Brasileiros na Espanha

BRASILEIROS NA ESPANHA

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Introdução

Entre a segunda metade do século XIX e começo do século XX, houve uma grande emigração de espanhóis para a América Latina sendo o Brasil o terceiro país de maior destino destes. Este processo se inverte na década de 80 com o Brasil enviando um número crescente de seus cidadãos pra aquele país.

A imigração brasileira para a Espanha não acontece em isolamento, ela se dá no bojo de um processo migratório para este país evidenciado pelo fato de que a população estrangeira aumentou em três milhões de pessoas entre 1996 e 2005 (Ripoll, 2008). A Espanha é o terceiro maior receptor de migrantes depois dos Estados Unidos e o Reino Unido [1].

Um estudo da Universidade de Califórnia (2007), estima que 4,5 milhões de pessoas ou 10% da população espanhola em 2006 nasceu fora do território espanhol, incluindo 3 milhões que chegaram na última década.

Desde a década de 1990 até o início deste século o fluxo migratório brasileiro para a Espanha era constituído na sua maioria por brasileiros descendentes de espanhóis que, como tal, tinham o direito de adquirir a dupla nacionalidade introduzida pela legislação espanhola e emenda aprovada na reforma constitucional brasileira de 1994. Juntam-se a estes, nos anos 2000, imigrantes brasileiros que ao invés de tomar os rumos tradicionais – Estados Unidos e Reino Unido – emigram para a Espanha. Este re-direcionamento do fluxo migratório brasileiro dá-se em função de uma uma série de políticas restritivas adotadas por estes dois países além da desvalorização do dólar frente ao real e o fortalecimento do euro. Fato ainda importante a considerar, é que muitos brasileiros residentes em Portugal terminam migrando para a Espanha dada a proximidade física e as melhores possibilidades econômicas neste último país. Por fim, exercem papel importante as redes sociais de apoio estabelecidas e consolidadas na Espanha.

Segundo Kachia Téchio, 71,9 por cento dos brasileiros apontam como primeira razão para migração o fator económico, e como segunda razão a curiosidade de conhecer outro país, outra cultura, viver novas experiências e ampliar horizontes (40,6%).

Quantos Somos e Onde Vivemos

Registros do “Empadronamento Municipal” [2] de 2007 indicam que o número de brasileiros vivendo no país é de cerca de 92.292 pessoas.[3]

Este número representa um aumento da ordem de 34,2 por cento comparado ao ano de 2006 mas menor do que o crescimento observado para os outros imigrantes latino americanos: bolivianos (42,2%) e paraguaios (60,4%).[4] Em 2008, em artigo publicado no portal UOL Notícias, o Consul Geral do Brasil em Madri, Gelson Fonseca Júnior, estimava que entre os registrados (empadronados) e não registrados, poderiam existir cerca de 130.000 brasileiros no país.[5] Ainda no mesmo ano, dados do Instituto Nacional de Estatística (INE, 2008), apontavam para a existência de 112.000 brasileiros “empadronados.” Finalmente, de acordo com estimativas do Ministério das Relações Exteriores (MRE)[1] a população brasileira no país em 2010 era da ordem de 158.761 pessoas.

Entre outros fatos que explicam este crescimento, estão a integração européia, as transformações sociais e demográficas espanholas, o envelhecimento da população e a queda da fecundidade,[6] além das crescentes dificuldades de entrada nos Estados Unidos assim como o maior rigor nos portos de entrada na Inglaterra.

A população brasileira embora muito menor do que a população dos outros grupos de imigrantes, tem crescido consideravelmente na última década passando de 1,8 por cento do total da população imigrante em 1997 para 3,5 por cento desta em 2006 (Vidal, 2008).

A maioria dos imigrantes brasileiros na Espanha (68%) vivem na Catalunha (21,69%) seguido por estes vivendo em Madri (18,80%), Comunidade Valenciana (9,78%), Andaluzia (9,27%), e Galícia (8,61%). Embora concentrados na Catalunha, os brasileiros residentes na Galícia representam uma proporção maior da população estrangeira, 10 por cento comparado a 2 por cento na Catalunha.

Os brasileiros residentes na Espanha são oriundos predominantemente do Paraná[2] (23,3%), São Paulo[3] (15,3%), Minas Gerais[4] (11,6%), Goiás[5] (7,7%), Rio de Janeiro[6] (7,7%), e Rondônia[7] (6,9%).

 

Quem Somos e o que Fazemos

Idade, Gênero, e Estado Civil

A maioria dos brasileiros residentes na Espanha está concentrada entre a faixa etária de idade economicamente ativa com 79,7 por cento deles entre as idades de 16 e 44 anos de idade. A maioria são mulheres (64%) o que torna os brasileiros o grupo com a maior proporção de mulheres imigradas para Espanha (Ripoll, 2006). Esta feminização do fluxo migratório é também característica entre os outros imigrantes latino americanos. No entanto, quando visto como um todo, a migração masculina ainda é prevalente na Espanha principalmente porque entre os africanos e asiáticos a migração é predominantemente masculina (Vidal, 2008).

Segundo pesquisa elaborada por Duval Fernandes e Carolina Nunan (2008), 41,6 por cento dos brasileiros que vivem em Madrid são solteiros e 34,2 por cento deles são casados. O restante 18,6 por cento vivem juntos com seus parceiros; 4,4 por cento são separados ou dIvorciados; e 1,5 por cento são viúvos.

