BRASILEIROS EM massachusetts
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INTRODUÇÃO
Segundo Maxine Margolis (2009), os primeiros imigrantes brasileiros chegados aos Estados Unidos vieram da cidade mineira de Governador Valadares para o estado de Massachusetts. Esta ligação entre Governador Valadares e Massachusetts, começou durante a segunda guerra mundial quando o Brasil tornou-se um dos maiores produtores de mica, que na época, era um material de valor estratégico usado para isolamento em produtos militares e na produção de rádios, uma novidade nestes anos. A mica, era minerada por empresas americanas nas jazidas existentes na região de Governador Valadares. O minério bruto era retirado do solo e depois de separado das impurezas, exportado para os Estados Unidos.
Após o final da guerra esta indústria entrou em crise, mas os vínculos entre Governador Valadares e os Estados Unidos continuaram pois engenheiros e outros profissionais americanos no retorno “levaram” consigo alguns dos seus empregados brasileiros. Conta-se ainda que alguns brasileiros treinados nos Estados Unidos durante a operação da empresa foram transferidos para aquele país ao final das operações desta.
Esta experiência com os americanos em Governador Valadares e as histórias sobre a vida nos Estados Unidos contada por estes brasileiros pioneiros, inspiraram outros, anos depois, a empreender a viagem. A crise econômica dos anos 1980 intensificou este fluxo e as redes sociais que se formaram facilitaram novas saídas por reduzirem os riscos e custos desta empreitada. Assim, os valadarenses chegaram a Nova Inglaterra, concentrando-se em grande número no estado de Massachusetts.
Com a diversificação da emigração brasileira nas últimas duas décadas, brasileiros de outros estados e regiões juntaram-se aos valadarenses. Entre eles destacam-se mineiros de outras regiões, catarinenses, capixabas, goianos, além de menores grupos de imigrantes oriundos de outros estados brasileiros.
Quantos Somos e Onde Vivemos
O Estado de Massachusetts tem a maior concentração de imigrantes brasileiros nos Estados Unidos. De acordo com o Center for Labor Studies da Universidade Northeastern, entre 2000 e 2003, os brasileiros representaram 19,1 por cento de todos os imigrantes recém chegados ao estado. Segundo dados do American Community Survey (ACS), a população imigrante brasileira quase dobrou em Massachusetts entre 2000 e 2011 (80%). Segundo a mesma fonte, entre 2000 e o ano de maior estoque, 2005, a população brasileira no estado aumentou 131 por cento. No entanto, nos últimos anos esta população vem diminuindo com o estoque registrando em 2011 seu menor número desde 2005 (65.952). Quando comparado a 2005, o estoque de brasileiros no estado em 2011 diminuiu cerca de 29 por cento.[1]
Há grande variação entre os números do American Community Survey e outras fontes como o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE), estimativas feitas com base nas remessas por Alvaro Lima assim como a empresa Synovate e o Censo Demográfico Brasileiro de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O MRE estima que em 2010 haviam no estado cerca de 355.000 brasileiros. As estimativas feitas com base nas remessas apontam para uma população de 336.000 em 2006 e a empresa Synovate estimou que a população brasileira de Massachusetts em 2002 era de 171.000 brasileiros[2] O Censo brasileiro de 2010 aponta uma população emigrante total de 491.645 pessoas com cerca de 23.8 por cento destas tendo como destino os Estados Unidos, ou seja, 117.000 brasileiros o que poria a população brasileira residente no estado em cerca de 28.000 pessoas.
Os brasileiros são importante não só para o estado de Massachusetts onde estes são a segunda maior população imigrante (2009) mas também para a região da Nova Inglaterra como um todo onde eles representam 6 por cento da população imigrante (ACS 2006).[2]
Uma análise da população por área censitária (census tracts) mostra que o assentamento da população brasileira em Massachusetts esta concentrado em alguns bairros e cidades de três regiões do Estado:[3]
- Boston e a Região da Costa Norte (North Shore) – os brasileiros concentram-se principalmente nos bairros de Allston-Brighton e East Boston em Boston; e nas cidades de Somerville, Medford, Everett, Malden, e Chelsea;
- Região Metropolitana Oeste (Metro West) – a maioria da população brasileira está concentrada nas cidades de Marlborough, Framingham, e Milford.
- Região da Costa Sul (South Shore) e Cape Cod & Ilhas – a população brasileira está concentrada nas cidades de Barnstable e Yarmouth na região de Cape Cod e nas ilhas de Martha Vineyard e Nantucket.
Para maiores detalhes, ver os gráficos nos links a seguir. [3] [4]
Brasileiros nos Estados Unidos: Meio Século (Re)fazendo a América (1960 – 2010)
Lançamento do Livro: Brasileiros nos Estados Unidos: Meio Século (Re)fazendo a América (1960 – 2010).Brasileiros nos Estados Unidos - Meio Século (Re)fazendo a América apresenta análises, até então não publicadas, além de organização de dados produzidos ao...
Quem Somos e o que Fazemos
Idade, Gênero, e Estado Civil
De acordo com o American Community Survey (ACS) 2005-2007,[4] os brasileiros residentes em Massachusetts são mais jovens do que as populações imigrantes e nativa do estado. A idade média dos brasileiros é de 32,6 anos enquanto que os outros imigrantes tem uma idade média de 40,6 anos e os nativos 37,7 anos. Eles são também mais jovens do que a população brasileira imigrante do país (35,8 anos).
