Brasileiros no Oriente Médio

BRASILEIROS NO ORIENTE MÉDIO

Roberto Khatlab –  natural de Maringá (PR), é pesquisador e autor de livros sobre história, e/imigação ibanesa-brasileira, religião e relação Brasil-Oriente Médio. Khatlab, é autor de mais  de 20 obras publicadas em português, árabe, espanhol, francês e inglês . Entre outras: As viagens de Dom Pedro II. Oriente Médio e África do Norte, 1871 e 1876. Ed. Benvirá (Saraiva) 2015. Brasilibaneses no Líbano, 2024. Dar Saer Mashrek, Líbano 2024.

Reside em Beirute, no Líbano. É diretor do Centro de Estudos e Culturas da América Latina na Université Saint-Esprit de Kaslik, Líbano.

INTRODUÇÃO

As relações entre o Brasil e o Oriente Médio são extensas e de longa data. O primeiro chefe de Estado brasileiros a visitar a região foi Dom Pedro II, em 1871 (Egito – Cairo e Alexandria) e depois, em 1876 (Monte Líbano, Síria, Palestina e Egito – Núbia Sudanesa). Nestas viagens, o Imperador passou por Beirute, Damasco, Cairo e Jerusalém, cidades que na época integravam o Império Otomano. Apesar de caráter não oficial, estas viagens contribuíram de modo significativo para uma maior aproximação entre brasileiros e médio-orientais, uma vez que fomentou a vinda de um grande número de sírios e libaneses ao Brasil. Podemos dizer que D. Pedro II é o pioneiro das relações diplomáticas entre os Impérios do Brasil e Otomano e que atraiu os árabes ao Brasil. Estes dois povos deram contribuição importante para a formação da sociedade brasileira

Desde a chegada destes  primeiros migrantes oriundos do Oriente Médio, o fluxo migratório de origem árabe manteve-se, em maior ou menor intensidade ao longo do século XX em decorrência de conflitos locais e regionais com destaque para a Guerra Civil do Líbano (1975-1990) e a Questão da Palestina em decorrência da Nakba, palavra árabe (النكبة) que significa “catástrofe” ou “desastre” e designou o êxodo palestino de 1948 quando pelo menos 711.000 árabes palestinos foram expulsos de suas terras em razão da guerra civil de 1947-1948 e da Guerra Árabe-Israelense de 1948.  Os conflitos continuados na região como o recente conflito interno-externo da Síria, e a guerra de Israel contra o grupo Hamas provocando novos ciclos de refugiados desta região para o Brasil. Estes últimos dois conflitos tem provocado a volta de muitos brasileiros residentes na região, particularmente em Gaza.

O estado de São Paulo foi o local do Brasil que recebeu a maior população árabe. Até 1920, aproximadamente 40% dos quase 60.000 árabes que chegaram ao país tinham como destino o território paulista. Outros estados que receberam imigrantes árabes foram Minas Gerais, Rio de Janeiro e, em quantidade menos expressiva, Bahia e Rio Grande do Sul.

Segundo a Pesquisa Nacional Exclusiva sobre Árabes no Brasil, realizada para a Câmara de Comércio Árabe Brasileira, a população brasileira árabe e seus descendentes são oriundos do Líbano ( 27%), Síria (13%), Marrocos (6%), Arábia Saudita (6%), Egito (5%), Palestina (5%), Argélia (3%), Jordânia (3%) entre outros países de procedência ou ancestralidade.

As populações de brasileiros no Oriente Médio (59.230 pessoas) são bastante pequenas e concentradas em poucos países. Segundo dados do Ministério das Relações Exteriores (MRE), em 2022, o Líbano com 21.000 brasileiros (35,4%), e Israel com 14.000, (23,6%) representavam 59% da população brasileira do Oriente Médio. Estes países são seguidos pelos Emirados Árabes Unidos (9.630), Palestina (6.000), e a Jordânia com 3.000 brasileiros.

As cidades de Beirute e Tel Aviv são residência de 21.000 e 14.000 brasileiros respectivamente. Seguidas de Abu Dhabi (9.630), Ramallah (6.000), Amã (3.000) e Damasco (3.000).  

Muitos dos brasileiros residentes no Oriente Médio, em particular no Líbano, Síria e Palestina são pessoas retornando para a terra dos seus ancestrais.

No Líbano, os que retornaram são chamados de “Brasilibaneses,” neologismo de Roberto Khatlab, para designar pessoas de dupla nacionalidade. Brasileira-Libanesa. Sendo que a maioria dos brasileiros que vivem no Líbano são duplo-nacionais. A comunidade, estima, começou a ser formada em 1991, com o retorno de Jabob Menassa, que imigrou para o Brasil, Manaus em 1885 e retornou ao Líbano em 1991, já “brasilibanes.” Hoje, a comunidade se faz presente em todos os campos da sociedade libanesa, na cultura, social, política …  

Brasileiros em Londres

Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

Brasileiros nos EUA e em Massachusetts

Este documento é patrocinado pelo Instituto Gaston e pelo Instituto Diaspora Brasil (IDB). Ele atualiza o relatório ‘Brasileiros nos EUA e em Massachusetts: Um Perfil Demográfico e Econômico’ publicado em 2007 por Álvaro Lima e Carlos Eduardo Siqueira.

As comunidades imigrantes…

Brasileiros na Itália

A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

Brasileiros no Canadá

Embora as relações entre Brasil e Canadá remontem a 1866 quando o Canadá inaugurou sua primeira missão comercial no território brasileiro, o primeiro registro de movimento migratório que se tem conhecimento ocorreu em 1902, quando um grupo de 48 brasileiros viajou em direção a …

Brasileiros no Japão

A emigração de brasileiros para o Japão está ligada ao fluxo migratório de japoneses para o Brasil no início do século XX. Impulsionado pelo próprio governo japonês e pela demanda de mão de obra para a cafeicultura em expansão no oeste paulista, cerca de 190.000 japoneses emigraram para o Brasil …

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Genera, (2022). Ancestralidade, “Quem é a População Árabe do Brasil?” 

Khatlab, Roberto, brasilibaneses no Líbano, Editora Sar Saer Mashrek, Libano, 2024.

Khatlab, Roberto, Brasil-Líbano, Amizade que desafia a distância, Ed. EDUSC, São Paulo, 1999. Em árabe – Brāzīl-Lubnān : ṣadāqah tataḥaddī al-masāfāt : dhākirah wa-istiʻrāḍ tārīkhī, 1876-2000.  Prefácio Presidente da Republica do Libano, Elias Hraoui. Ed. Dar al-Farabi, Beirute, 2000.