Brasileiros no Japão

A emigração de brasileiros para o Japão está ligada ao fluxo migratório de japoneses para o Brasil no início do século XX. Impulsionado pelo próprio governo japonês e pela demanda de mão de obra para a cafeicultura em expansão no oeste paulista, cerca de 190.000 japoneses emigraram para o Brasil …

Brasileiros na América Central

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Brasileiros nos Estados Unidos

A imigração brasileira para os Estados Unidos é parte da longa história dos processos migratórios para este país. O fluxo migratório brasileiro para os Estados unidos é o principal fluxo de saída do Brasil e formou-se de início, com a saída de brasileiros da região sudeste do brasil…

Cidadania e Tempo de Residência

Em 2000, entre os brasileiros “empadronados,” 55,7 por cento deles tinham nacionalidade espanhola (13.946 pessoas). Em 2007, esta proporção era de 18,6 por cento ou 21.101 brasileiros com nacionalidade espanhola.

São poucos os brasileiros que chegaram antes de 1999 (9,6%). Uma proporção significante (31,7%) chegou a Europa no período de 2000 a 2004 enquanto que o restante (58,7%) chegou depois de 2005.

É importante ressaltar que, segundo o Centro Europeu contra o Racismo e a Xenofobia (2007), a população brasileira em situação irregular chegaria a 66.2 por cento do total dos brasileiros na Espanha.

Grau de Escolaridade

Os brasileiros residentes na Espanha tem um nível de instrução mais alto do que os brasileiros que vivem em Portugal (Techio, 2006). Segundo Fernandes e Nunam (2008), cerca de 73 por cento dos brasileiros residentes de Madrid, tinham pelo menos o segundo grau completo, enquanto que 12,8 por cento deles tinham completado o curso superior.

Participação no Mercado de Trabalho e Emprego por Tipo de Indústria

A Espanha, que que exportou mão de obra durante boa parte do século passado, passa agora a atraí-la. No entanto, a presença significativa de jovens oriundos do Brasil, América Latina, e África, causa pressões no mercado de trabalho e gera indignação em parte da população.

Ripoll (2006), com base em dados do Ministério do Trabalho, indica que 86 por cento dos brasileiros em situação regular na Espanha, trabalhavam como empregados, enquanto o restante trabalhava por conta própria.

Um pouco menos de oitenta por cento (79,6%) dos trabalhadores empregados em situação regular no pais estavam alocados ao setor de serviços (65% e a media para os trabalhadores latino-americanos e 55% a media para todos os imigrantes), enquanto que a construção absorvia 13,1 por cento (21% para os trabalhadores latino americanos e 23% para os trabalhadores estrangeiros em geral), a manufatura 5 por cento (5,9% para os latinos e 6% para todos os imigrantes) e a agricultura somente 1,8 por cento destes (contra 7% para os latinos e 15% para a população estrangeira).

Assim, os brasileiros estão sobre-representados no setor de serviços e sub-representados em todos os outros setores. Esta alta incidência de trabalhadores brasileiros no setor de serviço esta ligada a alta proporção de mulheres na população imigrante brasileira.

Quando este corte de gênero e levado em consideração, 83,1 por cento das mulheres estavam empregadas no setor de serviços, a maioria, como diarista enquanto que 49,1 por cento dos homens estavam empregados na construção civil com somente 33 por cento deles no setor de serviços (Fernandes, 2008).

Contratos Registrados dos Brasileiros por Setor de Atividade – 2005. Fonte:Instituto Nacional de Estadistica – Espanha.

Rendimento Médio

A remuneração media recebida e de aproximadamente €1.300 euros para os homens e €1.000 euros para as mulheres brasileiras. Quarenta por cento deste valor e enviado para o Brasil principalmente para a aquisição de imóveis seguido por ajuda familiar. (Fernandes e Nunam, 2008). Parte importante do salário destes brasileiros (40%) são remetidos para suas famílias no Brasil para a aquisição de imóveis e para ajuda aos membros familiares deixados para trás. Segundo o Banco da Espanha, somente em 2004, os brasileiros na Espanha enviaram mais de 100 milhões de euros. No entanto, dados divulgado pela Fundação Caixa Catalunha intitulado Inclusão Social da Imigração, um em cada quatro imigrantes no país vive abaixo do nível de pobreza (Folha Online, 15/09/2008).

O Impacto da Crise Econômica sobre a População Brasileira na Espanha

A crise econômica na Espanha é uma crise essencialmente de emprego refletida na intensa destruição de postos de trabalho nos último anos. De fato, a Espanha tem a maior taxa de desemprego entre todos os 27 países da União Européia[8].

Neste contexto, o governo espanhol criou um programa de retorno voluntário onde oferece adiantamento do seguro desemprego para aqueles imigrantes que regressarem aos seus países de origem e concordarem em ficar lá por pelo menos três anos. Segundo a legislação trabalhista espanhola, os trabalhadores desempregados recebem cerca de 70% do seu salário durante os primeiros seis meses seguido de até 60% por até dois anos. No programa proposto, os trabalhadores receberiam 40% do seus salários enquanto na Espanha e 60% na chegada em seus países de origem. Estes teriam ainda prioridade na obtenção de documentos de trabalho se resolvessem voltar à Espanha depois de cinco anos.