Assim como a nível nacional, a distribuição etária dos brasileiros é mais parecida com a desta dos outros imigrantes [5] do que com a da população nativa [6] concentrando-se, na sua maioria (79,5%), entre as idades de 20 e 49 anos. Os brasileiros, assim como os outros imigrantes, estão pouco representados nas faixas etárias abaixo de 18 anos e acima de 54 anos. Isto se dá pelo fato de que a maioria destes, emigram em idade de trabalho. Esta distribuição é benéfica para a região dado que a geração dos “baby boomers” prepara-se para deixar a força de trabalho.[5][6]
A distribuição de gênero da população brasileira em Massachusetts é diferente da desta dos brasileiros no resto do país. Os homens representam 55,6 por cento da população brasileira residente em Massachusetts enquanto que a distribuição nacional conta somente 49 por cento deles.
Ela difere também da distribuição de gênero tanto da população imigrante [7]quanto da população nativa [8] onde as mulheres predominam – 50,8 por cento entre os primeiros e 51,7 por cento entre os últimos.
Cinquenta e seis por cento dos brasileiros em Massachusetts são casados enquanto 56,9 por cento dos outros imigrantes o são. Os nativos com o mesmo estado civil representam somente 46,3 por cento do total desta população.
Cidadania e Tempo de Residência
Apenas 13,7 por cento dos brasileiros residentes em Massachusetts são cidadãos naturalizados.[9] Este nível de naturalização está abaixo da taxa nacional de 21 por cento para os brasileiros e muito abaixo desta dos outros imigrantes que é de 46,5 por cento.[10] Esta baixa taxa reflete tanto o crescimento recente da imigração brasileira para o estado quanto o número de imigrantes brasileiros indocumentados.[7]. A maioria dos brasileiros (60,8%) chegaram em Massachusetts durante os anos 2000 e 2009.[11] Oitenta e oito por cento destes chegaram depois de 1990 comparado a 48,2 por cento dos outros imigrantes. Quando comparados entre si, 37,5 por cento dos brasileiros naturalizados[12] chegaram antes de 1989 enquanto que somente 8 por cento dos não naturalizados[13] chegaram durante este período.
Proficiência em Inglês e Grau de Escolaridade
Proficiência em inglês e grau de escolaridade são dois ingredientes fundamentais para o sucesso econômico dos imigrantes no longo prazo e um preditor confiável do nível de vida destes. Os brasileiros residentes em Massachusetts tem um nível de proficiência menor do que este dos outros imigrantes: 29,8 por cento dos brasileiros falam somente inglês ou falam muito bem, comparado a 54,6 por cento para os outros imigrantes.
Os imigrantes brasileiros tem um número maior de pessoas com a escola secundária completa (44,3%) do que os outros imigrantes (25,3%) e os nativos (28,5%). No entanto, eles tem uma porcentagem maior de pessoas com nível menor do que a escola secundária (23,3%) quando comparados aos outros imigrantes (24,9%) e maior do que este da população nativa (9,3%). Os brasileiros tem também uma proporção muito menor de pessoas com bacharelato (11,1%) e com mestrado e/ou doutorado (3,7%) quando comparados aos outros imigrantes (16,6%) e (16,9%) e os nativos (22,4%) e (15,5%) respectivamente. Em comparação com a média dos brasileiros residentes no país, os brasileiros residentes em Massachusetts tem uma porcentagem maior de seus membros sem a escola secundária completa (44,3% comparado a 33%); com uma proporção maior destes com escola secundária completa (3,3% comparado a 10%); e proporções menores tanto de bacharéis (11% comparado a 19%) quanto de mestrandos e/ou doutorandos (3,7% comparado a 10%).
Participação no Mercado de Trabalho e Desemprego
Dada a estrutura etária da população nativa, e principalmente esta da região da Nova Inglaterra, os imigrantes são cada vez mais uma importante fonte de mão de obra. A imigração internacional reverteu o quadro de declínio da força de trabalho na região bem como em Massachusetts sendo responsável pelo crescimento da mão de obra nas três últimas décadas. Os brasileiros, com as maiores taxas de participação no mercado de trabalho (83,7%) são importante parte desta força de trabalho. Os outros imigrantes assim como os nativos tem taxas menores, 68 e 66,6 por cento respectivamente. A participação tanto dos homens quanto das mulheres brasileiras superam em grande medida estas dos homens e mulheres imigrantes e nativos: 90,7 por cento dos homens brasileiros participam no mercado de trabalho comparado a 68 por cento para os outros imigrantes e 66,6 por cento para a população nativa. Quanto as mulheres, embora as brasileiras tenham participação menor (75%) do que os brasileiros, elas se fazem presente neste mercado em maior números do que as mulheres imigrantes (60,1%) e as nativas (61,9%).
Quando a participação na força de trabalho é avaliada em relação a proficiência na língua inglesa, os brasileiros tem maior grau de participação do que os outros imigrantes independentemente da sua proficiência.
