ASSIMILAÇÃO E INTEGRAÇÃO
A Escola de Sociologia Urbana de Chicago popularizou o termo “integração” e “assimilação” no começo do século XX. Estes dois conceitos tem sido desenvolvidos na sua maior parte nos Estados Unidos (assimilação) e na Europa (integracão) em referência ao processo de adaptacão dos imigrantes às sociedades receptoras. No entanto, estes dois conceitos são entendidos de forma diversa, com o primeiro implicando a perda da identidade e da cultura original sem trazer mudanças significantes para a sociedade local (assimilação unilateral). Assume ainda, em algumas das suas versões, a perda de relação com o país de origem (Alba, 1985). O segundo, assume uma troca cultural entre imigrantes e nativos contribuindo para a criação de sociedades híbridas. Assume ainda, que após o movimento inicial, os imigrantes continuam a manter laços sociais, culturais e econômicos com seus países de origem. O processo de assimilação é conhecido popularmente como o “melting pot” enquanto o processo de integração como “salad bow.” Nos Estados Unidos no começo do século XX, “assimilação” claramente representava conformidade ao padrão anglo-saxão (Gordon, 1964).
Estes processos são entendidos por alguns estudiosos como negativos com o primeiro sendo percebido como indesejável. Estes autores, na sua maioria europeus, preferem o termo integração e visualizam este processo como um processo de criação de uma sociedade socialmente coesa, multi-cultural e multi-racial.
Marcelo Suárez-Orozco (2002), aponta que numa era global existem claras vantagens em poder operar em múltiplos códigos culturais de forma a atravessar espaços culturais diversos.
Apesar da retórica de assimilação, as políticas de integração dos imigrantes (educação, formação técnica, colocação no mercado de trabalho, aquisição da língua do país de destino, cuidados de saúde, empreendedorismo, cidadania, etc.) são esqueléticas, ad hoc e sub-financiadas. Frente a esta situação, os imigrantes criam organizações cívicas, de defesa laboral e religiosas proporcionando assim as suas próprias condições de integração – aprendizado da língua do país anfitrião, compreensão das normas básicas da sociedade local, inserção nos sistemas de educação e bem-estar, acesso ao mercado de trabalho e representação política.
Por fim, autores como Min Zhou e Alejandro Portes, argumentam que nos Estados Unidos, o processo de assimilação se dá de forma segmentada, ou seja, as perspectivas dos imigrantes e seus filhos são muito mais precárias hoje do que estas dos imigrantes do começo do século XX. Eles concluem que este processo conduz a que muitos membros da segunda geração contemporânea experimentam uma integração descendente, defendendo por isso, a inserção em redes étnicas densas como benéfica para um processo de integração ascendente.
Immigrant Labor Market Integration
Alvaro Lima, 2022.
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Policy Primer: Integration
Jacqui Broadhead, 2020.
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Europe’s New Refugees: A Road Map for Better Integration Outcomes
Frank Mattern, Eckart Windhagen, Solveigh Hieronimus, Solveigh Hieronimus, 2016.
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Living “the American Dream”: Gender, Race and Incorporation of Brazilian Women Through Ethnic Economy in Los Angeles
Magali Natalia Alloatti, 2016.
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Engaging Employers in Immigrant Integration
María E. Enchautegui, 2015.
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Identity, Language and Achievement: A Study of the Brazilian-American Community in the San Francisco Bay Area
Tatiana Fróes Dutra e Mello, 2014.
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The New Second Generation: Segmented Assimilation and Its Variants
Alejamdro Fortes, Min Zhou, 2014.
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Immigrant Integration in Boston
Christina Kim, 2013.
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