Brasileiros na Argentina

BRASILEIROS NA ARGENTINA

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INTRODUÇÃO

A migração brasileira para a Argentina tem por um lado um caráter rural, direcionado principalmente para a província de Missiones e constituído majoritariamente por trabalhadores e pequenos proprietários agrícolas, e por outro, um caráter urbano, voltado para a Região Metropolitana de Buenos Aires composta principalmente de gerentes de alto escalão de empresas nacionais e internacionais operando na Argentina (Hazenbalg, 1997). O primeiro fluxo de brasileiros para a Argentina data dos anos 1960 e constituía em 1991, quase metade dos imigrantes brasileiros recenseados na Argentina.

A maioria dos brasileiros que fizeram Missiones seu destino possuíam uma condição sócio-economica baixa. De acordo com Arruñada (1997), 3/4 destes imigrantes não completaram o curso primário. A atividade econômica predominante era a agricultura sem grande especialização e qualificação.

Por outro lado, a migração de brasileiros para a Região Metropolitana de Buenos Aires vem aumentando impulsionada pela integração econômica promovida pela formação do MERCOSUL. Desde 1994 o número de técnicos, executivos, profissionais e gerentes transferidos para a Argentina por empresas sediadas no Brasil aumentou. Como é óbvio, estes imigrantes tem um alto nível educacional com 40 por cento deles tendo completado o nível secundário (Arruñada, 1997).

 

Quanto Somos


Segundo o Ministério das Relações Exteriores[1] cerca de 37.100 brasileiros vivem na Argentina em 2010. A base de dados do IMILA (Investigação de Migração Internacional da América Latina) indica que a população brasileira imigrante na Argentina era de 48.195 pessoas em 1960 conhecendo crescimento entre este ano e o ano de 1970 (48.600) para depois decrescer em 1980 (42.134) descrescendo outra vez em 1991 para 33.543. Embora não sejam comparáveis diretamente as estimativas do Ministério das Relações Exteriores[2] este último orgão, como referido anteriorment, aponta para um crescimento no ano de 2010 (37.100). É importante ressaltar que mesmo decrescendo em termos absolutos (nos anos de 1970 e 1980), a população imigrante brasileira na Argentina aumentou a sua propoção em relação aos outros imigrantes vivendo no país. Em 1960 os brasileiros representavam 1,90 por cento dos imigrantes passando em 1970 para 2,22 por cento, para alcançar, em 1980, 2,27 por cento. Em 1991, esta representação cai para 2,09 por cento.[1].

Brasileiros na Itália

A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

Brasileiros no Canadá

Embora as relações entre Brasil e Canadá remontem a 1866 quando o Canadá inaugurou sua primeira missão comercial no território brasileiro, o primeiro registro de movimento migratório que se tem conhecimento ocorreu em 1902, quando um grupo de 48 brasileiros viajou em direção a …

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

Arruñada, 1997.

Fernades, Duval Magalhães e Carolina dos Santos Nunan. 2008. “A Volta para Casa: A Inserção do Imigrante Internacional de Retorno no Mercado de Trabalho. Um Estudo Comparativo entre Argentina, Brasil e Paraguai no Início do Século XXI.” Trabalho apresentado no III Congresso da Associação Latino Americana de População, ALAP, realizado em Cordoba, Argentina, de 24 a 26 de Setembro de 2008.

Hazenbalg, 1997.

Lattes, A. e Lattes, Z.R. 1996. “International Migration in Latin America.” In: Patarra, N.L. (Coord.). Migrações Internacionais: Herança Internacionais no Brasil Contemporâneo. FNUAP. Campinas. Vol. 1.

Patarra, N.L. 1999. “Migration and Development in Latin America.” In: International Migration Towards the New Millenium: Global and regional Perspectives. Warwick University press. Coventry. U.K.

Patarra, N.L. and Baeninger. R. 1996. “Migrações Internacionais Recentes: O Caso do Brasil.” In: Patarra, N.L. (Coord.). Migrações Internacionais: Herança Internacionais no Brasil Contemporâneo. FNUAP. Campinas. Vol. 1.

Pellegrino, A. 1995. “As Migrações no Cone Sul com Ênfase no Caso do Uruguai.” In: Patarra, N.L. (Coord.). Migrações Internacionais: Herança Internacionais no Brasil Contemporâneo. FNUAP. Campinas. Vol. 1.