As taxas de desemprego da população brasileira residente em Massachusetts são mais baixas do que estas dos brasileiros residindo fora do estado (3,5% comparado a 3,8%). Elas são também menores do que estas dos outros imigrantes (4,3%) e da população nativa (4%) residente no estado. O mesmo ocorre quando os homens são comparados: 3,3 por cento dos brasileiros residentes no estado estão desempregados comparado com 4,4 por cento para os outros imigrantes e 4,8 por cento para os trabalhadores nativos. No entanto, quando as mulheres são comparadas as brasileiras tem taxa de desemprego (3,8%) menor do que esta das mulheres imigrantes (4,2%) mas maior do que esta das mulheres nativas (3,3%).
Emprego por Características Demográficas
Os brasileiros residentes em Massachusetts tem uma proporção maior da sua população empregada (79,8%) quando comparada a taxa de emprego entre os brasileiros a nível nacional (72%) assim como aos outros imigrantes (63,6%) e os nativos (62,5%) residentes no estado. No entanto, quando a comparação se faz entre os naturalizados e não-naturalizados, os primeiros tem uma taxa inferior aos últimos, um padrão que é o inverso ao deste observado para a população brasileira a nível nacional.
Assim como ocorre ao nível nacional, os imigrantes brasileiros chegados antes de 1980 tem uma taxa menor de emprego (65,6%) do que estes que chegaram entre 1980 e 1989 (78,5%); entre 1990 a 1999 (79,9%); e entre 2000 e 2007 (80,8%). O mesmo padrão ocorre no caso dos outros imigrantes residentes no estado: 50,8 por cento durante o primeiro período; 70,7 por cento entre 1980 e 1989; 70,4 por cento entre 1990 e 1999; decrescendo entre 2000 e 2007 para 63,1 por cento.
Compatível ainda com os brasileiros no resto do país, a grande maioria dos brasileiros de Massachusetts estão empregados independentemente dos seus níveis de proficiência em inglês, variando de 75,2 por cento para os que falam somente inglês a 81,9 por cento para aqueles que não falam inglês. Para os outros imigrantes esta relação se inverte de 61,6 por cento para aqueles que falam somente inglês e 45,8 por cento para aqueles que não falam a língua. Esta diferença pode ser explicada talvez pela maior abundancia de oferta de empregos em mercados que exigem baixa qualificação e a recusa de alguns brasileiros com certa fluência e qualificação, mas sem documentos, ocuparem estas posições.
Outro aspecto importante é o emprego por grau de instrução. Aqui novamente há uma inversão quando os trabalhadores brasileiros de Massachusetts são comparados ao restante dos brasileiros residindo fora do estado. Enquanto que a nível nacional, os brasileiros com diploma universitário ou mais avançado tem uma taxa superior de emprego, em Massachusetts aqueles com mestrado e/ou doutorado tem uma menor taxa (78,4%) quando comparados com aqueles com um nível de educação menor que a escola secundária (81,8%); a escola secundária completa (81%); e bacharelato (86,8%).
Por fim, assim como o resto dos brasileiros, os brasileiros inquilinos em Massachusetts tem uma taxa maior de emprego (83,7%) do que estes que são proprietários (71,3%). Estas taxas são maiores do que as taxas para o conjunto dos brasileiros (75% para os inquilinos e 67% para os proprietários).
Categoria de Trabalhador
Os brasileiros residentes em Massachusetts tem uma taxa menor de trabalho autônomo (12,3%) do que esta dos outros brasileiros residentes no país (13%). Esta taxa é muito maior do que a taxa dos outros imigrantes (6%)[14] e dos nativos (6,8%).[15] As mulheres brasileiras residentes no estado tem taxas mais altas (19,7%)[16] quando comparadas com a população dos brasileiros[17], dos imigrantes,[18][19] e dos nativos tanto homens[20] quanto mulheres.[21]
A maioria dos brasileiros (86%) trabalham em empresas privadas comparados a 87,2 por cento dos outros imigrantes e 79,1 por cento dos nativos. Enquanto 93 por cento dos homens brasileiros trabalham em empresas privadas somente 76,8 por cento das mulheres brasileiras o fazem.
Assim como ao nível nacional, a participação dos brasileiros no setor governamental é muito pequena (1,5%) com somente 0,8 por cento dos homens e 2,8 por cento das mulheres empregados neste setor. Esta participação é também diminuta comparada a taxa dos outros imigrantes (6,7%) e principalmente a esta da dos nativos (13,9%). O mesmo acontece quando o corte se dá por gênero com tanto os homens imigrantes quanto os nativos apresentando taxas maiores de emprego no setor público do que esta da dos brasileiros (5,2% e 12,6% respectivamente). As mulheres imigrantes tanto quanto as mulheres nativas apresentam também taxas mais altas do que esta das brasileiras (8,3% e 15,7% respectivamente).
Emprego por Categoria de Ocupação
A maioria dos trabalhadores brasileiros residentes no estado ocupam posições relativas aos serviços (46%) seguido de ocupações de construção, extração, manutenção e reparação (19,6%), produção, transporte e transporte de materiais (12,8%) e vendas e trabalho de escritório (12,3%). Com menor expressão encontram-se as ocupações de gerência, e ocupações profissionais (9,1%) seguidas por último por ocupações ligadas a agricultura, pesca, e silvicultura (0,2%). Esta distribuição é diferente da desta dos outros imigrantes[22] e a dos nativos.[23] Tanto os primeiros quanto os segundos estão concentrados em ocupações relativas a gerência, e ocupações profissionais (35% e 42,8% respectivamente). A seguir, os outros imigrantes ocupam posições relativas a vendas e trabalho de escritório (16,9%) e produção, transporte e transporte de materiais (14,6%); enquanto que os nativos concentram-se nas ocupações relativas a vendas e trabalho de escritório (26,4%) e serviços (14,3%).