Os brasileiros estão entre as nacionalidades que mais tem peticionado para voltar, atrás somente dos bolivianos, argentinos, colombianos e equatorianos. O número é ainda bastante pequeno com a maioria dos imigrantes, apesar da crise, tentando se manter no país. No entanto, segundo dados da Secretaria espanhola de Imigração e Emigração, cerca de 4 mil desempregados já se inscreveram no programa de retorno voluntário.

Além do programa referido acima, a Espanha adotou em 2010 a Diretiva do Retorno junto a União Européia. Esta lei permite aos países membros desenhar pacotes de medidas de segurança específicas anti-imigração. Entre outros aspectos, a lei permite, por exemplo, a detenção de imigrantes por até 18 meses sem qualquer acusação formal. Permite ainda, que menores de idade sejam deportados sem acompanhantes para países com os quais não tem nenhuma relação (O Globo, 19/06/2008).

Por outro lado, desde 2005 que o governo espanhol anunciou um programa de incentivo a natalidade no qual as famílias de quaisquer origens receberiam €2.500 para cada bebê nascido. O programa visava atingir principalmente grupos de imigrantes cuja taxa de natalidade é relativamente alta (2,7) – entre os espanhóis nativos, esta taxa é de 1,4. O próprio Instituto Nacional de Estadística da Espanha – INE, reconhece o fato de que a população imigrante é fundamental para o crescimento demográfico do país. Segundo este órgão, em 50 anos, o número de espanhóis de origem estrangeira poderá ser igual ao de nativos (Vidal, 2008).

 

Referências Bibliográficas

California University. 2007. Okland. Estados Unidos. htto://www.universityofcalifornia.edu.

Carvalho, Flávio e Flávio Souza. 2008. “Qual Migração Brasil – Espanha?” Texto enviado ao Centro Scalabriniano de Estudos Migratórios – CSEM em Julho de 2008. http://www.csem.or.br/artigos_port_artigos08.html.

Fernandes, Duval Magalhães. 2008. “Os Brasileiros na Europa.” Texto apresentado na Conferência “Brasileiros no Mundo.” Realizada entre 17 e 18 de julho de 2008. Palácio do Itamarati. Rio de Janeiro.

Fernandes, Duval Magalhães e Nunan Carolina. 2008. O imigrante Brasileiro na Espanha: Perfil e Situação de Vida em Madri. Trabalho submetido para seleção ao XVI Encontro nacional de Estudos Populacionais – ABEP. Caxambu.

Fernandes, Duval Magalhães e Jose Irineu Rangel Rigotti. 2008. Os Brasileiros na Europa; Notas Introdutórias. Texto apresentado no seminário “Brasileiros no Mundo,” realizado em 17 e 18 de Julho de 2008. Palácio do Itamarati. Rio de Janeiro.

Instituto Nacional de Estadística – INE. 2007. Madrid. Espanha. Disponível em http://www.ine.es.

Ministério de Trabajo y Immigración. 2008. Disponível em http://estranjeros.mtin.es/es/general/informe_Marzo_2008.pdf.

O Globo. 2008. Disponível em https://conteudoclippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2008/6/17/imigrantes-recebem-incentivo-para-voltar-a-seus-paises.

Patarra, Neide Lopes. 2005. “Migrações Internacionais de e para o Brasil Contemporâneo: Volumes, Fluxos, Significados e Políticas.” São Paulo. Em Perspectiva, V.19. N3, Jul-Set 2005.

Peixoto, João. 2005. “A Socio-political View of International Migration from Latin America and the Caribbean: The Case of Europe.” Atas de La Reunión de Expertos Migración Internacional y Desarollo em América Latina y el Caribe. Ciudad de México. CEPAL. Noviembre de 2005.

Ripoll,Érika Massanet. 2006. “Espanha na Dinâmica das Migrações Internacionais: Um Breve Panorama da Situação dos Imigrantes Brasileiros.” XV Encontro Nacional de Estudos Populacionais – ABEP. Caxambu.

Ripoll,Érika Massanet. 2008. “ O Brasil e a Espanha na Dinâmica das Migrações Internacionais: Um Breve Panorama da Situação dos Imigrantes Brasileiros.” Revista Brasileira de Estatistica Populacional. São Paulo. V.25, N1, p.151-165, Jan-Jun 2008.

Téchio, Kachia. 2006. “imigrantes Brasileiros Não Documentados: Uma Análise Comparativa entre Lisboa e Madrid.” Socius Working Papers n 1. Universidade Técnica de Lisboa. Lisboa.

Vidal, Marcelo de Oliveira. 2008. “Migração e Remessas Espanha/Brasil: Implicações, Vantagens e Desvantagens.” Trabalho apresentado no XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais. Caxambu.

Vidal, Marcelo de Oliveira. 2009. “Emigrantes Brasileiros na Espanha: Fluxos, Políticas e Implicações Sociais.” Escola Nacional de Ciências Estatísticas. Rio de Janeiro.

 

REFERÊNCIAS
1

Dados da Organização pela Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) disponíveis em: <http://www.gaceta.es/10-09-2008+espana_pasa_ser_tercer_pais_que_mas_inmigrantes_recibe,noticia_limg,1,1,31574>

 

2

 O Empadronamento é o registro de residência que todo cidadão deve fazer junto a prefeitura municipal da sua cidade, independentemente do seu status migratório. Este registro permite aos imigrantes e suas famílias acesso aos sistemas de saúde e educação.