Ministério das Relações Exteriores – MRE. 2008. Brasileiros no Mundo – Estimativas. Subsecretaria Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior – SGEB, Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior – DCB; Divisão de Assistência Consular – DAC. http://www.digaai.org/wp/pdfs/estimativas_mundo.pdf

Ministério das Relações Exteriores – MRE. 2008. Brasileiros no Mundo – Estimativas. Subsecretaria Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior – SGEB, Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior – DCB; Divisão de Assistência Consular – DAC. (POWERPOINT) http://www.digaai.org/wp/pdfs/Brasileiros_no_mundo_estimativas.pptx

Ministério do Trabalho e Emprego, 2009. Perfil Migratório do Brasil. http://www.digaai.org/wp/pdfs/Brazil_Profile2009.pdf

Sales, Teresa. 1995. “O Trabalhador Brasileiro no Contexto das Novas Migrações Internacionais.” Patarra, N.L. (Coord.). Migrações Internacionais: Herança Internacionais no Brasil Contemporâneo. FNUAP. Campinas. Vol. 1.

Sales, Teresa. 1996. “Migrações de Fronteiras entre o Brasil e os Países do Mercosul.” Revista Brasileira de Estudos Populacionais. V.13, N.1. Janeiro-Junho de 1996.

Sales, Teresa. 1999. Brasileiros Longe de Casa. Cortez Editora. São Paulo.

 

REFERÊNCIAS
1

Base de dados IMILA – Investigacao de Migração Internacional da América Latina,

 

Remessas Monetárias

A globalização está acelerando a migração internacional. Impulsionada por uma série de fatores, tais como a crescente necessidade de mão de obra qualificada e não qualificada nos países desenvolvidos dado o baixo nível de fertilidade e o rápido envelhecimento da população; persistente pobreza…

Transnacionalismo

Imigração Transnacional Hoje, a tecnologia, economia, demografia, política, e fatores culturais têm acelerado de forma crescente a imigração transnacional. Os imigrantes transnacionais, envolvem-se em atividades além-fronteiras, e através destas constroem “campos...

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Brasileiros no México

BRASILEIROS NO MÉXICO

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Segundo o Ministério das Relações Exteriores (MRE),

Brasileiros na Itália

A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

Brasileiros no Canadá

Embora as relações entre Brasil e Canadá remontem a 1866 quando o Canadá inaugurou sua primeira missão comercial no território brasileiro, o primeiro registro de movimento migratório que se tem conhecimento ocorreu em 1902, quando um grupo de 48 brasileiros viajou em direção a …

Remessas Monetárias

A globalização está acelerando a migração internacional. Impulsionada por uma série de fatores, tais como a crescente necessidade de mão de obra qualificada e não qualificada nos países desenvolvidos dado o baixo nível de fertilidade e o rápido envelhecimento da população; persistente pobreza…

Transnacionalismo

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Brasileiros no Paraguai

BRASILEIROS NO PARAGUAI

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INTRODUÇÃO

Já na década de 1970, políticas de fomento à ocupação de terras agrícolas promovidas pelo Governo do Paraguai atraíram algumas dezenas de milhares de fazendeiros gaúchos, paranaenses e catarinenses para o sul daquele país. Assim, a  migração brasileira de “fronteira agrícola,” para o Paraguai[1] está ligada a estas políticas de incentivos atreladas ao modelo de desenvolvimento agrícola durante o governo Stroessner[2] (1954-1989). Estas políticas[2] incluíram a criação de mecanismos de atração via a outorga de extensas parcelas de terras a preços baixos (inclusive em áreas fronteiriças), redução dos impostos para venda de produtos, benefícios bancários, créditos, etc.., que tiveram como beneficiários grupos de agricultores brasileiros (Fernandes e Nunan, 2008). Esta política atraiu, 


além dos proprietários rurais, trabalhadores a estes vinculados, e trabalhadores brasileiros sem terra. Estes brasileiros vieram a ser conhecidos como “Brasiguaios” (Sales, 1999).

De acordo com Palau (2001), a migração brasileira para o Paraguai conheceu seu pique nos anos 1970 com destino principalmente para as áreas rurais daquele país . No final desta década no entanto, esta realidade começa a mudar e os migrantes brasileiros desprovidos de capital – pequenos proprietários, arrendatários, assalariados, posseiros – começam a encontrar dificuldades na medida em que as terras de assentamento começaram a ser vendidas para grandes empresas agrícolas provocando a expulsão de antigos arrendatários e posseiros (Patarra, 2006).