A distribuição entre os homens e mulheres brasileiros também varia. Os homens estão mais concentrados em ocupações de serviço (37,1%) e construção, extração, manutenção e reparação (32,1%) enquanto que as mulheres ocupam principalmente posições relativas aos serviços (59,4%) e vendas e trabalho de escritório (21,3%). Enquanto 10,4 por cento das mulheres brasileiras tem ocupações gerenciais e profissionais, somente 8,3 por cento dos homens brasileiros tem este tipo de ocupação.
Emprego por Tipo de Indústria
As quatro indústrias que concentram a maioria dos brasileiros residentes em Massachusetts são: artes, entretenimento e lazer, serviços de alojamento e alimentação (25,1%), construção (19%), serviços profissionais, científicos e de gestão e serviços de gestão administrativa e de resíduos (14,4%) e, outros serviços (11,9%). Esta distribuição é um pouco diferente da desta dos imigrantes brasileiros a nível nacional onde a indústria de maior concentração é a construção com artes, entretenimento e lazer, serviços de alojamento e alimentação ocupando a segunda posição. A terceira e quarta posições também se invertem.
Esta distribuição difere também das quatro mais populares indústrias entre os outros imigrantes[24] e os nativos.[25] Entre os primeiros, as quatro mais populares indústrias são: (1) serviços educacionais, de saúde e assistência social (11.7%), (2) manufactura (14,6%), (3) serviços profissionais, científicos e de gestão e serviços de gestão administrativa e de resíduos (13,7%) e, (4) artes, entretenimento e lazer, serviços de alojamento e alimentação (23,6%%). Para os segundos, esta distribuição acompanha a ordem a seguir: (1) serviços educacionais, de saúde e assistência social (25,7%), (2) serviços profissionais, científicos e de gestão e serviços de gestão administrativa e de resíduos (12%), (3) comércio varejista (11,3%), (4) manufatura (9,4%).
Por fim, a distribuição do emprego brasileiro por indústria também varia entre homens e as mulheres. Os homens tem uma tendência maior ao emprego nas indústrias da construção (30,7%) enquanto as mulheres estão empregadas principalmente nas indústrias relacionadas as artes, entretenimento e lazer, serviços de alojamento e alimentação. A seguir, os homens concentram-se nas indústrias relacionadas as artes, entretenimento e lazer, serviços de alojamento e alimentação (25,2%); serviços profissionais, científicos e de gestão e serviços de gestão administrativa e de resíduos (12%); e manufatura (8,2%), enquanto que as mulheres aglomeram-se nas indústrias relacionadas aos outros serviços (20,9%); serviços profissionais, científicos e de gestão e serviços de gestão administrativa e de resíduos (18,95); e serviços educacionais, de saúde e assistência social (14,7%).
Trabalho Autônomo e Empreendedorismo
Como referido anteriormente, os brasileiros residentes em Massachusetts têm uma taxa menor de trabalho por conta própria (12,3%) do que os outros brasileiros residentes no país (13%). No entanto, esta taxa é muito maior do que a taxa de auto-emprego dos outros imigrantes (6%) e dos nativos (6,8%). As mulheres brasileiras residentes no estado tem taxa mais alta (19,7%) quando compradas com a população dos outros brasileiros, dos imigrantes, e dos nativos tanto homens quanto mulheres.
Massachusetts concentra cerca de 28 por cento de todas as 3,700 empresas brasileiras no país seguido pela Nova Jersey (27%) e a Flórida (21%).
Estas empresas, na sua maioria, concentram-se nos ramos do comércio varejista (retail trade), hospedagem e serviços de alimentação (accomodations and food services), e outros serviços (other services).
Rendimento Médio
Os brasileiros residentes em Massachusetts, com tempo integral com 16 anos ou mais de idade, em 2007, tiveram uma remuneração média de $28.130 dólares o que é uma remuneração mais baixa do que a média nacional para os outros brasileiros ($31.571 dólares). Ela é também muito menor do que esta da dos outros imigrantes e esta da população nativa residente no estado ($37.867 dólares e $50.595 dólares respectivamente).
Quando comparada por gênero, a renda dos homens brasileiros é maior ($31.152 dólares) do que esta das mulheres brasileiras ($23.950 dólares). A renda das mulheres brasileiras é menor ainda do que esta da dos homens imigrantes ($42.356 dólares) e dos nativos ($55.896 dólares) assim como desta das mulheres imigrantes e nativas ($32.904 dólares e $43.161 dólares respectivamente).