3
  • Deve-se destacar no entanto, que este número não inclui os brasileiros não registrados nas prefeituras (empadronados). Estima-se que aproximadamente 13 por cento dos brasileiros residentes em Madri não sejam registrados (Fernandes e Nunam, 2008). Segundo estimativas do Centro Europeu contra o Racismo e e a Xenofobia, a população brasileira em situação ilegal em todo o país chegaria a 66,2 por cento do total de brasileiros na Espanha.
4 Segundo ainda estimativas da ONG SOS Racismo, cerca de 30.000 brasileiros viviam na Espanha em 2005. Em 2007, seriam 80.000, um aumento de 166 por cento.
5 UOL Notícias, 13/03/2008.
6 As Nações Unidas estima que a Espanha terá em 2050 a população masi envelhecida do mundo.

Remessas Monetárias

A globalização está acelerando a migração internacional. Impulsionada por uma série de fatores, tais como a crescente necessidade de mão de obra qualificada e não qualificada nos países desenvolvidos dado o baixo nível de fertilidade e o rápido envelhecimento da população; persistente pobreza…

Transnacionalismo

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Brasileiros na Argentina

BRASILEIROS NA ARGENTINA

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INTRODUÇÃO

A migração brasileira para a Argentina tem por um lado um caráter rural, direcionado principalmente para a província de Missiones e constituído majoritariamente por trabalhadores e pequenos proprietários agrícolas, e por outro, um caráter urbano, voltado para a Região Metropolitana de Buenos Aires composta principalmente de gerentes de alto escalão de empresas nacionais e internacionais operando na Argentina (Hazenbalg, 1997). O primeiro fluxo de brasileiros para a Argentina data dos anos 1960 e constituía em 1991, quase metade dos imigrantes brasileiros recenseados na Argentina.

A maioria dos brasileiros que fizeram Missiones seu destino possuíam uma condição sócio-economica baixa. De acordo com Arruñada (1997), 3/4 destes imigrantes não completaram o curso primário. A atividade econômica predominante era a agricultura sem grande especialização e qualificação.

Por outro lado, a migração de brasileiros para a Região Metropolitana de Buenos Aires vem aumentando impulsionada pela integração econômica promovida pela formação do MERCOSUL. Desde 1994 o número de técnicos, executivos, profissionais e gerentes transferidos para a Argentina por empresas sediadas no Brasil aumentou. Como é óbvio, estes imigrantes tem um alto nível educacional com 40 por cento deles tendo completado o nível secundário (Arruñada, 1997).

 

Quanto Somos


Segundo o Ministério das Relações Exteriores[1] cerca de 37.100 brasileiros vivem na Argentina em 2010. A base de dados do IMILA (Investigação de Migração Internacional da América Latina) indica que a população brasileira imigrante na Argentina era de 48.195 pessoas em 1960 conhecendo crescimento entre este ano e o ano de 1970 (48.600) para depois decrescer em 1980 (42.134) descrescendo outra vez em 1991 para 33.543. Embora não sejam comparáveis diretamente as estimativas do Ministério das Relações Exteriores[2] este último orgão, como referido anteriorment, aponta para um crescimento no ano de 2010 (37.100). É importante ressaltar que mesmo decrescendo em termos absolutos (nos anos de 1970 e 1980), a população imigrante brasileira na Argentina aumentou a sua propoção em relação aos outros imigrantes vivendo no país. Em 1960 os brasileiros representavam 1,90 por cento dos imigrantes passando em 1970 para 2,22 por cento, para alcançar, em 1980, 2,27 por cento. Em 1991, esta representação cai para 2,09 por cento.[1].

Brasileiros na Itália

A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

Brasileiros no Canadá

Embora as relações entre Brasil e Canadá remontem a 1866 quando o Canadá inaugurou sua primeira missão comercial no território brasileiro, o primeiro registro de movimento migratório que se tem conhecimento ocorreu em 1902, quando um grupo de 48 brasileiros viajou em direção a …

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

Arruñada, 1997.

Fernades, Duval Magalhães e Carolina dos Santos Nunan. 2008. “A Volta para Casa: A Inserção do Imigrante Internacional de Retorno no Mercado de Trabalho. Um Estudo Comparativo entre Argentina, Brasil e Paraguai no Início do Século XXI.” Trabalho apresentado no III Congresso da Associação Latino Americana de População, ALAP, realizado em Cordoba, Argentina, de 24 a 26 de Setembro de 2008.

Hazenbalg, 1997.

Lattes, A. e Lattes, Z.R. 1996. “International Migration in Latin America.” In: Patarra, N.L. (Coord.). Migrações Internacionais: Herança Internacionais no Brasil Contemporâneo. FNUAP. Campinas. Vol. 1.

Patarra, N.L. 1999. “Migration and Development in Latin America.” In: International Migration Towards the New Millenium: Global and regional Perspectives. Warwick University press. Coventry. U.K.

Patarra, N.L. and Baeninger. R. 1996. “Migrações Internacionais Recentes: O Caso do Brasil.” In: Patarra, N.L. (Coord.). Migrações Internacionais: Herança Internacionais no Brasil Contemporâneo. FNUAP. Campinas. Vol. 1.

Pellegrino, A. 1995. “As Migrações no Cone Sul com Ênfase no Caso do Uruguai.” In: Patarra, N.L. (Coord.). Migrações Internacionais: Herança Internacionais no Brasil Contemporâneo. FNUAP. Campinas. Vol. 1.