A população brasileira no Paraguai, apesar deste processo de deslocamento, continua significante. Segundo o Censo Nacional de Poblacion y Vivendas de 1992 existiam 108.526 brasileiros residentes no país. Segundo Palau (1996) este número representa somente cerca de 30 a 40 por cento da população brasileira. Dados do Ministério das Relações Exteriores[2] existem cerca de 200.000 brasileiros vivendo no Paraguai.[3]

Na sua maioria, os brasileiros concentram-se na Ciudad del Leste (54%); Assunción (31%); Salto de Guaira (11%0; Concepción (2%); Encarnación (1%); e Juan Caballero (1%). Assim, já há um segmento importante de brasileiros residindo na capital paraguaia. Estes brasileiros estão principalmente ligados ao setor financeiro. Por outro lado, a área de Ciudad del Leste que viveu um processo de intenso crescimento populacional passou a ser foco de atividades de contrabando e narcotráfego, que juntamente com a atividade turística marcam a estrutura econômica da cidade. Além de formarem importante contigente populacional, a maioria dos imigrantes brasileiros no Paraguai não possui documentação legal de permanência ou trabalho no país constituindo o maior grupo de imigrantes indocumentados no país.

Recentemente, conflitos de terra entre trabalhadores sem terra paraguaios, conhecidos como “carpeiros,”[4] e proprietários de terra brasileiros vem se espalhando pelo país mesmo depois dos primeiros perderem um dos seus maiores defensores, o ex-presidente Fernando Lugo. Estes trabalhadores demandam a expropriação de quatro grandes fazendas de propriedade de “Brasiguaios.” O líder dos paraguaios sem terra, Federic Ayala declarou que as disputas podem tomar um carater mais violento.

Em Outubro de 2012, cerca de 200 trabalhadores rurais paraguaios armados, membros da “Liga Nacional dos Carpeiros” ocuparam as terras do brasileiro Ulisses Teixeira no Departamento de San Pedro a 300 quilômetros ao norte da capital, Assuncion.

O governo do recém-empossado Presidente do Paraguai, Federico Franco, re-arfirmou aos brasileiros proprietários de terras durante sua visita a Santa Rita, que suas terras não serão expropriadas. Num pronunciamento a estes brasileiros o Presidente disse que “daqui para frente, voces podem dormir em paz. Vá e diga aos seus compatriotas em Brasil que no Paraguai há democracia e liberdade e que é seguro investir aqui.” O seu Ministro do Interior em outro pronunciamento disse que se houver novas ameaças de violência a polícia responderá com cautela mas com firmeza.

 

Quanto Somos e Onde Vivemos

 

O Ministério das Relações Externas(MRE,)[3] estima que 300.000 brasileiros viviam no Paraguai em 2009.Segundo estimativas da Investigação de Migração Internacional da América Latina – IMILA, em 1972, 34.276 brasileiros residiam no Paraguai comparado a 97.791 em 1982 e 107.452 em 1992.[5]. Esta população representava 43,01 por cento, 58,60 por cento e 57,35 por cento da população imigrante vivendo no país, respectivamente.

Entrevista com Tomás Palau

Brasileiros na América Central

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Brasileiros na Flórida

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Brasileiros na Califórnia

Segundo o Censo americano de 2000, existiam na Califórnia cerca de 22.931 brasileiros pondo este estado como o estado com a terceira maior concentração de brasilerios nos Estados Unidos. Ainda segundo o Censo de 2000, 13.000 brasileiros viviam na região da grande Los Angeles e 9.000 na região de São Francisco…

Brasileiros nos Estados Unidos

A imigração brasileira para os Estados Unidos é parte da longa história dos processos migratórios para este país. O fluxo migratório brasileiro para os Estados unidos é o principal fluxo de saída do Brasil e formou-se de início, com a saída de brasileiros da região sudeste do brasil…

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Baeninger, Roasana. 2000. “O Brasil no Contexto das Migrações Internacionais da América Latina.” SBPC. Brasil.