A Renda Pessoal por Características Demográficas
Em 2007, a renda média pessoal para os brasileiros ($22.720 dólares) foi menor do que esta dos demais brasileiros residentes nos Estados Unidos ($24.286 dólares). Ela é também menor do que estas dos outros imigrantes e dos nativos residentes no estado ($25.298 dólares e $30.525 dólares respectivamente). Os homens brasileiros tiveram uma renda superior ($26.310 dólares) a renda média dos brasileiros como um todo ($22.720 dólares) e esta das mulheres brasileiras residentes em Massachusetts ($16.970 dólares) mas inferior a esta dos homens imigrantes e nativos ($31.042 dólares e $40.355 dólares respectivamente). A renda das mulheres brasileiras é a mais baixa renda de todos os grupos com as mulheres imigrantes ganhando um pouco mais ($19.907 dólares) e as mulheres nativas ganhando 27 por cento mais do que as brasileiras ($23.282 dólares).
Os brasileiros naturalizados tiveram uma renda inferior ($25.966 dólares) a esta dos imigrantes naturalizados ($27.827 dólares) mas superior a esta dos não-naturalizados brasileiros ($21.747 dólares) e dos imigrantes não-naturalizados ($23.369 dólares).
Os brasileiros chegados antes de 1980 apresentam uma renda superior ($36.216 dólares) a esta dos brasileiros chegados entre 1980 a 1989 ($25.868 dólares); os chegados entre 1990 e 1999 ($25.966 dólares); e estes chegados entre 2000 e 2007 ($21.097 dólares) indicando uma relação direta entre tempo de residência e renda. A renda dos brasileiros chegados antes de 1980 é a maior renda não só entre os brasileiros mas também entre todos os outros imigrantes que tem renda maior entre estes chegados entre 1980 e 1989 ($30.294 dólares).
Os brasileiros que falam somente inglês tiveram uma renda menor ($22.040 dólares) do que esta daqueles que não falam inglês ($22.764 dólares) enquanto que aqueles que falam inglês muito bem tiveram renda maior ($25.298 dólares). Quando comparados aos outros imigrantes, os brasileiros ganham menos entre aqueles que falam somente inglês ($31.042 dólares comparado a $22.040 dólares respectivamente) assim como aqueles que falam inglês muito bem ($33.112 dólares comparado a $25.298 dólares respectivamente) e aqueles que falam bem ($24.834 dólares comparado a $22.764 dólares). No entanto, eles tem uma renda superior a esta dos outros imigrantes que falam mas não bem ($21.638 dólares comparado a $17.591 dólares) e aqueles que não falam inglês ($22.764 comparado a $12.446 dólares). Estes últimos, brasileiros que não falam inglês, tem renda superior a esta da dos brasileiros que não falam bem e igual a estes que falam bem.
Por fim, seguindo o padrão nacional, os brasileiros assim como os outros imigrantes e os nativos proprietários das suas casas tiveram uma renda maior do que esta da dos inquilinos. Os proprietários brasileiros tiveram uma renda de $25.868 dólares enquanto os outros imigrantes tiveram renda de $32.457 dólares e os nativos $36.785 dólares. Os brasileiros locatários tiveram renda superior ($21.857 dólares) a esta da dos outros locatários imigrantes ($20.556 dólares) e inferior a deste dos nativos ($22.262 dólares).
Renda Domiciliar, Renda Familiar e Nível de Pobreza
Em 2007, os domicílios brasileiros tiveram renda superior ($55.353 dólares) a este dos domicílios chefiados por outros imigrantes ($54.134 dólares) e inferior a desta dos domicílios chefiados por nativos ($63.319 dólares). A renda familiar brasileira é no entanto, a menor dos três grupos. As famílias brasileiras receberam em 2007 a menor renda média ($51.705 dólares) comparada a estas das famílias dos outros imigrantes ($61.175 dólares) e das dos nativos ($80.824 dólares).
Os brasileiros, tanto as famílias (6,6%) quanto os indivíduos (9,9%), tem um nível de pobreza menor do que este dos outros imigrantes (11% e 13% respectivamente) e maior do que este dos nativos (6,4% e 9,6% respectivamente).
Condição em Relação a Propriedade Domiciliar e as Características da Habitação
Seguindo a mesma tendência que a população brasileira a nível nacional, os brasileiros residentes em Massachusetts tem uma proporção menor de proprietários do que os outros imigrantes e a população nativa: apenas 29,1 por cento dos brasileiros são proprietários comparados a 50,5 por cento dos outros imigrantes e 67,6 por cento dos nativos. Este índice é também mais baixo do que este da população brasileira como um todo (39%). Os brasileiros proprietários tem custos altíssimos de despesas mensais com moradia, isto é custos que excedem 30 por cento da renda domiciliar, do que estes dos outros imigrantes e dos nativos. Quase 69 por cento dos brasileiros tem custos desta magnitude comparado com 43,6 por cento dos proprietários imigrantes e 33,8 por cento dos nativos. Os brasileiros locatários no entanto, tem uma porcentagem menor de domicílios em tais condições (45,9%) comparado a 47,9 por cento e 47,3 por cento para os outros imigrantes e nativos respectivamente.
Os brasileiros tem ainda uma alta porcentagem de seus membros vivendo em condições de habitação superlotadas (crowded housing conditions), ou seja moram em unidades habitacionais com 1,01 ou mais ocupantes por compartimentos. Cerca de 7,3 por cento dos domicílios brasileiros vivem em tais condições enquanto este número para os outros imigrantes é de 4,9 por cento e 0,7 por cento para os nativos.