Khatlab, Roberto, As Viagens de d. Pedro II : Oriente Médio e África do Norte, 1871 e 1876 . Benvirá (Saraiva). São Paulo, 2015.

Meihy, Murilo Sebe Bom e Samira Adel Osman (2020). Dossiê “Imigração do Oriente Médio para o Brasil: História, Cultura e Sociedade. “Revista Territórios & Fronteiras, Cuiabá, vol. 13, n.2, jul-dez.

Ministério das Relações Exteriores, Secretaria de Comunidades Brasileiras e Assuntos Consulares e jurídicos. (2023). Comunidades Brasileiras no Exterior Ano-base 2022. 

Mott, M. L. (2007). Imigração Árabe: Um Certo Oriente no Brasil. In Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, Brasil: 500 Anos de povoamento. Rio de Janeiro, p. 179-195.

Revista LIBANUS, Nº 1 – Junho/Setembro 2023.

Silveira, Isadora Loreto (2020). Relações Brasil-Oriente Médio (2003-2014): Motivações, Estratégias de Aproximação e Resultados.Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Instituto Diáspora Brasil atualiza perfil da comunidade brasileira em MA

O Instituto Diáspora Brasil realizará um estudo para atualizar o perfil da comunidade brasileira em Massachusetts nos próximos meses. O objetivo é compreender as experiências de vida dos imigrantes brasileiros no estado após a comunidade ter quase dobrado de tamanho na última década…

Porque os Brasileiros Voltam – O Retorno

O artigo “O sonho frustrado e o sonho realizado: as duas faces da migração para os EUA”, de Sueli Siqueira, apresenta quatro tipos de retorno. O primeiro é o “retorno temporário”, quando o imigrante define os Estados Unidos (ou outro país qualquer) como seu local de residência, juntamente à sua família assim como …

Remessas Sociais

As remessas são, em geral, entendidas somente como remessas monetárias. No entanto, elas podem também ter natureza social cultural. Peggy Levitt em seu artigo Social Remittances: Migration-driven Local-development Forms of Cultural Diffusion (1998) e subsequente livro The Transnational Villagers (2001), cunhou o termo “remessas sociais” (social remittances) para realçar o fato de que os imigrantes…

Brasileiros na Califórnia

BRASILEIROS NA CALIFÓRNIA

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INTRODUÇÃO

Quanto somos e o que fazemos

Segundo o Censo americano de 2000, existiam na Califórnia cerca de 22.931 brasileiros pondo este estado como o estado com a terceira maior concentração de brasilerios nos Estados Unidos. Ainda segundo o Censo de 2000, 13.000 brasileiros viviam na região da grande Los Angeles e 9.000 na região de São Francisco. As estimativas do Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE), registraram em 2010 a presença de 123.000 brasileiros no estado, concentrados nas regiões metropolitanas de Los Angeles (75.000) e São Francisco (48.000)[1] [[2]] [[3]].

Os Condados de Los Angeles (32%), San Diego (30%), e Orange (8%), são os Condados com o maior número de brasileiros residentes, seguidos pelos Condadods de São Francisco, Alameda, San Mateo e Santa Clara cada um com 6 por cento da população brasileira.

A população brasileira do estado é formada na sua maioria por mulheres (56%), uma representação femenina maior do que esta da população brasileira no país e na região de São Francisco (54%), mas menor do que esta da região de Los Angeles (58%). A idade média ainda segundo o Censo de 2000 era de 34 anos de idade, com os coortes entre 20 e 34 anos e 35 a 50 anos cada um contando com um pouco mais de um terço da população brasileria do estado. Um pouco mais da metade dos residentes brasileiros do estado são casados (51%) proporção esta igual a de Los Angeles e maior do que esta da região de San Francisco (49%). No que diz respeito anaturalização, os brasileiros da Califórnia tem uma taxa bastante maior (30%) do que esta da média brasileira para o país (19%). Nas regiões da grande Los Angeles e São Francisco, a taxa de naturalização é bem masi elevada para a primeria (36%) e igual a desta do estado na segunda.

 

A participação na força de trabalho para os brasileiros maiores de 16 anos residentes no estado era, em 2000, de 63 por cento, uma taxa um pouco maior do que esta da população brasileira a nível nacional (62%) mas bem menor do esta da região de San Francisco (67%) e maior do que esta da regão de Los Angeles (61%).

As ocupações mais comuns entre os brasileiros da Califórnia são as ocupações manageriais e professionais [2](35%) seguida das ocupações técnicas, vendas e de apoio administrativo[3] (21%), e por ocupações relacionadas aos serviços[4] (21%). Tanto em Los Angeles quanto em São Francisco, as ocupações manageriais e professionais [5] são dominantes com Los Angeles apresentando o maior grau de incidência (38%) com São Francsico ficando abaixo da média do estado (31%). Em Los Angeles, as ocupações manageriais são seguidas por ocupações técnicas, vendas e de apoio administrativo[6] (24%); ocupações ligadas aos serviços[7] (15%) e as ocupações de construção, extração e transporte[8](7%). Em São Francisco, as ocupações manageriais são seguidas por estas voltadas aos serviços[9](29%); ocupações técnicas, vendas e de apoio administrativo[10] (18%); e as ocupações de construção, extração e transporte[11](13%).

Os brasileiros residentes na Califórnia tem uma taxa de emprego autônomo (self-employed) de 15 por cento, uma taxa maior do que a taxa média americana de 13 por cento. Esta taxa é maior do que esta dos brasileiros em Los Angeles (12%) e menor do que esta da dos brasileiros da região de São Francisco (19%).

Comparando as duas regiões, nota-se que há uma relação entre a maior proporção de brasileiros na grande Los Angeles em ocupação manageriais e técnicas e menor proporção nas ocupações de serviços e construção além de uma taxa menor de emprego autônomo. Na região de São Francisco, dá-se o inverso. As duas regiões diferem ainda quanto o tipo de empresa para a qual trabalham. Enquanto na região de Los Angeles, 67 por cento dos brasileiros trabalham para empresas privadas, na região metropolitana de São Francisco somente 63 por cento o fazem.

Por fim, os brasileiros da Califórnia tem um grau de educação formal maior do que este da população brasileira residente no país. Na Califórnia, quase 1/3 dos brasileiros tem o bacharelato comparado a 1/5 para brasileira como um todo. Em São Francisco, este número alcança 49 por cento enquanto em Los Angeles ele é de apenas 41 por cento. No que diz respeito a níveis de educação secundária, os residentes da Califórnia tem uma proporção menor da sua população (17%) com escola secundária completa, enquanto 26 por cento da população brasileira do país alcança este nível. No entanto, no que diz respeito a níveis de educação baixos como nível médio incompleto ou menores, incluindo estes com menos do que oitava classe, os brasileiros da Califórnia tem somente 10 por cento da sua população com tais níveis enquanto para os brasileiros como um todo esta proporção cresce para 20 por cento.

