Organizações Midiáticas

Organizações Midiáticas

Organizações Midiáticas

INTRODUÇÃO

O levantamento sobre a mídia brasileira emigrante, realizada pelo Ministério das Relações Exteriores do Brasil, registrou 216 veículos midiáticos de vários tipos (FIRMEZA, 2007), incluindo a existência da Associação Brasileira de Imprensa Internacional (ABI-I). Além destes veículos, a comunidade brasileira sustenta quatro das maiores redes de televisão nacionais com transmissão diária via cabo ou satélite – a TV Globo Internacional, a TV Record Internacional, a Band Internacional, e a televisão pública TV Brasil Internacional.

Esse número, no entanto, subestima muito o universo da mídia brasileira. Uma pesquisa informal, publicada no número 23 de O Jornal Brasileiro, em 13 de março de 2010, aponta, por exemplo, que somente em Massachusetts existem 114 programas de rádio brasileiros ativos, na sua maioria apresentados por pastores ou pessoas ligadas a igrejas, sem contar os programas transmitidos via Internet. Segundo o mesmo artigo, três emissoras de rádio detêm a maior parte do mercado brasileiro em Massachusetts: 650, 1230 e 1360, todas AM.

Mais recentemente, os brasileiros têm utilizado a web como meio de comunicação. Embora não haja números relativos à quantidade de websites voltados para a comunidade brasileira, estima-se que tais números alcancem a casa dos milhares. Os sítios de relacionamento são um dos meios mais utilizados pelos brasileiros, existindo centenas de grupos espalhados pelo Facebook, Instagram e LinkedIn.

Leandro Alves, um dos mais populares radialistas brasileiros da Nova Inglaterra. Apresentador do Show do Leandrinho. (Foto: Beto Moraes).

Cada vez mais a mídia imigrante brasileira desempenha um papel fundamental na produção e difusão de informações de utilidade pública e modela percepções sobre a comunidade brasileira, seus avanços, problemas e perspectivas futuras.

Lançado em setembro de 1969, na chamada ‘Tri-State Area’ (os estados de New York, New Jersey e Connecticut), o Brazil News foi o primeiro jornal com foco na vida dos imigrantes brasileiros na América. O feito pioneiro e histórico do jornalista Al Sousa, idealizador do Brazil News, acaba de completar 40 anos.

Primeiro jornal brasileiro nos Estados Unidos fundado por Al Sousa e Abraão Udler em setembro de 1969 –

(Fonte: acheiusa.com)

O MERCADO DA MÍDIA BRASILEIRA NOS ESTADOS UNIDOS

Em 2009, a ABI-Internacional realizou uma pesquisa focada nos hábitos de consumo midiático dos brasileiros residentes nos Estados Unidos, abarcando mais de mil entrevistados residentes em onze estados. Como resultado, destaca-se:

(1) A mídia impressa segue tendo um forte elo com a comunidade brasileira, com 44% dos respondentes apontando esses veículos como os principais meios de informação sobre a comunidade brasileira, seguidos da televisão (33%), internet (21%), e dos programas de rádios e outras fontes, representando somente 1% cada;

(2) Quanto ao conteúdo de maior interesse, são mencionadas em primeiro lugar as notícias relativas às questões migratórias (31%), seguidas pela temática dos esportes (28%), arte e cultura (24%), economia e negócios (65%), política (3%), colunas sociais (2%) e assuntos diversos (1%);

(3) Quando perguntados sobre o que mais falta aos veículos de comunicação brasileiros, 59% dos entrevistados afirmaram sentir falta de uma maior quantidade de conteúdo local (59%) e da cobertura de artes e cultura (28%). Outros 14% prefeririam ter mais acesso à cobertura de eventos sociais – fato interessante, dado que somente 2% dos entrevistados preferem esse tipo de conteúdo – seguido de cobertura fotográfica (11%), esportes (6%), utilidade pública (4%), política (3%) e economia (1%).

A maioria dos entrevistados (73%) reside nos Estados Unidos há mais de cinco anos. Dentre estes, 42% vivem no país há mais de dez anos e 61% deles pretendem continuar vivendo no país por dez anos ou mais, representando, assim, um mercado estável.

Brasileiros na Austrália

As políticas operadas no século XX transformaram a Austrália de um país devotado a idéia de um país habitado pelos descendentes anglo-saxões propiciada pela “White Australia Policy” do século anterior. Começando nos anos 1949, mudanças políticas passaram a ocorrer gradualmente até …

Brasileiros em Massachusetts

Segundo Maxine Margolis (2009), os primeiros imigrantes brasileiros chegados aos Estados Unidos vieram da cidade mineira de Governador Valadares para o estado de Massachusetts. Esta ligação entre Governador Valadares e Massachusetts, começou durante a segunda guerra mundial quando o Brasil tornou-se …

Brasileiros em Portugal: De Volta Às Raízes Lusitanas

Ao longo de todo o século XX, o Brasil foi destino de cerca de um milhão e duzentos mil emigrantes portugueses. No entanto, no início do século XXI, o fluxo migratório inverte-se e Portugal passa a acolher um número significante de brasileiros. Segundo Carlos Vianna, Ex-presidente da Casa do Brasil…

Brasileiros na Europa

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Apesar de 36% dos entrevistados declararem que vieram para os Estados Unidos para fazer seus “pés de meia,” 38% deles alegaram razões ligadas à qualidade de vida, incluindo a segurança, fator que somado a melhores oportunidades profissionais (17%), mostra que 55% dos brasileiros tinham como motivo para emigrar não só o aspecto financeiro, mas as questões de estabilidade social, característica que explica o porquê do aumento contínuo da imigração mesmo depois do país começar a crescer. A identificação com o “modo de vida americano” pode também ser entendido como “qualidade de vida”, pois várias pesquisas revelam que o “modo de vida americano” refere-se, muitas vezes, a processos de estabilidade social, respeito às leis, etc. ((Ver em: Tempo que pretendem ficar.)).