 Fernades, Duval Magalhães e Carolina dos Santos Nunan. 2008. “A Volta para Casa: A Inserção do Imigrante Internacional de Retorno no Mercado de Trabalho. Um Estudo Comparativo entre Argentina, Brasil e Paraguai no Início do Século XXI.” Trabalho apresentado no III Congresso da Associação Latino Americana de População, ALAP, realizado em Cordoba, Argentina, de 24 a 26 de Setembro de 2008.

Lattes, A. e Lattes, Z.R. 1996. “International Migration in Latin America.” In: Patarra, N.L. (Coord.). Migrações Internacionais: Herança Internacionais no Brasil Contemporâneo. FNUAP. Campinas. Vol. 1.

Palau, Tomás. 1995. “Migrações Transfronteiriças entre Brasil e Paraguai; O Caso dos Brasiguaios.” In: Patarra, N.L. (Coord.). Migrações Internacionais: Herança Internacionais no Brasil Contemporâneo. FNUAP. Campinas. Vol. 1.

Palau, Tomás. 2001. “Brasiguaios’ In Migrações Internacionais: Contribuições para Políticas. Comissão Nacional de População e Desenvolvimento – CNDP. Brasília.

Patarra, N.L. 1999. “Migration and development in Latin America.” In: International Migration Towards the New Millenium: Global and regional Perspectives. Warwick University press. Coventry. U.K.

Patarra, N.L. and Baeninger. R. 1996. “Migrações Internacionais Recentes: O Caso do Brasil.” In: Patarra, N.L. (Coord.). Migrações Internacionais: Herança Internacionais no Brasil Contemporâneo. FNUAP. Campinas. Vol. 1.

Pellegrino, A. 1995. “As Migrações no Cone Sul com Ênfase no Caso do Uruguai.” In: Patarra, N.L. (Coord.). Migrações Internacionais: Herança Internacionais no Brasil Contemporâneo. FNUAP. Campinas. Vol. 1.

Ministério das Relações Exteriores – MRE. 2008. Brasileiros no Mundo – Estimativas. Subsecretaria Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior – SGEB, Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior – DCB; Divisão de Assistência Consular – DAC. http://www.digaai.org/wp/pdfs/estimativas_mundo.pdf

 Ministério das Relações Exteriores – MRE. 2008. Brasileiros no Mundo – Estimativas. Subsecretaria Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior – SGEB, Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior – DCB; Divisão de Assistência Consular – DAC. (POWERPOINT) http://www.digaai.org/wp/pdfs/Brasileiros_no_mundo_estimativas.pptx

Ministério do Trabalho e Emprego, 2009. Perfil Migratório do Brasil. http://www.digaai.org/wp/pdfs/Brazil_Profile2009.pdf

 Sales, Teresa. 1995. “O Trabalhador Brasileiro no Contexto das Noc=vas Migrações Internacionais.” Patarra, N.L. (Coord.). Migrações Internacionais: Herança Internacionais no Brasil Contemporâneo. FNUAP. Campinas. Vol. 1.

 Sales, Teresa. 1996. “Migrações de Fronteiras entre o Brasil e os Países do Mercosul.” Revista Brasileira de Estudos Populacionais. V.13, N.1. Janeiro-Junho de 1996.

 

REFERÊNCIAS
1 O Paraguai é um país pequeno com uma extensão territorial de apenas 407 km2 e uma população de aproximadamente 5,5 milhões de pessoas
2 A política paraguaia de colonização e modernização da fronteira agrícola foi também forjada por interesses militares de acordo com a doutrina de segurança nacional (Palau e Heikel, 1981 e 1987)
3 Segundo a IMILA/CELADE, em 1972, 34.276 brasileiros residiam no Paraguai. Em 1980, este número aumentou para 97.791 e em 1990, para 107.452 pessoas.
4 o que significa pessoas que vivem em tendas ou barracas, referindo-se aos acampamentos construídos em terras ocupadas pelos “carpeiros.”
5 Investigação de Migração Internacional da América Latina – IMILA

 

Remessas Monetárias

A globalização está acelerando a migração internacional. Impulsionada por uma série de fatores, tais como a crescente necessidade de mão de obra qualificada e não qualificada nos países desenvolvidos dado o baixo nível de fertilidade e o rápido envelhecimento da população; persistente pobreza…

Transnacionalismo

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Neoliberalismo e Trabalho Imigrante

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Brasileiros na França

BRASILEIROS NA FRANÇA

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INTRODUÇÃO

A história das relações franco-brasileiras tem início no século XVI, com o projeto de criação da “França Antártica”, uma colônia francesa em terras brasileiras que eram na época domínio da Coroa Portuguesa (TAVARES, 1979). O empreendimento embora tenha conhecido certo sucesso, foi completamente derrotado pelos portugueses em 1565.