No começo da década de 1980, o país passou por uma forte recessão econômica marcada por altas taxas de desemprego que se estenderam até o final da década.[12] Durante essa década e início dos anos 90, verificou-se uma grande redução de postos de trabalho na economia brasileira e o crescimento do trabalho informal. Acoplado ao cenário de desemprego e precarização do trabalho, o ano de 1990 experimentou novamente um processo inflacionário que atingiu a taxa de 1.765% ao ano.

Por fim, as reformas econômicas do Presidente Fernando Collor de Mello trouxeram mais desencanto do que resultados, principalmente para as classes médias.[13]

A crise e o impacto da reestruturação da economia mundial afetaram o mercado de trabalho brasileiro nos anos 90 e provocaram a queda da mobilidade social brasileira.[14]

Brasileiros em Londres

Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

Brasileiros nos EUA e em Massachusetts

Este documento é patrocinado pelo Instituto Gaston e pelo Instituto Diaspora Brasil (IDB). Ele atualiza o relatório ‘Brasileiros nos EUA e em Massachusetts: Um Perfil Demográfico e Econômico’ publicado em 2007 por Álvaro Lima e Carlos Eduardo Siqueira.

As comunidades imigrantes…

Brasileiros na Itália

A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

Brasileiros no Canadá

Embora as relações entre Brasil e Canadá remontem a 1866 quando o Canadá inaugurou sua primeira missão comercial no território brasileiro, o primeiro registro de movimento migratório que se tem conhecimento ocorreu em 1902, quando um grupo de 48 brasileiros viajou em direção a …

Brasileiros no Japão

A emigração de brasileiros para o Japão está ligada ao fluxo migratório de japoneses para o Brasil no início do século XX. Impulsionado pelo próprio governo japonês e pela demanda de mão de obra para a cafeicultura em expansão no oeste paulista, cerca de 190.000 japoneses emigraram para o Brasil …

Contribuição Econômica

Os brasileiros contribuem para a economia do estado da Califórnia não somente pelo seu trabalho mas também enquanto conumidores e empresários. Eles gastam cerca de $417 milhões por ano contrinuindo com mais de $518 milhões para o produto regional além de mais de $125 milhões em impostos estaduais e federais. Estas contribuições representam cerca de 5.805 empregos indiretos para a economia do estado. Enquanto donos de empresas, eles registraram receitas de quase $35 milhões contribuindo ainda cerca de $31 milhões para o produto regional e $2.8 milhões para os cofres estaduais e federais. Eles, coletivamente, empregam 349 pessoas e criam cerca de 338 empregos adicionais de forma indireta.

 

 

REFERÊNCIAS
1 Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE), “Brasileiros no Mundo – Estimativas – 2011.
2 managerial and professional occupations
3 technical, sales and administrative support occupations
4 service occupations

 

Instituto Diáspora Brasil atualiza perfil da comunidade brasileira em MA

O Instituto Diáspora Brasil realizará um estudo para atualizar o perfil da comunidade brasileira em Massachusetts nos próximos meses. O objetivo é compreender as experiências de vida dos imigrantes brasileiros no estado após a comunidade ter quase dobrado de tamanho na última década…

Porque os Brasileiros Voltam – O Retorno

O artigo “O sonho frustrado e o sonho realizado: as duas faces da migração para os EUA”, de Sueli Siqueira, apresenta quatro tipos de retorno. O primeiro é o “retorno temporário”, quando o imigrante define os Estados Unidos (ou outro país qualquer) como seu local de residência, juntamente à sua família assim como …

Remessas Sociais

As remessas são, em geral, entendidas somente como remessas monetárias. No entanto, elas podem também ter natureza social cultural. Peggy Levitt em seu artigo Social Remittances: Migration-driven Local-development Forms of Cultural Diffusion (1998) e subsequente livro The Transnational Villagers (2001), cunhou o termo “remessas sociais” (social remittances) para realçar o fato de que os imigrantes…

Brasileiros na Flórida

BRASILEIROS NA FLÓRIDA

“Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit, sed do eiusmod tempor incididunt ut labore et dolore magna aliqua. Ut enim ad minim veniam, quis nostrud exercitation ullamco laboris nisi ut aliquip ex ea commodo consequat. Duis aute irure dolor in reprehenderit in voluptate velit esse cillum dolore eu fugiat nulla pariatur. Excepteur sint occaecat cupidatat non proident, sunt in culpa qui officia deserunt mollit anim id est laborum.”

Distribuição da População Brasileira por Condado – Flórida. Fonte: 2000 U.S. Census.

INTRODUÇÃO

O estado da Flórida esta dividido administrativamente em 68 condados. Embora os brasileiros possam ser encontrados na maioria destes condados, eles encontram-se concentrados principalmente nos condados de Miami-Dade e Broward e nas cidades de Orlando e Fort Meyers. Segundo o censo americano de 2000, oitenta e cinco por cento dos brasileiros residentes na Flórida estão concentrados em quatro condados: Broward (36%); Mimai-Dade (30%); Orange (11%) e Palm Beach (8%).

Concentração da População Brasileira por Área Censitária (Census Tracts) – Miami Fonte: 2000 U.S. Census. Miami é um dos pontos mais antigos de recepção do fluxo migratório brasileiro para o estado começando com empresários e funcionários de empresas brasileiras nas décadas anteriores a 1980, acelerado no final desta década quando do boom do turismo brasileiro para a região.

Este boom deu origem a um setor comercial brasileiros em Miami destinado a fornecer este fluxo de turistas e os chamados “sacoleiros” a procura de aparelhos eletro-domésticos não existentes ou de alto custo no Brasil. A desvalorização do real marcou o fim deste comércio e de uma grande crise entre a comunidade brasileira que se formou a partir deste. Alguns brasileiros, principalmente donos de lojas, voltaram para o Brasil ou abriram lojas de importação e exportação. Outros, começaram a explorar outras ocupações no mercado de trabalho de mão-de-obra não-qualificada. Hoje, mesmo após as crises econômicas mais recentes, a comunidade brasileira encontra-se mais ou menos estabilizada e é bastante visível no norte do condado de Broward, principalmente em Pompano Beach e Deerfield Beach.

