MÍDIA E JORNALISMO

Embora a grande mídia tenha capacidade de atingir um público amplo, em comunidades minoritárias e de imigrantes sua penetração é muito baixa. Uma pesquisa da New America Media (2012), revela que quase metade dos afro-americanos, hispânicos/latinos, asiático-americanos, nativos americanos e árabe-americanos – 29 milhões de pessoas – preferem televisão, rádio ou jornais étnicos a seus homólogos. Isso significa que quem quer atingir esse público, a mídia étnica ou a mídia imigrante, dependendo da sua audiência alvo, é mais efetiva do que a grande mídia. As mídias tradicionais como a Rede Globo e demais redes de televisão via satélite não têem cobertura jornalística comunitária o que dá aos jornais e revistas comunitários um diferencial competitivo. Além disso, o fato dos repórteres, redatores, editores e donos de jornais serem eles próprios emigrantes que vivem entre aqueles que eles reportam, eleva a capacidade de responder aos interesses comunitários, ao que é notícia para os emigrantes. Naturalmente, o assunto “Imigração” é a prioridade de 9 entre 10 manchetes de jornais da comunidade brasileira. Afinal, mais da metade do público leitor está vivamente interessado no desenrolar das questões imigratórias que o afetam. Uma briga em fim de festa no evento brasileiro, o casamento de um empresário (e empregador) importante, a escolha da Miss Brasil-USA, os ganhadores do Press Award, as atrações do Brazilian Day em 

York, dentre outros temas locais são assuntos muito mais importantes para a comunidade brasileira do que as notícias que ocupam as manchetes dos veículos da chamada grande imprensa brasileira e norte-americana.”

É importante destacar que a mídia comunitária brasileira tem também um papel importante na defesa dos direitos dos imigrantes. Em 2007, durante o II Seminário Internacional de Cultura e Mídia Brasileira foi criada a ABI-INTERNACIONAL, uma instituição democrática, de direito privado, voltada para assegurar e ampliar as conquistas sociais dos profissionais de comunicação brasileiros residentes no exterior, tendo por finalidade maior a defesa da ética dos direitos humanos e da liberdade de informação e expressão e, em especial, a promoção do Brasil e dos seus aspectos culturais. Entre os seus membros estão donos de jornais, jornalistas, publicitários, produtores de televisão, fotógrafos, além de distribuidores de jornais.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil registrou, no seu levantamento sobre a mídia brasileira emigrante, 216 veículos (Firmeza, 2007). Segundo ainda dados da PMM (Plus Media & Marketing) instituição baseada em Fort Lauderdale (Flórida) que presta assessoria a empresas brasileiras, hispânicas e norte-americanas que querem investir no mercado comunitário brasileiro, o “bolo” publicitário desse mercado em 2006 (ano de pico) alcançou 16 milhões de dólares. Calcula-se ainda que mais de 400 profissionais entre editores, redatores, fotógrafos, colunistas e cronistas integrem o mercado de trabalho profissional remunerado pelas mídias brasileiras nos Estados Unidos.

A mídia brasileira imigrante tem grande expressão como elemento aglutinador da população imigrante brasileira facilitando o processo de formação da identidade cultural desde os primeiros dias da sua existência. Podemos dizer que a história da mídia comunitária brasileira no exterior se confunde com a própria história da emigração brasileira. Ao longo do tempo, cada vez mais a mídia imigrante brasileira desempenha um papel fundamental na produção e difusão de informações de utilidade pública e modela percepções sobre a comunidade brasileira, seus avanços, problemas e perspectivas futuras.

A Imigração e a Mídia: Entre a Utopia da Invisibilidade Social e os direitos Humanos Universais

 João Carlos Jarochinski Silva, Pedro Góis, 2017.

O presente artigo analisa, por meio do relato de eventos considerados chave e suas formas de exposição na mídia, a forma como a imprensa escrita e a televisão portuguesas retratavam os imigrantes e o trabalho conjunto desenvolvido pelo Alto Comissariado para a Imigração e Dialogo Intercultural (ACIDI/ACM), uma entidade autorreguladora da Imprensa e da Academia para que os meios de comunicação alterassem a forma como abordavam os imigrantes, para algo menos estereotipado e preso a uma ideia de que a sua presença é negativa na sociedade portuguesa, a fim de elevar o nível de conhecimento sobre esse objeto e assegurar-lhes Direitos.

 

A Prevalência de Imaginários Estereotipados do Brasil no Exterior e o Papel da Mídia na Sua Manutenção

Maria Badet, 2016.

O artigo versa sobre a relevância que têm os meios de comunicação para a construção da imagem e imaginários do Brasil no exterior. Para entender este universo, são apresentados resultados dos trabalhos de Badet (2015), compostos pela análise de mais de 160 notícias sobre o Brasil na mídia espanhola. O estudo também analisa como os conteúdos podem ser interpretados com base no trabalho de campo de dois anos realizado junto a 121 jovens espanhóis. Tanto ao analisar os conteúdos, como os processos de apropriação, comprova-se a importância mídiática e social da mulher brasileira como representante do imaginário social do Brasil, sendo este muitas vezes associado ao erótico e sensual. Os resultados nos levam a pensar sobre o papel primordial das mídias para a construção de imaginários do Brasil menos esteriotipados.