No século XIX, com a independência do Brasil em 1822 um número crescente de brasileiros buscavam adquirir os conhecimentos demandados pela desenvolvimento nacional em universidades francesas. Por outro lado, as idéias francesas, em particular o positivismo de Augusto Comte, eram amplamente compartilhadas pelos intelectuais brasileiros e ajudaram em grande medida na construção das instituições brasileiras.

Durante este período e começo do século XX, as classes mais ricas do Brasil buscavam viver o glamour da belle époque e mergulhar na vida cultural francesa, particularmente desta de Paris. Os laços entre Brasil e França foras reforçados por uma série de acordos no âmbito acadêmico e projetos de parceria científica que foram essenciais na formacão e estruturação de importantes institutos e e universidades brasileiras como é o caso da Universidade de São Paulo.

A partir da década de 1960, com a instituição da ditadura militar no Brasil, os brasileiros procuraram refúgio político na França.

Mais recentemente, os brasileiros tem migrado para a França em busca de melhores oportunidades como estudantes[1] ou trabalhadores. Este fluxo faz parte no entanto de um movimento migratório maior gerado pela crise econômica brasileira da década de 1980 que comprometeu o status econômico e social das classes médias brasileiras.

A França, embora não seja o país de destino maior dos brasileiros, com a formação do espaço de livre circulação e dos ataques terroristas de 11 de setembro nos Estados Unidos que causaram um maior controle das fronteiras americanas, ela se tornou uma importante porta de entrada na Europa para os brasileiros. Outros dois fatos importantes que fortalecem a França como porta de entrada, foram a não exigência de visto de entrada para deslocamentos de duração inferior a 90 dias e sua posição estratégica – ela faz fronteiras com a Bélgica, Alemanha, Itália, Suíça e Espanha, além da proximidade com o Reino Unido.

Quantos Somos e Quem Somos

A composição da comunidade brasileira na França mudou bastante desde os anos 1980 quando a maioria dos brasileiros residents eram estudantes, exilados políticos, e mais tarde, pesquisadores atraídos pelas universidades francesas. Como referido anteriormente, a partir da década de 1980, a França passou a receber imigrantes brasileiros em busca de melhores oportunidades economicas. Em 1982, segundo dados do Institut National de la Statistique et des Études Économiques (INSEE), haviam cerca de 5.300 brasileiros imigrantes e cerca de 3.800 brasileiros estrangeiros no país (total de 9.100). Os immigrants, segundo a definição do INSEE, são aqueles brasileiros que vivem na França, nasceram no Brasil, e obtiveram nacionalidade francesa. Os estrangeiros são aqueles brasileiros que moram na França mas não são naturalizados. Em 2008 estes números alcançaram a casa de 25.000 e 14.000 respectivamente (total de 39.000).[2]

Ainda de acordo com os dados do INSEE, o número de brasileiras na França é maior do que o dos brasileiros. As mulheres representavam 59% dos imigrantes brasileiros na França em 1982 e 62% em 2008. Entre os estrangeiros, as mulheres são também maioria: 56% em 1982 e 62% em 2008. O mesmo Instituto revelou que a grande maioria dos brasileiros vivendo na França são adultos entre 18 a 59 anos. Aqueles com 60 anos ou mais representam o menor grupo. Por outro lado, estes com com menus de 18 anos representavam 34% dos imigrantes brasileiros (1999). Em 2008, este grupo diminuiu passando a representar somente 16%. O INSEE não reporta dados pertinentes a novel educacional, tipo de ocupação ou renda.

De acordo com os registros do Ministério das Relações Exteriores[1] a população de immigrants brasileiros na França cresceu de 30.000 pessoas em 2008 para 80.000 pessoas em 2011, ou seja, um aumento de 166%.[3] Este aumento representa uma nova configuração da distribuição dos brasileiros residentes na Europa, resultado de dois processos recentes: os efeitos negativos da crise economica de 2008 principalment nos Estados Unidos e na Espanha; e as novas possibilidades de circulação que se abriram com a criação do espaço Schengen[4]

Segundo Gisele Almeida[5] a maioria dos imigrantes trabalhadores brasileiros na França são oriundos dos estados de Goiás, Minas Gerais e Paraná, em geral empregados na construção civil, renovacão de imóveis, setor de limpeza e baby-sitting.