Contribuição Econômica
Os brasileiros contribuem para a economia de seu país de origem assim como para estas dos países receptores através da sua capacidade empreendedora, do seu trabalho, dos seus gastos enquanto consumidores, das suas remessas e investimentos. Há também uma forma de contribuição menos estudada e divulgada que é o “subsídio” à economia dos países receptores resultante do fato que estes não arcam com os custos da produção e reprodução da força de trabalho imigrante.
Contribuição Econômica dos Empresários Imigrantes Brasileiros
Os imigrantes brasileiros são donos de mais de 3.792 pequenas e médias empresas com cerca de 28 por cento destas localizadas em Massachusetts. A maioria destas empresas estão concentradas no comércio varejista, acomodação e serviços alimentícios, e outros serviços.
Estas empresas registram receitas anuais de $272 milhões de dólares e contribuem $179 milhões de dólares para o produto regional bruto. Elas empregam 2.756 pessoas diretamente além de criarem 1.756 empregos indiretos. Elas contribuem ainda $12,8 milhões de dólares em impostos estaduais e federais.
Contribuição Econômica dos Trabalhadores e Consumidores Imigrantes Brasileiros
O impacto econômico medido tanto pela contribuição dos trabalhadores brasileiros para o produto bruto regional quanto pelos gastos com o consumo da população brasileira residente no estado, demonstra a importância dos brasileiros para a economia de Massachusetts.
Coletivamente, eles contribuem $1 bilhão para o produto bruto regional,[8] mais de $1 bilhão em gastos com consumo e $295 milhões em impostos estaduais e federais. Estas contribuições, implicam na criação de mais de 9.500 empregos diretos para a economia do estado.
Contribuição Econômica do “Subsídio” dos Imigrantes Brasileiros às Economias dos Países Receptores
Em geral, as discussões sobre a contribuição dos imigrantes para as economias dos países receptores são circunscritas aos aspectos relacionados acima. No entanto, esta discussão deve ser ampliada para que se introduza um fato fundamental a respeito do trabalhador imigrante: ele vem de fora, de outros países. Isto significa dizer que as discussões focam na produção, naquilo que o imigrante produz. É igualmente importante considerar também a reprodução da força de trabalho, levando-se em consideração os custos associados a criação desta força de trabalho – os custos incorridos antes desta se tornar produtiva. Esta análise implica ainda a inclusão dos custos associados a fase pós-produtiva, ou seja, a aposentadoria.[9]
Ao considerar os ciclos de produção e reprodução da força de trabalho, o trabalho imigrante ganha outra dimensão, ele representa uma transferência de recursos das sociedades de origem para estas de destino. Por exemplo, os investimentos feitos pelas sociedades dos países de origem na educação da mão de obra que se torna emigrante representa um subsídio direto público ou privado dependendo do tipo de educação. Assim, os países de origem arcam com os custos de criação da mão de obra, enquanto os países de destino recebem os benefícios da sua produção.
Para ilustrar este fenômeno de forma concreta, podemos utilizar o relatório de autoria do economista Alan Clayton-Mathews, publicado pelo Immigrant Learning Center de Malden, Massachusetts, intitulado “Massachusetts Immigrants by the Numbers.” Segundo os dados deste relatório que são os dados oficiais do censo americano, existem 218.418 imigrantes com idade acima de 25 anos residindo em Massachusetts. Desta população, 56.352 (25,8%) tem diploma do ensino médio, 7645 (3,5%) tem diploma de dois anos de curso superior, 42.810 (19,6%) tem diploma de bacharelato, 34.728 (15,9%) tem mestrado e 10.702 (4,9%) tem doutorado. Considerando o custo médio da educação pública em Massachusetts para cada um desses níveis, estes imigrantes “trazem” com eles cerca de $31 bilhões de dólares em investimentos educacionais.[10]
A aposentadoria da força de trabalho é a outra ponta da reprodução desta. Aqui, o relatório mostra que os imigrantes de Massachusetts quando comparados a população nativa tem metade da probabilidade de receber qualquer tipo de pensão, públicas ou privadas, o que significa, segundo o mesmo relatório, que “… os imigrantes são financiadores líquidos do sistema de segurança social … [e] são mais propensos a trabalhar e a contribuir para o programa durante um período de tempo mais longo do que os nativos e menos prováveis a utilizar o programa do que estes.” Um artigo anterior do New York Times citando o relatório anual de 2008 do Social Security corrobora este ponto. O artigo credita os imigrantes indocumentados como contribuindo para fechar cerca de 15 por cento do déficit projetado para o sistema de segurança social americano.[11]
Contribuição Econômica das Transferências e Investimentos dos Brasileiros
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O Impacto do 11 de Setembro e da Crise Econômica Americana
Os eventos ocorridos em 11 de Setembro de 2001 mudaram consideravelmente a política imigratória dos Estados Unidos sendo esta incorporada ao Department of Homeland Security (DHS) e tratada desde então como questão de segurança nacional. O fluxo de entrada clandestino oriundo do Brasil que conheceu seu pico no ano 2000, quando o DHS registrou a detenção de mais de 54.000 brasileiros diminuiu drasticamente a partir de 2005, quando intensificou-se a militarização da fronteira Americana. Neste ano, 31.000 brasileiros foram detidos tentando a travessia e, em 2008, apenas 977 foram presos (DHS, 2009).