Ministério das Relações Exteriores – MRE. 2008. Brasileiros no Mundo – Estimativas. Subsecretaria Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior – SGEB, Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior – DCB; Divisão de Assistência Consular – DAC. http://www.digaai.org/wp/pdfs/estimativas_mundo.pdf

Ministério das Relações Exteriores – MRE. 2008. Brasileiros no Mundo – Estimativas. Subsecretaria Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior – SGEB, Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior – DCB; Divisão de Assistência Consular – DAC. (POWERPOINT) http://www.digaai.org/wp/pdfs/Brasileiros_no_mundo_estimativas.pptx

Ministério do Trabalho e Emprego, 2009. Perfil Migratório do Brasil. http://www.digaai.org/wp/pdfs/Brazil_Profile2009.pdf

Sales, Teresa. 1995. “O Trabalhador Brasileiro no Contexto das Novas Migrações Internacionais.” Patarra, N.L. (Coord.). Migrações Internacionais: Herança Internacionais no Brasil Contemporâneo. FNUAP. Campinas. Vol. 1.

Sales, Teresa. 1996. “Migrações de Fronteiras entre o Brasil e os Países do Mercosul.” Revista Brasileira de Estudos Populacionais. V.13, N.1. Janeiro-Junho de 1996.

Sales, Teresa. 1999. Brasileiros Longe de Casa. Cortez Editora. São Paulo.

 

REFERÊNCIAS
1

Base de dados IMILA – Investigacao de Migração Internacional da América Latina,

 

Remessas Monetárias

A globalização está acelerando a migração internacional. Impulsionada por uma série de fatores, tais como a crescente necessidade de mão de obra qualificada e não qualificada nos países desenvolvidos dado o baixo nível de fertilidade e o rápido envelhecimento da população; persistente pobreza…

Transnacionalismo

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Brasileiros no México

BRASILEIROS NO MÉXICO

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Segundo o Ministério das Relações Exteriores (MRE),

Brasileiros na Itália

A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

Brasileiros no Canadá

Embora as relações entre Brasil e Canadá remontem a 1866 quando o Canadá inaugurou sua primeira missão comercial no território brasileiro, o primeiro registro de movimento migratório que se tem conhecimento ocorreu em 1902, quando um grupo de 48 brasileiros viajou em direção a …

Remessas Monetárias

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Brasileiros no Paraguai

BRASILEIROS NO PARAGUAI

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INTRODUÇÃO

Já na década de 1970, políticas de fomento à ocupação de terras agrícolas promovidas pelo Governo do Paraguai atraíram algumas dezenas de milhares de fazendeiros gaúchos, paranaenses e catarinenses para o sul daquele país. Assim, a  migração brasileira de “fronteira agrícola,” para o Paraguai[1] está ligada a estas políticas de incentivos atreladas ao modelo de desenvolvimento agrícola durante o governo Stroessner[2] (1954-1989). Estas políticas[2] incluíram a criação de mecanismos de atração via a outorga de extensas parcelas de terras a preços baixos (inclusive em áreas fronteiriças), redução dos impostos para venda de produtos, benefícios bancários, créditos, etc.., que tiveram como beneficiários grupos de agricultores brasileiros (Fernandes e Nunan, 2008). Esta política atraiu, 


além dos proprietários rurais, trabalhadores a estes vinculados, e trabalhadores brasileiros sem terra. Estes brasileiros vieram a ser conhecidos como “Brasiguaios” (Sales, 1999).

De acordo com Palau (2001), a migração brasileira para o Paraguai conheceu seu pique nos anos 1970 com destino principalmente para as áreas rurais daquele país . No final desta década no entanto, esta realidade começa a mudar e os migrantes brasileiros desprovidos de capital – pequenos proprietários, arrendatários, assalariados, posseiros – começam a encontrar dificuldades na medida em que as terras de assentamento começaram a ser vendidas para grandes empresas agrícolas provocando a expulsão de antigos arrendatários e posseiros (Patarra, 2006).

A população brasileira no Paraguai, apesar deste processo de deslocamento, continua significante. Segundo o Censo Nacional de Poblacion y Vivendas de 1992 existiam 108.526 brasileiros residentes no país. Segundo Palau (1996) este número representa somente cerca de 30 a 40 por cento da população brasileira. Dados do Ministério das Relações Exteriores[2] existem cerca de 200.000 brasileiros vivendo no Paraguai.[3]

Na sua maioria, os brasileiros concentram-se na Ciudad del Leste (54%); Assunción (31%); Salto de Guaira (11%0; Concepción (2%); Encarnación (1%); e Juan Caballero (1%). Assim, já há um segmento importante de brasileiros residindo na capital paraguaia. Estes brasileiros estão principalmente ligados ao setor financeiro. Por outro lado, a área de Ciudad del Leste que viveu um processo de intenso crescimento populacional passou a ser foco de atividades de contrabando e narcotráfego, que juntamente com a atividade turística marcam a estrutura econômica da cidade. Além de formarem importante contigente populacional, a maioria dos imigrantes brasileiros no Paraguai não possui documentação legal de permanência ou trabalho no país constituindo o maior grupo de imigrantes indocumentados no país.