A Crise Economica e as Posturas Anti-Imigração

A situação fiscal-financeira da França não é tão ruim quanto esta da Grécia, Portugal ou Espanha mas exigirá sacrifícios semelhantes por parte da população do país. Segundo o FMI, o crescimento economico do país será de 0,5% em 2012 com taxas de desemprego, principalmente entrre os jovens de 15 a 24 anos chegando a 25%. Como é peculiar nests situações, as posições anti-imigração e anti-imigrante atingem proporções maiores. É sob estas condições que a imigração brasileira vem se dando, um contexto marcado por obstáculos legais crescentes e pressão política constante além de práticas sociais racistas e xenófobas.

Brasileiros no Japão

A emigração de brasileiros para o Japão está ligada ao fluxo migratório de japoneses para o Brasil no início do século XX. Impulsionado pelo próprio governo japonês e pela demanda de mão de obra para a cafeicultura em expansão no oeste paulista, cerca de 190.000 japoneses emigraram para o Brasil …

Brasileiros na América Central

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Brasileiros na Flórida

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Almeida, Gisele Maria Ribeiro. 2011. As “Causas” e os “Motivos” na Emigração de Brasileiros para a França. Artigo apresentado no VII Encontro Nacional sobre Migrações de Tema Central: Migrações, Políticas Públicas e Desigualdades Regionais. Curitiba, PR. http://www.digaai.org/wp/pdfs/brasileiros_franca.pdf

Almeida, Gisele Maria Ribeiro. 2011. Os Brasileiros na França. São Paulo. SP. http://www.digaai.org/wp/pdfs/brasileirosnafranca.pdf

Almeida, Gisele Maria Ribeiro. 2013. Au Revoir, Brésil: Um Estudo sobre a Imigração Brasileira na França Após 1980. Campinas. SP. http://www.digaai.org/wp/pdfs/almeidagiselemariaribeirode.pdf

Amaral, Ruy Pacheco de Azevedo. 2008. Ano do Brasil na França. Fundação Alexandre Gusmão. Brasília.

Martins, Carlos Bendito. (org). Diálogos entre o Brasil e a França: Formação e Cooperação Acadêmica. Recife

Mazza, Débora. 2009. Intercâmbios Acadêmicos Internacionais: Bolsas capes, CNPq e Fapesp. Cadernos de Pesquisa. v. 39, n. 137, Mai/Ago 2009.

Peralva, Angelina. 1994. França: Imigrantes, Estarngeiros, Estranhos. In Lua Nova: Revista de Cultura e Política. São Paulo. n.33. p. 59-76. [2]

Roland, Denis. 2008. L’etat Français et les Exils Brésiliens: Prudence D’etat, Guerre Froide et Propagands. In Santos, Idelette Muzart-Fonseca dos e Roland, Denis. L’exil Brésilien en France: Historie et Imaginaire. Paris: L’Hartmettan.

Roland, Denis. 2008. L’exil des Disctatures: Impact Conjoncturiel dans la Présence Latino-américaine en France?. In Santos, Idelette Muzart-Fonseca dos e Rolland, Denis. L’exil Brésilien en France: Histoire et Imaginaire. Paris: L’Hartmattan.

Tavares, Aurélio de Lyra. 1979. Brasil-França: Ao Longo de Cinco Séculos. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército.

Valente, Pamela. “Os Brasileiros na França.” In: Rádio França Internacional, 07/07/2005. [3]

Xavier de brito, Angela. 2000. Transformações Institucionais e Características Sociais dos estudantes Brasileiros na França. In: BIB – Revisita Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, n. 50.