Segundo Valéria Barbosa de Magalhães (2003) (2004),[1] a inserção histórica dos brasileiros na Flórida seguiu a trajetória seguinte: 

  • A partir da década de 1980: empresas multinacionais enviaram funcionários brasileiros para trabalhar em Miami; 
  • Governo Collor de Melo: a abertura do mercado brasileiro estimulou o comérico entre o Brasil e a Flórida. O congelamento bancário em 1992 fez com que vários brasileiros deixassem o país (Resende, Rosana, “Tropical Brazucas”, apr/8/02.); 
  • Plano Real (1994): a valorização do real estimulou o turismo voltado a compra em Miami para revenda no Brasil. Este processo viabilizou a abertura de várias lojas e o emprego de brasileiros criando um fluxo migratório crecsente para a região; 
  • Desvalorização do Real (1998): porque a dieferença entre o dólar e o real aumentou, o turismo brasilerio para a região e, principalment para Miami, reduziu drásticamente pondo fim a chamada “Brazilian Downtown Era;” 
  • Crise Econômica do Governo Cardoso: o aumento do desemprego, pobreza e violência no Brasil na década de 1990 foram algumas das razões que provocaram o retomar da emigração brasileira; 
  • 11 de Setembro: este evento marcou uma importante etapa na história da emigração para os Estados Unidos porque ele mudou a perspectiva dos emigrantes em relação aos Estados Unidos dada a onda anti-imigrante no país e o aumento constante da fiscalização das fronteiras e da criminalização da imigração ilegal
  • A Descoberta de Pompano Beach e Deerfield Beach pelos brasileiros: a chegada das igrejas evangélicas brasileiras e de missionários evangélicos nos anos 1990 foram razões importantes para o aumento da presença brasileira nestas áreas. Outro fator importante, comparado a Miami por exemplo, é a presença pequena de populações hispanas que competem pelo mesmo mercado de trabalho aumejado pelos brasileiros;

Segundo pesquisa realizada por José C. Alves e Lúcia Ribeiro (2002)[2] a maioria dos brasileiros residindo na Flórida, principalmente no sul, é de origem mineira, mas há também um número crescente de pessoas do Nordeste, do Sudeste e do Sul do Brasil.

Quanto somos e o que fazemos

Segundo o Censo americano de 2000, a Flórida tinha 46.694 pessoas de origem brasileira na sua maioria mulheres (54%) com idade média de 34 anos. As faixas etárias com maior predominância são estas entre as idades de 20 a 34 anos e 35 a 50, contando cada uma com cerca de um terço da população brasileira. A população brasileira no estado cresceu

 

Distribuição da População Brasileira por Gênero – 2000. Fonte: U.S. Census 2000.

 

Brasileiros em Londres

Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

Brasileiros nos EUA e em Massachusetts

Este documento é patrocinado pelo Instituto Gaston e pelo Instituto Diaspora Brasil (IDB). Ele atualiza o relatório ‘Brasileiros nos EUA e em Massachusetts: Um Perfil Demográfico e Econômico’ publicado em 2007 por Álvaro Lima e Carlos Eduardo Siqueira.

As comunidades imigrantes…

Brasileiros na Itália

A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

Brasileiros no Canadá

Embora as relações entre Brasil e Canadá remontem a 1866 quando o Canadá inaugurou sua primeira missão comercial no território brasileiro, o primeiro registro de movimento migratório que se tem conhecimento ocorreu em 1902, quando um grupo de 48 brasileiros viajou em direção a …

Brasileiros no Japão

A emigração de brasileiros para o Japão está ligada ao fluxo migratório de japoneses para o Brasil no início do século XX. Impulsionado pelo próprio governo japonês e pela demanda de mão de obra para a cafeicultura em expansão no oeste paulista, cerca de 190.000 japoneses emigraram para o Brasil …

Distribuição da População Brasileira por Idade – 2000. Fonte: U.S. Census 2000.

Distribuição da População Brasileira por Tipo de Cidadania – 2000. Fonte: U.S. Census 2000.

Distribuição da População Brasileira por Estado Civil – 2000. Fonte: U.S. Census 2000.

Distribuição da População Brasileira por Tipo de Ocupação – 2000. Fonte: U.S. Census 2000.

Distribuição da População Brasileira por Grau de Educação Formal – 2000. Fonte: U.S. Census 2000.

de maneira significativa quando comparada as estimativas do Censo de 1990 que registrou somente 8.682 brasileiros. O América Community Survey (ACS) contou 70.245 brasileiros vivendo na Flórida em 2009 (2005-2009 ACS). No entanto, os dados oficiais dos Censos diferem das estimativas do Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE) segundo as quais, cerca de 300.000 brasileiros vivem na Flórida. [[1]] [[2]] [[3]]

A maioria da população brasileira da Flórida está concentrada nas áreas de Miami-Fort Lauderdale-West Palm Beach com 69,6 por cento da população brasileira do estado e Orlando com 15,7 por cento destes. Juntas elas representam 85,3 por cento da população do estado (2000 Census). Esta distribuição aplicada as estimativas do MRE produzem uma população de 208.000 pessoas na primeira área e 47.100 pessoas na segunda contrastando com os números do Censo que indicam 31.000 e 7.000 brasilerios vivendo nas duas áreas respectivamente. As características demográficas das populações brasileiras vivendo nestas áreas são semelhantes a estas da população brasileria do estado.

A maioria dos brasileiros residentes na Flórida são casados (57%) com 19 por cento deles tendo nacionalidade americana, uma proporção similar a dos brasileiros a nível nacional. De acordo ainda com o Censo de 2000, 62 por cento dos brasileiros com mais de 16 anos de idade estavam empregados. Este nível de participação da força de trabalho é similar também ao desta dos brasileiros a nível nacional. No entanto, em 2000, o nível de desemprego entre os brasileiros da Flórida era de 6 por cento, dois pontos mais alto do deste da população brasileira como um todo.

As ocupações com maior frequência entre os brasileiros da Flórida são as ocupações técnicas, vendas e de apoio administrativo[3] (27%), seguida por ocupações manageriais e professionais [4](25%) e ocupações relacionadas aos serviços[5] (24%). Os brasileiros residentes na Flórida tem uma taxa de emprego autônomo (self-employed) de 18 por cento, uma taxa maior do que a taxa média americana de 13 por cento. Este fato reflete a capacidade empreendedora da comunidade brasileira da Flórida.

Assim como a maioria das características demográficas da população brasileira da Flórida, o nível educacional (educational attainment) destes, é bastante similar ao da população imigrante brasileira nos Estados Unidos. A população brasileira da Flórida tem um número menor de pessoas com um nível educacional equivalente a oitava série ou menor, assim como estes com a escola média incompleta, do que a população brasileira no país. Por exemplo, enquanto 15 por cento dos brasileiros da Flórida tem estes níveis de educação, os brasileiros em todo o país registram 20 por cento da população total com equivalentes níveis educacionais. No que se refere aos níveis de educação formal mais altos, bacharelato por exemplo, os brasileiros da Flórida tem níveis mais altos. Trinta e cinco por cento deles tem o bacharelato ou níveis superiores a este, enquanto somente 32 por cento dos brasileiros como um todo tem graus elevados de educação.