Recentemente, conflitos de terra entre trabalhadores sem terra paraguaios, conhecidos como “carpeiros,”[4] e proprietários de terra brasileiros vem se espalhando pelo país mesmo depois dos primeiros perderem um dos seus maiores defensores, o ex-presidente Fernando Lugo. Estes trabalhadores demandam a expropriação de quatro grandes fazendas de propriedade de “Brasiguaios.” O líder dos paraguaios sem terra, Federic Ayala declarou que as disputas podem tomar um carater mais violento.

Em Outubro de 2012, cerca de 200 trabalhadores rurais paraguaios armados, membros da “Liga Nacional dos Carpeiros” ocuparam as terras do brasileiro Ulisses Teixeira no Departamento de San Pedro a 300 quilômetros ao norte da capital, Assuncion.

O governo do recém-empossado Presidente do Paraguai, Federico Franco, re-arfirmou aos brasileiros proprietários de terras durante sua visita a Santa Rita, que suas terras não serão expropriadas. Num pronunciamento a estes brasileiros o Presidente disse que “daqui para frente, voces podem dormir em paz. Vá e diga aos seus compatriotas em Brasil que no Paraguai há democracia e liberdade e que é seguro investir aqui.” O seu Ministro do Interior em outro pronunciamento disse que se houver novas ameaças de violência a polícia responderá com cautela mas com firmeza.

 

Quanto Somos e Onde Vivemos

 

O Ministério das Relações Externas(MRE,)[3] estima que 300.000 brasileiros viviam no Paraguai em 2009.Segundo estimativas da Investigação de Migração Internacional da América Latina – IMILA, em 1972, 34.276 brasileiros residiam no Paraguai comparado a 97.791 em 1982 e 107.452 em 1992.[5]. Esta população representava 43,01 por cento, 58,60 por cento e 57,35 por cento da população imigrante vivendo no país, respectivamente.

Entrevista com Tomás Palau

Brasileiros na América Central

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Brasileiros nos Estados Unidos

A imigração brasileira para os Estados Unidos é parte da longa história dos processos migratórios para este país. O fluxo migratório brasileiro para os Estados unidos é o principal fluxo de saída do Brasil e formou-se de início, com a saída de brasileiros da região sudeste do brasil…

Brasileiros no Oriente Médio

As populações de brasileiros no Oriente Médio são bastante pequenas e concentradas em poucos países. Israel, com 20.000 brasileiros e o Líbano com 5.000 representam respectivamente (62,7%) e (15,7%) da população brasileira do Oriente Médio. …

Brasileiros na Flórida

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Baeninger, Roasana. 2000. “O Brasil no Contexto das Migrações Internacionais da América Latina.” SBPC. Brasil.

 Fernades, Duval Magalhães e Carolina dos Santos Nunan. 2008. “A Volta para Casa: A Inserção do Imigrante Internacional de Retorno no Mercado de Trabalho. Um Estudo Comparativo entre Argentina, Brasil e Paraguai no Início do Século XXI.” Trabalho apresentado no III Congresso da Associação Latino Americana de População, ALAP, realizado em Cordoba, Argentina, de 24 a 26 de Setembro de 2008.

Lattes, A. e Lattes, Z.R. 1996. “International Migration in Latin America.” In: Patarra, N.L. (Coord.). Migrações Internacionais: Herança Internacionais no Brasil Contemporâneo. FNUAP. Campinas. Vol. 1.

Palau, Tomás. 1995. “Migrações Transfronteiriças entre Brasil e Paraguai; O Caso dos Brasiguaios.” In: Patarra, N.L. (Coord.). Migrações Internacionais: Herança Internacionais no Brasil Contemporâneo. FNUAP. Campinas. Vol. 1.

Palau, Tomás. 2001. “Brasiguaios’ In Migrações Internacionais: Contribuições para Políticas. Comissão Nacional de População e Desenvolvimento – CNDP. Brasília.

Patarra, N.L. 1999. “Migration and development in Latin America.” In: International Migration Towards the New Millenium: Global and regional Perspectives. Warwick University press. Coventry. U.K.

Patarra, N.L. and Baeninger. R. 1996. “Migrações Internacionais Recentes: O Caso do Brasil.” In: Patarra, N.L. (Coord.). Migrações Internacionais: Herança Internacionais no Brasil Contemporâneo. FNUAP. Campinas. Vol. 1.

Pellegrino, A. 1995. “As Migrações no Cone Sul com Ênfase no Caso do Uruguai.” In: Patarra, N.L. (Coord.). Migrações Internacionais: Herança Internacionais no Brasil Contemporâneo. FNUAP. Campinas. Vol. 1.

Ministério das Relações Exteriores – MRE. 2008. Brasileiros no Mundo – Estimativas. Subsecretaria Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior – SGEB, Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior – DCB; Divisão de Assistência Consular – DAC. http://www.digaai.org/wp/pdfs/estimativas_mundo.pdf

 Ministério das Relações Exteriores – MRE. 2008. Brasileiros no Mundo – Estimativas. Subsecretaria Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior – SGEB, Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior – DCB; Divisão de Assistência Consular – DAC. (POWERPOINT) http://www.digaai.org/wp/pdfs/Brasileiros_no_mundo_estimativas.pptx

Ministério do Trabalho e Emprego, 2009. Perfil Migratório do Brasil. http://www.digaai.org/wp/pdfs/Brazil_Profile2009.pdf

 Sales, Teresa. 1995. “O Trabalhador Brasileiro no Contexto das Noc=vas Migrações Internacionais.” Patarra, N.L. (Coord.). Migrações Internacionais: Herança Internacionais no Brasil Contemporâneo. FNUAP. Campinas. Vol. 1.