 

REFERÊNCIAS
1

Segundo dados do Ministére des Affaires Étrangéres et Européennes (2009), 40% dos estudantes oriundos dos países sul-americanos no período 2008-2009 eram brasileiros

2 A diferença aqui é feita entre os brasileiros naturalizados e os não-naturalizados.
3 Esta população representa no entanto somente 7 por cento da população brasileira residente na Europa.
4 O Acordo Schengen estabelece a livre circulação entre as populações dos estados signatários.
5 Au Revoir, Brésil: Um Estudo sobre a Imigração Brasileira na França Após 1980

 

Remessas Monetárias

A globalização está acelerando a migração internacional. Impulsionada por uma série de fatores, tais como a crescente necessidade de mão de obra qualificada e não qualificada nos países desenvolvidos dado o baixo nível de fertilidade e o rápido envelhecimento da população; persistente pobreza…

Transnacionalismo

Imigração Transnacional Hoje, a tecnologia, economia, demografia, política, e fatores culturais têm acelerado de forma crescente a imigração transnacional. Os imigrantes transnacionais, envolvem-se em atividades além-fronteiras, e através destas constroem “campos...

Neoliberalismo e Trabalho Imigrante

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Brasileiros no Uruguai

BRASILEIROS NO URUGUAI

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INTRODUÇÃO

A migração brasileira para o Uruguai iniciou-se nos anos 70, constituída na sua maioria por pequenos produtores sem terra. Nas décadas posteriores, esse fluxo começou a ser formado por grandes proprietários do Rio Grande do Sul e São Paulo. Segundo Reydon & Plata (1995), cerca de 10 por cento do território uruguaio pertencia a estrangeiros.[1] A crise Uruguaia dos anos 70 provocaram a queda de preços da terra atraindo investidores estrangeiros, e entre eles, muitos brasileiros. Como aconteceu em outras partes do continente, estes empresários levaram consigo uma grande quantidade de brasileiros sem terra.

O Uruguai, historicamente, formou-se, entre, primeiro, dois impérios coloniais, e depois da independência, dois grandes e poderosos países da América Latina. 

Desta forma, uma das características migratórias principais do Uruguai é o intercâmbio populacional apresentando as maiores taxas emigratórias da América Latina. Assim, cidades trans-fronteirças foram se desenvolvendo ao longo do tempo até chegarem as cidades de hoje como Santana do Livramento-Rivera e Chui-Chuy, localizadas respectivamente no Brasil e Uruguay, onde além de duas moedas, elas falam duas línguas, e obedecem a duas legislações.

QUANTOS SOMOS

Segundo estimativas da Investigação de Migração Internacional da América Latina – IMILA, em 1975, 14.315 brasileiros residiam no Uruguai. Segundo a mesma fonte, em 1985 este número era de 12.332 brasileiros e em 1996, 13.521. Estimativas mais recentes como as do Ministério das Relações Externas do Brasil,[2] 30.135 brasileiros viviam no Uruguai em 2010. A população brasileira no Uruguai representava em 1975 cerca de 10,86 por cento da população imigrante vivendo no país. Em 1985, esta proporção aumentou para 11,97 aumentando outra vez em 1996 para 14,64.[3].

O Censo de 2010 do Instituto Nacional de Estatística (INE) do Uruguai ainda em fase preliminar, estima o número de brasileiros residentes no país em 12.598, em contraste com estimativas do Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE) de cerca de 30.000 brasileiros residentes naquele país. No entanto, segundo o MRE, a existência de cidadãos com dupla nacionalidade (brasileira e uruguaia) pode ter influenciado este resultado.

Os brasileiros estão concentrados na área metropolitana da capital (3.700 em Montividéu, e 943 no Departamento contíguo de Canelones) e na região de fronteira (3.572, em Rivera; 1.103, em Cerro Largo, e 1.056, em Artigas).

 

População Brasileira por País – 2009 (Instituto Nacional de Estatística – INE)

 

A comunidade brasileira é a segunda maior comunidade de imigrantes residindo no Uruguai inferior somente a da Argentina.

Os períodos de registro do maior número de entrada de brasileiros no país são aquele anterior a 1970 (24,5%) e o que vai de 2005 a 2009 (14%). No período 2005 a 2009, o crescimento da população brasileira no Uruguai está associado ao crescimento econômico neste país o que atraiu não somente trabalhadores qualificados brasileiros ligados a empresas brasileiras investindo no Uruguai quanto brasileiros com menos qualificação que continuaram a emigrar para as áreas fronteiriças suprindo assim as necessidades deste tipo de mão de obra.

Cabe ressaltar, que o IBGE, no Censo brasileiro de 2010, estimou o número de brasileiros residentes no Uruguai em cerca de 1.703 pessoas. Como referido no próprio IBGE, dada a metodologia adotada, este número subestima em muito a população brasileira emigrante.