A população brasileira da região de Miami-Fort Lauderdale-West Palm Beach assim como esta da região de Orlando são formadas na sua maioria por mulheres (52% e 56% respectivamente comparado a 54% para a população brasileira residente no estado). A maioria dos brasilerios residentes na região de Miami-Fort Lauderdale-West Palm Beach é casada (57%), 34 por cento deles entre as idades de de 20 a 34 anos, e 21 por cento naturalizados. Vinte e cinco por cento completaram a escola média e 35 por cento tem bacharelato ou nível maior de educação. Os brasileiros desta área estão empregados em ocupações ligadas ocupações técnicas, vendas e de apoio administrativo[6] (26% comparado a 27% para o total da população brasileira vivendo estado), seguida por ocupações manageriais e professionais [7](25%) e ocupações relacionadas aos serviços[8] (24%), proporções iguais a esta da população brasileria do estado. Os brasileiros residentes nesta área tem uma taxa de emprego autônomo (self-employed) de 22 por cento, uma taxa maior do que a taxa média estadual para a população brasileira. Por fim, a maioria dos brasilerio da área trabalha para empresas privadas (70%). Outros 3 por cento trabalham para empresas sem fins lucrativos (ONGs).

Na região da grande Orlando, localizada no Condado de Orange, as mulheres representam 56 por cento da população, uma porcentagem maior do que esta das mulheres na população brasileria do estado (54%) e na região de Miami-Fort Lauderdale-West Palm Beach. A maoria dos brasilerios desta área são casados (57%) a mesma proporção que esta dos brasileiros residentes no estado e na região de Miami-Fort Lauderdale-West Palm Beach. Quase metade deles estão entre as idades de 20 a 34 anos comparado a um terço para a população brasileria do estado. A taxa de naturalização entre os brasileiros desta área é de 19 por cento a mesma que a taxa média para todos brasileiros residentes no estado e menor do que esta da região de Miami-Fort Lauderdale-West Palm Beach (21%).

O nível de educação formal da região ee similar a este dos brasilerios do estado assim como assim como a distribuição de ocupações e a participação no setor privado (79%). Por fim, a taxa de emprego autônomo é de 11 por cento, uma taxa menor do os 18 por cento para a população brasileira do estado e os 22 por cento para estes vivendo na região de Miami-Fort Lauderdale-West Palm Beach.

Em 2000, a Flórida ocupava a posição de estado com a maior concentração de brasileiros (20%) passando assim Nova York que, em 1990, ocupava esta posição com 17 por cento dos brasileiros.[9] Recentemente, Massachusetts ocupa a posição de estado com a maior concentração de brasileiros (24%)[10]

Contribuição Econômica

Os brasileiros residentes na Flórida contribuem para a economia do estado como consumidores, pelos seus gastos na economia local, e enquanto empreendedores. Eles contribuem mais de $1 bilhão em gastos anuais de consumo, gerando $867 milhões em produto regional e masi de $183 milhões em impostos estaduais e federais. Estes gastos traduzem-se em mais de 10.760 empregos indiretos para a economia do estado. Enquanto empreendedores, suas mais de 786 empresas, geram receitas anuais de $209 milhões. esta empresas contribuem ainda cerca de $130 milhões para o produto regional, $8.2 milhões em impostos estaduais e federais. Elas empregam 2.096 pessoas e criam 1.628 empregos indiretos.

Referências

  “Imigração Brasileira para o Sul da Flórida” Valéria Barbosa de Magalhães, Proj. História, São Paulo, (27), p.283-294, Dez. 2003 e “DIVERSITY AMONG THE BRAZILIANS IN SOUTH FLORIDA:THE CASE OF THE GAYS AND LESBIANS” Valéria Barbosa de Magalhães (PhD Candidate in Social History at the Universidade de São Paulo/Brazil and Visiting Scholar at the Center for Latin American Studies of the University of Miami). Prepared for delivery at the 2004 Meeting of the Latin American Studies Association Las Vegas, Nevada October 7-9, 2004

  1.  Alves, José C. e Ribeiro, Lúcia. Migração, religião e transnacionalismo: o caso dos brasileiros no Sul da Flórida. Revista Brasileira de Ciência sociais, Agosto. 2002
  2.  technical, sales and administrative support occupations
  3.  managerial and professional occupations
  4.  service occupations
  5.  technical, sales and administrative support occupations
  6.  managerial and professional occupations
  7.  service occupations
  8.  1990 e 2000 U.S. Censuses
  9.  American Community Survey (ACS) – 2007.

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Magalhães, Valéria Barbosa. “Imigração Brasileira para o Sul da Flórida.” Proj. História, São Paulo, (27), p. 283-294, Dez. 2003.

Magalhães, Valéria Barbosa. “Diversity Among the Brazilians in South Florida: The Case of the Gays and Lesbians.” Prepared for delivery at the 2004 Meeting of the Latin American Studies Association, Las Vegas, Nevada, October 7-9, 2004.

Ministério das Relações Exteriores – MRE. 2011. Brasileiros no Mundo – Estimativas.

Instituto Diáspora Brasil atualiza perfil da comunidade brasileira em MA

O Instituto Diáspora Brasil realizará um estudo para atualizar o perfil da comunidade brasileira em Massachusetts nos próximos meses. O objetivo é compreender as experiências de vida dos imigrantes brasileiros no estado após a comunidade ter quase dobrado de tamanho na última década…

Porque os Brasileiros Voltam – O Retorno

O artigo “O sonho frustrado e o sonho realizado: as duas faces da migração para os EUA”, de Sueli Siqueira, apresenta quatro tipos de retorno. O primeiro é o “retorno temporário”, quando o imigrante define os Estados Unidos (ou outro país qualquer) como seu local de residência, juntamente à sua família assim como …

Remessas Sociais

As remessas são, em geral, entendidas somente como remessas monetárias. No entanto, elas podem também ter natureza social cultural. Peggy Levitt em seu artigo Social Remittances: Migration-driven Local-development Forms of Cultural Diffusion (1998) e subsequente livro The Transnational Villagers (2001), cunhou o termo “remessas sociais” (social remittances) para realçar o fato de que os imigrantes…

Brasileiros nos Estados Unidos

Brasileiros nos estados unidos

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Introdução

A imigração brasileira para os Estados Unidos é parte da longa história dos processos migratórios para este país. O fluxo migratório brasileiro para os Estados unidos é o principal fluxo de saída do Brasil e formou-se  de início, com a saída de brasileiros da região sudeste do brasil para o nordeste americano (Massachusetts, Nova York e a Nova Jersey) e mais tarde, para o Sul (Flórida) e Oeste (Califórnia).
Segundo Maxine Margolis (2009), os primeiros imigrantes brasileiros chegados aos Estados Unidos vieram da cidade mineira de Governador Valadares. Esta ligação entre Governador Valadares e os Estados Unidos, em particular com o estado de Massachussetts, começa durante a segunda guerra mundial quando o Brasil tornou-se um dos maiores produtores de mica, que na época, era um material de valor estratégico utilizado para isolamento de produtos militares e na produção de rádios. A mica era minerada por empresas americanas nas jazidas existentes na

região de Governador Valadares. O minério bruto era extraído do solo e depois de separado das impurezas, era expotado para os Estados Unidos.