No que diz respeito às características relativas à idade, origem, e ocupação, a maioria dos entrevistados estão entre as faixas etárias de 26 a 35 anos (35%), seguidos pela faixa etária entre 14 e 25 anos (25%); 36 a 50 (22%); e acima de 50 anos (18%). Esta distribuição mostra um mercado formado na sua maioria por um leitor jovem, isto é, um leitor entre 14 e 35 anos (60%)((Ver em: Idade.)).

Quanto às origens, a maioria dos leitores são oriundos da região sul e sudeste brasileiro, tendo os provenientes de Minas Gerais a maior proporção (37%), seguidos por aqueles oriundos de São Paulo (18%), Rio de Janeiro (14%), Goiás (11%), Paraná (7%), Espírito Santo (3%), Ceará (2%), Bahia, Pernambuco, Rondônia, Paraíba, Rio Grande do Sul e Santa Catarina com 1% cada, restando 2% para os demais Estados.

Por fim, no que diz respeito às suas ocupações, os imigrantes brasileiros estão concentrados majoritariamente no setor terciário ou de serviços, como pode ser visto no gráfico ao lado. Os estudantes e os empresários representam 8% e 4% dos leitores, respectivamente((Ver em: Profissões.)).

A MÍDIA BRASILEIRA MUNDO AFORA

A mídia brasileira tem grande expressão como elemento aglutinador da população imigrante brasileira, facilitando o processo de formação da identidade cultural de uma comunidade em construção. O link a seguir, Perfil da Mídia Brasileira, contém uma série de perfis das organizações midiáticas brasileiras por país e por tipo de mídia em ordem alfabética.

 

https://abiinter.com/sala-de-imprensa/38-uma-palavra-de-edilberto-mendes

https://abiinter.com/sala-de-imprensa/37-uma-palavra-de-carlos-borges

PRIMEIRA ASSEMBLÉIA GERAL – 13 ABRIL 2007

Aos treze dias do mês de abril do ano de 2007, às 15 horas, reuniram-se os profissionais de imprensa descritos e assinados na relação em anexo, no Broward Center for the Performing Arts, na 201 SW Fifth Avenue, em Fort Lauderdale, 33312, Florida, Estados Unidos, para discutirem e aprovarem o Estatuto da Associação Brasileira de Imprensa Internacional – ABI Inter.

A pauta de convocação da primeira assembléia geral incluiu três itens: a apresentação da proposta do Estatuto, sua votação e a apresentação de uma primeira diretoria para as providências iniciais constitutivas.

O jornalista Al Sousa, pioneiro do jornalismo brasileiro nos Estados Unidos, morreu no dia 20 de julho, em São Paulo. Alvaro Raymundo de Sousa Neto, mais conhecido como Al Sousa, faz parte da história da imprensa brasileira nos Estados Unidos. Em 2006, ele foi reconhecido pelo Brazilian International Press Awards como um dos pioneiros da mídia comunitária brasileira durante a cerimônia de fundação da Associação Brasileira de Imprensa Internacional. Nesta data, Al Sousa recebeu uma placa comemorativa das mãos do presidente da Associação Brasileira de Imprensa, Maurício Azedo, que estava na Flórida para participar da fundação da ABI Inter. Em 2009, o jornalista Al Sousa recebeu uma homenagem especial do Jornal AcheiUSA em comemoração aos 40 anos do lançamento Brazil News, o primeiro jornal brasileiro nos Estados Unidos. O Brazil News foi fundado em Nova York no ano de 1969 e teve como fundadores e precursores do jornalismo brasileiro nos Estados Unidos os visionários Abraão Udler e Al Sousa, que com sua morte, deixa uma lacuna na imprensa brasileira do exterior.

A carreira jornalística de Al começou aos 17 anos de idade no Rio de Janeiro, quando um vizinho que era proprietário de um pequeno jornal “O Mundo” o chamou para ajudar na apuração de informações pelo telefone junto às delegacias de polícia. Como filho de um jornalista e escritor, não foi difícil para que ele se apaixonasse pela profissão. Daí em diante, ele passou pelos principais veículos de comunicação do país, incluindo aí os jornais ‘Diário de Notícias’, ‘Luta Democrática’, ‘O Fluminense’ e ‘A Noite’; a ‘Rádio Nacional’, onde atuou como produtor do consagrado Repórter Esso, e até televisão, na ‘TV Tupi’, apresentando um programa ao vivo de variedades. Al Sousa era tio do jornalista Jorge Moreira Nunes, diretor do jornal AcheiUsa. A diretoria da ABI Inter presta sua última homenagem ao profissional Al Sousa.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE IMPRENSA INTERNACIONAL ABI-I

BENDIXEN & ASSOCIATES. Ethnic Media in America: The Giant Hidden in Plain Sight. 2005. (Pesquisa feita para a “New California Media – NCM” em parceria com o Center for American Progress Leadership Conference on Civil Rights Education Fund.) Disponível em: http://www.digaai.org/wp/pdfs/ncm_ethnic_midia.pdf.

