a alta proporção de mulheres na população imigrante brasileira.

Quando este corte de gênero e levado em consideração, 83,1 por cento das mulheres estavam empregadas no setor de serviços, a maioria, como diarista enquanto que 49,1 por cento dos homens estavam empregados na construção civil com somente 33 por cento deles no setor de serviços (Fernandes, 2008).

Contratos Registrados dos Brasileiros por Setor de Atividade – 2005. Fonte:Instituto Nacional de Estadistica – Espanha.

Rendimento Médio

A remuneração media recebida e de aproximadamente €1.300 euros para os homens e €1.000 euros para as mulheres brasileiras. Quarenta por cento deste valor e enviado para o Brasil principalmente para a aquisição de imóveis seguido por ajuda familiar. (Fernandes e Nunam, 2008). Parte importante do salário destes brasileiros (40%) são remetidos para suas famílias no Brasil para a aquisição de imóveis e para ajuda aos membros familiares deixados para trás. Segundo o Banco da Espanha, somente em 2004, os brasileiros na Espanha enviaram mais de 100 milhões de euros. No entanto, dados divulgado pela Fundação Caixa Catalunha intitulado Inclusão Social da Imigração, um em cada quatro imigrantes no país vive abaixo do nível de pobreza (Folha Online, 15/09/2008).

O Impacto da Crise Econômica sobre a População Brasileira na Espanha

A crise econômica na Espanha é uma crise essencialmente de emprego refletida na intensa destruição de postos de trabalho nos último anos. De fato, a Espanha tem a maior taxa de desemprego entre todos os 27 países da União Européia[8].

Neste contexto, o governo espanhol criou um programa de retorno voluntário onde oferece adiantamento do seguro desemprego para aqueles imigrantes que regressarem aos seus países de origem e concordarem em ficar lá por pelo menos três anos. Segundo a legislação trabalhista espanhola, os trabalhadores desempregados recebem cerca de 70% do seu salário durante os primeiros seis meses seguido de até 60% por até dois anos. No programa proposto, os trabalhadores receberiam 40% do seus salários enquanto na Espanha e 60% na chegada em seus países de origem. Estes teriam ainda prioridade na obtenção de documentos de trabalho se resolvessem voltar à Espanha depois de cinco anos.

Os brasileiros estão entre as nacionalidades que mais tem peticionado para voltar, atrás somente dos bolivianos, argentinos, colombianos e equatorianos. O número é ainda bastante pequeno com a maioria dos imigrantes, apesar da crise, tentando se manter no país. No entanto, segundo dados da Secretaria espanhola de Imigração e Emigração, cerca de 4 mil desempregados já se inscreveram no programa de retorno voluntário.

Além do programa referido acima, a Espanha adotou em 2010 a Diretiva do Retorno junto a União Européia. Esta lei permite aos países membros desenhar pacotes de medidas de segurança específicas anti-imigração. Entre outros aspectos, a lei permite, por exemplo, a detenção de imigrantes por até 18 meses sem qualquer acusação formal. Permite ainda, que menores de idade sejam deportados sem acompanhantes para países com os quais não tem nenhuma relação (O Globo, 19/06/2008).

Por outro lado, desde 2005 que o governo espanhol anunciou um programa de incentivo a natalidade no qual as famílias de quaisquer origens receberiam €2.500 para cada bebê nascido. O programa visava atingir principalmente grupos de imigrantes cuja taxa de natalidade é relativamente alta (2,7) – entre os espanhóis nativos, esta taxa é de 1,4. O próprio Instituto Nacional de Estadística da Espanha – INE, reconhece o fato de que a população imigrante é fundamental para o crescimento demográfico do país. Segundo este órgão, em 50 anos, o número de espanhóis de origem estrangeira poderá ser igual ao de nativos (Vidal, 2008).

 

Referências Bibliográficas

California University. 2007. Okland. Estados Unidos. htto://www.universityofcalifornia.edu.

Carvalho, Flávio e Flávio Souza. 2008. “Qual Migração Brasil – Espanha?” Texto enviado ao Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios – CSEM em Julho de 2008. http://www.csem.or.br/artigos_port_artigos08.html.

Fernandes, Duval Magalhães. 2008. “Os Brasileiros na Europa.” Texto apresentado na Conferência “Brasileiros no Mundo.” Realizada entre 17 e 18 de julho de 2008. Palácio do Itamarati. Rio de Janeiro.

Fernandes, Duval Magalhães e Nunan Carolina. 2008. O imigrante Brasileiro na Espanha: Perfil e Situação de Vida em Madri. Trabalho submetido para seleção ao XVI Encontro nacional de Estudos Populacionais – ABEP. Caxambu.