Após o final da guerra esta indústria entrou em crise mas os vínculos entre Governador Valadares e os Estados Unidos continuaram pois engenheiros e outros professionais americanos no retorno “levaram” consigo alguns dos seus empregados brasileiros. Conta-se  ainda que alguns brasileiros tenham sidos treinados nos Estados Unidos durante a operação da empresa e ao final foram trasnferidos para os Estados Unidos.

Esta experiencia com os americanos em Governador Valadares e as histórias sobre a vida nos Estados Unidos contada por estes brasileiros pioneiros, inspiraram outros, a empreender a viagem para aquele país.

Durante a década de 80 quando o fluxo migratório brasileiro para os Estados Unidos se expandiu, os brasileiros entravam no país portando visto de turista e permaneciam em situação irregular pelo não retorno e o trabalho não autorizado. Este mecanismo cresceu em proporções chegando a ser montada uma verdadeira “indústria” do turismo com operadores oferecendo pacotes para a Disney World e New York várias vezes ao ano. Outros, principalmente aqueles vindo para a costa nordeste americana, trabalhavam durante o verão nas áreas balneárias desta região e voltavam para o Brasil durante o inverno alimentando assim, um processo circular de migração.

Com o aumento da fiscalização dos aeroportos americanos e a dificuldade crescente para a aquisição de visto de turista no Brasil, uma nova rota de entrada foi estabelecida, a entrada pela fronteira do México. Esta rota é mais problemática não só pelo custo que ela envolve mas também pela distância e o risco maior da travessia. No entanto, ela cresceu pelo fato de que os Estados Unidos não podiam, uma vez apreendendo pessoas de origem não-mexicanas atravessando as suas fronteiras, retorná-las para o México. Essas pessoas eram soltas e recebiam notificação para aparecer na corte de justiça (notice to appear). A maioria não aparecia para a audiência mantendo-se no país ilegalmente.

O controle da fronteira com o Mexico se tornou cada vez mais acirrado especialmente na metade da década de 1990 causando uma redução momentânea deste fluxo migratório. Esta rota tornou-se também cada vez mais difícil pois o Mexico, pressionado pelo governo americano, começou a exigir visto de entrada para os brasileiros o que significou, na pratica, que os brasileiros precisavam mostrar prova de capacidade financeira semelhante aquela exigida pelas autoridades consulares americanas no Brasil.

No entanto, este fluxo  se readaptou e passou a usar o Canada e a Guatemala (via fronteira sul do Mexico) como pontos de entrada apoiado pela redes sociais que se formaram. Assim, os fluxos de entrada clandestinos nos Estados Unidos voltaram a se intensificar.

Esta trajetória pode ser confirmada utilizando tres fontes que a corroboram. A primeira, são os registros dos postos consulares quanto a demanda por serviços. Por exemplo, em Boston, o consulado brasileiro detectou uma expansão da demanda de documentos entre 2000 e 2004.

A segunda fonte são os registros do Departamento de Segurança dos Estados Unidos (Department of Homeland Security – DHS) que apontaram o Brasil como o país cujo número de indocumentados apresentou o terceiro maior crescimento, 70% entre 2000 e 2005, após o México e a Índia. Segundo a mesma fonte, em 2004, o Brasil teve o maior índice de crescimento da população de imigrantes indocumentados nos Estados Unidos, cerca de 78%, além de ocupar o quinto lugar entre os principais países de origem destes imigrantes.

A terceira fonte são os registros do censo americano. Segundo o American Community Survey, (ACS), a população brasileira imigrante cresceu 61% entre 2000 e 2006. Após este período de crescimento houve uma redução de 3% no estoque de imigrantes brasileiros durante o período 2006-2008 que coincide com a crise econômica americana e as crescentes operações de deportação.

 Quantos Somos e Onde Vivemos

O American Community Survey (ACS), em  2021, estimou que 750,839 brasileiros residiam nos Estados Unidos. Esta população inclui tanto aqueles que nasceram no exterior quanto aqueles nascidos nos Estados Unidos. Aqueles nascidos no exterior representam 74,9% da população brasileira residente.

A população brasileira apresentou um crescimento de 265% durante os últimos 20 anos e constitui 1,3% dos 45,3 milhões de imigrantes do país. Florida é o destino mais popular para os brasileiros representando 21,8% da população brasileira no país, seguido por Massachusetts (15,0%), California (9,3%), New Jersey (9,1%), and New York (5,6%). Coletivamente, estes cinco estados acolhem 60,7% do total da população brasileira nos Estados Unidos (Borges, Granberry, Lima e Martins, 2023). Estatísticas e Mapas.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE), por outro lado, estimou que em 2021, 1.905.000 brasileiros residiam nos Estados Unidos. Os brasileiros, como é comum entre a maioria dos imigrantes, residem mas grandes regiões metropolitanas onde as oportunidades de trabalho são maiores. As regiões metropolitanas de Nova York (incluíndo Newark), concentrando a maioria dos brasileiros (500.000) seguida de Miami (475.000), Boston (380.000), Atlanta (120.000), Los Angeles (115.000), Houston (90.000), Hartford (70.000), São Francisco (65.000), Chicago (45.000) e Washington (45.000). Estatísticas e Mapas.

Os brasileiros em 2000 eram a 28a comunidade imigrante nos Estados Unidos passando a ocupar o xxº lugar em 2021. 

Brasileiros em Londres

Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

Brasileiros nos EUA e em Massachusetts

Este documento é patrocinado pelo Instituto Gaston e pelo Instituto Diaspora Brasil (IDB). Ele atualiza o relatório ‘Brasileiros nos EUA e em Massachusetts: Um Perfil Demográfico e Econômico’ publicado em 2007 por Álvaro Lima e Carlos Eduardo Siqueira.