BENDIXEN & ASSOCIATES. Ethnic Media in America: The Giant Hidden in Plain Sight. 2005. (Pesquisa de Opinião Pública dos “Asian American, Hispanic, African American, Arab American and Native American Adults”) Disponível em: http://www.digaai.org/wp/pdfs/ncm_ethnic_midia_presentation.pdf.

FIRMEZA, George Torquato. Brasileiros no Exterior. Fundação Alexandre de Gusmão, 2007.

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Imigração Transnacional

Introdução

Imigrante transnacionalismo pode assumir várias formas, como telefonemas regulares que os brasileiros em New York ou Boston fazem para os seus familiares em São Paulo ou Governador Valadares, as operações diárias de venda de casas no Brasil feitas por corretores de imóveis brasileiros em Massachusetts, ou as remessas de dinheiro para ajudar as suas famílias que ficaram nos seus países de origem. Em termos gerais, transnacionalismo refere-se ao envolvimento regular dos imigrantes em atividades que ultrapassam as fronteiras nacionais como parte de suas rotinas diárias envolvendo suas vidas no exterior. É importante notar que esta definição distingue o envolvimento regular em atividades econômicas, políticas e sócio-culturais de engajamentos mais ocasionais ou pontuais, como a rara viagem ao país de origem ou de uma operação de transferência monetária esporádica.

Sambistas brasileiros desfilam no festival annual “Asakusa Carnaval” em Tóquio – 27/08/2005 – (AP Foto/David Longstreath ).

Este conceito é relativamente novo na medida em que procura captar a participação frequente e duradoura dos imigrantes na vida econômica, política e cultural dos seus países de origem, um fenômeno só possível, na escala de hoje, graças aos avanços das tecnologias de transporte e comunicação ao longo das últimas três décadas.[1]
As atividades transnacionais não estão necessariamente presente em todos os grupos de imigrantes e variam de grupo para grupo e entre imigrantes de um mesmo grupo tanto na sua extensão quanto na intensidade destas. Estas atividades não se dão em oposição a integração dos imigrantes nas sociedades receptoras. Na realidade, vários pesquisadores tem mostrado que quanto mais integrados mais relações transnacionais eles desenvolvem. Por exemplo, Professor Alejandro Portes em suas pesquisas encontrou que os imigrantes mais integrados são mais propensos a estabelecer atividades transnacionais.[2

 

Imigrantes Europeus do Século IXX.

A razão porque o transnacionalismo merece atenção é o seu crescimento absoluto nos últimos anos e o fato de que a sua presença é altamente relevante para o funcionamento das cidades globais. Por isso, um “framework” transnacional permite a criação de políticas transnacionais capazes de delinear programas públicos e parcerias público-privadas além fronteiras. Por causa das implicações econômicas destas relações transnacionais, oportunidades se abrem para empresas, empreendedores sociais e governos inovadores.
As atividades transnacionais conformam uma gama de alternativas capazes de criar caminhos mais promissores para a criação de riqueza através do empreendedorismo e do emprego. Elas podem ainda promover maiores níveis de multiculturalismo via a criação e preservação de formas culturais híbridas. O transnacionalismo tem ainda implicações importantes para as noções de comunidade, identidade e desenvolvimento econômico.
Finalmente, a integração transnacional desafia as teorias tradicionais de assimilação que assumem que os imigrantes mais “assimilados” são menos susceptíveis de envolverem-se nas esferas econômica, social e política dos seus países de origem.

Atividades Transnacionais e Campos Sociais

Quando os imigrantes desenvolvem atividades transnacionais, eles criam “campos sociais” que ligam seus países de origem com seus países de residência. Estes campos sociais são produto de

 

Fonte: Alvaro Lima. Transnationalism: A New Mode of Immigrant Integration. 2010.

uma série de atividades econômicas, políticas e sócio-culturais interligadas e sobrepostas:

  • Atividades econômicas transnacionais tais como investimentos empresariais nos países de origem e as remessas monetárias são bem documentadas. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) estima que em 2006 os imigrantes que vivem nos países desenvolvidos enviaram para casa o equivalente a $300 bilhões em remessas, uma quantia superior ao dobro da ajuda internacional para o desenvolvimento. Em essência, este afluxo intenso de recursos pode significar que, para algumas nações, as perspectivas de desenvolvimento se tornam inextricavelmente ligadas, se não dependente, das atividades econômicas de suas respectivas diásporas;

As remessas de dinheiro são somente a ponta do iceberg transnacional.