 Sales, Teresa. 1996. “Migrações de Fronteiras entre o Brasil e os Países do Mercosul.” Revista Brasileira de Estudos Populacionais. V.13, N.1. Janeiro-Junho de 1996.

 

REFERÊNCIAS
1 O Paraguai é um país pequeno com uma extensão territorial de apenas 407 km2 e uma população de aproximadamente 5,5 milhões de pessoas
2 A política paraguaia de colonização e modernização da fronteira agrícola foi também forjada por interesses militares de acordo com a doutrina de segurança nacional (Palau e Heikel, 1981 e 1987)
3 Segundo a IMILA/CELADE, em 1972, 34.276 brasileiros residiam no Paraguai. Em 1980, este número aumentou para 97.791 e em 1990, para 107.452 pessoas.
4 o que significa pessoas que vivem em tendas ou barracas, referindo-se aos acampamentos construídos em terras ocupadas pelos “carpeiros.”
5 Investigação de Migração Internacional da América Latina – IMILA

 

Remessas Monetárias

A globalização está acelerando a migração internacional. Impulsionada por uma série de fatores, tais como a crescente necessidade de mão de obra qualificada e não qualificada nos países desenvolvidos dado o baixo nível de fertilidade e o rápido envelhecimento da população; persistente pobreza…

Transnacionalismo

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Neoliberalismo e Trabalho Imigrante

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Brasileiros na França

BRASILEIROS NA FRANÇA

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INTRODUÇÃO

A história das relações franco-brasileiras tem início no século XVI, com o projeto de criação da “França Antártica”, uma colônia francesa em terras brasileiras que eram na época domínio da Coroa Portuguesa (TAVARES, 1979). O empreendimento embora tenha conhecido certo sucesso, foi completamente derrotado pelos portugueses em 1565.

No século XIX, com a independência do Brasil em 1822 um número crescente de brasileiros buscavam adquirir os conhecimentos demandados pela desenvolvimento nacional em universidades francesas. Por outro lado, as idéias francesas, em particular o positivismo de Augusto Comte, eram amplamente compartilhadas pelos intelectuais brasileiros e ajudaram em grande medida na construção das instituições brasileiras.

Durante este período e começo do século XX, as classes mais ricas do Brasil buscavam viver o glamour da belle époque e mergulhar na vida cultural francesa, particularmente desta de Paris. Os laços entre Brasil e França foras reforçados por uma série de acordos no âmbito acadêmico e projetos de parceria científica que foram essenciais na formacão e estruturação de importantes institutos e e universidades brasileiras como é o caso da Universidade de São Paulo.

A partir da década de 1960, com a instituição da ditadura militar no Brasil, os brasileiros procuraram refúgio político na França.

Mais recentemente, os brasileiros tem migrado para a França em busca de melhores oportunidades como estudantes[1] ou trabalhadores. Este fluxo faz parte no entanto de um movimento migratório maior gerado pela crise econômica brasileira da década de 1980 que comprometeu o status econômico e social das classes médias brasileiras.

A França, embora não seja o país de destino maior dos brasileiros, com a formação do espaço de livre circulação e dos ataques terroristas de 11 de setembro nos Estados Unidos que causaram um maior controle das fronteiras americanas, ela se tornou uma importante porta de entrada na Europa para os brasileiros. Outros dois fatos importantes que fortalecem a França como porta de entrada, foram a não exigência de visto de entrada para deslocamentos de duração inferior a 90 dias e sua posição estratégica – ela faz fronteiras com a Bélgica, Alemanha, Itália, Suíça e Espanha, além da proximidade com o Reino Unido.

Quantos Somos e Quem Somos

A composição da comunidade brasileira na França mudou bastante desde os anos 1980 quando a maioria dos brasileiros residents eram estudantes, exilados políticos, e mais tarde, pesquisadores atraídos pelas universidades francesas. Como referido anteriormente, a partir da década de 1980, a França passou a receber imigrantes brasileiros em busca de melhores oportunidades economicas. Em 1982, segundo dados do Institut National de la Statistique et des Études Économiques (INSEE), haviam cerca de 5.300 brasileiros imigrantes e cerca de 3.800 brasileiros estrangeiros no país (total de 9.100). Os immigrants, segundo a definição do INSEE, são aqueles brasileiros que vivem na França, nasceram no Brasil, e obtiveram nacionalidade francesa. Os estrangeiros são aqueles brasileiros que moram na França mas não são naturalizados. Em 2008 estes números alcançaram a casa de 25.000 e 14.000 respectivamente (total de 39.000).[2]

Ainda de acordo com os dados do INSEE, o número de brasileiras na França é maior do que o dos brasileiros. As mulheres representavam 59% dos imigrantes brasileiros na França em 1982 e 62% em 2008. Entre os estrangeiros, as mulheres são também maioria: 56% em 1982 e 62% em 2008. O mesmo Instituto revelou que a grande maioria dos brasileiros vivendo na França são adultos entre 18 a 59 anos. Aqueles com 60 anos ou mais representam o menor grupo. Por outro lado, estes com com menus de 18 anos representavam 34% dos imigrantes brasileiros (1999). Em 2008, este grupo diminuiu passando a representar somente 16%. O INSEE não reporta dados pertinentes a novel educacional, tipo de ocupação ou renda.