As comunidades imigrantes…

Brasileiros na Itália

A imigração brasileira para a Itália tem raízes históricas. Na primeira metade do século XIX, o Brasil foi pressionado pelo Reino Unido para acabar com o tráfico de escravos criando uma crescente escarces de mão-de-obra nas zonas de expansão cafeeira. A primeira medida adotada pelos senhores do café …

Brasileiros no Canadá

Embora as relações entre Brasil e Canadá remontem a 1866 quando o Canadá inaugurou sua primeira missão comercial no território brasileiro, o primeiro registro de movimento migratório que se tem conhecimento ocorreu em 1902, quando um grupo de 48 brasileiros viajou em direção a …

Brasileiros no Japão

A emigração de brasileiros para o Japão está ligada ao fluxo migratório de japoneses para o Brasil no início do século XX. Impulsionado pelo próprio governo japonês e pela demanda de mão de obra para a cafeicultura em expansão no oeste paulista, cerca de 190.000 japoneses emigraram para o Brasil …

Podemos ver a grande discrepância entre estas duas estimativas. Vários pesquisadores teem apontado para o fato de que tanto os Censos decenais quanto as estimativas do American Community Survey subestimam as populações imigrantes e, em particular, as comunidades com grandes contingentes de pessoas indocumentadas. Maxine Margolis, por exemplo, argumenta que o Censo de 1990 que contou somente 94.087 brasileiros vivendo nos Estados Unidos subestimou a população brasileira em pelo menos 80%. No que diz respeito ao ACS, fatores limitantes como o tamanho da amostra, erros amostrais e de mensuração, além de que a população brasileira não está distribuída espacialmente de forma aleatória e constitui uma pequena proporção da população nacional. Assim, uma amostragem com precisão se torna problemática.

Por outro lado, as estimativas do Ministério das Relações Estrangeiras tomam como base consultas feitas por este orgão as embaixadas e consulados brasileiros. Estas estimativas são baseadas em informações locais tais come levantamentos oficiais, estimativas feitas por organizações não-governamentais, pesquisas conduzidas pela mídia ou avaliações feitas pelas próprios consulados com base na prestação de serviços tais como emissão de passaportes e registros notariais. Dada a forma não padronizada e sistemática como essas estimativas são feitas, o próprio MRE admite que “em algumas juridições [estas estimativas podem] configurar elevada imprecisão.

Estimativas feitas com base em dados referentes ao fluxo de remessas de dinheiro para o Brasil por brasileiros vivendo nos Estados Unidos em 20xx estima uma população brasileira residente entre xxx.xxx  e x,x milhões de pessoas. As informações utilizadas para tal cálculo são s seguintes: (1) o volume de remessas dos Estados Unidos para o Brasil que de acordo com o xxxx, eram de x,x bilhões de dólares; (2) o valor médio das remessas enviadas por brasileiros residentes nos Estados Unidos para o Brasil; – entre $300 a $400 dólares mensais; (3) a frequência média dos envios de remessas por brasileiros dos Estados Unidos para o Brasil – entre 10 a 12 vezes por ano, e finalmente, (4) a proporção da população brasileira residente nos Estados Unidos que envia dinheiro para o Brasil – entre 60 a 70%. Esta estimativa depende claro, da precisão das estimativas primárias apontada acima – valor total enviado, das estimativas dos valores médios das remessas, a frequência média destas  e a proporção da população que remite.

A empresa Synovate, utilizando o mesmo método indireto e dados do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), estimou a população brasileira em 967.000 pessoas. Para tal, a empresa utilizou o valor de $2,6 bilhões de dólares em remessas oriundas dos Estados Unidos para o Brasil (BID, 2001); valor médio de remessas de $250 dólares enviadas de 10 a 12 vezes ao ano. Para o cálculo da proporção de remetentes a empresa assumiu um tamanho médio dos domicílios de 2,52 pessoas.

Finalmente,, o Censo brasileiro de 2010 contou cerca de 117.000 brasileiros vivendo nos Estados Unidos (IBGE, 2010). Este número é resultado da tabulação da pergunta inserida no Censo de 2010 sobre “se alguma pessoa que residira anteriormente com algum morador do domicílio estaria vivendo no exterior.” Segundo o próprio IBGE, “algumas limitações que surgem de imediato é o da possibilidade de toas as pessoas que residiam em determinado domicílio terem emigrado ou que aquelas que ficaram em território brasileiro tenha vindo a falecer” ou, além disso, “pessoas que fizeram o movimento rumo ao exterior há muito tempo podem ser desconsideradas.” 

Quem Somos e o que Fazemos

Idade, Gênero e Estado Civil  

De acordo com o American Community Survey, a idade média dos imigrantes brasileiros residentes nos Estados Unidos em 2021 é de xx,x anos – a par com a média da população nativa e consideravelmente inferior a média de idade da população imigrante em geral (xx,x).

 

A distribuição etária da população brasileira no entanto, é mais similar a desta dos imigrantes do que daquela da população nativa. A vasta maioria dos brasileiros, assim como os outros imigrantes, são pessoas em idade de trabalho:  xx,% dos brasileiros e xx% dos demais imigrantes tem entre 20 e 64 anos de idade. As crianças e os idosos são consideravelmente menos representados: xx% das pessoas em cada um destes grupos tem menos de 20 anos, enquanto x% dos brasileiros e xx% de todos os outros imigrantes tem 65 ou mais anos de idade. Em constraste, a distribuição da população nativa é bem mais equilibrada: xx% deles estão entre as idades de 20a 64 anos, com pouco menos de um terço com menos de 20 anos de idade e xx% com 65 ou mais anos de idade.

 

 

A distribuição de gênero é quase idêntica para os três grupos. As mulheres representam xx% de todos os imigrantes e xx% dos imigrantes brasileiros assim como da população nativa.

 Os imigrantes brasileiros tem uma proporção maior de pessoas que são casadas (xx%) do que a população nativa (xx%) e menor que desta dos outros imigrantes (xx%).

Motivos da Partida

As razões para a partida, continuam as mesmas dos anos iniciais e similares àquelas dos brasileiros que buscam outros destinos. Os dados da pesquisa de 2004 da Associação Brasileira de dekasseguis (ABD), apontava como razões para a emigração a “fuga do desemprego” (25% dos homens e 27,7% das mulheres); a “insatisfação com a renda/salário” (47,5% dos homens e 49% das mulheres); “poupar para abrir um negócio no Brasil” (48,7% dos homens e 35,9% das mulheres); “sustentar a família” (29,5% dos homens e 23,3% das mulheres); “conhecer o Japão” (25,7% dos homens e 32,3% das mulheres); “pagar estudos” (25,6% dos homens e 27,1% das mulheres); e “pagar dívidas” (8,9% dos homens e 7,6% das mulheres).