  • Atividades políticas transnacionais podem variar desde a afiliação a partidos políticos, votação em eleições, ou a disputa a cargos políticos nos seus países de origem. Outras atividades, menos formais, mas importantes, incluem a disseminação de idéias políticas e normas, como a publicação de editoriais, publicação de comentários em blogs ou lobbying em seus locais de origem. Há também exemplos extremos de pessoas como Jesus Galvis, um agente de viagem na New Jersey, que em 1997 concorreu a uma vaga no Senado na Colômbia, seu país natal. Se tivesse sido eleito, o que não ocorreu, pretendia ocupar seus cargos simultaneamente em Bogotá e Hackensack na New Jersey, onde era vereador;
  • Atividades sócio-culturais transnacionais cobrem uma ampla gama de relações sociais e culturais através das quais idéias e significados (meanings) são trocados. Uma pesquisa recente demonstrou a importância das “remessas sociais” que criam formas distintas de capital social entre os migrantes e aqueles que permanecem em casa. Estas transferências de significados e práticas sócio-culturais ocorrerem durante visitas que os imigrantes fazem aos seus países de origem (ou visitas feitas por não-migrantes a amigos e familiares vivendo no exterior) ou ainda através de correspondências via e-mails, chatrooms, ligações telefônicas e cartas.

Dizer que os imigrantes “constroem” campos sociais que ligam pessoas no exterior a pessoas nos países de origem, não quer dizer que os imigrantes não estão firmemente enraizados nas comunidades onde vivem. Na verdade são tão membros destas comunidade como qualquer outro morador. A diferença é que suas vidas diárias dependem também de pessoas, dinheiro, idéias e outros recursos localizados nos seus países de origem.
Estes campos sociais transnacionais compreendem então, conjuntos estáveis, duráveis e densos de relações – econômicas, políticas e sócio-culturais – que vão além das fronteiras de estados soberanos.
A geografia desses campos sociais transnacionais variam significativamente, dependendo de fatores como gênero, classe social e os contextos de saída do país de origem ou os modos de incorporação nos países receptores. Além disto, a estrutura destes campos sociais não são simplesmente relações unidimensionais entre uma comunidade vivendo no exterior e estas dos seus país de origem mas também entre estas comunidades imigrantes vindo de um mesmo país e vivendo em países diferentes.

Contextos de Saída e de Incorporação

Os contextos de saída assim como os modos de incorporação podem facilitar ou dificultar, promover ou desencorajar atividades transnacionais. Os países receptores muitas vezes desempenham um papel central definindo os limites da inclusão, exclusão e cidadania ou permitindo ou proibindo formas de mobilização política dentro de suas fronteiras. Porter et. al. dão um exemplo ilustrativo destes processos no seus estudos comparativos entre imigrantes colombianos e dominicanos vivendo nos Estados Unidos. Ambas populações vem da América Latina e partilham além da língua, muitos traços culturais. No entanto, seus contextos de saída e recepção traduzem diferente realidades de incorporação a sociedade americana e suas atividades transnacionais.

Fonte: Alvaro Lima. Tranasnationalism: A New Mode of Immigrant Integration. 2010.

Suas pesquisas revelaram que os imigrantes colombianos tendem a emigrar de áreas urbanas e tem níveis mais elevados de educação do que os outros imigrantes latinos. Estes imigrantes deixam a Colômbia muitas vezes por causa da violência e pela deterioração das condições econômicas e políticas. Além disto, a maioria dos imigrantes colombianos são brancos ou mestiços de cor clara e, assim, escapam as formas mais maliciosas de discriminação sofrida por grupos não-brancos na sociedade americana.
Os dominicanos por outro lado, são oriundos principalmente da classe trabalhadora, com um número significativo de profissionais de classe média e empresários. A partida é quase sempre motivada por circunstâncias econômicas ou busca de novas oportunidades. No entanto, porque a República Dominicana é um país predominantemente mulato com uma classe superior branca que não emigra, os imigrantes dominicanos são na sua maioria negros ou mulatos e, portanto, enfrentam discriminação significativa ao atingir os Estados Unidos.
O “Comparative Immigrant Entrepreneurship Project” analisou dados recolhidos a partir de um levantamento dessas comunidades para testar a hipótese sobre o impacto dos contextos de saída e modos de incorporação sobre o caráter do transnacionalismo imigrante. A equipe chefiada por Portes encontrou diferenças significativas na participação transnacional destes dois grupos:

  • Os grupos que migram de áreas rurais tendem a formar comitês cívicos apolíticos em apoio das localidades que deixaram para trás (hometown associations). Por outro lado, os imigrantes que vem de ambientes mais urbanos, muitas vezes se envolvem na política nacional e na vida cultural dos seus países, especialmente quando se trata de filiação com partidos políticos nacionais;
  • Contextos de recepção também tem uma forte influência no que diz respeito ao caráter das atividades transnacionais. Quando um grupo de imigrantes encontra-se discriminado, os seus membros, muitas vezes, se unem e adotam uma postura defensiva em relação ao país de acolhimento, apelando coletivamente para símbolos de orgulho cultural ou nacional do seus países de origem. No entanto, quando a discriminação é ausente atividades transnacionais tornam-se mais individualizadas com as organizações adotando perfis de “classe média” como os consagrados clubes Kiwanis, Lions ou outras associações de caridade orientadas para a prestação de serviços sociais;
  • O papel dos governos nacionais é variado, mas eles estão cada vez mais ativos no moldar desses contextos. Alguns governos dos países de origem aprovaram leis permitindo que os migrantes mantenham a sua cidadania, possam votar e até mesmo concorrer a cargos políticos, embora vivendo em outros países. Alguns consulados, a pedido dos seus governos, tem assumido posições proativas em relação as comunidades imigrantes dos seus países, prestando assistência jurídica, aulas de Inglês além de outros serviços.