 

Migrant Networks and the Spread of Misinformation

Benjamin Elsner, Gaia Narciso, Jacco J. J. Thijssen, 2013.

 

Diasporas on the Web: New Networks, New Methodologies

 

Abel Chikanda, Jonathan Crush, 2012.

Precisa de uma descrição aqui.

 

Digital Diaspora: How Immigrants Are Capitalizing on Today’s Technology

 

Welcoming Center for New Pennsylvanians, 2012.

Precisa de uma descrição aqui.

 

Media Coverage of Migration in the Americas 

 Knight Center for Journalism in the Americas, 2011.

More than 50 journalists and experts from 20 countries throughout the Americas attended the 9th Austin Forum on Journalism in the Americas to discuss media coverage of international migration in the Western Hemisphere. This brief report captures some of the main points debated during the September 8-10, 2011 annual conference at the University of Texas at Austin. The conference was organized by the Knight Center for Journalism in the Americas and the Open Society Foundations.

This report has been written by José Luis Sierra, contributing editor for News America Media and a segment producer and assignment editor for the new Spanish Network MundoFox. 

Capitão Dólar: A Representação do Imigrante Valadarense na Mídia Impressa Local na década de 1990

 Juliana Vilela Pinto, Sueli Siqueira, 2010.

A proposta deste artigo é fazer uma análise das histórias em quadrinho do jornal Diário do Rio Doce que circularam diariamente no jornal até setembro de 1991. Ao todo, foram publicadas 375 tiras, cujo conteúdo trabalha de forma irônica a relação existente entre a comunidade valadarense e o fenômeno migratório na era global. Para proceder a análise das tiras é preciso compreender o processo de territorialização e o histórico da cidade, marcada pelo fenômeno da migração internacional.

The Internet as a Means of Studying Transnationalism and Diaspora

 

Kathrin Kissau, Uwe Hunger, 2010.

Precisa de uma descrição aqui.

 

Brasileiros na Espanha: Internet, Migração Transnacional e Redes Sociais

 

Daiani Ludmila Barth, 2009.

Precisa de uma descrição aqui.

 

Redes Sociais e Usos da Internet por Migrantes Brasileiros na Espanha

 

Daiani Ludmila Barth, Denise Cogo, 2009.

Precisa de uma descrição aqui.

 

A Imagem da Imprensa Sobre a Emigração Brasileira

Helion Póvoa Neto, 2006.

O objetivo da presente contribuição será enfatizar a nova situação brasileira de país de emigração como um fato social e político que vem sendo progressivamente construído por meio de uma mudança nas representações sociais relativas aos deslocamentos internacionais de população. Selecionamos, como via de acesso a essa mudança, um material constituído por notícias veiculadas nos últimos cinco anos.

A presente contribuição diferencia-se de outros estudos, pois pretende apenas assinalar, para um período de tempo determinado – 2001 a 2005 – que tipo de atenção a imprensa brasileira vem dedicando ao fenômeno da emigração de brasileiros. Para tanto, analisamos e classificamos o noticiário conforme os anos, as áreas geográficas de referência e as ênfases em alguns temas selecionados. 

 

Mídia e Imigrantes Latino-Americanos nos Estados Unidos: Uma Relação de Forças

Paulo Roberto Tremacoldi, 2003.

Neste trabalho, o autor realizou observação da mídia eletrônica dos Estados Unidos das representações acerca de imigrantes de origem latino-americana  naquele país. Tendo como referência teorias da globalização, Escola de Frankfurt, Fredrik Jameson e Jean Baudrillard, mídia e imigrantes foram vistos como forças de integração e fragmentação respectivamente.Por outro lado, cada uma dessas forças foi vista, também, como esferas dotadas de múltiplo níveis de significado e efeitos. 

 

Banal Transnationalism: The Difference that Television Makes 

 

Asu Aksoy, Kevin Robins, 2002.

Precisa de uma descrição aqui.

 

From Ethnic Media to Global Media: Transnational Communication Networks Among Diasporic Communities

 

Karim H. Karim, 1998.

Precisa de uma descrição aqui.

 

Net Surfers Don’t Ride Alone: Virtual Communities as Communities

 

Barry Wellman, Milena Gulia, 1997.

Precisa de uma descrição aqui.

 

In Search for the Virtual-Imagined Transnational Community

 

Gustavo Lins Ribeiro, 1997.

Precisa de uma descrição aqui.

 

Mídia e Migrações: Entre Discursos e Estereótipos

 

Tuíla Botega, Brenda Knutsen.

Precisa de uma descrição aqui.

 

A Narrativa da Emigração Brasileira em Jornais Comunitários no Exterior: Estudo do Brazilian Times

 Maria Jandyra Cavalcanti Cunha.

O estudo se propõe analisar a construção da narrativa jornalística sobre a emigração de
brasileiros, que é reconhecido como fenômeno social a partir dos anos 1980. O objeto do estudo é o jornal comunitário, entendido neste trabalho como um jornal editado e dirigido para membros de uma mesma comunidade étnica minoritária, não necessariamente com contigüidade geográfica.

O corpus da pesquisa foi retirado do Brazilian Times, um jornal publicado na Nova Inglaterra, E.U.A., desde 1988.