CONTRIBUIÇÃO ECONÔMICA

Os imigrantes contribuem para a economia dos seus países de acolhimento como trabalhadores, consumidores, empresários e investidores. Nos Estados Unidos, por exemplo, eles representam 17% da força de trabalho do país, 30% dos trabalhadores de alta tecnologia e 32% dos cientistas e engenheiros.

Ninguém duvida que Sergey Brin ou Jerry Yang, os fundadores do Google e do Yahoo, são contribuintes líquidos para a economia dos Estados Unidos. No entanto, dúvidas são levantadas quando a discussão se volta para a contribuição dos imigrantes menos qualificados. Aqui, pesquisadores que investigam esta questão discordam. Alguns encontram contribuições líquidas positivas e outros negativas. Ausente a essas discussões, porém, é um aspecto fundamental do trabalho imigrante: esta força de trabalho foi reproduzida em outro lugar.

A maioria das pesquisas sobre as contribuições dos trabalhadores imigrantes se concentra na produção – sobre o que o trabalho imigrante produz comparado ao que ele uti;iza de benefícios públicos. Concentrar-se igualmente na reprodução, incluiria os custos associado à reprodução da força de trabalho. Implicaria também incluir os custos associados ao período pós-produtivo (ou seja, os custos da aposentadoria). Adotar essa estrutura aumenta nossa compreensão dos custos e benefícios econômicos atuais do trabalho imigrante (Lima, 2014).

Por exemplo, quando todos os custos e benefícios dos 7,9 milhões de trabalhadores imigrantes que entraram nos Estados Unidos entre 2000 e 2010, são considerados, a contribuição anual total do imigrante trabalhadores para a economia americana é igual a US$ 80 bilhões. Os custos anuais impostos à sociedade americana, US$ 54,3 bilhões, inclui cuidados médicos não remunerados (US$ 12,8 bilhões) e custos educacionais com a segunda geração (US$ 41,5 bilhões). A contribuição indireta oriunda do consumo dos imigrantes (US$ 24,4 bilhões), calculado usando o modelo REMI PI+ corresponde a US$ 28,9 bilhões em produção, US$ 17,2 bilhões em salários e vencimentos e US$ 4,3 bilhões em impostos. O total líquido das contribuições diretas e indiretas dos trabalhadores imigrantes representam US$ 76,1 bilhões – US$ 100,7 bilhões em produção, US$ 17,2 bilhões em salários indiretos e salários, US$ 11,6 bilhões em impostos federais e estaduais e US$ 54,3 bilhões em custos. Oriundo das suas despesas de consumo (US$ 24,4 bilhões), os imigrantes criaram ainda 403.172 empregos indiretos e induzidos.

Estes cálculos, no entanto, escondem o fato de que esta força de trabalho é emigrada, ou seja, ela foi “produzida” num outro local, por outra economia. Considerando somente os custos com educação necessesários para a “produção” destes 7,9 milhões de emigrantes que chegaram no país entre 2000 e 2010 chegamos a $1,5 trilhões que representam um subsídio à economia Americana e um custo ocorrido por estes imigrantes, suas famílias e/ou os contrinuintes dos países de origem.

Empreendedorismo Imigrante e Étnico: o Papel das Redes Sociais no Processo Empreendedor de Imigrantes Sírios no Brasil e de Brasileiros nos Estados Unidos

Gislene Cordeiro da Silva Diniz, 2019.

O estudo explora como as redes sociais nos países de acolhimento apoiam os empreendedores imigrantes, utilizando pesquisa qualitativa e entrevistas baseadas na história de vida com imigrantes sírios no Brasil e brasileiros nos Estados Unidos. O referencial teórico aborda teorias de migração internacional, empreendedorismo imigrante e étnico, e o papel das redes sociais nos processos empreendedores. Os resultados destacam o papel crucial das redes sociais em oferecer recursos, minimizar barreiras linguísticas e culturais e fomentar o desenvolvimento dos negócios. 

 

Powering Greater Boston’s Economy –
Why the Latino Community Is Critical to Our Shared Future

BPDA Research Division, Boston Indicators, 2017.

The report highlights the vital contributions of Boston’s Latino community, which makes up 20% of the population and has driven 92% of the city’s growth since 1980. Latinos significantly impact the economy, comprising 14% of the workforce and owning over 10% of privately held firms, contributing $9 billion annually. However, challenges like limited education access, underrepresentation in high-wage jobs, and business growth barriers persist. The report calls for improved educational and economic opportunities, emphasizing that Boston’s future prosperity depends on unlocking the full potential of its Latino population.

Brasileiras Empreendedoras em Mssachusetts

Prefeitura de Boston, Consulado do Brasil, Sebrae-Minas, 2016.

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