Globalização, Imigração e Transnacionalismo

O transnacionalismo tem implicações importantes para o entendimento dos processos migratórios. Tradicionalmente, estes processos tem sido vistos como processos autônomos, impulsionados por condições de pobreza ou superpopulação em um determinado país, sem relação estreita com as políticas externas, necessidades econômicas, ou interesses geopolíticos dos países receptores. Estagnação econômica, superpopulação e pobreza criam pressões que alimentam a migração, mas, por si só, não são suficientes para produzir grandes fluxos migratórios internacionais. Há países, por exemplo, que apesar de longa história de pobreza não exibem emigração significativa. Além disso, há países com níveis elevados de emprego, que continuam a testemunhar processos migratórios em grande escala.

Fonte: Alvaro Lima. Imigrantes Residentes nos Países da OECD Oriundos dos Países em Desenvolvimento. 2010.

A realidade é que não é seguro assumir que os motivos para a migração existem unicamente no interior dos países de origem. Estes estão também embutidos em dinâmicas geopolíticas e globais. Evidências abundantes de padrões geográficos migratórios sugerem que os países receptores acolhem, na sua maioria, emigrantes dos países das suas “zonas de influência.” Estes processos migratórios são, assim, um componente fundamental da globalização.
Há relações sistemáticas e estruturais entre globalização e migração. O surgimento de uma economia global tem contribuído tanto para a criação de “pools” de emigrantes em potencial como para a formação de laços econômicos, culturais e ideológicas entre os países industrializados e estes em desenvolvimento que, posteriormente, servem de pontes para a migração internacional.

Fatores Impulsionadores do Transnacionalismo

Um dos fatores principais no crescimento do transnacionalismo foi o desenvolvimento de tecnologias que tem tornado o transporte e comunicação infinitamente mais acessível e disponível para os

Fonte: Alvaro Lima. Tranasnationalism: A New Mode of Immigrant Integration. 2010.

imigrantes, mudando assim radicalmente a relação entre pessoas e lugares. Hoje, os imigrantes podem manter contato frequente com as suas sociedades de origem como nunca antes.
Outro fator chave no desenvolvimento do transnacionalismo tem sido o fato de que as migrações internacionais tornaram-se cada vez mais parte integrante do futuro demográfico de muitos países desenvolvidos. Além de simplesmente preencher uma demanda por mão-de-obra, a migração também preenche o vazio criado pelo declínio das populações da maioria dos países industrializados. Hoje, a migração é responsável por 3/5 do crescimento da população dos países ocidentais como um todo. Essas tendências não mostram nenhum sinal de desaceleração.
Além disto, transformações políticas globais e novos regimes jurídicos internacionais tem enfraquecido o Estado como a única fonte legítima de direitos. A descolonização, juntamente com a queda do bloco comunista e a ascendência do regime de direitos humanos tem forçado os estados a lidar com as pessoas enquanto pessoas, ao invés de somente enquanto cidadãos. Assim, mais e mais, as pessoas tem direitos independentemente de serem ou não cidadãos de um país.
Houveram também mudanças culturais, promovidas pela produção e consumo mundial, obscurecendo a distinção entre o que é nativo e o que é estrangeiro, fomentando processos de hibridação que tomam o lugar do romanticismo folclórico e do nacionalismo político como essência dominante da cultura nacional.

Implicações Gerais do Transnacionalismo

Devido à sua crescente presença e domínio no cotidiano de vários imigrantes e suas comunidades tanto nos países de acolhimento quanto estes de origem, há uma série de implicações que podem ser resumidas de forma geral pelos princípios a seguir:

  • Portabilidade – como os imigrantes transnacionais movem-se de um lugar para outro, é essencial que eles sejam capazes de “levar” com eles suas credenciais profissionais, seguro de saúde, planos de aposentadoria, etc. fazendo assim da portabilidade um princípio importante no desenho de políticas, programas, e projetos voltados para este segmento da população;
  • Transmissibilidade – além de serem capazes de “levar” as suas credenciais, registros e benefícios, estes devem ser transferíveis, isto é, serem reconhecidos, tanto nos locais de origem quanto de destino. Portabilidade e Transmissibilidade se complementam;
  • Visibilidade – embora as atividades dos empresários transnacionais imigrantes tenham contribuído significativamente para a revitalização de cidades, bairros, e comunidades de vários países receptores, eles continuam presos a rótulos étnicos tornando-os invisíveis enquanto imigrantes transnacionais com necessidades e contribuições únicas. Por exemplo, os sistemas de apoio empresarial criados por governos locais, estaduais, ou federais, são baseados em conceitos de economias éticas ou de encavale;
  • Hibridismo – estados-nação, tanto nos países de origem quanto nos países de acolhimento, tem de adaptar-se às realidades transnacionais que desafiam noções tradicionais de identidade nacional e de pertença. Comunidades transnacionais criam culturas híbridas. O ideal de uma nação-estado “contendo” o seu povo através de laços comuns linguísticos, culturais e étnicos já não se aplica;
  • Translocalidade – os conceitos de “comunidade” e “desenvolvimento local” devem ser entendidos em termos de relações e fluxos que se formam entre pessoas e grupos em vez de lugares semi-autárquicos.