A recente crise econômica, a intensificação de ações punitivas contra imigrantes indocumentados e seus empregadores, além do controle mais efetivo das fronteiras referido acima, tem impactado a vida dos imigrantes negativamente. No entanto, aparte de casos individuais de pessoas voltando para o Brasil, a imensa maioria dos imigrantes brasileiros estão achando formas de manterem-se no país. Estas decisões resultam de uma série de considerações que tem a ver com o custo do retorno para o Brasil, o custo de uma eventual volta para os Estados Unidos, dívidas assumidas, a interrupção de processos legais imigratórios em andamento, as condições familiares vigentes incluindo filhos nascidos nos Estados Unidos, ou simplesmente a crença de que a crise nos Estados Unidos é menos severa do que a situação econômica reinante nas regiões de onde procedem no Brasil.
Altos níveis de migração criam ansiedade grande no seio da população americana. Divisões profundas, diferenças genuínas de opinião, e manipulações para ganho político ajudam a entender porque as diversas propostas de reforma imigratória tem encontrado barreiras intransponíveis.
A comissão independente estabelecida em 2006 para estudar a questão da imigração (“Task Force on Immigration and America’s Future”) co-presidida por Spencer Abraham e Lee H. Hamilton, concluiu que o nível de imigração necessária para sustentar a economia americana é de aproximadamente 1,5 milhão de pessoas/ano (o nível tem sido de 1,8 milhões). Esta comissão reconheceu que a imigração é crítica para a manutenção da vitalidade da economia americana dado o envelhecimento da força de trabalho americana. São poucos os trabalhadores nativos entrando no mercado de trabalho ao mesmo tempo que mais de 10 milhões de trabalhadores qualificados deixarão este mercado até 2015. A comissão também reconheceu que a geração “Baby Boom” acaba de completar 62 anos de idade e começa a fazer uso dos benefícios sociais (Social Security) provocando o crescimento da proporção entre idosos e estes em idade de trabalho de 240 por 1.000 para 411 por 1.000 – um gap que será necessariamente preenchido por imigrantes. Por fim, a comissão ressaltou que as experiências de reformas do passado foram ineficazes:
- A legislação de 1952 – “Immigration and Nationality Act” – que impôs sanções sobre aquelas pessoas que ajudassem ou abrigassem imigrantes não autorizados não funcionou e terminou isentando o emprego destes imigrantes da categoria de “abrigo de imigrantes indocumentados;”
- A reforma de 1986 com a passagem do “Immigration Reform and Control Act (IRCA),” deveria, supostamente, corrigir as falhas da legislação de 1952. Os principais elementos desta reforma – maior controle das fronteiras, sanções aos empregadores, e legalização – provaram ser bastante ineficazes no controle do fluxo migratório não autorizado;
- O Homeland Security Act de 2002 repete estes mesmos princípios mas novamente o controle da imigração não autorizada se mostra ineficaz.
A comissão conclui que os “Estados Unidos não tem a capacidade de compelir a saída de uma porcentagem significativa dos milhões de imigrantes indocumentados, muitos dos quais vivem e trabalham nos Estados Unidos há anos e tem filhos que são cidadãos americanos.” Para a comissão, “os benefícios da imigração avançam significantemente os interesses nacionais dos Estados Unidos no Século XXI. No entanto, o aproveitamento destes benefícios no longo prazo requer o re-pensar das políticas e do sistema de manejo da imigração.”
É claro para a maior parte dos observadores que o controle do fluxo migratório clandestino nos Estados Unidos não passa somente por políticas de segurança e patrulhamento das fronteiras, mas também por uma série de reformas legislativas e econômicas, complicando assim, o jogo político neste campo.
Os fatores citados acima levaram alguns observadores a interpretar o retorno dos brasileiros como um processo de “êxodo” que a imprensa americana repetiu ad nauseam. A estória do “êxodo” apresenta no entanto várias falhas na sua lógica.[12] As razões citadas como causa do “êxodo” dos brasileiros incluem:
- A recessão econômica nos Estados Unidos torna difícil o emprego para os imigrantes;
- A inflação nos Estados Unidos faz com que a vida dos imigrantes se torne mais cara reduzindo seu nível de vida e de remessas;
- A depreciação do dólar em relação ao real reduz ainda mais o valor destas remessas;
- A atuação agressiva das autoridades americanas dificulta a procura de emprego aumentando as dificuldades econômicas dos imigrantes;
- O crescimento da economia brasileira aumenta a atração dos brasileiros imigrantes pela volta.
Embora todos os aspectos citados sejam reais, eles não obedecem a linearidade implícita no argumento. Por exemplo, a recessão da economia dos Estados Unidos, não implica que, em termos comparativos, a economia brasileira apresente maiores oportunidades para os trabalhadores imigrantes brasileiros, particularmente nas regiões de origem destes – o crescimento da economia brasileira não implica necessariamente num crescimento da economia destas regiões. Empregos com boa remuneração, remuneração compatível com a que os imigrantes brasileiros comandam nos Estados Unidos, continuam escassos nestas regiões mesmo que a economia nacional esteja num período de boom.