De acordo com os registros do Ministério das Relações Exteriores[1] a população de immigrants brasileiros na França cresceu de 30.000 pessoas em 2008 para 80.000 pessoas em 2011, ou seja, um aumento de 166%.[3] Este aumento representa uma nova configuração da distribuição dos brasileiros residentes na Europa, resultado de dois processos recentes: os efeitos negativos da crise economica de 2008 principalment nos Estados Unidos e na Espanha; e as novas possibilidades de circulação que se abriram com a criação do espaço Schengen[4]

Segundo Gisele Almeida[5] a maioria dos imigrantes trabalhadores brasileiros na França são oriundos dos estados de Goiás, Minas Gerais e Paraná, em geral empregados na construção civil, renovacão de imóveis, setor de limpeza e baby-sitting.

A Crise Economica e as Posturas Anti-Imigração

A situação fiscal-financeira da França não é tão ruim quanto esta da Grécia, Portugal ou Espanha mas exigirá sacrifícios semelhantes por parte da população do país. Segundo o FMI, o crescimento economico do país será de 0,5% em 2012 com taxas de desemprego, principalmente entrre os jovens de 15 a 24 anos chegando a 25%. Como é peculiar nests situações, as posições anti-imigração e anti-imigrante atingem proporções maiores. É sob estas condições que a imigração brasileira vem se dando, um contexto marcado por obstáculos legais crescentes e pressão política constante além de práticas sociais racistas e xenófobas.

Brasileiros no Japão

A emigração de brasileiros para o Japão está ligada ao fluxo migratório de japoneses para o Brasil no início do século XX. Impulsionado pelo próprio governo japonês e pela demanda de mão de obra para a cafeicultura em expansão no oeste paulista, cerca de 190.000 japoneses emigraram para o Brasil …

Brasileiros na América Central

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Brasileiros nos Estados Unidos

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Almeida, Gisele Maria Ribeiro. 2011. As “Causas” e os “Motivos” na Emigração de Brasileiros para a França. Artigo apresentado no VII Encontro Nacional sobre Migrações de Tema Central: Migrações, Políticas Públicas e Desigualdades Regionais. Curitiba, PR. http://www.digaai.org/wp/pdfs/brasileiros_franca.pdf

Almeida, Gisele Maria Ribeiro. 2011. Os Brasileiros na França. São Paulo. SP. http://www.digaai.org/wp/pdfs/brasileirosnafranca.pdf

Almeida, Gisele Maria Ribeiro. 2013. Au Revoir, Brésil: Um Estudo sobre a Imigração Brasileira na França Após 1980. Campinas. SP. http://www.digaai.org/wp/pdfs/almeidagiselemariaribeirode.pdf

Amaral, Ruy Pacheco de Azevedo. 2008. Ano do Brasil na França. Fundação Alexandre Gusmão. Brasília.

Martins, Carlos Bendito. (org). Diálogos entre o Brasil e a França: Formação e Cooperação Acadêmica. Recife

Mazza, Débora. 2009. Intercâmbios Acadêmicos Internacionais: Bolsas capes, CNPq e Fapesp. Cadernos de Pesquisa. v. 39, n. 137, Mai/Ago 2009.

Peralva, Angelina. 1994. França: Imigrantes, Estarngeiros, Estranhos. In Lua Nova: Revista de Cultura e Política. São Paulo. n.33. p. 59-76. [2]

Roland, Denis. 2008. L’etat Français et les Exils Brésiliens: Prudence D’etat, Guerre Froide et Propagands. In Santos, Idelette Muzart-Fonseca dos e Roland, Denis. L’exil Brésilien en France: Historie et Imaginaire. Paris: L’Hartmettan.

Roland, Denis. 2008. L’exil des Disctatures: Impact Conjoncturiel dans la Présence Latino-américaine en France?. In Santos, Idelette Muzart-Fonseca dos e Rolland, Denis. L’exil Brésilien en France: Histoire et Imaginaire. Paris: L’Hartmattan.

Tavares, Aurélio de Lyra. 1979. Brasil-França: Ao Longo de Cinco Séculos. Rio de Janeiro: Biblioteca do Exército.

Valente, Pamela. “Os Brasileiros na França.” In: Rádio França Internacional, 07/07/2005. [3]

Xavier de brito, Angela. 2000. Transformações Institucionais e Características Sociais dos estudantes Brasileiros na França. In: BIB – Revisita Brasileira de Informação Bibliográfica em Ciências Sociais, n. 50.

 

REFERÊNCIAS
1

Segundo dados do Ministére des Affaires Étrangéres et Européennes (2009), 40% dos estudantes oriundos dos países sul-americanos no período 2008-2009 eram brasileiros

2 A diferença aqui é feita entre os brasileiros naturalizados e os não-naturalizados.
3 Esta população representa no entanto somente 7 por cento da população brasileira residente na Europa.
4 O Acordo Schengen estabelece a livre circulação entre as populações dos estados signatários.
5 Au Revoir, Brésil: Um Estudo sobre a Imigração Brasileira na França Após 1980

 

Remessas Monetárias

A globalização está acelerando a migração internacional. Impulsionada por uma série de fatores, tais como a crescente necessidade de mão de obra qualificada e não qualificada nos países desenvolvidos dado o baixo nível de fertilidade e o rápido envelhecimento da população; persistente pobreza…

Transnacionalismo

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