Alguns governos já estão iniciando processos de mudança para acomodar os imigrantes transnacionais. Um número crescente de governos de países com grandes populações migrantes – das Filipinas ao México – estão a alterando as suas políticas e práticas em relação a estes.

Transnacionalismo entre a População Brasileira

Fonte: Alvaro Lima e Plastrik, Peter – A Profile of Brazilian Remitters in Massachusetts, July 2007.

Existem vários esforços acadêmicos para medir o fenômeno transnacional empiricamente. Entre eles, estão estes do Professor Alejandro Portes da Universidade de Princenton e os do Dr. Manuel Orozco, diretor do programa “Remittances and Development” da organização Inter-American Dialogue[1]. Este último desenvolveu um “framework” para medir as relações transnacionais entre imigrantes focando nos fluxos econômicos gerados por estes. Seu modelo, conhecido por “6Ts,” inclui remessas (remittance transfers), turismo (tourism), transporte (transportation), telecomunicações (telecomunications), comércio nostálgico (nostalgic trade) e investimentos transnacionais (transnational investiments). Este modelo foi utilizado para medir o transnacionalismo entre os imigrantes brasileiros[3] comparando-os com resultados de pesquisas anteriores dirigidas pelo Dr. Orozco entre imigrantes latino americanos e caribenhos.

Fonte: Alvaro Lima e Plastrik, Peter – A Profile of Brazilian Remitters in Massachusetts, July 2007.

Fonte: Alvaro Lima e Plastrik, Peter – A Profile of Brazilian Remitters in Massachusetts, July 2007.

Fonte: Alvaro Lima e Plastrik, Peter – A Profile of Brazilian Remitters in Massachusetts, July 2007.

Fonte: Alvaro Lima e Plastrik, Peter – A Profile of Brazilian Remitters in Massachusetts, July 2007.

Fonte: Alvaro Lima e Plastrik, Peter – A Profile of Brazilian Remitters in Massachusetts, July 2007.

Fonte: Alvaro Lima e Plastrik, Peter – A Profile of Brazilian Remitters in Massachusetts, July 2007.

Fonte: Alvaro Lima e Plastrik, Peter – A Profile of Brazilian Remitters in Massachusetts, July 2007.

Fonte: Alvaro Lima e Plastrik, Peter – A Profile of Brazilian Remitters in Massachusetts, July 2007.

Fonte: Alvaro Lima e Plastrik, Peter – A Profile of Brazilian Remitters in Massachusetts, July 2007.

Questionários medindo estas variáveis foram ministrados a 250 brasileiros vivendo em Massachusetts em áreas de grande concentração destes. Os questionários foram administrados em português e incluíam perguntas dos questionários das pesquisas do Dr. Orozco (2003 e 2006) para que os resultados fossem comparáveis. A amostra das pesquisas do Dr. Orozco incluíram nicaraguenses, dominicanos, bolivianos, mexicanos, salvadorenhos, guatemaltecos e jamaicanos.
As remessas de dinheiro são talvez o melhor exemplo e o mais bem conhecido comportamento transnacional. Os imigrantes dos países em desenvolvimento nos Estados Unidos enviam cerca de $150 bilhões de dólares por ano para as suas famílias, amigos, e comunidades dos seus países de origem. Cerca de 83 por cento dos imigrantes brasileiros vivendo em Massachusetts enviam dinheiro todo mês (50%), duas vezes ao mês (33,2%) e 9,2 por cento uma vez a cada três meses – um padrão consistente com os dos outros imigrantes latino americanos e caribenhos. No entanto, o valor das remessas dos brasileiros ($875 dólares mensais)[4] é muito maior do que a média dos outros imigrantes remetentes latino americanos e caribenhos.
As remessas são somente a ponta do icebergue transnacional. Quase metade dos brasileiros compram alimentos e especiarias brasileiras e um em cada cinco compra vídeos, DVDs, e CDs de origem brasileira. Quase 2/3 dos brasileiros responderam que telefonam para casa duas ou mais vezes por semana, por meia hora por cada ligação. A frequencia e duração dos telefonemas talvez estejam relacionados ao baixo número de imigrantes brasileiros que viajam para o Brasil – somente um em cada quatro – o que pode ser explicado pelo grande número de imigrantes brasileiros indocumentados no Estado.Setenta e dois por cento dos imigrantes brasileiros nunca viajaram para o Brasil, proporção esta, semelhante a esta dos cubanos, guatemaltecos, hondurenhos, colombianos, e nicaraguenses. Os dominicanos no entanto viajam a seu país uma ou duas vezes ao ano.
A vasta maioria assiste programas de televisão e rádio produzidos no Brasil. Quase três em cada quatro imigrantes brasileiros enviam ou recebem e-mails das suas famílias ou amigos no Brasil. O uso da internet pelos brasileiros é acima da média da dos outros imigrantes (72%), sendo igualados somente por esta da dos jamaicanos e dominicanos. Estes altos níveis de penetração da internet deve-se, talvez, ao alto grau de educação destes imigrantes. No caso dos brasileiros talvez o fato de que não possam viajar livremente para o Brasil aumente o uso de tal meio de comunicação.
Metade dos imigrantes brasileiros tem obrigações econômicas no Brasil. Mais de um quarto tem contas de poupança e 7 por cento tem empréstimos no Brasil. Um terço deles ajudam suas famílias para além das remessas que enviam, atrás somente dos guianêses. Assim como os outros imigrantes latinos e caribenhos, a ajuda está relacionada aos pagamentos de empréstimos imobiliários, escolares, e familiares. Além disto, os imigrantes brasileiros enviaram dinheiro para as suas famílias para despesas de investimento (39,5%) e planos de aposentadoria (15,2%).
Finalmente, somente um em cada quatro brasileiros (23,6%) votam nas eleições brasileiras o que expressa um grau de participação política bastante baixo. A sua participação em entidades de ajudas locais (hometown associations) é acima da média. A correlação positiva observada em estudos sobre outras comunidades imigrantes entre a participação nestas associações e as suas intenções de votar nas eleições dos seus países parece não existir no caso dos brasileiros.
Estes resultados preliminares nos leva a acreditar que os imigrantes brasileiros residentes em Massachusetts tenham um grau de transnacionalismo maior do que vários imigrantes latino americanos e caribenhos. No entanto, o transnacionalismo é um complexo fenômeno e deve ser medido não só economicamente mas também deve mensurar as atividades transnacionais políticas e sócio-culturais.