Fernandes, Duval Magalhães e Jose Irineu Rangel Rigotti. 2008. Os Brasileiros na Europa; Notas Introdutórias. Texto apresentado no seminário “Brasileiros no Mundo,” realizado em 17 e 18 de Julho de 2008. Palácio do Itamarati. Rio de Janeiro.

Instituto Nacional de Estadística – INE. 2007. Madrid. Espanha. Disponível em http://www.ine.es.

Ministério de Trabajo y Immigración. 2008. Disponível em http://estranjeros.mtin.es/es/general/informe_Marzo_2008.pdf.

O Globo. 2008. Disponível em https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2008/6/17/imigrantes-recebem-incentivo-para-voltar-a-seus-paises.

Patarra, Neide Lopes. 2005. “Migrações Internacionais de e para o Brasil Contemporâneo: Volumes, Fluxos, Significados e Políticas.” São Paulo. Em Perspectiva, V.19. N3, Jul-Set 2005.

Peixoto, João. 2005. “A Socio-political View of International Migration from Latin America and the Caribbean: The Case of Europe.” Atas de La Reunión de Expertos Migración Internacional y Desarollo em América Latina y el Caribe. Ciudad de México. CEPAL. Noviembre de 2005.

Ripoll,Érika Massanet. 2006. “Espanha na Dinâmica das Migrações Internacionais: Um Breve Panorama da Situação dos Imigrantes Brasileiros.” XV Encontro Nacional de Estudos Populacionais – ABEP. Caxambu.

Ripoll,Érika Massanet. 2008. “ O Brasil e a Espanha na Dinâmica das Migrações Internacionais: Um Breve Panorama da Situação dos Imigrantes Brasileiros.” Revista Brasileira de Estatistica Populacional. São Paulo. V.25, N1, p.151-165, Jan-Jun 2008.

Téchio, Kachia. 2006. “imigrantes Brasileiros Não Documentados: Uma Análise Comparativa entre Lisboa e Madrid.” Socius Working Papers n 1. Universidade Técnica de Lisboa. Lisboa.

Vidal, Marcelo de Oliveira. 2008. “Migração e Remessas Espanha/Brasil: Implicações, Vantagens e Desvantagens.” Trabalho apresentado no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Caxambu.

Vidal, Marcelo de Oliveira. 2009. “Emigrantes Brasileiros na Espanha: Fluxos, Políticas e Implicações Sociais.” Escola Nacional de Ciências Estatísticas. Rio de Janeiro.

 

REFERÊNCIAS
1

Dados da Organização pela Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) disponíveis em: <http://www.gaceta.es/10-09-2008+espana_pasa_ser_tercer_pais_que_mas_inmigrantes_recibe,noticia_limg,1,1,31574>

 

2

 O Empadronamento é o registro de residência que todo cidadão deve fazer junto a prefeitura municipal da sua cidade, independentemente do seu status migratório. Este registro permite aos imigrantes e suas famílias acesso aos sistemas de saúde e educação.

3
  • Deve-se destacar no entanto, que este número não inclui os brasileiros não registrados nas prefeituras (empadronados). Estima-se que aproximadamente 13 por cento dos brasileiros residentes em Madri não sejam registrados (Fernandes e Nunam, 2008). Segundo estimativas do Centro Europeu contra o Racismo e e a Xenofobia, a população brasileira em situação ilegal em todo o país chegaria a 66,2 por cento do total de brasileiros na Espanha.
4 Segundo ainda estimativas da ONG SOS Racismo, cerca de 30.000 brasileiros viviam na Espanha em 2005. Em 2007, seriam 80.000, um aumento de 166 por cento.
5 UOL Notícias, 13/03/2008.
6 As Nações Unidas estima que a Espanha terá em 2050 a população masi envelhecida do mundo.

Eleições Presidenciais Brasileiras no Exterior (1989 – 2022)

A participação dos emigrantes no processo político dos seus países de origem, seja pelo exercício do voto ou pela capacidade de concorrer a cargos eletivos, é expressão do aumento significativo da migração internacional e das crescentes atividades transnacionais destes emigrantes.
O livro Ausente & Presente: O Voto…

Visualizing the Brazilian Diaspora in the U.S.

This project was developed in partnership with Boston University’s Spark Lab. The Spark Lab is a technology incubator and experimental learning lab for student-led computational and data driven projects at Boston University.
As part of the CS 506 class, students Junhe Chen, Haoyu Zhang, and Hui Li, under…

Brasileiros Mundo Afora: Quem e Quanto Somos, Porque Emigramos, Onde Vivemos, Porque Retornamos e Quanto Contribuímos

Historicamente, o Brasil pode ser considerado um país receptor de população. Ao longo da sua história acolheu imigrantes de vários países do mundo. De 1822 até 1949 o país recebeu cerca de cinco milhões de imigrantes, sobretudo portugueses, italianos e espanhóis além de japoneses, alemães, poloneses e sírio–libaneses. Pode-se identificar esse fluxo em três grandes correntes …

Visualizing the Brazilian Diaspora in the U.S.