A inflação americana, bastante moderada, não implica o retorno ao Brasil, porque mesmo considerando uma depreciação no valor aquisitivo do dólar, os salários pagos no setor informal americano excedem o salário mínimo no Brasil por muito, principalmente este pago a trabalhadores não qualificados nas regiões de origem de parte significativa dos brasileiros que vivem nos Estados Unidos. Por outro lado, o efeito imediato da depreciação do dólar é o aumento da carga de trabalho dos brasileiros imigrantes de forma a manter o seu nível de vida e de remessas anteriores e não a volta.
Por fim, o clima criado pela atuação agressiva das autoridades americanas aumenta a probabilidade de volta dos brasileiros imigrantes mas essa decisão não é tão fácil quanto parece pois envolve uma série de fatores já referidos anteriormente, além dos custos e riscos de uma eventual volta que esta própria política agressiva cria. O clima econômico nos Estados Unidos juntamente com a atitude agressiva das autoridades americanas tem forçado alguns brasileiros a retornar. No entanto, não há indício de “êxodo.” Segundo dados do American Community Survey (ACS), a população imigrante brasileira quase dobrou em Massachusetts entre 2000 e 2011 (80%). Segundo a mesma fonte, entre 2000 e o ano de maior estoque, 2005, a população brasileira no estado aumentou 131 por cento. No entanto, nos últimos anos esta população vem diminuindo com o estoque registrando em 2011 seu menor número desde 2005 (65.952). Quando comparado a 2005, o estoque de brasileiros no estado em 2011 diminuiu cerca de 29 por cento.[1] No entanto, no mesmo período aumentou de 328.510 para 320.861 indicando talvez um deslocamento interno no país, de um estado para outro, mais plausível do que um “êxodo” de Massachusetts para o Brasil.
A crise atual tem duas faces como mostrado anteriormente e ilustrado no artigo do Milford Daily News relatando a história de um trabalhador brasileiro da construção civil em Massachusetts. Ela, por um lado, cria pressões que reforça a volta, por outro, ela aumenta o custo desta.
Referências Bibliográficas
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Marcelli, Enrico and Louisa Holmes. 2009. (In)visible (Im)Migrants: The Health and Socioeconomic Integration of Brazilians in Metropolitan Boston. San Diego State University.
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Lima, Alvaro e Nicholas S. Petschek. 2009. “Trabalhadores Imigrantes: Contribuintes ou meros Receptores?” (artigo não publicado).
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U.S. Department of Commerce. 1997. Regional Multipliers – A User Handbook for the Regional Input-Output Modeling System (RIMS II).
↑1 |
American Community Survey (ACS) 2005-2009. |
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↑2 |
Segundo o mesmo estudo, neste ano, 2002, o estado americano com a maior concentração de brasileiros era a Flórida com 193.000 pessoas. |
↑3 |
As regiões a seguir foram definidas utilizando as áreas geográficas definidas (statistical geographic areas) pelo Bureau do Censo americano como PUMAs (Public Use Microdata Areas). PUMAs são usados para a tabulação e disseminação de dados dos censos deceniais e do American Community Survey (ACS) Public Use Microdata Sample (PUMS) data. As PUMAS cobrem todo os Estados Unidos, Porto Rico, e as áreas das ilhas que contem uma populacão de 100,000 pessoas ou mais. Assim, os PUMAs para cada região são:
Para visualizar estas áreas ver mapa em documento a seguir[1] |
↑4 | Todos os dados citados dizem respeito a média do período 2005-2007 utilizando como fonte o American Community Survey (ACS) a não ser se especificados em contrário. |
↑5 | Os “baby boomers” são pessoas nascidas durante o período da explosão demográfica após a II Guerra Mundial. |
↑6 | Os imigrantes contribuíram de forma substantiva para o crescimento da população da região da Nova Inglaterra entre 1980 e 2000. Embora sendo somente u10 por cento da população da região, os imigrantes representaram mais de um quarto do crescimento populacional deste 1980. Esta participação foi determinante no crescimento da população das cidades da região. Sem imigração, a população das 50 maiores cidades da região teria decrescido de 50.000 pessoas entre 1980 e 2000. Em vez disto, elas, juntas, registraram um crescimento de mais de 200.000 pessoas. |
↑7 | Segundo pesquisa do Professor Enrico Marcelli (2009), 71 por cento dos brasileiros adultos e 16 por cento dos seus filhos residentes na região metropolitana de Boston (BCQ-MSA) são indocumentados. |
↑8 | Cerca de metade do produto regional bruto pode ser atribuído a contribuição direta dos novos trabalhadores. Regional Multipliers – A User HAndbook for the Regional Input-Output Modeling Systems (RIMS II), 1997, U.S. Department of Commerce. |
↑9 | O antropólogo francês Claude Meillassoux, em sua obra “Maidens, Meal and Money,” enfatiza a importância de abordar a questão da imigração tanto do ponto de vista da produção quanto da reprodução da força de trabalho. |
↑10 | Lima, Alvaro e Nicholas S. Petschek. “Trabalhadores Imigrantes: Contribuintes ou Meros Receptores?. 2009 (artigo não publicado). |
↑11 | Além disto, poucos imigrantes são elegíveis para os benefícios relacionados a aposentadoria, seguro-desemprego, seguros de saúde e de incapacitação física, aumentando ainda mais as suas contribuições. |
↑12 | É preciso focar na lógica do argumento pois ele é apresentado sem suporte numérico, ou, quando estes são apresentados, não revelam fontes, ou estas, quando muito, são anedóticas. |
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