Referências

  1.  O conceito e a extensão do transnacionalismo são relativamente novos. Sua presença no entanto não o é. Durante as grandes imigrações do século IXX e início do século XX, muitos imigrantes recém-chegados aos Estados Unidos deixavam para trás seus familiares. Quase 80 por cento dos imigrantes italianos entre 1870 e 1910 eram homens que vieram sem suas esposas ou filhos. Muitos homens judeus também vieram para os Estados Unidos, por exemplo, sozinhos e, posteriormente, enviavam dinheiro para financiar a viagem dos outros membros da suas famílias. Entre 1900 e 1906, o New York Post Office enviou 12,3 milhões de ordens de pagamento individuais para outros países, com metade da quantia enviada destinando-se para a ItáliaHungria e países eslavos. (Foner, Nancy. “From Ellis Island to JFK.” Journal of American Ethnic History 21: 102-119.
  2.  Alejandro Portes. 2006. “Migration, Development, and Segmented Assimilation: A Conceptual Review of the Evidence,” in The Annals of The American Academy of Political and Social Science, Volume 610, March 2007.
  3.  Lima, Alvaro e Plastrik, Peter – A Profile of Brazilian Remitters in Massachusetts, July 2007.
  4.  Mesmo quando corrigindo para valores extremos ($3.000 dólares ou mais), o valor médio das remessas mensais dos imigrantes brasileiros é muito maior do que a media para os imigrantes latino americanos e caribenhos. A média para a mais recente transação foi de $747,8 e a mode de $500 dólares. Os meios para a transação mais recente é $ 747,78 eo modo de US $ 500. As medidas de assimetria (3,63) e curtose (18,82) confirmam que a distribuição é voltada para a esquerda.

Referências Bibliográficas

Workshop – Percepção e Prática de Ritmos de Forró

Workshop – Percepção e Prática de Ritmos de Forró

Workshop – Percepção e Prática de Ritmos de Forró

Tarciso Alves é cantor, compositor, e percussionista especializado em Forró do Nordeste do Brasil. Ele cresceu no estado de Pernambuco, mergulhado nas tradições musicais da região, na dança de forró e na poesia de palavras faladas. Estudou canto clássico no Conservatório de Música de Pernambuco e se formou em Ensino de História na Universidade Federal de Pernambuco.
O forró é uma dança popular de origem nordestina. Esta dança é acompanhada de música, que possui o mesmo nome da dança. A música de forró possui temática ligada aos aspectos culturais e cotidianos da região Nordeste do Brasil. A música de forró é acompanhada dos seguintes instrumentos musicais: triângulo, sanfona e zabumba.
Desde que se mudou para Boston em 2017, Tarciso promove a música brasileira de forró na região de Boston, Nova York, Costa Oeste e Canadá.

Oficina de Percussão Forró:

Uma introdução às origens do gênero Forró e sua musicalidade onde você aprende sobre a variedade de ritmos como Baião, Forró e Xote.
Instrutor – Tarciso Alves / Contribuição: $ 15

Espaço Cultural Diga Aí – 151 Pearl Street, Boston

e-mail: [email protected]

tel: 1 857 320 5588

 

LINK DO EVENTO AQUI

Brenda Miranda

Brenda Miranda, Tempe, AZ, Estados Unidos

Brasileiros no México

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil estima a população brasileira residente no México em 15.000 pessoas.

Brasileiros no Uruguai

A migração brasileira para o Uruguai iniciou-se nos anos 70, constituída na sua maioria por pequenos produtores sem terra. Nas décadas posteriores, esse fluxo começou a ser formado por grandes proprietários do Rio Grande do Sul e São Paulo. Segundo Reydon & Plata (1995), cerca de 10 por cento do território uruguaio pertencia a estrangeiros…

Brasileiros na França

A história das relações franco-brasileiras tem início no século XVI, com o projeto de criação da “França Antártica”, uma colônia francesa em terras brasileiras que eram na época domínio da Coroa Portuguesa (TAVARES, 1979). O empreendimento embora tenha conhecido certo sucesso, foi completamente derrotado pelos portugueses em 1565.