VISUALIZING THE BRAZILIAN DIASPORA IN THE U.S.A.

This project was developed  in partnership with Boston University’s Spark Lab. The Spark Lab is a technology incubator and experimental learning lab for student-led computational and data driven projects at Boston University. 

As part of the CS 506 class, students Junhe Chen, Haoyu Zhang, and Hui Li, under the supervision of Dharmesh Tarapore and Alvaro Lima, developed a platform to visualize the Brazilian population in the United States utilizing U.S. Census data.

The Spark team analyzed the different attributes in the data set of the U.S. Bureau of Census for the distribution of Brazilians in different states and tried to extract the best representative tags or features about Brazilians in an area. The tags were normalized and vectorized in order to perform a hierarchical clustering algorithm so that users could zoom in on the map to show more detailed information in the corresponding region.

A primary goal of the data visualization was to communicate information  clearly and efficiently via statistical graphics, plots, and information graphics. Numerical data was encoded using dots, lines, or bars, to communicate a quantitative message visually. Effective visualization helps users analyze and reason about data and evidence. It makes complex data more accessible, understandable, and useable. 

Besides the data from the U.S. Census Bureau, the project also uses data from Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE). Because MRE provides only a count of Brazilians in the U.S., we used the U.S. Census distribution of Brazilians by State and applied this distribution to the total population provided by the MRE.

 

To access the visualization click here: VISUALIZING THE BRAZILIAN DIASPORA

The project proposal can be accessed here: CS_506_Proposal

A final poster is available here: CS_506_Final_Poster.

A complete description of the project and its methodology can be founded here: CS_506_Final_Report.

Users may have particular analytical tasks, such as making comparisons or understanding causality and the design principle of the graphic followed these tasks.

Tables were generally designed so that users can look up a specific measurement. In contrast, charts of various types show patterns or relationships in the data for one or more variables. 

The front end of the visualization was designed so that the data could be displayed on a map and plotted on charts so that attributes could then be shown as the user moves the cursor of the mouse onto the area of a state in the browser or click on a attribute on the charts so that this attribute is displayed on the map.

The project was sponsored by Digaai, today, the Instituto Diaspora Brasil (IDB). 

Brasileiros no Oriente Médio

As populações de brasileiros no Oriente Médio são bastante pequenas e concentradas em poucos países. Israel, com 20.000 brasileiros e o Líbano com 5.000 representam respectivamente (62,7%) e (15,7%) da população brasileira do Oriente Médio. …

Brasileiros na Bolívia

Segundo o Ministério das Relações Exteriores cerca de 50.100 brasileiros viviam na Bolívia em 2010. A base de dados do IMILA (Investigação de Migração Internacional da América Latina) indica que a população brasileira imigrante na Bolívia era de 8.492 pessoas em 1976, ou 14,62 por cento da população imigrante do país.

Brasileiros no México

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil estima a população brasileira residente no México em 15.000 pessoas.

Brasileiros na Argentina

A migração brasileira para a Argentina tem por um lado um caráter rural, direcionado principalmente para a província de Missiones e constituído majoritariamente por trabalhadores e pequenos proprietários agrícolas, e por outro, um caráter urbano, voltado para a Região Metropolitana de Buenos Aires composta …

Brasileiros na Espanha

Entre a segunda metade do século XIX e começo do século XX, houve uma grande emigração de espanhóis para a América Latina sendo o Brasil o terceiro país de maior destino destes. Este processo se inverte na década de 80 com o Brasil enviando um número crescente de seus cidadãos pra aquele país.

Eleições Presidenciais Brasileiras no Exterior (1989 – 2022)

A participação dos emigrantes no processo político dos seus países de origem, seja pelo exercício do voto ou pela capacidade de concorrer a cargos eletivos, é expressão do aumento significativo da migração internacional e das crescentes atividades transnacionais destes emigrantes.
O livro Ausente & Presente: O Voto…

Visualizing the Brazilian Diaspora in the U.S.

This project was developed in partnership with Boston University’s Spark Lab. The Spark Lab is a technology incubator and experimental learning lab for student-led computational and data driven projects at Boston University.
As part of the CS 506 class, students Junhe Chen, Haoyu Zhang, and Hui Li, under…

Brasileiros Mundo Afora: Quem e Quanto Somos, Porque Emigramos, Onde Vivemos, Porque Retornamos e Quanto Contribuímos

Historicamente, o Brasil pode ser considerado um país receptor de população. Ao longo da sua história acolheu imigrantes de vários países do mundo. De 1822 até 1949 o país recebeu cerca de cinco milhões de imigrantes, sobretudo portugueses, italianos e espanhóis além de japoneses, alemães, poloneses e sírio–libaneses. Pode-se identificar esse fluxo em três grandes correntes …