Brasileiros na América Central

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Brasileiros na Flórida

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Brasileiros na Califórnia

Segundo o Censo americano de 2000, existiam na Califórnia cerca de 22.931 brasileiros pondo este estado como o estado com a terceira maior concentração de brasilerios nos Estados Unidos. Ainda segundo o Censo de 2000, 13.000 brasileiros viviam na região da grande Los Angeles e 9.000 na região de São Francisco…

Brasileiros nos Estados Unidos

A imigração brasileira para os Estados Unidos é parte da longa história dos processos migratórios para este país. O fluxo migratório brasileiro para os Estados unidos é o principal fluxo de saída do Brasil e formou-se de início, com a saída de brasileiros da região sudeste do brasil…

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Baeninger, Roasana. 2000. “O Brasil no Contexto das Migrações Internacionais da América Latina.” SBPC. Brasil.

Fernades, Duval Magalhães e Carolina dos Santos Nunan. 2008. “A Volta para Casa: A Inserção do Imigrante Internacional de Retorno no Mercado de Trabalho. Um Estudo Comparativo entre Argentina, Brasil e Paraguai no Início do Século XXI.” Trabalho apresentado no III Congresso da Associação Latino Americana de População, ALAP, realizado em Cordoba, Argentina, de 24 a 26 de Setembro de 2008.

Lattes, A. e Lattes, Z.R. 1996. “International Migration in Latin America.” In: Patarra, N.L. (Coord.). Migrações Internacionais: Herança Internacionais no Brasil Contemporâneo. FNUAP. Campinas. Vol. 1.

Patarra, N.L. 1999. “Migration and Development in Latin America.” In: International Migration Towards the New Millenium: Global and regional Perspectives. Warwick University press. Coventry. U.K.

Patarra, N.L. and Baeninger. R. 1996. “Migrações Internacionais Recentes: O Caso do Brasil.” In: Patarra, N.L. (Coord.). Migrações Internacionais: Herança Internacionais no Brasil Contemporâneo. FNUAP. Campinas. Vol. 1.

Patarra, N.L. “Migrações Internacionais e Integração Economica no Cone Sul: Notas para Duscussão.” texto elaborado no ambito do projeto “Deslocamentos Populacionais e Livre Circulação de Trabalhadores: O Caso do Mercosul.” apoiado pelo CNPq.

Pellegrino, A. 1995. “As Migrações no Cone Sul com Ênfase no Caso do Uruguai.” In: Patarra, N.L. (Coord.). Migrações Internacionais: Herança Internacionais no Brasil Contemporâneo. FNUAP. Campinas. Vol. 1.

Ministério das Relações Exteriores – MRE. 2008. Brasileiros no Mundo – Estimativas. Subsecretaria Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior – SGEB, Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior – DCB; Divisão de Assistência Consular – DAC. http://www.digaai.org/wp/pdfs/estimativas_mundo.pdf

Ministério das Relações Exteriores – MRE. 2008. Brasileiros no Mundo – Estimativas. Subsecretaria Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior – SGEB, Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior – DCB; Divisão de Assistência Consular – DAC. (POWERPOINT) http://www.digaai.org/wp/pdfs/Brasileiros_no_mundo_estimativas.pptx

Ministério do Trabalho e Emprego, 2009. Perfil Migratório do Brasil. http://www.digaai.org/wp/pdfs/Brazil_Profile2009.pdf

Sales, Teresa. 1995. “O Trabalhador Brasileiro no Contexto das Novas Migrações Internacionais.” Patarra, N.L. (Coord.). Migrações Internacionais: Herança Internacionais no Brasil Contemporâneo. FNUAP. Campinas. Vol. 1.

Sales, Teresa. 1996. “Migrações de Fronteiras entre o Brasil e os Países do Mercosul.” Revista Brasileira de Estudos Populacionais. V.13, N.1. Janeiro-Junho de 1996.

Sales, Teresa. 1999. Brasileiros Longe de Casa. Cortez Editora. São Paulo.

 

REFERÊNCIAS
1

É importante ressaltar que no Uruguai não existem leis que regulamentem a compra de terras por estrangeiros

2

Ministério das Relações Exteriores – MRE, Brasileiros no Mundo – Estimativas, 2009, Subsecretaria Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior – SGEB; Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior – DCB; Divisão de Assistência Consular – DAC.

3

 Investigação de Migração Internacional da América Latina – IMILA

 

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