Impact dos Brasileiros na Economia de Boston – Prefeitura de Boston em Parceria com o Consulado Geral do Brasil em Boston

Impact dos Brasileiros na Economia de Boston – Prefeitura de Boston em Parceria com o Consulado Geral do Brasil em Boston


Em parceria com o Centro de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Boston, o Consulado Geral do Brasil em Boston realizou uma mesa redonda – parte da série Impacto Econômico Comunitário – voltada à importância dos brasileiros para a economia local além de alguns aspectos importantes para o progresso da comunidade brasileira.


A apresentação no Consulado Geral do Brasil reuniu vários líderes da comunidade brasileira. Entre eles fizeram-se presentes Heloisa Galvão do Grupo da Mulher Brasileira, Lídia Souza do New England Community Center da cidade de Stoughton, e Natalícia Tracey do Centro do Trabalhador Brasileiro, além de outros representantes da comunidade brasileira. Estavam ainda presentes membros do Consulado Geral do Brasil e da Prefeitura de Boston. 


O Consul Geral do Brasil em Boston, Sr. Benedicto Fonseca Filho, conduziu os trabalhos da mesa e Alvaro Lima, Diretor de Pesquisas da Prefeitura de Boston, apresentou a pesquisa feita pelo Departamento de Pesquisas da Prefeitura de Boston.


O Centro de Desenvolvimento Econômico foi criado para atender diretamente os moradores e empresas da cidade de Boston. Seu objetivo é conectá-los com oportunidades de forma a que posaam crescer e prosperar. Todas as oficinas são gratuitas e abertas ao público.


A série de Impacto Econômico Comunitário realiza em vários bairros e comunidades, apresentações focadas em explorar o impacto econômico das diversas comunidades em Boston. O objetivo é engajar os moradores, ouvir suas reações aos dados apresentados e incentivar sugestões sobre as políticas e prioridades de desenvolvimento econômico da cidade. A apresentação a seguir é uma cópia da pesquisa realizada pelo Departamento de Pesquisas da Prefeitura de Boston:


PONTOS PRINCIPAIS:

Os brasileiros, nascidos no Brasil ou com ascendência brasileira, representam 0,6% da população de Boston (3.770 pessoas) em 2016;

Os brasileiros têm 2.370 empregos e aproximadamente 493 são trabalhadores independentes (self-employed);

81% dos brasileiros são nascidos no Brasil;

35% dos brasileiros têm entre 25 e 34 anos;

35% dos brasileiros com 25 anos ou mais têm pelo menos diploma de bacharel;

A taxa de participação da força de trabalho dos brasileiros é de 80%;

39% dos trabalhadores brasileiros em tempo integral ganham entre US $ 75.000 e US $ 99.999;

31% dos domicílios chefiados por brasileiros ou brasileiras possuem casa própria.

Fonte: 2012-2016 American Community Survey (PUMS), BPDA Research Division Analysis

 

 


 

GALERIA DE FOTOS:

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Mil Pais Para Uma Garota

Mil Pais Para Uma Garota

Nascida em São Paulo, Cristine Lang vive atualmente nos Estados Unidos. Além de escritora Cristine é CEO da Editora UniVerse Stars Publishing. Cristine começou a escrever letras de músicas, poemas e poesias aos 14. Aos 16, escreveu seu primeiro roteiro de filme musical e aos 17 o segundo. Aos 18, foi convidada para ser roteirista de um documentário cultural, e assim, ela iniciou sua carreira com muito sucesso.

Autora de dois livros juvenis, lançou o primeiro romance: “Famosos Adolescentes” na Bienal do Livro de São Paulo em 2016, participou de um bate-papo com leitores na Livraria Saraiva, no Shopping RioMar em Recife – PE e realizou também, uma sessão de autógrafos no estande da Livraria Leitura, na Bienal do Livro de Brasília, que aconteceu no estádio Mané Garrincha em Outubro do mesmo ano. Em Dezembro de 2017, lançou seu segundo livro: “Mil Pais Para Uma Garota”, e durante toda sua trajetória literária, viajou para alguns Estados Brasileiros, divulgando sua obra e conquistando novos leitores em todo o Brasil.

A sessão de lançamento do livro “Mil Pais Para Uma Garota” aconteceu no Espaço Digaaí no dia 19 de Outubro de 2018 e contou com a realização de Kaado Pinheiro, diretor da PR Productions Theater and Movies USA, e também de vários parceiros, como Álvaro Lima e Sibia Keila. O evento reuniu vários membros da comunidade brasileira de Boston que tiveram a oportunidadede conversar com a autora durante a sessão de autógrafos.

“Mil Pais Para Uma Garota conta a história de Valerie, uma patricinha Californiana que adora passear por Beverly Hills com o seu gato de estimação chamado Wildy. Mesmo no meio de tanto luxo e glamour, a garota americana tem o desejo de descobrir quem é o seu verdadeiro pai, e para isso, ela passará por diversas situações engraçadas, sempre em busca do seu final feliz, como nos filmes”.

IMPRENSA:

https://www.braziliantimes.com/entretenimento/2018/10/12/mil-pais-para-uma-garota.html

https://www.braziliantimes.com/comunidade-brasileira/2018/10/29/sessao-de-lancamento-do-livro-juvenil-mil-pais-para-uma-garota-reuniu-personalidades-brasileiras-e-americanas.html


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