Patarra e Baeninger (2006) argumentam que os emigrantes brasileiros que se dirigiram principalmente para os países do primeiro mundo, buscavam principalmente a mobilidade social, que se encontrava truncada no Brasil na década de 1980. Assim, os nipo-brasileiros, pertencentes à classe trabalhadora ou oriundos da classe média, tornam-se imigrantes, retornando ao país dos seus ancestrais, de forma a compensar as perdas significativas em seus padrões de vida. Trocam o trabalho que dá prestígio no Brasil pelo trabalho que remunera.

Instituto Diáspora Brasil atualiza perfil da comunidade brasileira em MA

O Instituto Diáspora Brasil realizará um estudo para atualizar o perfil da comunidade brasileira em Massachusetts nos próximos meses. O objetivo é compreender as experiências de vida dos imigrantes brasileiros no estado após a comunidade ter quase dobrado de tamanho na última década…

Porque os Brasileiros Voltam – O Retorno

O artigo “O sonho frustrado e o sonho realizado: as duas faces da migração para os EUA”, de Sueli Siqueira, apresenta quatro tipos de retorno. O primeiro é o “retorno temporário”, quando o imigrante define os Estados Unidos (ou outro país qualquer) como seu local de residência, juntamente à sua família assim como …

Remessas Sociais

As remessas são, em geral, entendidas somente como remessas monetárias. No entanto, elas podem também ter natureza social cultural. Peggy Levitt em seu artigo Social Remittances: Migration-driven Local-development Forms of Cultural Diffusion (1998) e subsequente livro The Transnational Villagers (2001), cunhou o termo “remessas sociais” (social remittances) para realçar o fato de que os imigrantes…

Brasileiros na Bolívia

BRASILEIROS NA BOLÍVIA

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INTRODUÇÃO

A migração brasileira para a Bolívia

Quanto Somos

Segundo o Ministério das Relações Exteriores[1] cerca de 50.100 brasileiros viviam na Bolívia em 2010. A base de dados do IMILA (Investigação de Migração Internacional da América Latina) indica que a população brasileira imigrante na Bolívia era de 8.492 pessoas em 1976, ou 14,62 por cento da população imigrante do país. Segundo a mesma fonte, em 1992 houve um pequeno aumento da população imigrante brasileira (8.586 pessoas) ou, 14,36 por cento da população imigrante.[1].

 

Brasileiros em Londres

Enquanto o Censo Britânico de 2001 enumerava apenas 8 mil brasileiros morando em Londres, estimativas não oficiais punham este número entre 15.000 e 50.000 (Cwerner, 2001). Hoje, organizações brasileiras baseadas em Londres estimam que…

Brasileiros nos EUA e em Massachusetts

Este documento é patrocinado pelo Instituto Gaston e pelo Instituto Diaspora Brasil (IDB). Ele atualiza o relatório ‘Brasileiros nos EUA e em Massachusetts: Um Perfil Demográfico e Econômico’ publicado em 2007 por Álvaro Lima e Carlos Eduardo Siqueira.

As comunidades imigrantes…

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Arruñada, 1997.

Fernades, Duval Magalhães e Carolina dos Santos Nunan. 2008. “A Volta para Casa: A Inserção do Imigrante Internacional de Retorno no Mercado de Trabalho. Um Estudo Comparativo entre Argentina, Brasil e Paraguai no Início do Século XXI.” Trabalho apresentado no III Congresso da Associação Latino Americana de População, ALAP, realizado em Cordoba, Argentina, de 24 a 26 de Setembro de 2008.

Hazenbalg, 1997.

Lattes, A. e Lattes, Z.R. 1996. “International Migration in Latin America.” In: Patarra, N.L. (Coord.). Migrações Internacionais: Herança Internacionais no Brasil Contemporâneo. FNUAP. Campinas. Vol. 1.

Patarra, N.L. 1999. “Migration and Development in Latin America.” In: International Migration Towards the New Millenium: Global and regional Perspectives. Warwick University press. Coventry. U.K.

Patarra, N.L. and Baeninger. R. 1996. “Migrações Internacionais Recentes: O Caso do Brasil.” In: Patarra, N.L. (Coord.).

Migrações Internacionais: Herança Internacionais no Brasil Contemporâneo. FNUAP. Campinas. Vol. 1.

Ministério das Relações Exteriores – MRE. 2008. Brasileiros no Mundo – Estimativas. Subsecretaria Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior – SGEB, Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior – DCB; Divisão de Assistência Consular – DAC. http://www.digaai.org/wp/pdfs/estimativas_mundo.pdf

Ministério das Relações Exteriores – MRE. 2008. Brasileiros no Mundo – Estimativas. Subsecretaria Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior – SGEB, Departamento Consular e de Brasileiros no Exterior – DCB; Divisão de Assistência Consular – DAC. (POWERPOINT) http://www.digaai.org/wp/pdfs/Brasileiros_no_mundo_estimativas.pptx
Ministério do Trabalho e Emprego, 2009. Perfil Migratório do Brasil. http://www.digaai.org/wp/pdfs/Brazil_Profile2009.pdf

Sales, Teresa. 1995. “O Trabalhador Brasileiro no Contexto das Novas Migrações Internacionais.” Patarra, N.L. (Coord.).

Migrações Internacionais: Herança Internacionais no Brasil Contemporâneo. FNUAP. Campinas. Vol. 1.

Sales, Teresa. 1996. “Migrações de Fronteiras entre o Brasil e os Países do Mercosul.” Revista Brasileira de Estudos Populacionais. V.13, N.1. Janeiro-Junho de 1996.

Sales, Teresa. 1999. Brasileiros Longe de Casa. Cortez Editora. São Paulo.

 

REFERÊNCIAS
1 Base de dados IMILA – Investigacao de Migração Internacional da América Latina

 

Instituto Diáspora Brasil atualiza perfil da comunidade brasileira em MA

O Instituto Diáspora Brasil realizará um estudo para atualizar o perfil da comunidade brasileira em Massachusetts nos próximos meses. O objetivo é compreender as experiências de vida dos imigrantes brasileiros no estado após a comunidade ter quase dobrado de tamanho na última década…

Porque os Brasileiros Voltam – O Retorno

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Remessas Sociais

As remessas são, em geral, entendidas somente como remessas monetárias. No entanto, elas podem também ter natureza social cultural. Peggy Levitt em seu artigo Social Remittances: Migration-driven Local-development Forms of Cultural Diffusion (1998) e subsequente livro The Transnational Villagers (2001), cunhou o termo “remessas sociais” (social remittances) para realçar o fato de que os imigrantes…