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Flávia Leal, Woburn, MA, Estados Unidos

Nascida no bairro de Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, a carioca Flávia Leal deixou o curso de Pedagogia quando estava no 5º período e aceitou um convite para ir trabalhar nos Estados Unidos. Aos 19 anos, e como boa parte dos brasileiros que chegavam, em 2000, à região de Boston, no estado de Massachusetts, trabalhou com faxinas e entrega de jornal de madrugada. A ideia era passar dois anos na América, juntar dinheiro para comprar uma casa, um carro e voltar para o Brasil.

 

Mas logo conseguiu um bom emprego como motorista, fazendo entrega de malotes para grandes bancos, com carro próprio. “Era um empregão, mas sempre gostei de empreender”, revela. A veia empreendedora, desenvolvida ainda no Rio, como vendedora de lingerie e de produtos de beleza, a levou buscar seu próprio negócio na América.

Tentativas

De início fez bolos para festas de aniversário e logo produzia as festas. Com a ajuda da mãe e de uma irmã que foram morar com ela, Flávia investiu no público infantil, mas desistiu dois anos depois. “Não tinha experiência em administração, apesar de o empreendedorismo estar no meu sangue.” Então, continuou a trabalhar como motorista.

Decidida a permanecer nos Estados Unidos, comprou uma casa. A intenção, além de ter um lugar para morar, era entrar no mercado imobiliário norte-americano, que vivia um boom em 2004. Ela não parava: fez cursos de avaliadora de imóvel, de inglês, ingressou no de Enfermagem, vendeu TV a cabo e ainda mantinha o emprego de motorista. Em 2008, seu mundo virou de ponta-cabeça. A mãe foi diagnosticada com um câncer, o pai faleceu no Brasil e a crise financeira se instalou nos Estados Unidos. Para não ter a casa leiloada, pediu falência pessoal e ganhou fôlego para pagar a hipoteca da casa.

Novo rumo

Com a mãe ainda doente (ela faleceu 11 meses após a descoberta da doença), Flávia largou o curso de Enfermagem, iniciou outro de Estética e começou a fazer workshops de maquiagem. A escola de estética fechou e ela comprou os equipamentos da empresa, para montar o seu próprio instituto. Assim surge, em Woburn (Massachusetts), em junho de 2010, o Flávia Leal Beauty Institute, inicialmente destinado a formar esteticistas, maquiadoras e cabeleireiras entre as brasileiras que viviam nos Estados Unidos. Hoje, depois de formar centenas de alunas – com algumas delas se tornando professoras –, o instituto conta com mais de 20 empregados.

Capacitação

Com convites para ministrar workshops em Londres e Paris e na Áustria, Flávia revela que para o seu negócio foi fundamental o apoio da Caixa Econômica Federal e do Sebrae Minas. “Eu já estava com tudo funcionando, mas sem um alicerce”, diz. Ela participou de palestras do Programa Remessas e, a partir daí, fez seu plano de negócios.

Passada pouco mais de uma década do desembarque em território estadunidense, Flávia deslanchou seus negócios. Abriu uma segunda escola em Everett em fevereiro de 2013. Antes, desenvolveu e lançou, em novembro de 2012, uma linha de maquiagem a partir da demanda das alunas e das participantes nos workshops de maquiagem nos Estados Unidos e na Europa. E foram os produtos de maquiagem que trouxeram Flávia de volta ao Brasil.

Em parceria com a Mardelle, rede de lojas de lingerie, lançou a linha de maquiagem Mardelle by Flávia Leal. A boa aceitação da maquiagem levou a empresária a buscar distribuidores para lançar sua linha própria, a Flávia Leal Professional Cosmetics. A intenção é colocar a marca no varejo e em todo o território brasileiro.

Paralelamente, foi formatada a franquia do Instituto Flávia Leal, e a primeira franqueada já foi acordada. Com custo de R$ 250 mil, a franquia do instituto oferece três opções de renda: a escola, a loja para venda da linha de maquiagem e um salão de beleza escola. Em todo o processo de expansão dos negócios (maquiagem e franquia), os investimentos já somam R$ 1 milhão.

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